quinta-feira, 11 de julho de 2024

Jornalista diz que EUA têm zero liberdade de expressão: 'Problema pode ficar maior'

O jornalista e comentarista político norte-americano Jackson Hinkle disse à Sputnik que o bloqueio de suas contas no YouTube e WhatsApp, bem como no Facebook e Instagram (ambos de propriedade da Meta, banidos na Rússia por extremismo), sinaliza que há "liberdade de expressão zero" nos EUA, acrescentando que isso pode resultar em problemas maiores.

"Sim, são empresas privadas, mas tudo isso está acontecendo a critério direto e, você sabe, com as ordens do Departamento de Estado dos EUA, do governo federal, o que só serve para mostrar que não há absolutamente nenhuma liberdade de expressão na América [do Norte], que é outra divisão preocupante que penso que muitas pessoas no Ocidente estão enfrentando com as elites dos seus países, o que poderá resultar em questões maiores", disse Hinkle em entrevista.

O jornalista disse que não conseguia nem usar marketplaces para vender seus produtos e quase todos os aplicativos de relacionamento.

Ao mesmo tempo, Hinkle anunciou que lançaria em um futuro próximo um programa que seria transmitido nas redes sociais russas e chinesas, sem especificar os detalhes.

"Muito em breve lançarei um programa. E estaremos, você sabe, nas redes sociais russas. Já estamos nas redes sociais chinesas, mas vamos aumentar a quantidade de trabalho que estamos fazendo lá e depois no Twitter [atualmente X] também", disse ele.

Hinkle presumiu que havia "chance zero" de recuperar suas contas nas redes sociais citadas.

¨      Biden recorre a líderes negros e latinos para reprimir os descontentes em seu partido, diz mídia

Repetindo o esforço de 2020 que levou o atual presidente dos EUA à Casa Branca, Joe Biden aposta na ajuda de legisladores negros e latinos para combater as preocupações sobre a viabilidade de sua candidatura.

De acordo com a Bloomberg, Joe Biden está recorrendo a líderes negros, hispânicos e progressistas para conter uma revolta dos democratas que têm questionado sua aptidão para o cargo desde sua péssima atuação no debate contra Trump.

Segundo a apuração, o presidente nesta semana traçou sua estratégia para convencer os correligionários do Partido Democrata que ele deveria permanecer como candidato presidencial. No entanto, seu destino permanece incerto.

Na medida em que cada vez mais democratas estavam vocalizando seu medo de que a insistência do presidente em permanecer na disputa arriscasse a vitória do candidato republicano em novembro, o apoio de grupos-chave tem ajudado Biden a silenciar substancialmente o ímpeto por detrás de um esforço para vê-lo fora da corrida.

A deputada Maxine Waters, da Califórnia, uma das mulheres negras mais antigas no Congresso, disse que Biden ganhou apoio com suas políticas sobre educação e preços de medicamentos e suas escolhas pessoais, incluindo a vice-presidente Kamala Harris, a primeira mulher negra a ocupar o segundo cargo mais importante do país.

"Não haverá outro candidato além do presidente [Joe] Biden", disse o deputado Steven Horsford, presidente do caucus de Nevada, à CNN após uma reunião virtual de segunda-feira (8) entre o líder norte-americano e o Caucus Negro do Congresso para reunir apoio e traçar seu caminho para a vitória.

Biden, que já anunciou vários eventos para sinalizar que não tem intenção de se afastar da disputa pela presidência, incluindo viagens a Detroit e Las Vegas, tem se esforçado para manifestar sua aptidão em todas as aparições públicas desde o último debate contra seu principal opositor.

<><> Biden diz que as 'elites' democratas estão alarmadas com seu debate; eleitores discordam

Na segunda (8), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a preocupação com seu desempenho no debate que travou com o ex-presidente Donald Trump está sob o olhar das "elites" democratas.

É o que informa a publicação do veículo norte-americano Politico nesta quarta-feira (10).

Segundo a publicação, tanto eleitores quanto candidatos de Wisconsin têm uma mensagem para o presidente Joe Biden: "Não são apenas as elites democratas que estão surtando com sua acuidade mental."

O material veiculado no site diz que Biden sugeriu na segunda-feira (8) que eram simplesmente as "elites do partido" que estavam levantando dúvidas sobre sua viabilidade política após uma performance hesitante e incoerente no debate no mês passado.

