Corrida de cavalos e hipismo são crueldade
com animais?
Nos Jogos Olímpicos
desde 1912, o pentatlo moderno passará por uma reforma para a edição de 2028. A
Olimpíada de Paris, cuja abertura acontece na sexta-feira (26/7), será a última
em que a modalidade contará com a equitação como uma de suas etapas.
A mudança ocorre
depois que uma técnica alemã foi filmada socando um cavalo nos Jogos de Tóquio,
em 2021, após ele se recusar a saltar um obstáculo durante a apresentação de
uma atleta da sua equipe.
Ainda será definida a
atividade que substituirá essa etapa, que hoje consiste em um percurso de
saltos em um cavalo desconhecido que o atleta recebe em sorteio 20 minutos
antes de competir.
Além dessa categoria,
os Jogos Olímpicos também contam com três modalidades de hipismo (saltos,
adestramento e o concurso completo de equitação, uma espécie de triatlo
equestre).
A despedida da
equitação como parte do pentatlo acontece num momento em que há uma discussão
mais ampla, com muita polarização, no Brasil e em diversos países:
O uso de cavalos em
práticas esportivas pode configurar crueldade com animais?
De um lado, há os que
entendem que em todo páreo e prova de salto mora a crueldade. Eles mencionam
uso indiscriminado de drogas para melhorar o desempenho, açoites com chicotes,
lesões por treinos intensivos, eutanásia pós-lesões e, principalmente, imposição
de um esforço absurdo a um ser capaz de ter emoções e padecer de dor.
De outro, há os que
não veem fundamento nessa avaliação. Afirmam que não teria dolo em provas, pois
a espécie nasceu para a corrida, os chicotes existem hoje apenas para orientar
o animal e argumentam que seria uma visão equivocada misturar sentimentos e
dores dos humanos com aqueles dos animais como se fossem da mesma ordem.
Diante desse cenário,
a Federação Equestre Internacional (FEI), por meio de uma comissão independente
de ética e bem-estar, procurou o caminho do meio.
Em 2023, divulgou um
relatório que contém o que a comunidade dos principais mercados globais entende
por bem-estar dos cavalos e suas preocupações específicas sobre o uso desses
animais no esporte.
É a chamada “licença
social para operar”, algo como uma camada de permissão pública logo abaixo da
primeira, as leis.
“Trata-se de um código
de práticas, o que a sociedade considera aceitável e não aceitável”, diz
Adroaldo José Zanella, coordenador do Centro de Estudos Comparativos em Saúde,
Sustentabilidade e Bem-Estar na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade
de São Paulo, campus de Pirassununga.
No tópico específico
para equinos que participam de desportos, o relatório da FEI destacou que as
principais preocupações apontadas pela sociedade envolviam: isolamento social
do animal, condições de temperatura nas baias acima da zona de conforto, intensidade
exagerada dos treinamentos, falta de acesso a alimentos que permitam à sua
digestão operar de forma natural, e utilização de equipamentos, como freios e
selas, inadequados.
No Brasil, em 2022, um
ano antes do relatório da federação internacional, o Ministério da Agricultura
já tinha entrado nesse páreo ao divulgar o Manual de Boas Práticas e Bem-Estar
Animal no Turfe (esporte que promove e incentiva corridas de cavalos).
As entidades devem
manter, segundo as regras em vigor, um plano de boas práticas escrito no qual
descrevem procedimentos, critérios e limites críticos adotados nas
dependências, a fim de garantir boa qualidade de vida aos animais alojados, a
segurança e saúde das pessoas e o equilíbrio ambiental.
O plano deve ser
validado e aprovado pelo médico veterinário responsável e pela diretoria da
entidade turfística, que se compromete a sensibilizar e capacitar todos os
profissionais e proprietários envolvidos.
Boa alimentação, boa
saúde, bom alojamento e comportamento adequado seriam os pilares desse plano.
O documento deve estar
disponível na entidade para análise e avaliação das auditorias do ministério e
ser enviado ao órgão sempre que solicitado.
• 'Níveis variados de bem-estar'
Com mais de 40 anos de
experiência na área, e estimulada pelo professor Zanella, a médica veterinária
Laura Pereira Pinseta analisou, durante seu mestrado, os maiores desafios para
o bem-estar de animais em duas unidades equestres.
Ela observou o Clube
Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, que, fundado em 1935, promove campeonatos,
cursos de equitação e sessões de equoterapia, e o Jockey Club do Rio de
Janeiro, fundado em 1932, que sedia o maior evento de corridas de cavalo do
país, o GP Brasil.
Dezoito animais do
Jockey Club de São Paulo e dezesseis de um haras de criação no Paraná foram
usados antes como piloto para testar o método, que envolveu avaliações
termográficas dos animais e de suas instalações, bem como medições de
temperatura e umidade.
