quinta-feira, 4 de julho de 2024

Pesquisa revela que Michelle Obama seria a única 'substituta de Biden' capaz de vencer Trump

Pesquisa envolvendo a corrida presidencial dos EUA mostrou que a ex-primeira-dama Michelle Obama seria a única substituta de Biden com chances de vencer Donald Trump em um hipotético confronto.

O nome de Michelle Obama foi levantado por membros do partido Democrata para substituir Biden após o desempenho ruim do atual presidente no debate. De acordo com informações do G1, a ex-primeira-dama já disse várias vezes que não tem intenção de ser candidata à presidência.

A pesquisa da Ipsos e agência Reuters ouviu 1.070 pessoas em todo o país dois dias após o debate presidencial. Ainda conforme a mídia, foram dados aos entrevistados eventuais nomes para substituir Biden caso o presidente não concorra mais às eleições. Entre eles, os nomes da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o governador da Califórnia, Gavin Newson, mas, na hipotética disputa, apenas Michelle Obama venceria Trump, com 50% das intenções contra 32% do republicano.

O desempenho do presidente Joe Biden no debate presidencial foi alvo de críticas na última semana. Entre os veículos norte-americanos, o conselho editorial do The New York Times pediu que Biden abandone a corrida pela Casa Branca.

O jornal The Wall Street Journal e a revista The Economist também publicaram editoriais na noite da sexta-feira (29) defendendo a desistência do democrata. Em nova capa divulgada nesta tarde, a revista Time mostra uma imagem de Biden extrapolando as bordas da revista e a palavra "pânico".

A repercussão também gerou incômodo no partido do presidente, os Democratas. Nesta terça-feira (2), pela primeira vez, um político do partido pediu publicamente que Biden desista de concorrer às eleições.

¨      Deputado é o 1º político democrata a pedir que Biden desista da corrida presidencial

O deputado Lloyd Doggett se tornou o primeiro democrata em exercício a pedir publicamente que o presidente dos EUA, Joe Biden, se retire da corrida presidencial após seu fraco desempenho no primeiro debate contra Donald Trump.

"Diferentemente de Trump, o primeiro compromisso do presidente Biden sempre foi com nosso país, não consigo mesmo. Tenho esperança de que ele tome a dolorosa e difícil decisão de se retirar. Peço respeitosamente que ele a faça", disse Doggett em uma declaração dada nesta terça-feira (2).

O deputado observou em sua declaração que Biden falhou durante o primeiro debate em defender suas "muitas realizações" e expor as supostas mentiras de Trump.

Na opinião de Doggett, Biden não é a melhor esperança para salvar a democracia nos Estados Unidos e, portanto, deve renunciar para impedir que Trump vença em novembro.

Biden deve se reunir com governadores democratas no meio da semana para aumentar o apoio após seu péssimo desempenho durante o primeiro debate presidencial com o desafiante Donald Trump, informou a emissora CBS News no início do dia.

Os governadores realizaram uma ligação privada organizada pelo governador de Minnesota, Tim Walz, para a Associação de Governadores Democratas para discutir as preocupações sobre as chances de Biden na próxima eleição e a falta de comunicação do atual presidente com eles.

Os governadores expressaram um forte desejo de que Biden se dirigisse a eles diretamente e ressaltaram discussões sobre uma possível ligação com a campanha de Biden ou a Casa Branca, bem como a necessidade de ouvir a vice-presidente Kamala Harris.

No dia 27 de junho, Biden e Trump participaram de um debate promovido pela CNN em Atlanta, Geórgia. Biden parecia desorientado, confuso e incoerente, reforçando em vez de refutar preocupações contínuas sobre seu declínio cognitivo aos 81 anos. O desempenho ruim de Biden levou alguns políticos democratas, doadores e outros apoiadores a pedir que ele se afastasse.

No entanto, o diretor de comunicações da campanha de Biden, Michael Tyler, disse que não houve conversas sobre a substituição de Biden.