Contudo, a publicação ressalta que questões sobre sua idade estão dominando a conversa política em Milwaukee e Madison, território crucial para os democratas em novembro, de acordo com conversas com fontes democratas e eleitores independentes ao longo dos últimos quatro dias.

O Politico sugere que as preocupações "surgem enquanto uma nova pesquisa da AARP mostra Biden cinco pontos abaixo do ex-presidente Donald Trump no estado decisivo, e os republicanos se preparam para nomear formalmente Trump em Milwaukee na próxima semana".

Biden, que já anunciou vários eventos para sinalizar que não tem intenção de se afastar da disputa pela presidência, incluindo viagens a Detroit e Las Vegas, tem se esforçado para manifestar sua aptidão em todas as aparições públicas desde o último debate contra seu principal opositor.

¨      Na cúpula da OTAN, Biden apela para que aliança 'não fique para trás' militarmente ante Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (10) que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não pode se dar ao luxo de ficar atrás da Rússia em termos militares.

O chefe de Estado norte-americano ressaltou que Moscou transferiu o seu complexo industrial de defesa para uma base militar, aumentando significativamente a produção de armas e munições.

Ao mesmo tempo, o líder acusou infundadamente a China, a Coreia do Norte e o Irã de ajudarem o complexo militar-industrial russo.

"A Rússia está se preparando para uma guerra em relação à produção de defesa. Eles estão aumentando significativamente sua produção de armas, munições e veículos, e estão fazendo isso com a ajuda da China, da Coreia do Norte e do Irã. Não podemos, na minha opinião, permitir que a aliança fique para trás", disse Biden durante seus comentários de boas-vindas na cúpula da OTAN em Washington.

Enquanto Biden dava as boas-vindas, os Estados Unidos e a Alemanha anunciaram também que os EUA começariam a instalar mísseis de longo alcance na Alemanha em 2026, em um esforço para demonstrar seu comprometimento com a OTAN e a Defesa europeia, conforme noticiado.

Ao mesmo tempo, um rascunho de comunicado preparado para a reunião da aliança de 32 nações dizia que os aliados pretendem fornecer à Ucrânia um financiamento mínimo de US$ 43,28 bilhões (R$ 234 bilhões) em ajuda militar no próximo ano, mas não atingiram o compromisso plurianual que o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, havia buscado, reporta a Reuters.

Moscou já enviou uma nota aos países da Aliança Atlântica na qual o Ministério das Relações Exteriores russo advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornaria um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.

¨      Nada de bom espera a Europa com o novo secretário-geral da OTAN, diz general francês

O novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que substituirá Jens Stoltenberg em outubro, é um "clone" de seu antecessor, foi escolhido sob pressão de Washington e nada de bom se deve esperar dele para a Europa, relatou à Sputnik o especialista militar francês em política externa e defesa, o general aposentado Dominique Delawarde.

De 9 a 11 de junho está ocorrendo a sucessiva cúpula da OTAN em Washington. Essa reunião será a última para Stoltenberg - em 1º de outubro, ele será substituído pelo ex-primeiro-ministro holandês Rutte, que já foi aprovado pelos representantes da OTAN em uma reunião na sede em Bruxelas.

"A nomeação de Mark Rutte, tal como seus antecessores, foi imposta por Washington. Ele foi escolhido porque era considerado compatível com a ideologia neoconservadora que agora domina tanto nos EUA quanto na UE. É um clone do seu antecessor. Portanto, essa nomeação não fará nenhum bem à Europa", disse o general francês.

Ele também disse ter certeza de que sob Rutte a política da aliança em relação à Rússia e à China não mudará. "Sua liderança permanecerá sendo beligerante e russofóbica […]. A retórica contra a Rússia e a China não mudará, mas sua intensidade diminuirá", disse o interlocutor da agência.

Anteriormente, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que a mudança do secretário-geral da OTAN dificilmente ajudará a mudar a linha do bloco militar sob a liderança direta dos EUA que têm como objetivo a supressão estratégica da Rússia.

¨      EUA buscam evitar que apoio da China à Rússia vire questão bilateral, diz subsecretário do Tesouro

Os Estados Unidos querem evitar que um suposto apoio da China à base industrial de defesa da Rússia se torne uma questão bilateral importante, disse o subsecretário do Tesouro dos EUA para Assuntos Internacionais, Jay Shambaugh, nesta quarta-feira (10).

