quarta-feira, 10 de julho de 2024

Ciência descobre qual fator mais influencia na felicidade (e não é dinheiro!)

Quando você pensa em felicidade, o que vem à sua mente? Uma carreira de sucesso, formar a própria família, ser bem sucedido financeiramente ou estar com a saúde em dia podem ser algumas das respostas. Porém, nada disso importa para ser realmente feliz - e não é um clichê, não. A ciência já constatou que o bem-estar e a felicidade possuem outra fonte: as amizades.

Por 76 anos, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisaram 700 homens, entre estudantes universitários e moradores de bairros pobres de Boston. Durante toda a vida, a pesquisa acompanhou esses rapazes, monitorando o seu estado mental, físico e emocional em busca de entender o que, realmente, faz uma pessoa feliz.

Os resultados do estudo mostraram que você pode ter dinheiro, uma carreira de sucesso e uma vida extremamente saudável, mas só será feliz se encontrar um bom amigo. Segundo os cientistas, criar laços fortes e seguros de amizade pode ajudar a relaxar o sistema nervoso, proporcionando maior bem-estar e mais saúde ao cérebro.

Por outro lado, os dados do estudo também indicaram que aqueles que se sentem mais solitários, por não terem conexões fortes com outras pessoas, têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde e de morrer mais cedo.

Os participantes do estudo responderam, ao longo das décadas, questionários sobre família, trabalho e vida social. Além disso, os pesquisadores também tiveram acesso aos registros médicos para avaliarem a saúde. Por fim, os participantes também foram submetidos a exames de sangue para checagem de indicadores de saúde e análise de DNA.

<><> A importância e os benefícios da amizade

Esse não é o único estudo que mostra que a amizade possui um papel crucial na saúde e no bem-estar do ser humano. Um estudo feito por pesquisadores da Brigham Young University, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que passavam grande parte da vida sem interações sociais tinham um prejuízo relacionado à longevidade que pode ser comparado ao tabagismo, ao alcoolismo e à obesidade.

Uma outra pesquisa estadunidense, realizada pela Universidade de Columbia, mostrou que pessoas mais felizes, entusiasmadas e satisfeitas com a vida e com suas relações têm um risco 22% menor de infarto ou de doenças cardíacas. Já outro estudo, da Universidade do Maine, também nos EUA, sugeriu que apenas um amigo de verdade já ajuda a afastar a depressão, a baixa autoestima e a ansiedade.

Um outro estudo, também dos Estados Unidos, foi ainda mais ousado: segundo os pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, as amizades são mais importantes para o bem-estar e saúde de adultos mais velhos do que a família. "As amizades se tornam ainda mais importantes à medida que envelhecemos", disse William Chopik, professor assistente de psicologia, ao site da universidade.

•        Se a pergunta é se o dinheiro dá felicidade, um especialista de Harvard responde: não é ter dinheiro, é o que se faz com ele

O dinheiro traz felicidade? Essa é, provavelmente, uma pergunta que todos nós já fizemos em algum momento da vida. Por trás dessa questão, há muito mais do que uma simples discussão financeira; trata-se das percepções individuais sobre como viver a vida.

O professor de Harvard e autor do best-seller “Smart Maturity: How to Achieve Success, Happiness, and Deep Purpose in the Second Half of Life”, Arthur C. Brooks, compartilhou algumas dicas no podcast TheStreet sobre como alcançar a felicidade financeira sem que ela prejudique sua felicidade emocional.

Arthur explica que o dinheiro é um bem necessário para pagar contas, mas que ele deve ser usado para além disso. O professor também afirma que nem tudo o que o dinheiro compra traz felicidade e que para ser feliz vai depender das escolhas que cada um faz. Quer saber quais são elas? O MinhaVida abordou mais detalhes sobre esse assunto.

<><> Não basta ter dinheiro, é preciso saber o que se fazer com ele

Segundo Arthur, o dinheiro costuma estar associado ao sucesso, e o sucesso à felicidade. "Algumas pessoas pensam: ‘Se eu seguir este caminho, terei mais sucesso e serei mais feliz’. Esses caminhos realmente levam ao sucesso, e elas conseguem fama, dinheiro e prestígio. Mas, em vez de felicidade, encontram frustração", explica o escritor.

Por isso, o especialista acredita que nem tudo o que fazemos com o dinheiro é capaz de trazer alegria. Em entrevista ao MinhaVida, o mestre em psicologia e PhD em neurociência, Fabiano de Abreu, comentou sobre o assunto, dizendo que: “Quanto mais (dinheiro) possuímos, menor tende a ser o prazer pelas coisas simples que poderiam nos trazer grande satisfação”.

Para virar esse jogo e conseguir conquistar a felicidade tendo dinheiro, Arthur recomendou a seguinte reflexão: ao invés de se perguntar “por que eu preciso de dinheiro”, você deve se questionar “o que eu quero fazer com o dinheiro para ser mais feliz?”

"Passei grande parte do meu tempo ajudando as pessoas a entender que a felicidade deve ser o objetivo e que, para alcançá-la, é preciso fazer escolhas que nem sempre serão as mais óbvias ou lucrativas", disse o especialista de Harvard.

Agora, vamos direto ao ponto: se você quer ter dinheiro e ser feliz, o especialista dá algumas dicas de como alcançar esse status: “Comprar experiências com as pessoas que você ama, reservar tempo e passá-lo com as pessoas que você ama, doar seu dinheiro para causas que fazem você se sentir bem e economizar. Todas essas coisas realmente trazem felicidade genuína. Essas são as maneiras de comprar felicidade", garantiu.

<><> Como ter felicidade com dinheiro?

Arthur Brooks indica duas fórmulas para garantir a felicidade e economizar dinheiro: não cometer erros financeiros e reduzir os gastos desnecessários.

<<< Não cometer erros financeiros: fazer empréstimo para sair de férias ou para financiar um carro maior do que você realmente pode pagar são alguns erros comuns que as pessoas cometem. Além de muitas vezes zerar (ou negativar) a sua conta bancária, essas compras exageradas causam uma preocupação maior entre as pessoas, impedindo que elas aproveitem os momentos da vida, focando apenas nas dívidas.

<<< Reduzir os gastos desnecessários: aquelas pequenas quantias por mês que, sem perceber, se transformam em centenas de reais por ano. Entre os maiores gastos estão: comer fora com frequência, compras por impulso, assinaturas de serviços que não são usados e gastos com transporte por aplicativo.

Seguindo essas dicas, o especialista garante que é possível encontrar o equilíbrio entre o sucesso financeiro e a realização pessoal para uma vida plena e feliz.

 

Fonte: Minha Vida

 

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