Conheça 9 hábitos que ajudam a prevenir o
estresse
Todo estresse só é
negativo quando se torna excessivo. O problema é que na maior parte das
situações do dia-a-dia as pessoas são tomadas por tantas preocupações que o
estresse em excesso tem se tornado um problema comum dos tempos de hoje. Mas
sabia que esse tipo de nervosismo pode ser prevenido com algumas mudanças
simples no seu cotidiano?
"Pequenos
hábitos, como respiração e mudanças no dia-a-dia ajudam a controlar e evitar o
problema", conta o psiquiatra Leonard Verea, especialista em Medicina
Psicossomática e em Medicina do Trabalho. Confira alguns desses hábitos a
seguir:
• Alimentar-se de forma balanceada
Alimentação muitas
vezes parece ser remédio para todos os problemas, e talvez seja mesmo. No caso
do estresse, ter pratos equilibrados ajuda o organismo de muitas formas. Ter um
consumo adequado de gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais é
essencial para o bem-estar do organismo.
"Se o nosso
organismo recebe diariamente esses nutrientes, por meio da alimentação,
naturalmente ele irá funcionar melhor, aumentando a energia e vitalidade que
precisamos para enfrentar os problemas do cotidiano.
No entanto, se existe
carência ou excesso de algum elemento, o nosso corpo precisa fazer um esforço
para compensar isso, o que gera mais desgaste", descreve o cirurgião geral
Marcelo Katayama, instrutor de treinamento com foco em desenvolvimento pessoal
e diretor no Núcleo Ser.
Por outro lado, também
há a perda de nutriente durante o quadro de estresse crônico, que é agravado
pelo consumo de itens como cafeína, açúcar e sal, como explica o psiquiatra
Leonard Verea, especialista em Medicina Psicossomática e em Medicina do Trabalho.
• Praticar atividades físicas
Exercícios têm
diversas características que se relacionam com o relaxamento de quem os
pratica. Em primeiro lugar há a liberação de hormônios que otimizam o
funcionamento do corpo. "A adrenalina age na redução do estresse, o
cortisol atua como anti-inflamatório, o glucagon aumenta a quantidade de
glicose no fígado, o GH (hormônio do crescimento) transmite bem-estar e a
endorfina produz a sensação de prazer e melhora a qualidade do sono",
considera Leonard.
Além disso, existe um
mecanismo que os especialistas chamam de senso de propósito. "Quando
fazemos algo com a convicção de que isso está contribuindo para a nossa saúde,
damos para a nossa mente comandos do tipo 'isso é bom para mim', 'estou seguindo
na direção certa? e ?estou cumprindo um propósito?, que vai alimentando a nossa
sensação interna de que merecemos algo bom, somos boas pessoas", ensina
Katayama.
Por fim, o
especialista aponta como a prática de uma atividade física ajuda a mudar um
pouco o foco, saindo daquele problema que ficou incomodando o dia todo e estava
causando estresse.
• Mudar a postura
Ter uma postura melhor
é benéfico também para a mente. E a palavra "postura" aqui não
significa apenas a forma como recebemos as informações, e sim com a maneira que
posicionamos nosso corpo no dia a dia.
Para provar esse
ponto, o cirurgião Katayama sugere um exercício: primeiro posicione a cabeça
para frente e encolha os ombros, curve as costas para frente, como se estivesse
deprimido, e tente pensar em algo alegre. Difícil, não é mesmo?
Em seguida, espalhe-se
na cadeira como em um dia de verão na praia, e depois tente pensar em uma conta
para pagar. Igualmente complicado! "A forma com que usamos o nosso corpo
tem um reflexo direto no nosso estado interno e na nossa capacidade de lidar
com os problemas", considera o especialista.
• Procure rir mais
Estudos de 1989 foram
os primeiros a demonstrar alguma relação entre o riso e a redução do estresse,
ao perceber que voluntários que assistiam vídeos humorísticos tinham uma queda
maior nos hormônios cortisol e adrenalina, do que os que assistiam a qualquer
vídeo. "Depois disso, vários outros estudos confirmaram esse achado, que o
riso reduz os níveis de hormônios e substâncias ligados ao estresse",
considera Katayama.