"Nós realmente não queremos que isso se torne uma questão bilateral entre os EUA e a China, porque não vemos isso como algo que deveria ser", disse Shambaugh durante uma discussão promovida pelo think tank Conselho de Relações Exteriores (CFR, na sigla em inglês) em Washington.

Autoridades do Departamento do Tesouro gastaram "muito tempo" trabalhando para resolver esse problema, acrescentou Shambaugh.

As últimas ações dos Estados Unidos para impedir a China de fornecer à Rússia certas tecnologias de uso duplo já estão começando a ter impacto, disse Shambaugh.

A Embaixada chinesa em Washington declarou repetidamente que a China não forneceu armas nem à Rússia nem à Ucrânia e pediu a Washington que se abstenha de menosprezar o relacionamento entre Pequim e Moscou.

A China tem desempenhado um papel construtivo na facilitação de solução política para o conflito na Ucrânia, disse a Embaixada chinesa, acrescentando que o comércio entre a China e a Rússia não deve ser interferido ou restringido.

¨      Hungria diz que novo encontro sobre a Ucrânia pode ocorrer ainda neste ano, com presença da Rússia

Uma nova conferência sobre o fim do conflito ucraniano poderá ser realizada antes do final do ano, por exemplo na Arábia Saudita, com a presença da Rússia. A afirmação é do chanceler da Hungria, Peter Szijjarto.

O chefe do Ministério das Relações Exteriores húngaro observou ainda que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se reuniu com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan às margens do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), assim como visitou na semana passada o presidente russo, Vladimir Putin.

"Nós [Hungria e Turquia] assumimos uma posição comum de que no nos próximos tempos é necessária uma conferência de paz na qual ambas as partes em conflito participarão, esta é a única oportunidade para chegar a um acordo", disse Szijjarto à rede de televisão M1.

De acordo com o chanceler, a conferência na Suíça não foi um sucesso porque a Rússia não esteve presente.

"É importante que a conferência de paz planejada para o segundo semestre deste ano, seja na Arábia Saudita ou em outro local, envolva ambos os lados, Rússia e Ucrânia, para dar a melhor oportunidade de encontrar uma solução", acrescentou o chanceler.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, afirmou nesta quarta-feira que a Rússia não estabelece prazos para iniciar conversas de paz com a Ucrânia. Segundo ele, o que as autoridades ucranianas propõem atualmente não é base para discussões sérias.

Anteriormente, Putin apresentou novas propostas de paz para resolver o conflito na Ucrânia, que prevêem o reconhecimento do estatuto da Crimeia, das regiões República Popular de Donetsk, República Popular de Lugansk, Kherson e Zaporizhia como regiões da Rússia; e garantias do estatuto não alinhado e não nuclear da Ucrânia, a sua desmilitarização, sua desnazificação e o levantamento das sanções anti-Rússia. Essas propostas foram rejeitadas por Kiev.

Putin observou também que o mandato de Zelensky expirou e sua legitimidade não pode ser restaurada de forma alguma. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, especificou que Putin não rejeita a possibilidade de negociações com a Ucrânia, uma vez que no país existem outras autoridades legítimas.

No entanto, Kiev introduziu uma proibição a nível legislativo e rejeitou as propostas de paz de Moscou. As autoridades de Kiev discutiram as suas propostas numa conferência sobre a Ucrânia, na Suíça, de 15 a 16 de Junho, mas, como afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo, o encontro foi um fracasso.

Em 5 de julho, Orbán chegou a Moscou com uma delegação e se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele classificou a visita a Moscou como a próxima fase de uma missão de paz, cuja primeira fase foi uma viagem a Kiev em 2 de julho. O primeiro-ministro húngaro disse que pretende realizar várias reuniões inesperadas deste tipo em breve.

Na segunda-feira, Orbán visitou Pequim, onde disse que a Hungria é contra o confronto com a China e a favor da cooperação entre a União Europeia e a China. Depois da China, o primeiro-ministro húngaro rumou a Washington, onde, além do encontro da OTAN, também prometeu continuar a trabalhar na sua iniciativa de paz e reuniu-se com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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