terça-feira, 2 de julho de 2024

Gases fedidos: 5 principais causas (e o que fazer)

Os gases fedidos podem ser causados pela ingestão excessiva de alimentos fonte de proteínas e fibras, como ovos, brócolis, couve-flor, carne vermelha, alho e queijos, porque favorecem a produção de sulfeto de hidrogênio, uma substância com odor de “ovo podre” que é produzida pelas bactérias do intestino durante a fermentação desses alimentos.

Além disso, os gases com forte odor também podem ser causados por situações como uso de alguns medicamentos, intoxicação alimentar, prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, intolerância a lactose e câncer de cólon.

Mastigar bem os alimentos, beber chá de hortelã e erva-doce, e diminuir a ingestão de alimentos ricos em enxofre e fibras, são algumas opções que podem ajudar a evitar os gases fedidos.

Veja com a nutricionista Tatiana Zanin mais dicas para evitar e eliminar os gases fedidos:

<><> Principais causas

As principais causas dos gases fedidos são:

•           1. Alimentos ricos em proteína

O consumo excessivo de alimentos ricos em proteína como leite, queijos, iogurtes, carnes vermelhas, peixes e ovos, aumenta a produção de sulfeto de hidrogênio pelas bactérias intestinais, a principal substância responsável por deixar os gases mais fedidos.

# O que fazer:

- é aconselhado comer pequenas porções de proteínas na dieta, sendo sugerida a ingestão de 1g de proteína por cada Kg de peso corporal por dia. Uma pessoa com 85 Kg consumiria 85g de proteína por dia, o que equivale a 150g de peito de frango grelhado e 100g de sardinha assada, por exemplo.

•           2. Alimentos ricos em fibras

Os alimentos ricos em fibra e que também contêm alto teor de enxofre, como brócolis, couve-flor, aspargos, alho-poró, cebola, rabanete, nabo e couve de Bruxelas são os que produzem mais gases fedidos.

Apesar de não favorecerem diretamente a formação de gases fedidos, os alimentos ricos em fibras, como feijão, soja, lentilha, aveia, aspargo, maçã, amêndoa, levam mais tempo para serem digeridos no intestino, o que pode causar o aumento da fermentação pelas bactérias, facilitando a formação de gases.

# O que fazer:

- é recomendado diminuir o consumo de vegetais ricos em enxofre. Além disso, pode-se também tentar reduzir a ingestão de vegetais e frutas com alto teor de fibras. No entanto, é importante ressaltar que as fibras são fundamentais para a manutenção da saúde e, por isso, a redução do consumo desses alimentos só deve ser feita no período no qual se está com mais gases.

•           3. Alterações gastrointestinais

Alguns problemas gastrointestinais, como prisão de ventre, diarreia, intoxicação alimentar, intolerância à lactose, doença celíaca e câncer de cólon podem causar desequilíbrio na flora intestinal, favorecendo a formação de gases fedidos.

# O que fazer:

- nestes casos, é importante passar por uma consulta com um médico e um nutricionista para que seja feita uma avaliação completa do estado de saúde, sejam recomendados os medicamentos necessários e seja prescrita uma dieta individualizada, para tratar a condição de saúde.

•           4. Medicamentos

Alguns medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios e laxantes podem causar alterações na flora intestinal, modificando a composição das bactérias do intestino e provocando o aumento dos gases fedidos.

# O que fazer:

- fortalecer e aumentar as bactérias benéficas do intestino, com o uso de probióticos, como kefir, kombucha e iogurte natural, ajuda a equilibrar a flora intestinal, evitando os gases fedorentos.

•           5. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável pode também provocar gases fedidos, além de dor abdominal e períodos de diarreia e prisão de ventre. A síndrome do intestino irritável é quando há a inflamação das vilosidades intestinais, o que pode ser consequência de estresse, ansiedade, intolerância alimentar ou alergias.

# O que fazer:

- é recomendado consultar o gastroenterologista para que seja realizado o diagnóstico e, assim, ser iniciado o tratamento, que pode ser feito com mudanças de alimentação e diminuição de níveis de estresse, por exemplo.

