terça-feira, 23 de julho de 2024

Evangélicos começam a acordar: 70% dos evangélicos refutam candidato indicado por pastor, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha revela que a maioria dos evangélicos paulistanos desaprova a mistura entre púlpito e palanque. Realizada entre 24 e 28 de junho com 613 moradores da capital paulista que professam a fé evangélica, a pesquisa mostrou que os fiéis não apreciam a intervenção política dos pastores e rejeitam indicações de voto feitas por eles.

56% dos entrevistados acreditam que os líderes religiosos não deveriam apoiar candidatos durante o período eleitoral, 70% são contra indicações diretas de voto por parte dos pastores, 76% rejeitam a recomendação pastoral para não votar em determinado candidato e 80% afirmaram nunca ter escolhido um candidato sugerido pelo pastor, e 90% disseram que nunca se sentiram pressionados a fazê-lo.

A pesquisa também revelou que a identidade religiosa de um candidato nem sempre inspira confiança. Apenas 11% confiam muito mais em um político evangélico, enquanto 37% afirmam que a religião não faz diferença na sua confiança no candidato.

A maioria dos evangélicos paulistanos acredita que os líderes religiosos não devem falar sobre política durante os cultos. A pesquisa mostrou que 76% dos entrevistados são contra a discussão de assuntos políticos nas pregações.

Metade dos evangélicos declarou que o apoio de um pastor a um político os faria não votar nesse candidato de jeito nenhum, enquanto apenas 14% afirmaram que votariam com certeza no político indicado pelo pastor.

A pesquisa mostrou que o campo evangélico é predominantemente conservador. A maioria dos fiéis se identifica com a direita/centro-direita, enquanto apenas 15% se veem na esquerda/centro-esquerda.

O levantamento destacou que o pleito de 2022 foi marcado por conflitos dentro das igrejas devido à contaminação eleitoral nas pregações. O apoio a Jair Bolsonaro foi significativo entre os pastores, enquanto a rejeição a Lula também foi expressiva.

Para as próximas eleições municipais, 87% dos evangélicos consideram essencial que o candidato a prefeito acredite em Deus. No entanto, o grupo está dividido sobre a importância de o candidato ter a mesma fé: 53% acham que isso não é importante, enquanto 50% acreditam ser um pouco ou muito importante.

 

•        NEOPENTECOSTALISMO FASCISTA: Manuela d'Ávila vence Record e Igreja Universal por fake News inacreditável

A ex-deputada e jornalista Manuela D´Ávila (PCdoB) saiu vitoriosa em uma ação sobre fake News criada pelo genro de Edir Macedo, o pastor Renato Cardoso, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), que foi propagada pela TV Record, que pertence ao grupo religioso.

A juíza Tamara Benetti condenou a Record e a Igreja Universal a indenizar Manuela em R$ 12,7 mil e a se retratarem no programa Entrelinhas, onde foi disseminada a inacreditável fake News.

Em 31 de maio de 2022, ainda na pré-campanha eleitoral, Cardoso convidou pastores para falar da estratégia de Jair Bolsonaro (PL) contra Lula.

Em uma enxurrada de mentiras - como a de que Lula teria contratado pastores evangélicos para a comunicação -, Cardoso afirmou que o petista apoiaria um fictício projeto de lei de Manuela de "legalização do incesto", que liberaria pais e filhos a terem um relacionamento íntimo.

A mesma notícia falsa circula em grupos de WhatsApp desde 2019 e, evidentemente, foi desmentida pela ex-deputada, que foi candidata a vice na chapa de Fernando Haddad em 2018, e agências de checagem.

Na decisão, a juíza condenou a Record e a IURD por danos morais por terem afetado a imagem de Manuela na emissora com a segunda maior audiência de televisão do Brasil.

 

•        ORCRIM BOLSONARISTA: Esposa de coronel do 8/1 pede pix a patriotas e reforma mansão com piscina

Após o 8/1, o coronel bolsonarista Jorge Eduardo Naime, se firmou na extrema direita, tendo recebido ajuda financeira de patriotas pelos pedidos de Pix feitos por sua esposa nas redes sociais. Como “justificativa”, Mariana Fiuza Taveira Adorno Naime declarou estar enfrentando “dívidas urgentes” e viver uma “situação econômica delicada”, promovendo a imagem do marido como um preso político para arrecadar doações.

Mariana abriu uma conta no X, antigo Twitter, em setembro de 2023, após ter classificado o corte do salário de Naime pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “tortura psicológica”. Os pedidos de contribuição financeira nas redes sociais começaram logo depois que o salário foi suspenso. Enquanto esteve detido, o coronel Naime ainda contou com o respaldo público de vários políticos bolsonaristas.

Em julho de 2023, um grupo de 19 senadores e deputados federais formalizou pedidos à CPMI dos Atos Antidemocráticos solicitando a liberação. Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, a deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) celebrou a soltura do coronel: “oficial honrado”, escreveu. Nikolas Ferreira (PL-MG) chegou a produzir um “documentário” para Naime.

Atualmente, a família do coronel mora em uma residência de alto padrão em um condomínio fechado em Vicente Pires, que está passando por uma reforma com Pix doado pelos “patriotas”, com ênfase nas melhorias ao redor da área da piscina.

Crédito: Metrópoles

Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), não ocupava o cargo em 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram os edifícios da Praça dos Três Poderes em uma tentativa de golpe de Estado.

