NYT: aflição está
fazendo Ásia se armar para guerra que espera evitar
Os
autores do artigo advertem que a Ásia-Pacífico está passando por um momento
"bem armado", tendo países de toda a região aumentado suas
capacidades de combate.
O
artigo destaca que há décadas, a ascensão da Ásia fez dela um motor econômico
para o mundo, amarrando a China e outros centros de produção da região à Europa
e aos Estados Unidos.
"O
foco era o comércio. Agora, o medo está se instalando, com a China e os Estados
Unidos fechados em uma volátil disputa estratégica e com relações diplomáticas
em seu pior momento em 50 anos", afirma a edição.
O
jornal destaca as preparações bélicas realizadas por muitos Estados da
Ásia-Pacífico, na maioria amplamente apoiadas pelos EUA.
"O
Japão, após décadas de pacifismo, também está ganhando capacidades ofensivas
inigualáveis desde os anos 40 com os mísseis Tomahawk norte-americanos. As
autoridades americanas estão tentando acumular um gigantesco estoque de armas
em Taiwan para torná-la um 'porco-espinho' [...] e as Filipinas estão
planejando expandir as pistas e portos para abrigar sua maior presença militar
americana em décadas."
Ao
mesmo tempo, os autores observam que a China também aumentou suas capacidades
militares.
Em
particular, o artigo afirma que hoje a China gasta cerca de US$ 300 bilhões (R$
1,55 trilhão) por ano com suas forças armadas, contra US$ 22 bilhões (R$ 114
bilhões) em 2000. É o segundo maior orçamento de defesa após o dos Estados
Unidos de US$ 800 bilhões (R$ 4,15 trilhões).
"A
Marinha chinesa já ultrapassou a Marinha dos EUA, alcançando 360 navios de
guerra em 2020, em comparação com o total de 297 dos EUA", cita a edição
os dados oficiais norte-americanos.
Além
disso, em 2021, a China disparou 135 mísseis balísticos para testes, mais do
que o resto do mundo combinado fora das zonas de guerra, de acordo com o
Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Tensões entre China e EUA são elevadas
por erros de cálculo e sensacionalismo, diz SCMP
O
jornal South China Morning Post destacou que os erros de cálculo das
autoridades estão sendo agravados pelo sensacionalismo da mídia de ambos os
lados.
As
atuais tensões refletem os erros de cálculo em ambos os países, bem como as
percepções errôneas pela mídia e dos chamados especialistas.
Além
disso, o jornal chinês acredita que uma atitude menos "agressiva" de
Pequim com Washington seja irreal, já que os EUA seguem com sua política de
contenção e pressão, incluindo a aplicação de novas sanções contra o gigante
asiático.
O
SCMP também enfatizou que os norte-americanos continuarão usando a subversão e
o conflito aberto para manter sua hegemonia global.
Sendo
assim, o jornal destaca que enquanto houver os erros de cálculo pelas
autoridades e o sensacionalismo da mídia, uma saída democrática será cada vez
mais complicada.
Pequim
e Washington devem calibrar novamente seus compromissos estratégicos, tentar
normalizar a competitividade e reduzir a hostilidade, gerenciando a crise em
vez de criá-la.
Avanço nuclear dá à Coreia do Norte
status de liderança militar na esfera de mísseis, diz analista
A
República Popular Democrática da Coreia (RPDC) fez um avanço sem precedentes em
seu programa de mísseis nucleares, tendo realmente alcançado o status de
potência militar líder nesta esfera, afirmou o analista militar Igor
Korotchenko para a Sputnik na terça-feira (28).
Anteriormente,
o líder da RPDC, Kim Jong-un, ordenou que a produção de armas nucleares fosse
aumentada "exponencialmente".
"Hoje,
Pyongyang está trabalhando para comercializar todas as armas recém-testadas e,
nesse sentido, a RPDC já atende aos critérios de uma potência militar moderna,
pelo menos no campo de mísseis nucleares. A industria da defesa da RPDC é capaz
e está pronta para cumprir as tarefas que lhe são dadas pela liderança do
país", disse Igor Korotchenko, editor-chefe da revista Natsionalinaya
Oborona (Defesa Nacional).
