Os desafios diários da pessoa obesa: uma jornada além do peso
A pessoa obesa enfrenta desafios cotidianos
em atividades que alguém dentro do peso consideraria algo banal. A obesidade é,
frequentemente, simplificada como um problema estético, mas a realidade é
profundamente mais complexa. Aqueles que carregam consigo o peso excessivo
enfrentam não só barreiras físicas, mas também emocionais e sociais. Muitas
vezes, os julgamentos e estereótipos ignoram os profundos desafios diários e as
batalhas silenciosas que a pessoa obesa enfrenta. E, além da superfície visível
a todos, há uma intrincada rede de fatores fisiológicos, biológicos e
psicológicos em jogo. No artigo abaixo, pretendo mergulhar profundamente nesse
universo, desvendando os desafios, desmistificando preconceitos e apresentando
caminhos que podem iluminar jornadas. Convido você a se juntar a mim
nesta exploração, para que possamos entender e apoiar melhor aqueles que buscam
um futuro mais saudável e feliz.
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A fisiologia e biologia da obesidade
A obesidade não é simplesmente resultado de
"comer demais". Estudos têm mostrado que existem componentes
genéticos que podem predispor alguém à obesidade. Além disso, o corpo de
pessoas obesas frequentemente enfrenta desequilíbrios hormonais, como níveis
elevados de insulina e leptina, hormônios que afetam o apetite e o
armazenamento de gordura.
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Metabolismo e obesidade
A taxa metabólica de cada indivíduo, ou seja, a
velocidade com que queima calorias, pode variar. Algumas pessoas obesas possuem
um metabolismo mais lento, tornando mais desafiador o emagrecimento, mesmo com
dietas e exercícios.
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Fatores ambientais e culturais
A obesidade também é influenciada por nosso
ambiente. Vivemos em uma era de alimentação processada, alta disponibilidade
calórica e sedentarismo, fatores que contribuem para o aumento dos índices de
obesidade.
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Impacto na qualidade de vida e saúde mental
Muitos dos desafios da pessoa obesa são facilmente
perceptíveis: dificuldade de locomoção, dores articulares, fadiga e até mesmo a
busca por roupas. Essas questões físicas podem levar a restrições em atividades
diárias e sociais, como evitar lugares públicos ou desistir de hobbies. O
estigma associado à obesidade é avassalador. Pessoas obesas frequentemente
enfrentam julgamentos, preconceito e até discriminação. Este ambiente social
pode desencadear ou agravar condições de saúde mental, como depressão, ansiedade
e baixa autoestima. Além disso, a obesidade está diretamente relacionada a uma
série de complicações médicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças
cardiovasculares, apneia do sono e até mesmo alguns tipos de câncer. [caption
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·
Impactos da obesidade nas escolhas diárias
As consequências da obesidade vão muito além das
considerações médicas. Na verdade, os desafios diários enfrentados por quem
lida com o excesso de peso permeiam os aspectos mais básicos da vida,
influenciando as escolhas e ações rotineiras.
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Compras de roupas
A busca por vestimentas é uma experiência que varia
drasticamente para a pessoa obesa. Lojas convencionais muitas vezes não
oferecem tamanhos adequados, e mesmo quando oferecem, as opções são limitadas
em estilo e design. Isso pode fazer com que um simples passeio ao shopping se
torne uma jornada frustrante, repleta de limitações e, por vezes, de
julgamentos.
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Locomoção em espaços públicos
Espaços projetados sem a devida atenção à
diversidade de corpos podem se tornar ambientes hostis. Seja em transportes
públicos, onde os assentos raramente comportam com conforto, ou em lugares como
cinemas e teatros, onde a estrutura das poltronas pode ser um desafio.
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Atividades cotidianas
Ações que para muitos são automáticas, como amarrar
os sapatos, podem se tornar um exercício de contorcionismo e demandar um
esforço físico significativo para uma pessoa com obesidade. Além disso,
atividades recreativas, como brincar com os filhos no chão ou participar de
jogos, podem ser limitadas, não pela vontade, mas pela dificuldade física.
·
Acesso a determinados lugares
Lugares com restrições de peso, como alguns
brinquedos em parques de diversões, ou atividades que requerem equipamentos
específicos, como tirolesas ou esportes radicais, podem ser inacessíveis. Isso
pode gerar sentimentos de exclusão e de limitação nas opções de lazer.
Estes são apenas alguns exemplos, mas servem para ilustrar a extensão em que a
obesidade pode afetar as escolhas diárias. E enquanto as implicações físicas
são evidentes, o impacto emocional e psicológico dessas limitações é profundo.
A sensação de não pertencimento, de exclusão ou de ser diferente pode
ser devastadora, levando a sentimentos de isolamento e baixa autoestima. É
crucial entender e ter empatia por esses desafios para oferecer suporte
adequado e buscar soluções que permitam uma vida plena e satisfatória para
todos.
·
A cirurgia metabólica como aliada
Antes conhecida apenas como cirurgia bariátrica, a
cirurgia metabólica vai além da redução do estômago. Ela promove alterações
hormonais que afetam a forma como o corpo processa os alimentos, resultando em
perda de peso e melhorias em condições associadas, como diabetes. A técnica
robótica é uma inovação que traz precisão ao procedimento. Os benefícios
incluem menor tempo de hospitalização, recuperação mais rápida e menos dor
pós-operatória. Com a perda de peso e a melhoria das condições de saúde associadas,
muitos pacientes redescobrem uma vida que haviam esquecido: atividades físicas
se tornam mais fáceis, a autoestima é restaurada e a vida social é revigorada.