¨      Mais de 20 governadores democratas discutiram saúde de Biden e pedem por encontro, diz mídia

Mais de 20 governadores do Partido Democrata nos Estados Unidos realizaram uma chamada para discutir o estado de saúde do presidente norte-americano Joe Biden e pretendem se encontrar com ele para uma conversa na quarta-feira (3), informa o jornal Politico.

"Os governadores democratas planejam se encontrar com Biden, possivelmente já na quarta-feira, após mais de duas dezenas se reunirem em uma chamada nesta semana para falar sobre o presidente", diz a publicação.

Os democratas de alto escalão começaram a criticar Biden de forma intensa e agressiva após o desempenho desastroso no primeiro debate com o ex-presidente Donald Trump, candidato republicano.

Os colegas de partido também consideram insatisfatória a reação da campanha eleitoral à opinião generalizada de que Biden não está apto para ocupar o cargo de presidente do país.

"As pessoas querem saber: qual é o plano, Joe? Qual é o plano não só para você, mas para todos nós? Você e a campanha ainda estão em condições de manter o ritmo?", cita o jornal a reação ao debate de um conselheiro de um governador democrata que preferiu permanecer anônimo.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o chanceler alemão, Olaf Scholz; o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel; o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak; o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o presidente dos EUA, Joe Biden; o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida; e o presidente francês,

Além dos governadores, nas últimas 24 horas mais de 10 congressistas ativos e ex-congressistas também expressaram abertamente dúvidas sobre a capacidade de Biden de reconquistar a confiança dos eleitores, e alguns até pediram ao presidente que saísse da corrida eleitoral.

Anteriormente, o congressista democrata Lloyd Doggett se tornou o primeiro membro ativo da Câmara dos Representantes a pedir que Biden desista de participar das eleições contra Trump. Doggett apontou que Biden trabalhou muito pelo bem dos EUA, mas não consegue decolar nas pesquisas de opinião no país. Além disso, o desempenho no debate deve piorar a avaliação.

Já o representante do Partido Democrata na Câmara dos Representantes, Jared Golden, expressou confiança na derrota de Biden nas eleições de novembro e ainda admitiu que não se opõe à vitória de Donald Trump.

¨      Biden erra em discurso e diz que seu governo está investindo em 'cortes de energia'

Em novo equívoco, o presidente dos EUA diz que sua gestão investiu bilhões para estender os "cortes de energia" e prometeu promover um "verão na Casa Branca sobre o tema do calor extremo".

O presidente dos EUA, Joe Biden, errou em um discurso e disse que seu governo está investindo em "cortes de energia" no país.

"Investimos bilhões na rede elétrica para estender os cortes de energia e manter as luzes, o ar-condicionado e os refrigeradores funcionando durante as ondas de calor", disse Biden em discurso no centro de operações da agência de gerenciamento de emergências dos EUA.

Biden também prometeu promover um "verão na Casa Branca sobre o tema do calor extremo". Na realidade, estava se referindo a uma cúpula sobre o problema, não um "verão", e acabou trocando as palavras "summit" (cúpula) e "summer" (verão) em inglês. O presidente americano afirmou que serão convidados representantes de Estado, departamentos federais e líderes de outros países.

Biden chamou de "estúpidos" aqueles que não acreditam nas mudanças climáticas, fala que foi interpretada pelos presentes com uma referência velada a Donald Trump, seu antecessor e rival nas eleições presidenciais deste ano. Segundo Biden, morrem mais pessoas devido ao calor nos EUA do que em decorrência de outros fenômenos naturais combinados.

Esta não é a primeira vez que Biden se equivoca. Em entrevista recente à mídia dos EUA, ele tentou colocar a responsabilidade pela alta inflação registrada no país em seu antecessor, mas confundiu dados de estatísticas macroeconômicas.

Ademais, durante as celebrações do Juneteenth — feriado dos EUA que celebra a emancipação de escravizados no país —, ele chamou atenção por aparentemente "congelar" por alguns segundos durante as celebrações. Em seguida, em discurso no evento, balbuciou palavras que o público não conseguiu compreender. Dias depois, em um discurso para anunciar novas políticas para migrantes, Biden esqueceu o nome do secretário de segurança interna dos EUA, Alejandro Mayorkas.