O
interlocutor da agência observou que a indústria e a ciência norte-coreanas
alcançaram sucessos "sem precedentes" para um país que está sob
sanções há muitos anos.
A
evidência do avanço do complexo militar-industrial da RPDC é a criação do seu
próprio complexo móvel de mísseis terrestres com mísseis balísticos
intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos.
O
analista também lembrou outros novos tipos de portadores de armas nucleares da
RPDC, incluindo o análogo do sistema russo Status-6 (veículo submarino não
tripulado Poseidon).
Ao
mesmo tempo, Korotchenko observou que o programa de mísseis nucleares da RPDC
não tem a ver com planos de Pyongyang de começar uma guerra primeiro. Em sua
opinião, a construção militar norte-coreana tem como meta principal impedir o
início de conflito. "Infelizmente, não somos dominados por uma visão
objetiva da Coreia do Norte. Muitas vezes a liderança deste país foi retratada
de forma negativa. Na verdade, eles são pessoas totalmente responsáveis, sãs e
adequadas que estabelecem como principal objetivo de seu programa nuclear
evitar a agressão dos EUA, Japão e Coreia do Sul. A capacidade e prontidão da
RPDC para realizar um ataque nuclear a fim de evitar a agressão dissuadirá
aqueles que querem atacar este país", disse o analista.
A
República Popular Democrática da Coreia realizou recentemente uma série de
exercícios de verificação de armas nucleares. De 18 a 19 de março, a RPDC
realizou um exercício de treinamento para melhorar suas capacidades táticas de
dissuasão nuclear e de guerra e capacidade de contra-ataque, o que confirmou a
confiabilidade dos "dispositivos e detonadores de controle de explosão
nuclear".
Na
semana passada, Pyongyang declarou que, de 21 a 23 de março, foram realizados
testes de um novo sistema ofensivo subaquático. De acordo com a mídia estatal
norte-coreana, essa "arma secreta" é o veículo subaquático nuclear
não tripulado Haeil (Tsunami) que estava em desenvolvimento desde 2012 e passou
por mais de 50 testes nos últimos dois anos, 29 dos quais foram realizados sob
a liderança pessoal do líder do país, Kim Jong-un.
Nesta
segunda-feira (27), dois mísseis balísticos táticos terra-terra foram usados
para testar uma arma nuclear no ar.
• Armas nucleares da Coreia do Norte são
contra a própria guerra e não outros países, diz Kim Jong-um
O
líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou que as armas nucleares norte-coreanas
não são dirigidas contra outros países, e o "inimigo" das forças
nucleares do país é a própria guerra e a catástrofe nuclear em geral.
Além
disso, as autoridades de Pyongyang buscam paz e estabilidade na região, informa
a agência estatal norte-coreana KCNA.
De
acordo com a agência, na segunda-feira (27) Kim Jong-un liderou a adoção de
armamento nuclear no serviço militar e ouviu relatório sobre os progressos
realizados nos últimos anos relativamente ao reforço qualitativo e quantitativo
das forças armadas nucleares da Coreia do Norte.
Kim
Jong-un disse percorrer "firmemente um caminho verdadeiramente difícil e
longo para possuir armas nucleares e declarou mais uma vez que o inimigo contra
o qual as forças nucleares da Coreia do Norte devem lutar tendo acumulado uma
poderosa força de dissuasão, não é um determinado país ou um coletivo, mas a
própria guerra e a catástrofe nuclear, a linha do partido da Coreia do Norte
para aumentar as forças nucleares visa consistentemente proteger a segurança
eterna do Estado, paz e estabilidade na região", aponta comunicado
divulgado pela KCNA.
O
líder norte-coreano analisou em detalhes as características técnicas, estrutura
de funcionamento de novas armas nucleares táticas, seus meios de uso e alvos
operacionais.
Na
semana passada, Pyongyang declarou que, de 21 a 23 de março, foram realizados
testes de um novo sistema ofensivo subaquático. De acordo com a mídia estatal
norte-coreana, essa "arma secreta" é o veículo subaquático nuclear
não tripulado Haeil (Tsunami) que estava em desenvolvimento desde 2012 e passou
por mais de 50 testes nos últimos dois anos, 29 dos quais foram realizados sob
a liderança pessoal do líder do país, Kim Jong-un.