As coletas foram
feitas em 114 equinos. Os 62 do Jockey do Rio de Janeiro eram da raça puro
sangue inglês, mais jovens, com doma inicial ao redor dos 2 anos, enquanto os
52 do Clube Hípico eram mais velhos, com início na carreira esportiva por volta
dos 4 anos.
A análise de Pinseta
indicou que os maiores desafios para o bem-estar desses animais nas unidades
visitadas foram a ausência da interação social desejada (possibilidade de
mordiscar e cheirar), a presença de lesões de pele e condições indesejadas de
tamanho e microclima nas baias.
“Mas é importante
lembrar que bem-estar animal não é o oposto de maus-tratos. Você não vai
encontrar maus-tratos nesses lugares, e sim níveis variados de bem-estar”, diz
ela, que presta consultoria na área de bem-estar de cavalos.
O médico veterinário
Gabriel Carreira Lencioni, por sua vez, direcionou sua pesquisa de doutorado
para o desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial capaz de
avaliar os níveis de dor automaticamente por meio das expressões faciais dos
cavalos.
O resultado foi
publicado na revista científica internacional Plos One e apresentado em evento
promovido pela federação internacional em março, na Nova Zelândia.
“Temos evidências hoje
de aprimoramentos que podem e devem ser introduzidos no cenário mundial das
corridas de cavalos visando à evolução do esporte e melhoria nos níveis de
bem-estar dos animais”, diz Lencioni. “No entanto, qualquer ação realizada sem
o devido planejamento e embasamento científico poderá expor os animais a
problemas ainda mais sérios.”
• Nem animal de estimação, nem de rebanho
Quando se discute o
bem-estar animal (leia mais a seguir), os cavalos habitam certa zona de
sombreamento – não são pets, mas também não se encaixam na cadeia produtiva
padrão, como os bovinos e suínos.
Situações que afetam
os cavalos costumam gerar grande consternação e ganham visibilidade rápida
quando flagradas, como o episódio da técnica alemã Kim Raisner, que terminou
com a expulsão dela dos Jogos.
Em 2023, nos Estados
Unidos, a morte de cavalos durante o Kentucky Derby, um dos eventos mais
famosos do hipismo, reacendeu a discussão sobre o tema.
Fora das competições,
um momento recente de repercussão foi o resgate do cavalo Caramelo, ilhado num
telhado de amianto durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, em
maio.
Sem raça, sem dono e
com nome adotivo, ele sensibilizou pela resiliência em esperar por dias uma
janela de sobrevivência.
Estático, contrariou
aquilo que a espécie produz de forma mais evidente, porém de difícil
mensuração: o movimento.
“Foi esse movimento
[dos cavalos] que fez o mundo ser o que é hoje”, diz o engenheiro agrônomo
Roberto Arruda de Souza Lima, em referência ao protagonismo do cavalo ao longo
dos séculos em funções militares, de transporte, carga e ocupação de
território.
Professor do
Departamento de Economia, Administração e Sociologia na Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, Roberto Arruda de Souza Lima é,
desde 2004, o responsável por levantamento que busca dimensionar a importância
econômica e social do cavalo no país.
No momento, o objetivo
é descobrir, com maior acuidade, quantos cavalos pisam em solo brasileiro.
“O Censo Agropecuário
tem lacunas importantes nesse sentido porque foi elaborado para efeito de
tributação, ou seja, está focado em animais cuja finalidade econômica está
neles mesmos, como os bovinos” diz Souza Lima.
Só teriam sido
computados os cavalos de lida, por exemplo, e não aqueles usados para o lazer e
os desportos. A última versão do levantamento é de 2017.
Pelos seus estudos, o
professor da Esalq trabalha por baixo com a estimativa de 6 milhões de cavalos
no Brasil. Destes, cerca de 2.800 estariam correndo por raias de hipódromos ou
nas pencas, como são chamadas as corridas em cancha reta, comuns no Rio Grande
do Sul. Se forem considerados os potros, na ponta precoce, e os animais
aposentados, na ponta madura, a estimativa seria de 10 mil cavalos de corrida
no Brasil.
Quanto à renda gerada
atrelada aos cavalos, Souza Lima fala de cerca de R$ 38 bilhões anuais, em
números que considera subestimados. Empregos diretos, seriam cerca de 600 mil.
Considerados também os indiretos, chega-se a uma estimativa de 3 milhões de empregos.
• Disputa em São Paulo
Em votação unânime no
fim de junho, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que
proíbe o uso de animais em atividades desportivas com emissão de bilhetes de
apostas em jogos de azar na cidade de São Paulo.
Segundo o projeto de
autoria de Xexéu Trípoli (União Brasil), vereador cuja plataforma política foca
na defesa dos animais, os cavalos de corrida estariam sujeitos a “práticas
extenuantes”.