O psiquiatra Verea
resume os benefícios da risada: "rir libera endorfinas, que são hormônios
que promovem a sensação de bem-estar; também ativa a sua resposta ao estresse,
aumentando a sua frequência cardíaca e pressão arterial e criando uma sensação
de relaxamento. Por fim, ele também estimula a circulação e ajuda a relaxar os
músculos, o que reduz os sintomas físicos do estresse".
Além do mais, a risada
tem o dom de mudar a perspectiva de quem está rindo sobre as situações.
"Como grande parte do estresse é devido a pensamentos, julgamentos e
pressões internas por resultados que vamos criando no decorrer do dia, rir pode
ser uma boa alternativa para conseguir ver a situação sobre um ponto de vista
diferente", finaliza Katayama.
• Fazer sexo
Sexo vai além do
prazer: os mecanismos hormonais da prática sexual beneficiam o corpo a lidar
com estresse. "O contato íntimo produz alterações químicas cerebrais,
melhorando o humor devido à liberação de testosterona, estrogênio, prolactina,
hormônio luteinizante e prostaglandina na corrente sanguínea", lista o
psiquiatra Verea.
• Dormir melhor
O estresse prolongado,
antes de tudo, funciona como uma agressão ao nosso organismo. E dormir bem é
uma das melhores formas do corpo se recuperar desse tipo de ataque.
"Quando você está descansado, tem uma maior clareza de pensamento e uma
habilidade maior para reagir aos estímulos agressores.
Pessoas que ficam
longos períodos com privação de sono tendem estar mais desatentas e com os
reflexos lentos", ensina Katayama. Tanto que pessoas que dormem pouco
tendem a ser mais irritadas e diversos estudos relacionam transtorno de humor
com pessoas que trabalham com turnos trocados, como relata o cirurgião.
• Respirar direito
A respiração está
diretamente relacionada com nossas emoções e tem a capacidade de regulá-las de
duas formas: primeiro por um mecanismo fisiológico, já que o estado de
ansiedade nos faz inalar o ar com mais rapidez e de forma mais rasa, e mudar
isso conscientemente ajuda a acalmar, pois o corpo volta ao equilíbrio.
"Outro ponto está
no fato do indivíduo, ao tornar sua respiração consciente, traz sua atenção ao
momento presente. Com isso o estado de ansiedade tende a ser minimizado",
acredita a fisioterapeuta Camila Montandon, especialista em Terapias Integrativas.
Confira alguns exercícios de respiração que aliviam a ansiedade.
• Auto incentivar
Dentro da psicologia
existe um termo chamado "Positive talk" (em livre tradução, algo como
fala positiva). O conceito vem do fato de que todas as pessoas conversam
consigo mesmas, mas enquanto algumas sabem fazer isso como uma forma de alento
e carinho, outras não sabem se auto incentivar.
"A maior parte
das pessoas cultiva pensamentos de injustiça, sofrimento e pesar, além de faze
julgamentos sobre si mesmo que certamente não faria para os outros",
relata o cirurgião Katayama.
O problema, é que ter
esse tipo de pensamento gera um círculo vicioso, que faz com que a pessoa se
vitimize mais e, com isso, fiquem mais propensas a situações de estresse
prolongado.
• Deixar o celular de lado
Hoje em dia o celular
parece parte de nós, mas saiba que ele ajuda (e muito!) a aumentar o estresse
das pessoas. Um estudo publicado no BMC Public Health em 2011 acompanhou 4156
jovens de 20 a 24 anos de idade por um ano, relacionando seu uso de celular com
problemas de saúde mental, como depressão, estresse e falta de sono. Foi
percebido que aqueles que usam muito seus telefones tinham incidências mais
altas de estresse, principalmente naqueles que percebiam esse uso como algo
estressante.
Diversos fatores podem
ajudar nisso. Muitas pessoas acabam continuando conectadas ao trabalho, por
exemplo, por meio de seus celulares, não permitindo que elas tenham tempo de
descanso.
Outra questão é o
imediatismo desses aparelhos: "o uso excessivo do celular, das redes
sociais e aplicativos pode colaborar com o estresse, na medida em que se torna
mais uma obrigação, porque aparece para a outra pessoa a que horas que você
abriu o aplicativo ou conversou pela última vez", pondera Katayama. Claro
que não há problemas em se usar o celular, desde que seu uso seja equilibrado.
Fonte: Minha Vida
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