Jornalista diz que EUA têm zero liberdade
de expressão: 'Problema pode ficar maior'
O jornalista e
comentarista político norte-americano Jackson Hinkle disse à Sputnik que o
bloqueio de suas contas no YouTube e WhatsApp, bem como no Facebook e Instagram
(ambos de propriedade da Meta, banidos na Rússia por extremismo), sinaliza que
há "liberdade de expressão zero" nos EUA, acrescentando que isso pode
resultar em problemas maiores.
"Sim, são
empresas privadas, mas tudo isso está acontecendo a critério direto e, você
sabe, com as ordens do Departamento de Estado dos EUA, do governo federal, o
que só serve para mostrar que não há absolutamente nenhuma liberdade de
expressão na América [do Norte], que é outra divisão preocupante que penso que
muitas pessoas no Ocidente estão enfrentando com as elites dos seus países, o
que poderá resultar em questões maiores", disse Hinkle em entrevista.
O jornalista disse que
não conseguia nem usar marketplaces para vender seus produtos e quase todos os
aplicativos de relacionamento.
Ao mesmo tempo, Hinkle
anunciou que lançaria em um futuro próximo um programa que seria transmitido
nas redes sociais russas e chinesas, sem especificar os detalhes.
"Muito em breve
lançarei um programa. E estaremos, você sabe, nas redes sociais russas. Já
estamos nas redes sociais chinesas, mas vamos aumentar a quantidade de trabalho
que estamos fazendo lá e depois no Twitter [atualmente X] também", disse ele.
Hinkle presumiu que
havia "chance zero" de recuperar suas contas nas redes sociais
citadas.
¨ Biden recorre a líderes negros e latinos para reprimir os
descontentes em seu partido, diz mídia
Repetindo o esforço de
2020 que levou o atual presidente dos EUA à Casa Branca, Joe Biden aposta na
ajuda de legisladores negros e latinos para combater as preocupações sobre a
viabilidade de sua candidatura.
De acordo com a
Bloomberg, Joe Biden está recorrendo a líderes negros, hispânicos e
progressistas para conter uma revolta dos democratas que têm questionado sua
aptidão para o cargo desde sua péssima atuação no debate contra Trump.
Segundo a apuração, o
presidente nesta semana traçou sua estratégia para convencer os
correligionários do Partido Democrata que ele deveria permanecer como candidato
presidencial. No entanto, seu destino permanece incerto.
Na medida em que cada
vez mais democratas estavam vocalizando seu medo de que a insistência do
presidente em permanecer na disputa arriscasse a vitória do candidato
republicano em novembro, o apoio de grupos-chave tem ajudado Biden a silenciar
substancialmente o ímpeto por detrás de um esforço para vê-lo fora da corrida.
A deputada Maxine
Waters, da Califórnia, uma das mulheres negras mais antigas no Congresso, disse
que Biden ganhou apoio com suas políticas sobre educação e preços de
medicamentos e suas escolhas pessoais, incluindo a vice-presidente Kamala
Harris, a primeira mulher negra a ocupar o segundo cargo mais importante do
país.
"Não haverá outro
candidato além do presidente [Joe] Biden", disse o deputado Steven
Horsford, presidente do caucus de Nevada, à CNN após uma reunião virtual de
segunda-feira (8) entre o líder norte-americano e o Caucus Negro do Congresso
para reunir apoio e traçar seu caminho para a vitória.
Biden, que já anunciou
vários eventos para sinalizar que não tem intenção de se afastar da disputa
pela presidência, incluindo viagens a Detroit e Las Vegas, tem se esforçado
para manifestar sua aptidão em todas as aparições públicas desde o último debate
contra seu principal opositor.
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Biden diz que as 'elites' democratas estão alarmadas com seu debate; eleitores
discordam
Na segunda (8), o
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a preocupação com seu
desempenho no debate que travou com o ex-presidente Donald Trump está sob o
olhar das "elites" democratas.
É o que informa a
publicação do veículo norte-americano Politico nesta quarta-feira (10).
Segundo a publicação,
tanto eleitores quanto candidatos de Wisconsin têm uma mensagem para o
presidente Joe Biden: "Não são apenas as elites democratas que estão
surtando com sua acuidade mental."
O material veiculado
no site diz que Biden sugeriu na segunda-feira (8) que eram simplesmente as
"elites do partido" que estavam levantando dúvidas sobre sua
viabilidade política após uma performance hesitante e incoerente no debate no
mês passado.
Contudo, a publicação
ressalta que questões sobre sua idade estão dominando a conversa política em
Milwaukee e Madison, território crucial para os democratas em novembro, de
acordo com conversas com fontes democratas e eleitores independentes ao longo
dos últimos quatro dias.
