Museus comemoram
474 anos de Salvador com exposições, música e bate-papo
Museus
da capital baiana apresentam programação especial em comemoração aos 474 anos
da cidade de Salvador, celebrado nesta quarta, dia 29 de março. O Museu de Arte
Moderna da Bahia (MAM) abre a exposição "Uanga", do artista baiano J
Cunha; o Museu Udo Knoff apresenta “Cidade Rosa: Alteridade, Diversidade e
Performance”, do artista Wagner Lacerda; o Palacete das Artes realiza
apresentações de Cameratas da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba); e o Museu de
Arte da Bahia (MAB) lança uma exposição virtual e faz um bate-papo com o historiador
Rafael Dantas e o fotógrafo e artista visual Diego Sei sobre o tema
"Salvador 474 anos e os 100 anos da festa de Iemanjá". Confira programação
completa.
Localizado
no Solar do Unhão, o MAM apresenta uma retrospectiva da vida do artista baiano
J Cunha, de 1960 a 2023. Considerado um artista de múltiplas linguagens que
atua como artista plástico, figurinista, coreógrafo e designer, J Cunha criou
figurinos para o Grupo Viva Bahia, Balé Teatro Castro Alves (BTCA) e Bloco Afro
Ilê Aiyê. Para compor o acervo da exposição "Uanga", que significa
encantamento na língua bantu, foram retirados da casa do artista três caminhões
de obras e peças entre telas, documentos, e instalações referentes à cultura
negra e indígena. A abertura da exposição acontece no dia 29 de março, às 18h,
e permanecerá para visitação gratuita até setembro.
No
Pelourinho, o Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica lança a exposição
“Cidade Rosa: Alteridade, diversidade e performance” em parceria com o
professor doutor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia,
Wagner Lacerda. Com curadoria de Ricardo Biriba, a exposição é composta por 20
obras, incluindo imagens fotográficas impressas em canvas, pinturas em acrílico
sobre tela, vídeos, instalações e projeções. A arte de Lacerda encanta e ao
mesmo tempo provoca e problematiza com temas atuais e necessários, tais como
misoginia, racismo e LGBTQIAPN+Fobia. A abertura acontece no dia 29 de março,
às 15h, também com acesso gratuito.
·
Música
Já
o Palacete das Artes, localizado no bairro da Graça, vai comemorar a data com
apresentações de Cameratas da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). A Bahia
Cordas se apresenta no dia 28 de março, às 16h; a Opus Lumen, no dia 29, às
17h; e a camerata Quarteto Novo, no dia 30, às 16h, sempre com acesso gratuito.
Além de apreciar a música erudita e popular, o público poderá conferir também a
exposição “As poéticas visuais de Juarez Paraiso”, que permanece aberta para
visitação com mais de 90 obras de sete décadas de vida do multiartista Juarez Paraíso.
·
Roda de Conversa
E
no Corredor da Vitória, o Museu de Arte da Bahia (MAB) promove uma exposição
virtual e um bate-papo presencial para celebrar o aniversário de Salvador. A
exposição virtual "Salvador, Memória das Águas" do fotógrafo e
artista visual Diego Sei e da arquiteta e urbanista Camila Novaes será lançada
no Instagram do MAB, no dia 29 de março. No dia seguinte, a roda de conversa
sobre o tema "Salvador 474 anos e os 100 anos da festa de Iemanjá",
com o historiador Rafael Dantas e o fotógrafo e artista visual Diego Sei,
acontece às 17h, na Biblioteca de Artes José Pedreira do MAB.
·
Exposição Uanga: J
Cunha expõe no Museu de Arte Moderna (MAM)
Nesta
quarta-feira (29), dia do aniversário de 474 anos de fundação da Cidade do
Salvador, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) vinculado ao Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), inaugura com acesso gratuito às 18h, a
sua mais nova exposição, intitulada ‘UANGA’, uma grande retrospectiva do
artista baiano J. Cunha. Na oportunidade, o MAM inicia o Programa de Processos
Compartilhados, no qual o público terá contato com distintas etapas do processo
de uma exposição, desde a presença do artista ao processo de montagem até a
curadoria ao longo da mostra. A visitação será de terça-feira ao domingo,
sempre das 13h às 18h. ‘Uanga’ é uma palavra de origem Bantu que significa
feitiço, encantamento.