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Importância do acompanhamento profissional
Embora a cirurgia metabólica possa ser uma
ferramenta transformadora, o caminho para uma vida mais saudável não termina
após o procedimento. Acompanhamento médico, reeducação alimentar e suporte
psicológico são essenciais para garantir sucesso a longo prazo. Estou
comprometido em ajudar cada paciente a superar os desafios da pessoa obesa e a
redescobrir uma vida plena. Se este é um caminho que você considera, entre em
contato e agende sua consulta. Juntos, podemos trilhar o caminho para um futuro
mais saudável e feliz.
Ø Como
emagrecer com saúde: 7 dicas práticas e que funcionam
Está empenhado (a) e paciente ao mesmo tempo para
mudança de hábitos em 2023? Ótimo! A constância nessa meta é fundamental para
que os seus objetivos sejam alcançados. Além disso, a visão do especialista o
ajuda nesse processo e veja na sequência as sete formas para emagrecer com
saúde.
"O déficit calórico, ou seja, comer menos do
que se gasta é a chave para conseguir emagrecer. Deve-se procurar um método de
emagrecimento com adaptação fácil, além do entendimento de que o déficit
calórico deve ocorrer junto da mudança de comportamento alimentar", pontua
a nutricionista do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba, Kauane Félix
Ignêz em entrevista exclusiva para o Sport Life.
<<< As sete formas para emagrecer com a
sua saúde
·
Praticar dietas restritivas com acompanhamento nutricional
Está animado (a) para a concretização desse
resultado? Legal! Contenha o seu ânimo e procure um nutricionista competente
para lhe orientar. Um padrão de regime alimentar severo feito na
"raça" não vai te fazer bem.
"A restrição muito severa e sem acompanhamento
nutricional vai resultar a longo prazo na redução do desempenho do metabolismo.
Seguindo o princípio de déficit calórico, a pessoa terá que comer cada vez
menos, mas quando a perda de peso não é linear a restrição calórica também não
é saudável", responde a nutricionista.
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Priorizar alimentos in natura e minimamente processados como base da
alimentação
"A quantidade do que se come é muito
importante para o processo de emagrecimento. No entanto, a qualidade dos
alimentos é essencial. É importante prezar pela saúde, fazer com que os
alimentos mais naturais sejam a base da alimentação e evitar alimentos muito
processados", orienta Kauane.
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Incluir fontes proteicas no máximo de refeições
"A proteína auxilia na redução da saciedade,
ou seja, ajuda a retardar a sensação de fome, o esvaziamento gástrico, assim
como as gorduras e as fibras. Além disso, as proteínas são essenciais para
manutenção e formação da massa magra, que devemos tentar priorizar ao máximo
durante o processo de emagrecimento. Já que o objetivo é a perda de gordura
corporal e fortalecimento da musculatura, visto que os músculos trazem inúmeros
benefícios, como acelerar o metabolismo", explica Ignez.
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Aumentar fracionamento das refeições
Equilíbrio volta à tona na luta desse objetivo.
Saiba como dosar a sua refeição para que não extrapole aquilo que foi
estipulado. "Quando comemos mais vezes ao dia sem ficar um longo período
sem nos alimentarmos, não corremos o risco de comer muito mais do que o
necessário em apenas uma refeição", justifica.
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Fazer aquilo que se consiga praticar por mais tempo
Cumpra com aquilo que está ao seu alcance. Nada
funciona caso você se comprometa com aquilo que é distante na sua atual
condição. "De nada adianta fazer dietas muito restritivas se logo após sua
alimentação, seu corpo voltarem à estaca zero e favorecendo o efeito
sanfona", comenta Kauane.
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Incluir exercício físico na rotina
Não importa se você está no beach tennis,
caminhada, futebol, basquete, futevôlei, vôlei, natação ou qualquer modalidade.
O que vale é estar em movimento e a "união" desse hábito com a
alimentação balanceada lhe proporcionará bons ganhos.
"O exercício físico quando praticado
corretamente só tende a trazer benefícios à saúde e estética corporal, objetivo
de muitos que desejam o emagrecimento. Também auxilia na maior queima de
gordura e maior fortalecimento da musculatura", garante a nutricionista.
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Procurar sempre o apoio de um especialista
"O processo de emagrecimento é complexo e
muitas pessoas acabam se frustrando com a ansiedade de alcançar um resultado
imediato. Um profissional habilitado que entenda do seu objetivo, do seu
organismo e da ciência saberá lhe instruir melhor e evitar sofrimentos
desnecessários", finaliza.
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Pesquisa
Essas orientações aparecem para conter as ações de
pessoas que não visam o trabalho com especialista. O CFF (Conselho Federal de
Farmácia) e o Instituto Datafolha fizeram pesquisa em conjunto, cujo trabalho
acusou que 24% de brasileiros usaram uma substância para emagrecer e,
principalmente, o chá.
19% dos ouvidos admitiram que usaram o chá, 9%
disseram que ingeriram suplementos alimentares, 9% os fitoterápicos e 6% os
medicamentos alopáticos. 6% corresponde a 114 pessoas, que garantiram a procura
por medicamentos alopáticos, a maioria estava com receita (54%) e comprou os
produtos em farmácias, e-commerce e em loja física (63%).
Houve também as taxas de 15%, que recorreram aos
medicamentos após relatos de experiências de amigos e conhecidos, de 12% que
adquiriram por meio de sites/blogs, e a de 10% com influência de posts nas
redes sociais.
Fonte: SOU Mais Bem Estar/Sport Life
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