Sudeste tem divisão no favoritismo de prefeitos à reeleição, aponta agregador
de pesquisa
Dois dos quatro prefeitos de capitais da região
Sudeste lideram os levantamentos feitos ao longo de 2023, enquanto outros dois
mandatários vivem cenários mais desafiadores para se manterem no posto, de
acordo com o agregador de pesquisas Ipespe Analítica.
Os dados da ferramenta são publicados em primeira
mão pela CNN e incluem 25 das 26 capitais das cinco regiões do país
para as quais foram divulgadas pesquisas de intenção de voto para as eleições
municipais de 2024.
Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, e Lorenzo
Pazolini (Republicanos), em Vitória, são os dois prefeitos da região mais
populosa do país que lideram as pesquisas, conforme o agregador desenvolvido
pela equipe doutor em ciência política Vinicius Silva Alves, diretor do Ipespe
Analítica.
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Rio de Janeiro
Se a disputa fosse realizada hoje, o carioca teria
perspectiva de vitória já em primeiro turno, com 41% no índice agregado, mais
que a soma de adversários como Delegado Ramagem (PL), com 8%, Tarcísio Motta
(PSOL), com 7%, Martha Rocha (PDT), com 6%, e Otoni de Paula (MDB), com 4%.
Paes deve contar com o apoio do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) – setores do Partido dos Trabalhadores querem indicar
o vice do atual prefeito –, enquanto o deputado federal Ramagem é o nome
indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa na segunda
capital mais populosa do país.
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Vitória
Em Vitória, Pazolini tem apoio de 33% do
eleitorado, conforme o agregador, ante 20% do ex-prefeito João Coser (PT). O
atual gestor da capital capixaba foi eleito com apoio do bolsonarismo, mas o PL
pode lançar o deputado estadual Capitão Assumção, que aparece em terceiro, com
11%.
·
Outras capitais
Nas outras duas capitais da região, Ricardo Nunes
(MDB) e Fuad Noman (PSD) enfrentam cenário mais desafiador para se manterem nas
prefeituras de São Paulo e Belo Horizonte, respectivamente.
·
São Paulo
Na capital paulista, o líder é Guilherme Boulos
(PSOL), que foi ao segundo turno em 2020 contra o então prefeito Bruno Covas
(PSDB), de quem Nunes herdou o cargo em maio de 2021. Ele tem 29%, ante 19% do
atual prefeito.
Para reverter o favoritismo do deputado federal,
apoiado por Lula e que pode ter a ex-prefeita Marta Suplicy como candidata a
vice, Nunes espera contar com um amplo arco de alianças, incluindo o PL de
Bolsonaro e uma adesão de fato do ex-presidente ao projeto.
Pelo agregador, que considera todas as pesquisas
feitas nas cidades, o deputado federal Ricardo Salles (PL) surge como terceira
força na disputa, com 11%, seguido pelos também parlamentares Tabata Amaral
(PSB) e Kim Kataguiri (União), ambos com 8%.
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Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, Noman surge com 9% no agregador,
em quinto lugar, mas em um cenário bastante pulverizado. O líder é Mauro
Tramonte (Republicanos), com 18%, seguido por Carlos Viana (Podemos), com 15%,
Duda Salabert (PDT), com 11%, e Bruno Engler (PL), com 10%.
>>> Veja o panorama:
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Belo Horizonte
- Mauro
Tramonte (Republicanos) – 18%
- Carlos
Viana (Podemos) – 15%
- Duda
Salabert (PDT) – 11%
- Bruno
Engler (PL) – 10%
- Fuad Norman
(PSD) – 9%
·
Rio de Janeiro
- Eduardo
Paes (PSD) – 41%
- Delegado
Ramagem (PL) – 8%
- Tarcísio
Motta (PSOL) – 7%
- Martha
Rocha (PDT) – 6%
- Otoni
de Paula (MDB) – 4%
·
São Paulo
- Guilherme
Boulos (PSOL) – 29%
- Ricardo
Nunes (MDB) – 19%
- Ricardo
Salles (PL) – 11%
- Tabata
Amaral (PSB) – 8%
- Kim
Kataguiri (União Brasil) – 8%
·
Vitória
- Lorenzo
Pazolini (Republicanos) – 33%
- João
Coser (PT) – 20%
- Capitão
Assumção (PL) – 11%
- Camila
Valadão (PSOL) – 9%
- Luiz
Paula (PSDB) – 9%
>>> Liderança dos partidos
Entre os partidos, o Republicanos tem a liderança
do agregador em duas das quatro capitais, incluindo a reeleição do prefeito de
Vitória. PSD e PSOL têm a liderança no Rio de Janeiro e São Paulo,
respectivamente, e o primeiro ainda espera melhorar a performance do prefeito
de Belo Horizonte. Mesma expectativa vive o MDB de Ricardo Nunes na capital
paulista.