Para
a diretora geral do Ipac, Luciana Mandelli, “realizar a retrospectiva de um dos
principais artistas e designers da Bahia, no ano que ele completa 75 anos, é
também uma ação de salvaguarda da nossa cultura”. O diretor do MAM, Pola
Ribeiro, destaca a transversalidade da produção de J. Cunha em diferentes áreas
de atuação, “J. Cunha é um multifacetado criador que transita livremente entre
as artes visuais, o design, a cenografia e a moda”, comenta ele.
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Processos
“Em
Uanga reunimos 60 anos de uma práxis inspirada pelos signos da cultura da
Bahia, relacionados à origem afro-indígena-sertaneja de J. Cunha, que, por sua
vez, em sua trajetória, foi impregnado pela história da arte, pela cultura pop,
pelo tropicalismo e pelo carnaval de Salvador”, explica o curador da exposição,
Daniel Rangel. Segundo ele, nessa primeira etapa, aberta na quarta-feira, serão
expostas as obras conectadas ao universo das artes visuais, instaladas no
térreo do Casarão do Solar. Em um segundo momento serão exibidos, no andar
superior do Casarão, cartazes, figurinos, cenários, documentos, fotografias e
tecidos de blocos afros, dentre outros itens criados pelo designer J. Cunha
Numa
terceira etapa o público acompanhará o artista realizar instalações artísticas
em áreas abertas e pequenas salas do MAM, dialogando com a arquitetura do Solar
Unhão. “Serão obras de site specific pensadas para a entrada do museu, como um
portal, ou para o tronco da mangueira do pátio, que foi diagnosticada como
morta, que reviverá como uma obra de arte”, relata Rangel. Para ele, não é
coincidência J. Cunha ser o primeiro artista do Programa Processos
Compartilhados. “A materialidade da produção de J. Cunha resgata e projeta no
presente o sonho de Lina Bo Bardi. Ao imaginar e propor a união entre o popular
e o acadêmico, como conceito para o MAM-Bahia, ela provavelmente imaginava (ou
previu) o surgimento de artistas como ele, no contexto atual”, finaliza Rangel.
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J. Cunha
Nascido
na Península de Itapagipe, em Salvador, em 1948, J. Cunha (José Antônio Cunha)
fez o Curso Livre da Escola de Belas Artes/Ufba aos 18 anos de idade. Foi
cenógrafo e figurinista do grupo cultural Viva Bahia, assinou cenários/figurinos
do Balé Brasileiro da Bahia, Balé do Teatro Castro Alves e, durante 25 anos, a
concepção visual e estética do bloco afro Ylê Aiyê, além de decorações dos
Carnavais de Salvador. Artista plástico, designer gráfico, cenógrafo e
figurinista, Cunha participou de bienais, coletivas e individuais nos Estados
Unidos, África e Europa. Sua carreira transita ainda pela Dança, Teatro e
Música. “Cunha é um artista que está simultaneamente no Sambódromo da Sapucaí e
no MAR no Rio de Janeiro, no Instituto Inhotim em Minas Gerais, em Nova York e
Canadá, dentre dezenas de outras referências para as Artes no mundo”, resume
Pola Ribeiro.
·
SERVIÇO
# Exposição
"Uanga", de J Cunha
Quando: Abertura - 29 de março - 18h
Onde: Museu de Arte Moderna (MAM), Solar do Unhão
Quanto: Gratuito
# Exposição “Cidade Rosa: Alteridade, diversidade e performance”
Quando: Abertura – 29 de março, 15h
Onde: Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica, Pelourinho
Quanto: Gratuito
# Cameratas da Osba
Opus Lumen - 29 de março, às 17h
Quarteto Novo - 30 de março, às 16h
Onde: Palacete das Artes, Graça
Quanto: Gratuito
# Exposição virtual "Salvador, Memória das Águas"
Fotógrafo e artista visual Diego Sei/ Arquiteta e urbanista Camila Novaes
Quando: 29 de março
Onde: Instagram do Museu de Arte da Bahia (MAB)
Quanto: Gratuito
# Roda de conversa sobre o tema "Salvador 474 anos e os 100 anos da
festa de Iemanjá"
Historiador Rafael Dantas/ Fotógrafo e artista visual Diego Sei
Quando: 30 de março - 17h
Onde: Biblioteca de Artes José Pedreira do MAB
Quanto: Gratuito
Ø Museu Udo Knoff
comemora aniversário de Salvador com exposição de Wagner Lacerda
Em
comemoração aos 474 anos da cidade de Salvador, o museu Udo Knoff de Azulejaria
e Cerâmica (Pelourinho), em parceria com o professor doutor da Escola de Belas
Artes da Universidade Federal da Bahia, Wagner Lacerda, abre a exposição
“Cidade Rosa: Alteridade, diversidade e performance”, no dia 29 de março, às
15h.
Com
curadoria de Ricardo Biriba, a exposição apresenta uma expografia relacional e
interativa, composta por 20 obras, incluindo imagens fotográficas impressas em
canvas, pinturas em acrílico sobre tela, vídeos, instalações e projeções.
A
arte de Lacerda encanta e ao mesmo tempo provoca e problematiza com temas
atuais e necessários, tais como misoginia, racismo e LGBTQIAPN+Fobia. Suas
pesquisas partem de observações e vivências com imersões na geografia da cidade
de Salvador, revivendo figuras lendárias como a “Mulher de Roxo”, entre outras
referências afrodiaspóricas.
A
vernissage será iniciada com um cortejo pelas ruas do Pelourinho em direção ao
Museu Udo Knoff. A performance inclui os grupos de coletivos artísticos
"Cidade Rosa" (EBA - UFBA) e "Eterna Juventude"(sob direção
de Joaquim Assis).
·
Serviço:
O
quê: Exposição “Cidade Rosa: Alteridade, diversidade e performance”
Quando:
Abertura – 29 de março, 15h
Visitação:
Terça a sexta, das 10h às 16h; sábado, das 12h às 16h
Onde:
Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica – Rua Frei Vicente, 3, Pelourinho
Ø
A
Salvador antiga em cores é o foco da exposição “A memória ilumina o futuro”
“Um
mar calmo pincelado de turquesa, com barqueiros em suas idas e vindas, emoldura
com o céu azul a velha cidade da Bahia. Do preto e branco de fotografias e
litografias antigas do século XIX, retratos de um tempo em papel, surge a mais
importante localidade da província da Bahia: a cidade do Salvador”. Esse é o
contexto do trabalho realizado pelo artista visual Floro Freire, que utiliza
como base fotografias do século XIX e início do século XX, na exposição “A
memória ilumina o futuro”. A abertura da mostra será nesta terça-feira (28),
com acesso gratuito, no Salão Chile do Palacete Tira-Chapéu, localizado no
Centro Histórico de Salvador.
Cada
painel da exposição reproduz, de forma delicada e em cores, as grandes tomadas
feitas pelos mais importantes fotógrafos da segunda metade dos anos de 1800:
Mulock, Lindedemann, Ferrez, Gaensly e Gonçalves. Em uma das obras,
originalmente “’Vue de Bahia de Victor Frond, PhotogAubrunlith. / Imp.
Lemercier, Paris, década de 1850”, tem a Cidade Baixa, antiga zona comercial,
com dezenas de casarios exibindo o traçado com influência lusa em terras
baianas.
“Prédios
de três, quatro e até cinco pavimentos erguiam-se de frente ao mar ou se
equilibravam entre as ladeiras e vielas da cidade. Em alvenaria de pedra com
armações em madeira, cada um desses prédios era um mundo onde comércios,
moradias e cortiços davam o toque de uma das maiores cidades da América”,
explica Floro Freire. O painel é apresentado colorido por ele, com base em uma
pesquisa detalhada.
A
exposição tem apoio da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), por meio do
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Além de Floro
Freire, assinam os textos e comentários históricos sobre a exposição o
antropólogo e pesquisador Antônio Risério; o artista plástico e curador Emanoel
Araújo, falecido em 2022; o arquiteto e historiador Chico Senna; e o professor
e historiador Rafael Dantas; todos também partícipes da pesquisa histórica.
* Serviço:
O
que: Abertura
da exposição “A memória ilumina o futuro”
Data: 28/03. A
mostra ficará em cartaz até 08/04
Horário
de funcionamento: segunda
a sexta –de 9h às 12h e de 13h às 17h. Acesso gratuito.
Local: Salão Chile -
Palacete Tira-Chapéu: Rua Chile, Centro Histórico de Salvador
Fonte:
Ascom SecultBa
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