No dia seguinte, o
texto foi sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), com a previsão de 180
dias para os estabelecimentos encerrarem essas atividades, contados a partir de
1º de julho.
Em seguida, os
holofotes caíram sobre o Jockey Club de São Paulo, que há mais de 147 anos
recebe corridas numa área de 600m² supervalorizada da capital.
Uma liminar acatada no
dia 2 de julho manteve suas atividades, sob o argumento de que a competência
para legislar sobre o tema é do governo federal.
Logo depois da
aprovação do projeto de lei pelos vereadores, Souza Lima escreveu em uma carta
aberta que considera que apostas em corridas de cavalos não se enquadram entre
os jogos de azar, cujos resultados são aleatórios.
“As apostas em
corridas de cavalo são fundamentadas em estatísticas de desempenho, histórico
dos animais e dos jóqueis e diversos outros fatores que não devidos ao acaso.”
Como o projeto
ressalva o hipismo da vedação, o professor defende que ele também deveria
excluir a corrida de cavalos, que está enquadrada entre as modalidades hípicas,
segundo lei de 2019.
Ele argumentou, ainda,
que a sugestão de crueldade em função de atividades extenuantes não condiz com
o manual do Ministério da Agricultura, já mencionado, que nortearia a entidade.
Na entrevista à BBC,
Souza Lima acrescentou ainda que considera que há uma geração de conhecimento
no universo das corridas que beneficia a saúde de outros animais.
“Algo como faz a F-1”,
disse. “O que o hospital do Jockey desenvolve em trabalhos e pesquisas vai
atingir outros tantos cavalos que estão por aí, mas que infelizmente não têm
qualquer visibilidade.”
• Avanço na pesquisa sobre bem-estar
animal
A ciência do Bem-Estar
Animal, conhecida como BEA, foi um tema que esquentou na academia ao longo dos
últimos 30 anos, abordando diferentes espécies.
“Houve uma explosão de
trabalhos e o momento é incrível”, diz o zootecnista Mateus José Rodrigues
Paranhos da Costa, professor adjunto no departamento de Zootecnia da Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
campus de Jaboticabal.
A gaúcha Maria Eugênia
Andriguetto Canozzi, médica veterinária no Instituto Nacional de Investigación
Agropecuaria (INIA), no Uruguai, buscou artigos sobre o tema de 1980 até 2022.
A quantidade de
trabalhos que usaram as expressões “animal welfare”, “animal well-being” e
“animal wellbeing” saltou de 8 artigos em 1980 para 2.973 em 2022, segundo o
levantamento.
O foco das pesquisas
tem sido a resolução de problemas na cadeia produtiva de suínos, aves, bovinos
de corte e leiteiro – problemas apontados, em geral, pelo próprio produtor ou
por campanhas de ativistas.
Outra ênfase das
pesquisas é a eliminação de gaiolas, tanto para a gestação de porcas quanto
para as galinhas poedeiras.
Sustentabilidade e
bem-estar animal é outro assunto que vem ganhando corpo nesses estudos.
Aos 80 anos, o biólogo
Donald Broom é a principal referência sobre definição de bem-estar animal.
Broom, que criou em
1986 a disciplina de bem-estar animal no curso de Medicina Veterinária da
Universidade de Cambridge (Reino Unido), é autor do estudo de 1991 que define
bem-estar animal como “o estado de um indivíduo em relação às suas tentativas
de se adaptar ao ambiente em que vive”.
A senciência dos
animais, ou seja, a capacidade para sentir ou a capacidade de receber e reagir
a um estímulo de forma consciente, tem outro marco: o Tratado de Lisboa, de
2007, que reformulou a estrutura de funcionamento da União Europeia e cujo
artigo 138 reconheceu juridicamente que animais são seres sensíveis.
O texto determina que
políticas e ações da União Europeia em diversas áreas devem ser pautadas
segundo as exigências em matéria de bem-estar animal.
Disso resultou que os
estados-membros se tornaram responsáveis por aplicar as regras da UE em matéria
de bem-estar dos animais, o que envolve inspeções oficiais e inclusive a opção
por adotar normas locais mais rigorosas, desde que compatíveis com a legislação
do grupo.
• Rigor na legislação
Há 11 anos na Suécia,
atuando como pesquisadora na Universidade de Ciências Agrárias em Uppsala, a
professora Daiana de Oliveira trouxe à tona um dado de relatório de outubro de
2023 segundo o qual 89% dos europeus esperam que as práticas agrícolas de criação
apensem padrões éticos fundamentais.
“Há uma pressão muito
grande da sociedade aqui na Europa em relação a esse ponto, mas o que falta
hoje, quando se fala em pesquisa em bem-estar animal e sustentabilidade, é
conseguir entender o custo-benefício, o que é win-win [ganha-ganha], o que tem
sinergia e o que não tem.”