Politico: Estônia fornece à Ucrânia armas
velhas recuperando seus estoques com novas europeias
A
Estônia está renovando seu arsenal às custas de seus vizinhos europeus,
enviando os antigos estoques de armas para a Ucrânia, informa o jornal
Politico.
"Eles
estão enviando suas velharias para a Ucrânia e comprando material novo para si
mesmos, financiado com dinheiro da UE", cita a edição um diplomata da
União Europeia (UE).
Outro
diplomata da UE acrescentou que os estonianos enviam armas antigas, que não são
mais produzidas, e depois exigem reembolso com base nos preços de equivalentes
modernos.
De
acordo com a publicação, dados classificados do Departamento de Relações
Exteriores e Defesa da UE mostram que seis países – Finlândia, Letônia,
Lituânia, Estônia, França e Suécia – calcularam os pedidos de reembolso com
base no preço de compra de novos materiais e não no valor real atual do que
eles enviaram.
Segundo
informações, a Estônia exigiu mais de € 160 milhões (R$ 899 milhões) por suas
"doações" passadas à Ucrânia e foi reembolsada em € 134 milhões (R$
752 milhões).
O
Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP) é um fundo não orçamental criado pela
UE em março de 2021 para melhorar sua capacidade de prevenir conflitos e
fortalecer a segurança internacional.
O
fundo foi calculado em cerca de € 5,7 bilhões (R$ 32 bilhões) para o período de
2021-2027. Entretanto, a maior parte deste fundo já foi reservado para
compensar parcialmente os fundos gastos em assistência militar à Ucrânia pelos
Estados-membros da UE.
Por
sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O
ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer
carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
Além
disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega
massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações
russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.
• Alemanha vai comprar obuseiros no valor
de até € 475 milhões, diz Bloomberg
A
Alemanha comprará dez obuseiros autopropulsados e de acionamento rápido da
Krauss-Maffei Wegmann GmbH & Co. KG no valor de € 185 milhões (R$ 1,04
bilhão), que pode ser mais que dobrado, afirma a Bloomberg.
"O
governo tem a opção de comprar mais 18 dos sistemas de artilharia a um custo de
cerca de € 290 milhões [R$ 1,63 bilhão], levando o investimento total para
cerca de € 475 milhões [R$ 2,66 bilhões]", diz o artigo.
A
publicação espera que o plano seja aprovado pelo Comitê de Orçamento do
parlamento alemão na reunião da quarta-feira (29).
A
encomenda é parte de uma atualização mais ampla das Forças Armadas que vai
reabastecer os próprios estoques da Alemanha depois que o governo de Berlim
enviou dez obuseiros à Ucrânia, de acordo com a Bloomberg.
O
artigo destaca que, no ano passado, o chefe do governo alemão, Olaf Scholz,
anunciou a criação de um fundo especial no valor de € 100 bilhões (R$ 561,8
bilhões) para "tentar reverter anos de subinvestimento nas Forças Armadas
da Alemanha".
Por
sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O
ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer
carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
Além
disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega
massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações
russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.
Conflito na Ucrânia deve terminar 'agora
mesmo', afirma Trump
O
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o conflito na Ucrânia
"deve terminar agora mesmo", repetindo sua tese de estar pronto para
alcançar um acordo em apenas 24 horas.
"Isso
é inacreditável, temos pessoas [no governo americano] que não sabem o que
fazem. Se [o conflito] não for parado, eu mesmo vou tomar uma decisão em 24
horas, com Putin e Zelensky. Serão negociações simples, contudo, não vou
revelar como serão, pois nesse caso não poderei realizar meu plano e ele não
funcionará", afirmou Trump à emissora Fox News.
Em
24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o
início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação
da Ucrânia.
O
Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk,
libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa
da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como
toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte
da região de Carcóvia.
De
23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram
referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população
votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o
presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares
de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação
por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por
Putin no dia 5 de outubro.
Fonte:
Sputnik Brasil
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