<><> 1º militar da PMDF preso no 8/1

Na época, Naime estava de licença-recompensa e é atualmente acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de não ter agido para prevenir os atos antidemocráticos. Ele foi o primeiro oficial de alta patente da PMDF a ser preso em conexão com as investigações sobre os eventos de 8 de janeiro.

“Nossa família está contando com sua ajuda, seja doando ou compartilhando nossos dados. Cada gesto faz a diferença. Venha fazer parte dessa união”, escrevia a esposa do coronel. Veja outras mensagens publicadas por ela:

Durante o período em que era militar da ativa, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, Jorge Eduardo Naime Barreto recebeu pelo menos dez depósitos em dinheiro, totalizando R$ 50.900, sem identificação da origem pela instituição financeira. A Procuradoria-Geral da República (PGR) documentou esses depósitos e levantou a possibilidade de Naime utilizar a conta bancária de Mariana Fiuza Taveira Adorno para receber valores indevidos.

O documento ainda indica que Naime mantinha relações econômicas aparentemente ilícitas com um homem chamado Sérgio Assis. Por exemplo, ele teria utilizado recursos públicos da polícia para transportar R$ 1 milhão em favor desse indivíduo. Sérgio era sócio de Mariana na época.

Em outubro de 2023, a campanha de arrecadação contou com um vídeo de uma major da Corregedoria da PMDF, fardada, solicitando Pix para a família de Naime. A Associação dos Oficiais da PMDF (ASOFPMDF), presidida por Naime antes de sua prisão, também estava arrecadando fundos, principalmente de membros da corporação. Enquanto os patriotas faziam contribuições através das redes sociais, Cristiane Caldeira, tesoureira da entidade, e o coronel Leonardo Moraes, presidente da ASOF, afirmaram que o dinheiro arrecadado era “totalmente destinado aos familiares” e para “manutenção das famílias”.

O coronel, que é réu, responde ao processo em liberdade provisória, sob medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do DF ou usar redes sociais. Ele prestou depoimento virtualmente em maio deste ano. Além de Naime, outros seis PMs estão sendo investigados no mesmo inquérito. O processo está em fase de diligências para a coleta de provas, e, em seguida, começará a fase de alegações finais antes da sentença.

•        O que diz esposa de coronel

Mariana diz ter “compromisso com a verdade” e que “recebeu doações e apoio enquanto o salário esteve bloqueado e enquanto o provedor de sua família esteve preso”. “Quando da ida à reserva, ele [o marido] recebeu valores/acerto da polícia e tem utilizado em casa. Essa associação que se faz é tendenciosa”, disse em nota ao Metrópoles.

•        Relembre o Pix para Bolsonaro

A vaquinha criada por aliados do ex-presidente atingiu R$ 18 milhões de reais e contou até com doação de presos pelos atos terroristas do 8 de janeiro. O levantamento foi realizado por técnicos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro no ano passado por intermédio de informações da quebra de sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

De acordo com uma reportagem do site Metrópoles, a soma de todos os valores recebidos pelo ex-presidente passava de R$ 18 milhões e mostrou que Bolsonaro recebeu doações de recursos, via Pix, de 18.082 servidores federais já no governo do presidente Lula (PT). Além disso, a CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) identificou transferências realizadas via PIX por subordinados e por uma empresa de segurança ao coronel Naime.

Sob alegação de que Bolsonaro era vítima de um “assédio judicial” e que precisava conseguir recursos para pagar multas, os depósitos foram feitos por “patriotas”, sob argumentos muito semelhantes ao do coronel.

 

•        O falso patriotismo de Jorginho, o bolsonarista. Por Menon

Os tetracampeões do mundo se reuniram para um jantar comemorativo dos 30 anos da conquista de 1994. Muito justo. Foi um título importantíssimo, terminando com um jejum de 24 anos. Atualmente, vivemos outro período semelhante. Serão os mesmos 24 anos no próximo Mundial.

Foi um grupo muito criticado. Jornalistas eram testemunha do tri em 70 e da maravilhosa seleção de 82 e exigiam um futebol que não existia mais. Dunga, por exemplo, que jogaria em qualquer seleção de hoje em dia, era execrado. E, aí quem me dera ter uma dupla Romário e Bebeto...

Jorginho, lateral direito que se contundiu e não pode jogar a final, fez um discurso emocionado. Além de louvar sua conquista, criticou muito o comportamento de jogadores de hoje, que perdem e vão para a festa em Ibiza.

Não tenho simpatia pelo pessoal de hoje, mas Jorginho exagera. Basta lembrar das escapadas de Romário durante a Copa...Profissionalismo.

Jorginho tem o costume de misturar profissionalismo com patriotismo. Durante a Copa de 2010, quando era auxiliar de Dunga, fez um discurso ridículo, dizendo que os jornalistas não deveriam criticar o time porque também dependiam dos resultados para ganharem bons salários.

Evangélico fervoroso, quando era treinador do América, pediu que trocassem o símbolo do clube: saiu um simpático diabinho e entrou uma águia malvada, a do Tio Sam.

Na última eleição, apoiou Bolsonaro porque Lula terminaria com a Família e implantaria o Comunismo.

Sem sucesso como treinador, talvez faça outro discurso patriótico na comemoração de 35 anos do tetra. Até lá, continuará no ostracismo.

 

Fonte: DCM/Fórum

 

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