Ela continua: “Ninguém
quer prejudicar o animal, mas a indústria exige certa intensificação para que o
produto final seja lucrativo”, afirma. “É onde talvez comece o spin negativo do
bem-estar animal porque, para dar qualidade de vida àquele ser senciente, é
necessário manejo específico, treinamento.”
São investimentos
dentro da cadeia de produção que costumam custar um bom dinheiro.
A legislação sueca é
mais rigorosa que a da Europa quanto ao bem-estar animal, por exemplo, quanto à
exigência de anestésico para castração de leitões e densidade de alojamento de
frangos de corte.
Em relação aos
cavalos, a legislação sueca exige que todos, independentemente de propósito,
devem ser mantidos limpos, receber atenção e supervisão diárias, ter cascos bem
aparados, acesso a alimentação nutritiva e a um estábulo seco e limpo, com
clima interno satisfatório.
Além disso, suas
necessidades sociais devem ser atendidas, com exercícios diários em piquetes ou
áreas semelhantes, limitando o tempo que podem ficar amarrados em baias
individuais e proibindo a construção de novos obstáculos com baias de
amarração.
Foi esse rigor e o
avanço na discussão sobre o tema que atraíram Oliveira para a Escandinávia. Na
contramão do levantamento dos prejuízos da produção intensiva, ela buscava
estudar o bem-estar positivo, sobre o qual a Suécia já vinha se debruçando.
Ela é professora
titular da cadeira de bem-estar animal na Universidade de Linneaus, em Kalmar,
ao sul na Suécia, e uma das coordenadoras do Pathways, projeto composto por
parceiros de 12 países que visa identificar e aumentar práticas sustentáveis
nas cadeias de abastecimento e produção do setor pecuário europeu.
“Em relação ao
bem-estar, não se pode falar somente sobre o que é o básico para o animal
sobreviver, tem de adicionar experiências positivas sobre o que é relevante
para aquela espécie”, diz.
Oliveira destaca que
hoje a ciência de ponta nessa área se ocupa mais de uma visão holística de
bem-estar, amparada em três componentes principais: oportunidade de o animal
ter comportamento natural, cuidados com seu funcionamento biológico e atenção à
parte psicológica.
• 'Da porteira para dentro'
Além do avanço do
conhecimento científico na área e o maior acesso a esse conhecimento, a grita
da sociedade pelo bem-estar animal ajudou a estimular pesquisas em tempos
recentes.
“Isso se deve ao
estreitamento do vínculo entre o ser humano e os animais, especialmente os
animais de companhia”, diz a uruguaia Márcia del Campo, pesquisadora do INIA.
Ela exemplifica essa
cobrança a partir da rede de consumo de carne – seu país natal tem um rebanho
de gado bovino de 12 milhões de animais para uma população de 3 milhões de
pessoas.
“Se, até há poucos
anos, dava-se importância ao trabalho feito da porteira até o abate do bovino,
hoje é cada vez maior o interesse da porteira para dentro”, diz. “Queremos
saber como os animais são criados e tratados desde que nascem.”
A prioridade do país
nesse sentido foi tanta que, em 2022, o Uruguai definiu o bem-estar animal como
política pública para todas as espécies e criou oficialmente o Instituto
Nacional de Bem-Estar Animal (INBA), do qual Del Campo é presidente.
Em pesquisa feita com
a população uruguaia e divulgada pelo INBA em novembro, 86% consideraram
positivo que o governo priorize o bem-estar animal e implemente medidas nesse
sentido.
Mais especificamente
em relação aos cavalos, houve consenso na condenação das corridas de longa
distância, como o enduro, e 58% dos entrevistados avaliaram negativamente a
gineteada gaúcha ou doma gaúcha, esporte tradicional no Cone Sul em que ganha o
ginete que se mantiver o maior tempo possível sobre um cavalo indomado.
Em julho do ano
passado, o Rodeio Nacional dos Campões, maior rodeio tradicionalista do Brasil,
não contou com a gineteada. A medida teria sido de precaução contra eventuais
protestos de ONGs de defesa dos animais ou mesmo ações judiciais.
Emenda à
Constituição aprovada em 2017 garantiu a utilização de animais em atividades
desportivas como vaquejadas e rodeios. A condição para a aprovação da PEC da
Vaquejada, como ficou conhecida, é que não serão consideradas cruéis as
práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações
culturais previstas na Constituição e registradas como integrantes do
patrimônio cultural brasileiro.
A PEC está sendo
contestada por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo
Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. Ele entende que a emenda afronta o
núcleo essencial do direito ao meio ambiente equilibrado, na modalidade da
proibição de submissão de animais a tratamento cruel.
Fonte: BBC News Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário