Deputado
evangélico parte pra cima de pastor que denunciou abuso político no culto
Um
fato inusitado ganhou as redes nos últimos dias: o deputado estadual Josué
Paiva (Republicanos – PA) agrediu verbal e fisicamente o pastor Aldery Nelson
Rocha, de 62 anos, durante o culto que acontecia por ocasião da Convenção de
Ministros e Igrejas das Assembleias de Deus do Pará, a Comiadepa, na última
terça-feira (2), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (PA).
O
motivo da agressão, segundo testemunhas, foi o fato de o pastor Aldery, em sua
pregação, ter feito críticas ao uso eleitoral das igrejas. O também pastor e
deputado Josué, então, foi tirar satisfação com o pregador da noite e, além de
agredi-lo verbalmente, lhe deu um empurrão, o que causou um alvoroço no
palco/altar onde acontecia a ministração da noite. Nos vídeos que circularam
nas redes, não se vê a agressão, mas percebe-se o tumulto causado e os obreiros
e pastores se dirigindo ao local para “acalmar os ânimos” dos irmãos. O fogo,
nesse caso, não era do Espírito.
O
deputado se indignou no momento em que o pastor Aldery Nelson fez algumas
declarações bem diretas ao que aconteceu minutos antes no culto: “E no dia que
você aprender que o culto é do Senhor, você nunca vai tirar uma selfie na hora
do culto”, dizendo ainda que “o púlpito do Senhor não é para ser usado para
discurso político e nem para usar o povo de Deus para estar fazendo marketing
de política, mas o templo é para estar sendo apregoada a Palavra do
Senhor". Testemunhas relatam que o que mais incomodou Josué Paiva foi o
fato de a igreja vibrar com essas palavras, que entendeu-se referirem-se a ele
mesmo e o que havia acabado de fazer.
O
pastor Aldery Nelson Rocha saiu da igreja escoltado e aplaudido de pé por todos
que ainda estavam no Comiadepa.
O
perfil do Instagram @assembeianosdevaloroficial, que repercutiu em vários posts
a confusão, afirma que recentemente Aldery também se envolveu numa polêmica, ao
afirmar no púlpito da Assembleia de Deus do Belém em São Paulo que "a
mulher deve se arrastar no chão por seu marido". A fala foi tomada como
machista e ofensiva à ala feminina da Igreja e o pastor José Wellington Júnior
teve que vir a público pedir desculpas a Igreja pela fala dele.
• MAIS UM... Pastor é preso pela PF no
momento em que compartilhava pornografia infantil
Agnaldo
Roberto Betti, de 58 anos, é um conhecido pastor do universo evangélico
brasileiro, com quase meio milhão de seguidores nas redes sociais. Ele foi
preso em casa na quarta-feira (3) pela Polícia Federal, com auxílio de
policiais militares, em Valinhos, no interior de São Paulo, sob a acusação de
compartilhar pornografia infantil. As autoridades já o investigaram pelo mesmo
crime anteriormente, há alguns meses e, então, um mandado de prisão contra o
clérigo foi expedido por uma nova acusação do gênero.
O
que os agentes da PF não imaginavam é que ao invadirem a casa de Betti ele
estaria naquele exato momento compartilhando arquivos de pornografia infantil
por meio de um aplicativo específico. De acordo com a versão dos policiais, ele
tentou ainda desligar e bloquear o celular e o notebook, além de apagar alguns
arquivos, mas a ação foi rápida e as provas foram recuperadas.
Liderança
da Assembleia de Deus Ministério Belém, o pastor tem um canal no YouTube
voltado para a evangelização de jovens, onde oferece “aulas e palestras
bíblicas”. A direção da denominação afirmou que Betti foi afastado “até que os
fatos sejam devidamente apurados”. O problema é que a PF informou que o acusado
já tinha sido indiciado por um caso idêntico no começo deste ano e, ao que
consta, nada foi feito pela igreja.
A
ação foi levada a cabo no âmbito da Operação Escudo da Inocência, que visa
proteger crianças e adolescentes que são vítimas de abuso sexual no país. Após
a detenção, Betti foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal de
Campinas, prestou depoimento, realizou exame de corpo de delito no IML da
cidade paulista e foi finalmente encaminhado para um presídio da região, por
determinação do juiz da 9ª Vara Federal de Campinas.
• Pastor que aconselhou Trump renuncia
ao admitir caso com menina
O
pastor evangélico Robert Morris, que fez parte do conselho consultivo
espiritual de Donald Trump durante a campanha de 2016 e na Casa Branca, foi
forçado a renunciar a seu cargo na igreja Gateway, do Texas, depois que sua
acusadora fez uma denúncia pública e pediu para ser identificada como vítima de
abuso sexual.
Morris
sobreviveu no cargo durante muitos anos depois de várias manobras, alegando que
havia se arrependido e pedido perdão à família da pessoa que identificava como
"jovem senhora", com a qual, na versão dele, houve apenas troca de
beijos e abraços.
Cindy
Clemishire, no entanto, pediu para ser identificada ao dar depoimento a uma
página que se dedica a investigar abuso sexual em igrejas evangélicas.
Ela
contou que conheceu o pastor aos 11 anos de idade. Ele tinha 20 e viajava com a
esposa. A família de Cindy estreitou relações com o casal.
NA
NOITE DE NATAL, COM PIJAMAS COR DE ROSA
Na
noite de Natal de 1982, a menina, então com 12 anos de idade, foi convidada
para ir ao quarto de hóspedes de sua própria casa, onde encontrou Morris
sozinho. Ela vestia pijamas cor de rosa.
Na
descrição dada pelo entrevistador:
Ele
disse a ela para se deitar de costas e tocou sua barriga. Ele disse a ela para
fechar os olhos. Então ele tocou seus seios e apalpou sob sua calcinha. Ele a
avisou: "Nunca conte a ninguém sobre isso porque vai estragar tudo".
O
abuso, de acordo com Cindy, durou pelos próximos quatro anos e meio.
As
duas famílias eventualmente souberam do que se passava, motivo pelo qual o
pastor pediu perdão e se afastou da congregação. Mas, foi temporário.
A
família de Cindy hoje alega que jamais esperava que ele voltasse a pregar.
Eventualmente,
o pastor arrebanhou milhares de seguidores no Texas, montou programas de rádio
e TV e ajudou a construir a igreja que, em 2023, estava entre as dez maiores do
ranking.
Por
causa de seu sucesso, Morris foi convidado a integrar o conselho consultivo
espiritual de Donald Trump durante a campanha de 2016 -- e participou de um
evento no Texas que permitiu ao republicano angariar votos de evangélicos que
garantiram sua vitória no estado.
Embora
o comportamento de Morris tenha sido criminoso, ele está livre de eventual
acusação por causa da prescrição.
A
igreja dele segue os ditames da chamada Palavra da Fé, segundo a qual os
cristãos podem alcançar poder e prosperidade financeira através de orações.
• CIDADÃO DE BEM?... Pastor evangélico
é preso acusado de assediar e beijar enteada de 14 anos em SP
Acusado
de beijar e assediar uma adolescente de 14 anos, que é sua enteada, um pastor
evangélico de 45 anos foi preso nesta terça-feira (18) pela Polícia Militar na
cidade de Ilha Solteira, no interior de São Paulo. Segundo a vítima, os abusos
ocorriam há anos, mas mesmo após denunciá-los à mãe a situação permanecia
acontecendo, visto que a responsável alegava ser mentira da adolescente.
No
entanto, a coisa mudou de figura na última semana, quando a mulher flagrou o
marido assediando a menina na sala da casa onde eles viviam. O casal estava
junto há nove anos e tem um filho. Assim que mãe viu o ataque realizado pelo
marido, ela passou a gritar e dizer que chamaria a polícia, momento em que o
acusado teria corrido e fugido do imóvel.
Com
informações anônimas, uma viatura da PM conseguiu localizar o suspeito, que não
teve a identidade revelada pelas autoridades. Ele estava escondido na casa de
uma irmã e foi conduzido para prestar depoimento na DDM (Delegacia de Defesa da
Mulher) do município. Não ficou claro se ele já tinha um mandado de prisão
preventiva expedido pela Justiça.
• Pastor faz violento ataque contra
mulheres durante culto: "Deus mandou”
Um
vídeo que circula pelas redes mostra o apóstolo Adelino de Carvalho, da Igreja
Reino dos Céus, localizada em Minas Gerais, desferindo uma série de ataques
misóginos contra as mulheres. Entre várias coisas, o religioso defende o
controle dos homens sobre as mulheres e afirma que elas "devem dar para o
marido" mesmo contra a sua vontade.
"O
marido é um homem bom para a senhora, à noite a senhora tem que dar pra ele
[...] é igual àquela mulher, que o marido faz tudo para ela, chega à noite, ele
quer um carinho, aí a infeliz fala que está com dor de cabeça e fica sem dar
[para o marido]. A senhora está pecando, irmã", dispara o religioso,
usando uma linguagem completamente baixa.
Em
seguida, o apóstolo diz que Deus manda a mulher dar para o marido. "Se o
seu marido é um homem bom para a senhora, à noite você tem que dar pra ele. E
não fique com vergonha, não, porque foi Deus que mandou a senhora dar para o
seu marido", afirma Adelino de Carvalho.
"Dar
que eu estou falando não é café, pão... preciso ser mais explícito? Quer que eu
escancare? A senhora tem que dar pro seu marido, não o necessário, é até o
sobrando para que ele não procure uma vagab*nda na rua e o pecado seja da
senhora", disse o religioso numa inversão total de valores.
¨
Papa Francisco
excomunga padre ultraconservador amado pelos bolsonaristas
Nesta
sexta-feira (5), a Santa Sé anunciou a excomunhão do arcebispo Carlo Maria
Viganò, um pároco ultraconservador que tentou derrubar o Papa Francisco e prendê-lo com a Guarda Suíça.
A
excomunhão se deu por um motivo simples: Viganò - que foi embaixador do
Vaticano em diferentes países - deixou de reconhecer a legitimidade do Papa
Francisco em 2018 e, desde então, tem atentado contra a autoridade do Sumo
Pontífice.
Ele
se aliou aos grupos mais extremos da Igreja Católica, os sedevacantistas, que
acreditam que o Papa é ilegítimo. Este tipo de conflito se acentuou após o Papa
Francisco fazer acenos mais progressistas na Igreja.
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Amado pelos bolsonaristas
Viganò
se tornou um ídolo dos mais radicais extremistas de direita após abraçar
teorias da conspiração envolvendo Hillary Clinton e outras tramas do movimento
QAnon.
Nos
comentários no Twitter sobre a excomunhão do arcebispo Viganò, muitos
bolsonaristas elogiam a postura do arcebispo excomungado, afirmando que ele
trava uma batalha contra um papa "ideológico".
Outros
católicos lamentaram pela excomunhão, mas reconheceram que não há como se
manter na fé sem reconhecer a autoridade do Papa.
No
Jornal da Cidade Online, um dos mais famosos propagadores de fake news da
extrema direita, uma carta de Viganò ao ex-presidente Donald Trump ganhou
destaque no ano de 2020.
No
texto, ele afirmava que Trump era o protagonista de uma luta entre os
"filhos da luz" e os "filhos das trevas", uma típica
narrativa de extremíssima direita adotada pelos conspiracionistas do
bolsonarismo mais radical.
O
artigo assinado por Carlos Adriano Ferraz afirma que a carta "também
deveria ser lida com atenção pelo nosso Presidente, Jair Bolsonaro".
• Lula se aproxima de grupos religiosos
com Programa Acredita liderado por Wellington Dias
O
governo Lula busca se aproximar de grupos religiosos, entre eles, católicos e
evangélicos. Uma das iniciativas foi o lançamento, nesta quinta-feira (4), no
Ceará, do Acredita no Primeiro Passo.
O
programa, liderado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome (MDS), tendo à frente o ministro Wellington Dias,
procura apoio de organizações da sociedade civil para identificar pessoas e
famílias que se ajustem ao perfil de emprego e empreendedorismo. Entre essas
organizações estão igrejas evangélicas e católicas.
A
Universidade Federal Fluminense (UFF) iniciou o processo de capacitações,
treinando 705 pessoas indicadas por pastores do Rio de Janeiro. Além disso,
parcerias já foram firmadas em Belford Roxo e Nova Iguaçu.
Wellington
Dias assinou, no dia 14 de junho, protocolo de intenções com sete entidades sem
fins lucrativos do Rio, com o objetivo de promover a inclusão socioeconômica de
pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
A
parceria prevê ações como cursos de capacitação profissional, feiras de
empreendedorismo e programas de mentoria para auxiliar na busca por emprego.
Todas gratuitas para os beneficiários.
A
cerimônia de formalização ocorreu no Teatro Nova Iguaçu Petrobras e contou com
a presença de cerca de 600 lideranças evangélicas e autoridades do município.
Capacitação
para emprego e empreendedorismo
“O
Programa Acredita vai focar em 23,63 milhões de empreendedores, formais ou
informais, e boa parte mulheres empreendedoras. Para o desenvolvimento
econômico seguro é necessário tirar pessoas da pobreza e ampliar a classe
média”, destacou o ministro Welington Dias.
Fonte:
Fórum
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