 

•           Dieta para gases: alimentos a evitar e o que comer

A dieta para combater os gases deve ser de fácil digestão, para manter o equilíbrio da flora intestinal e o bom funcionamento do intestino, diminuindo, assim, a produção de gases, a sensação de mal estar, o inchaço e a dor abdominal.

Alguns alimentos que podem favorecer a formação de gases são o feijão, o brócolis e o milho, por exemplo, pois são ricos em fibras que não são digeridas no trato gastrointestinal e são fermentadas pelas bactérias intestinais.

É importante ressaltar que a dieta para combater os gases deve ser individualizada, porque os alimentos que podem causar flatulência variam de uma pessoa para outra, podendo em algumas pessoas ser o feijão, e em outras serem os laticínios, por exemplo.

•           Alimentos que causam gases

Os alimentos que podem provocar um aumento na produção de gases são:

•           Feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, brócolis, couve de Bruxelas, cebola, alho, couve-flor, pepino, alcachofra, aspargos, nabo e aveia, pois são alimentos ricos em fibras e em amidos resistentes, como a rafinosa, que não são digeridos pelo organismo e são fermentadas pelas bactérias do intestino, aumentando a produção de gases;

•           Cereais integrais, como arroz integral, aveia, quinoa, milho;

•           Ovos;

•           Adoçantes artificiais, como sorbitol, maltitol e xilitol;

•           Algumas frutas ricas em frutose, um tipo de açúcar que não é bem absorvido pelo organismo, aumentando a produção de gases, incluindo sucos, frutas secas ou em calda..

•           Bebidas com gás, como refrigerantes, espumantes e águas gaseificadas;

•           Chiclete;

•           Frituras, como batata frita, coxinha e frango frito;

•           Carnes processadas e refeições volumosas e com muito molho.

Os laticínios, como leite, iogurte e queijos também podem causar gases em algumas pessoas, principalmente em quem possui intolerância à lactose. Por isso, não é necessário eliminar a lactose da dieta, a menos que seja comprovado que os gases estão relacionados com esses alimentos.

Além disso, o glúten também pode provocar gases intestinais, principalmente em pessoas que possuem intolerância ao glúten ou que tenham doença celíaca. Alguns alimentos com glúten são trigo, cevada e centeio, assim como todos os alimentos preparados com esses ingredientes.

•           Como identificar os alimentos

Como os alimentos que produzem gases podem variar de uma pessoa para outra, é importante fazer um diário alimentar, em que se deve registrar todos os alimentos e bebidas consumidos ao longo do dia. Essa técnica permitirá identificar quais alimentos podem ter provocado os gases. Em seguida, pode-se realizar um teste para verificar se determinado alimento é o responsável pelo mal-estar, eliminando-o da dieta por 3 dias e verificando se os sintomas melhoram.

É recomendado fazer esse teste sob orientação do nutricionista. Isto porque dependendo do resultado do diário alimentar, a eliminação de alguns alimentos da dieta pode ser indicada, mas de forma a evitar a carência de nutrientes.

•           Alimentos que reduzem os gases

Além de retirar os alimentos que estimulam a formação de gases, também consumir alimentos que melhoram a digestão e a saúde da flora intestinal, como:

•           Tomate e chicória;

•           Kefir ou iogurte com bifidobactérias ou Lactobacillus, que são bactérias benéficas para o intestino e atuam como probióticos (recomendados apenas para as pessoas que não são intolerantes a lactose);

•           Consumir chás de erva-cidreira, gengibre, erva-doce ou carqueja, que possuem propriedades digestivas e antiespasmódica, melhorando a digestão e facilitando a expulsão dos gases.

Além disso, outras dicas que ajudam a diminuir a produção de gases são evitar beber líquidos durante as refeições, comer devagar, mastigar bem e fazer atividade física regularmente, pois são dicas que aceleram a digestão e melhoram o trânsito intestinal, reduzindo a produção de gases pelas bactérias.

 

Fonte: Tua Saúde

 

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