As gafes constantes e o desempenho de Biden no primeiro debate contra Trump, considerado por analistas um fiasco, acendeu o alerta entre aliados de Biden do Partido Democrata e grandes doadores da legenda, que passaram a procurar uma maneira de convencer o presidente a desistir de buscar a reeleição por considerarem que mantê-lo na disputa levará à vitória certa de Trump no pleito marcado para novembro.

¨      Deterioração do estado de Biden está cada vez mais preocupante após debate com Trump

O desastroso primeiro debate de Joe Biden contra seu principal oponente, Donald Trump, serviu como "uma revelação" e um "ponto de virada" nas discussões sobre o estado mental do atual presidente dos EUA e sua adequação para servir como o próximo presidente.

É o que alega nesta terça-feira (2) uma publicação do The New York Times, citando tanto funcionários antigos quanto atuais da Casa Branca.

Autoridades dos EUA que trabalharam com Biden nos últimos meses antes do debate notaram que "ele estava cada vez mais confuso, apático e perdia o fio da meada nas conversas a portas fechadas", relata o texto.

Uma alta autoridade europeia registrou um declínio notável no estado de Biden durante a recente cúpula do Grupo dos Sete (G7), na Itália, acrescentando que os europeus ficaram chocados ao ver um presidente dos EUA "fora de si" e com dificuldades para conversar.

Um ex-funcionário dos EUA disse: "Eu simplesmente não sei", quando perguntado se alguém poderia imaginar Biden e o presidente russo, Vladimir Putin, na mesma sala. Um ex-funcionário europeu respondeu à mesma pergunta dizendo que não.

No dia 27 de junho, Biden e Trump participaram de um debate promovido pela CNN em Atlanta, Geórgia. Biden parecia desorientado, confuso e incoerente, reforçando em vez de refutar preocupações contínuas sobre seu declínio cognitivo aos 81 anos.

O desempenho ruim de Biden levou alguns políticos democratas, doadores e outros apoiadores a pedir que ele se afastasse.

No entanto, o diretor de comunicações da campanha de Biden, Michael Tyler, disse que não houve conversas sobre a substituição de Biden.

¨      Governo Biden 'ignora as vozes de sua equipe diversificada' ao apoiar Israel, diz ex-funcionária

A ex-funcionária política nomeada no Departamento do Interior dos Estados Unidos, Maryam Hassanein, disse ao renunciar ao cargo nesta terça-feira (2) que o governo do presidente Joe Biden ignora sua equipe diversificada ao financiar e permitir as ações de Israel contra os palestinos.

"Estou renunciando ao meu cargo como nomeada da administração Biden no Departamento do Interior. Como uma norte-americana muçulmana, não posso continuar trabalhando para uma administração que ignora as vozes de sua equipe diversificada ao continuar a financiar e permitir o genocídio de palestinos por Israel", disse Hassanein em uma declaração.

De acordo com o comunicado, a decisão de renunciar foi difícil, mas o apoio da administração às ações de Israel contra os palestinos tornou impossível continuar no Departamento do Interior.

"Mesmo que não sejamos nós que moldamos a política, nossa mera presença aqui, especialmente como nomeados por Biden-Harris [Kamala, vice-presidente do país], nos torna cúmplices ao permitir que as coisas continuem como estão quando este genocídio está longe de ser normal", alegou.

A declaração acrescentou que os EUA devem cessar o fornecimento de armas a Israel e encerrar seu apoio à ocupação militar na Faixa de Gaza, ao apontar que as alegações da administração Biden de preocupação com o sofrimento palestino são contraditas por suas ações.

Cerca de 38 mil palestinos foram mortos e quase 87 mil ficaram feridos durante as operações militares de Israel em Gaza desde 7 de outubro de 2023, quando as hostilidades reacenderam o conflito após o ataque do Hamas a Israel.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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