Ciência descobre qual fator mais influencia
na felicidade (e não é dinheiro!)
Quando você pensa em
felicidade, o que vem à sua mente? Uma carreira de sucesso, formar a própria
família, ser bem sucedido financeiramente ou estar com a saúde em dia podem ser
algumas das respostas. Porém, nada disso importa para ser realmente feliz - e
não é um clichê, não. A ciência já constatou que o bem-estar e a felicidade
possuem outra fonte: as amizades.
Por 76 anos,
pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisaram 700
homens, entre estudantes universitários e moradores de bairros pobres de
Boston. Durante toda a vida, a pesquisa acompanhou esses rapazes, monitorando o
seu estado mental, físico e emocional em busca de entender o que, realmente,
faz uma pessoa feliz.
Os resultados do
estudo mostraram que você pode ter dinheiro, uma carreira de sucesso e uma vida
extremamente saudável, mas só será feliz se encontrar um bom amigo. Segundo os
cientistas, criar laços fortes e seguros de amizade pode ajudar a relaxar o sistema
nervoso, proporcionando maior bem-estar e mais saúde ao cérebro.
Por outro lado, os
dados do estudo também indicaram que aqueles que se sentem mais solitários, por
não terem conexões fortes com outras pessoas, têm maior probabilidade de
desenvolver problemas de saúde e de morrer mais cedo.
Os participantes do
estudo responderam, ao longo das décadas, questionários sobre família, trabalho
e vida social. Além disso, os pesquisadores também tiveram acesso aos registros
médicos para avaliarem a saúde. Por fim, os participantes também foram submetidos
a exames de sangue para checagem de indicadores de saúde e análise de DNA.
<><> A
importância e os benefícios da amizade
Esse não é o único
estudo que mostra que a amizade possui um papel crucial na saúde e no bem-estar
do ser humano. Um estudo feito por pesquisadores da Brigham Young University,
nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que passavam grande parte da vida sem
interações sociais tinham um prejuízo relacionado à longevidade que pode ser
comparado ao tabagismo, ao alcoolismo e à obesidade.
Uma outra pesquisa
estadunidense, realizada pela Universidade de Columbia, mostrou que pessoas
mais felizes, entusiasmadas e satisfeitas com a vida e com suas relações têm um
risco 22% menor de infarto ou de doenças cardíacas. Já outro estudo, da Universidade
do Maine, também nos EUA, sugeriu que apenas um amigo de verdade já ajuda a
afastar a depressão, a baixa autoestima e a ansiedade.
Um outro estudo,
também dos Estados Unidos, foi ainda mais ousado: segundo os pesquisadores da
Universidade Estadual de Michigan, as amizades são mais importantes para o
bem-estar e saúde de adultos mais velhos do que a família. "As amizades se
tornam ainda mais importantes à medida que envelhecemos", disse William
Chopik, professor assistente de psicologia, ao site da universidade.
• Se a pergunta é se o dinheiro dá
felicidade, um especialista de Harvard responde: não é ter dinheiro, é o que se
faz com ele
O dinheiro traz
felicidade? Essa é, provavelmente, uma pergunta que todos nós já fizemos em
algum momento da vida. Por trás dessa questão, há muito mais do que uma simples
discussão financeira; trata-se das percepções individuais sobre como viver a
vida.
O professor de Harvard
e autor do best-seller “Smart Maturity: How to Achieve Success, Happiness, and
Deep Purpose in the Second Half of Life”, Arthur C. Brooks, compartilhou
algumas dicas no podcast TheStreet sobre como alcançar a felicidade financeira sem
que ela prejudique sua felicidade emocional.
Arthur explica que o
dinheiro é um bem necessário para pagar contas, mas que ele deve ser usado para
além disso. O professor também afirma que nem tudo o que o dinheiro compra traz
felicidade e que para ser feliz vai depender das escolhas que cada um faz. Quer
saber quais são elas? O MinhaVida abordou mais detalhes sobre esse assunto.
<><> Não
basta ter dinheiro, é preciso saber o que se fazer com ele
Segundo Arthur, o
dinheiro costuma estar associado ao sucesso, e o sucesso à felicidade.
"Algumas pessoas pensam: ‘Se eu seguir este caminho, terei mais sucesso e
serei mais feliz’. Esses caminhos realmente levam ao sucesso, e elas conseguem
fama, dinheiro e prestígio. Mas, em vez de felicidade, encontram
frustração", explica o escritor.
Por isso, o
especialista acredita que nem tudo o que fazemos com o dinheiro é capaz de
trazer alegria. Em entrevista ao MinhaVida, o mestre em psicologia e PhD em
neurociência, Fabiano de Abreu, comentou sobre o assunto, dizendo que: “Quanto
mais (dinheiro) possuímos, menor tende a ser o prazer pelas coisas simples que
poderiam nos trazer grande satisfação”.
Para virar esse jogo e
conseguir conquistar a felicidade tendo dinheiro, Arthur recomendou a seguinte
reflexão: ao invés de se perguntar “por que eu preciso de dinheiro”, você deve
se questionar “o que eu quero fazer com o dinheiro para ser mais feliz?”
"Passei grande
parte do meu tempo ajudando as pessoas a entender que a felicidade deve ser o
objetivo e que, para alcançá-la, é preciso fazer escolhas que nem sempre serão
as mais óbvias ou lucrativas", disse o especialista de Harvard.
Agora, vamos direto ao
ponto: se você quer ter dinheiro e ser feliz, o especialista dá algumas dicas
de como alcançar esse status: “Comprar experiências com as pessoas que você
ama, reservar tempo e passá-lo com as pessoas que você ama, doar seu dinheiro
para causas que fazem você se sentir bem e economizar. Todas essas coisas
realmente trazem felicidade genuína. Essas são as maneiras de comprar
felicidade", garantiu.
<><> Como
ter felicidade com dinheiro?
Arthur Brooks indica
duas fórmulas para garantir a felicidade e economizar dinheiro: não cometer
erros financeiros e reduzir os gastos desnecessários.
<<< Não
cometer erros financeiros: fazer empréstimo para sair de férias ou para
financiar um carro maior do que você realmente pode pagar são alguns erros
comuns que as pessoas cometem. Além de muitas vezes zerar (ou negativar) a sua
conta bancária, essas compras exageradas causam uma preocupação maior entre as
pessoas, impedindo que elas aproveitem os momentos da vida, focando apenas nas
dívidas.
<<< Reduzir
os gastos desnecessários: aquelas pequenas quantias por mês que, sem perceber,
se transformam em centenas de reais por ano. Entre os maiores gastos estão:
comer fora com frequência, compras por impulso, assinaturas de serviços que não
são usados e gastos com transporte por aplicativo.
Seguindo essas dicas,
o especialista garante que é possível encontrar o equilíbrio entre o sucesso
financeiro e a realização pessoal para uma vida plena e feliz.
Fonte: Minha Vida
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