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Capitais do Sul reforçam tendência favorável à
reeleição em 2024
Dois dos três prefeitos das capitais da região Sul
lideram a corrida eleitoral de 2024, conforme dados do agregador de pesquisas
Ipespe Analítica divulgados em primeira mão pela CNN. A ferramenta mostra
o cenário para a disputa de 2024 em 25 das 26 capitais das cinco regiões do
país, para as quais já foram divulgadas pesquisas de intenção de voto.
Tanto em Porto Alegre, com Sebastião Melo (MDB),
quanto em Florianópolis, com Topázio Neto (PSD), os candidatos à reeleição
aparecem na frente, coincidentemente com 33% dos votos em suas respectivas
cidades.
A exceção é Curitiba, na qual o atual prefeito,
Rafael Greca (PSD), já foi reeleito em 2020 e decidiu apoiar seu vice, Eduardo
Pimentel (PSD), na disputa do ano que vem – ele está em terceiro lugar, com
13%, atrás do ex-prefeito e deputado federal Luciano Ducci (PSB), com 18%, e da
deputada federal Rosângela Moro (União Brasil), com 16%.
Pelos dados do agregador Ipespe Analítica,
desenvolvido pela equipe do doutor em ciência política Vinicius Silva Alves,
apenas a capital paranaense vive um cenário de disputa com diversos nomes.
O favoritismo dos prefeitos de Florianópolis e
Porto Alegre refletem uma tendência esperada para a maioria das grandes cidades
do país: a de que as eleições municipais de 2024 tendem mais ao continuísmo, em
vez da mudança.
Na capital gaúcha, a deputada federal Maria do
Rosário (PT) desponta como principal desafiante à reeleição de Melo – ela está
a 7 pontos percentuais do prefeito, pelos dados do agregador, e quase 20 à
frente da terceira colocada, Juliana Brizola (PDT). PT e MDB são adversários
históricos em Porto Alegre e têm histórico de gestões bem e mal avaliadas pelos
porto-alegrenses.
Na capital catarinense, Topázio Neto herdou a
prefeitura de Gean Loureiro (PSD), que havia sido reeleito em 2020 e renunciou
para disputar o governo estadual. Pelo agregador, o prefeito tem mais de 20
pontos de dianteira em relação ao ex-senador e ex-prefeito Dário Berger (PSB) e
ao deputado estadual Pedrão (PP).
Levando em conta a filiação partidária, o PSB
lidera em Curitiba e pode buscar uma vaga no segundo turno em Florianópolis,
pelo atual cenário. O PSD lidera na capital catarinense e pode avançar em
Curitiba, cidade sob sua atual gestão. E o MDB pode seguir à frente de Porto
Alegre, a depender do quanto o PT conseguir avançar na disputa.
>>> Veja o panorama:
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Curitiba
- Luciano
Ducci (PSB) – 18%
- Rosângela
Moro (União Brasil) – 16%
- Eduardo
Pimentel (PSD) – 13%
- Paulo
Martins (PL) – 9%
- Carol
Dartora (PT) – 3%
·
Florianópolis
- Topázio
Neto (PSD) – 33%
- Dário
Berger (PSB) – 12%
- Pedrão
(PP) – 10%
- Marquito
(PSOL) – 6%
- Bruno
Souza (Novo) – 6%
·
Porto Alegre
- Sebastião
Melo (MDB) – 33%
- Maria
do Rosário (PT) – 26%
- Juliana
Brizola (PDT) – 7%
- Thiago
Duarte (União Brasil) – 2%
- Comandante
Nádia (PP) – 2%
>>>> Como funciona o
agregador
O agregador de pesquisas desenvolvido pelo Ipespe
Analítica é um algoritmo que projeta a intenção de voto para prefeito a partir
de levantamentos feitos por diversos institutos. Não é apenas somar os números
e obter uma média. A metodologia usa estatística bayesiana e técnicas de
aprendizado de máquina (machine learning). Leva em conta, por exemplo, o
período em que as entrevistas foram feitas – quanto mais recentes, maior o peso
no cálculo –, assim como o histórico dos institutos.
Trata-se de uma fotografia mais precisa do cenário
eleitoral, quando comparado às pesquisas de forma individual. Isso porque, como
ainda se trata de pré-candidaturas, pode haver diferença na lista de nomes
apresentados aos entrevistados. Além disso, o agregador atualiza os dados tão
logo seja divulgada uma nova pesquisa e permite a comparação ao longo do tempo
na série histórica.
Fonte: CNN Brasil
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