O Politico sugere que
as preocupações "surgem enquanto uma nova pesquisa da AARP mostra Biden
cinco pontos abaixo do ex-presidente Donald Trump no estado decisivo, e os
republicanos se preparam para nomear formalmente Trump em Milwaukee na próxima
semana".
Biden, que já anunciou
vários eventos para sinalizar que não tem intenção de se afastar da disputa
pela presidência, incluindo viagens a Detroit e Las Vegas, tem se esforçado
para manifestar sua aptidão em todas as aparições públicas desde o último debate
contra seu principal opositor.
¨ Na cúpula da OTAN, Biden apela para que aliança 'não fique para
trás' militarmente ante Rússia
O presidente dos
Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (10) que a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não pode se dar ao luxo de ficar atrás da
Rússia em termos militares.
O chefe de Estado
norte-americano ressaltou que Moscou transferiu o seu complexo industrial de
defesa para uma base militar, aumentando significativamente a produção de armas
e munições.
Ao mesmo tempo, o
líder acusou infundadamente a China, a Coreia do Norte e o Irã de ajudarem o
complexo militar-industrial russo.
"A Rússia está se
preparando para uma guerra em relação à produção de defesa. Eles estão
aumentando significativamente sua produção de armas, munições e veículos, e
estão fazendo isso com a ajuda da China, da Coreia do Norte e do Irã. Não
podemos, na minha opinião, permitir que a aliança fique para trás", disse
Biden durante seus comentários de boas-vindas na cúpula da OTAN em Washington.
Enquanto Biden dava as
boas-vindas, os Estados Unidos e a Alemanha anunciaram também que os EUA
começariam a instalar mísseis de longo alcance na Alemanha em 2026, em um
esforço para demonstrar seu comprometimento com a OTAN e a Defesa europeia,
conforme noticiado.
Ao mesmo tempo, um
rascunho de comunicado preparado para a reunião da aliança de 32 nações dizia
que os aliados pretendem fornecer à Ucrânia um financiamento mínimo de US$
43,28 bilhões (R$ 234 bilhões) em ajuda militar no próximo ano, mas não
atingiram o compromisso plurianual que o secretário-geral da OTAN, Jens
Stoltenberg, havia buscado, reporta a Reuters.
Moscou já enviou uma
nota aos países da Aliança Atlântica na qual o Ministério das Relações
Exteriores russo advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas
a Kiev se tornaria um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
¨ Nada de bom espera a Europa com o novo secretário-geral da OTAN,
diz general francês
O novo
secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que substituirá Jens Stoltenberg em
outubro, é um "clone" de seu antecessor, foi escolhido sob pressão de
Washington e nada de bom se deve esperar dele para a Europa, relatou à Sputnik
o especialista militar francês em política externa e defesa, o general
aposentado Dominique Delawarde.
De 9 a 11 de junho
está ocorrendo a sucessiva cúpula da OTAN em Washington. Essa reunião será a
última para Stoltenberg - em 1º de outubro, ele será substituído pelo
ex-primeiro-ministro holandês Rutte, que já foi aprovado pelos representantes
da OTAN em uma reunião na sede em Bruxelas.
"A nomeação de
Mark Rutte, tal como seus antecessores, foi imposta por Washington. Ele foi
escolhido porque era considerado compatível com a ideologia neoconservadora que
agora domina tanto nos EUA quanto na UE. É um clone do seu antecessor. Portanto,
essa nomeação não fará nenhum bem à Europa", disse o general francês.
Ele também disse ter
certeza de que sob Rutte a política da aliança em relação à Rússia e à China
não mudará. "Sua liderança permanecerá sendo beligerante e russofóbica
[…]. A retórica contra a Rússia e a China não mudará, mas sua intensidade
diminuirá", disse o interlocutor da agência.
Anteriormente, o
porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que a mudança do
secretário-geral da OTAN dificilmente ajudará a mudar a linha do bloco militar
sob a liderança direta dos EUA que têm como objetivo a supressão estratégica da
Rússia.
¨ EUA buscam evitar que apoio da China à Rússia vire questão
bilateral, diz subsecretário do Tesouro
Os Estados Unidos
querem evitar que um suposto apoio da China à base industrial de defesa da
Rússia se torne uma questão bilateral importante, disse o subsecretário do
Tesouro dos EUA para Assuntos Internacionais, Jay Shambaugh, nesta quarta-feira
(10).
"Nós realmente
não queremos que isso se torne uma questão bilateral entre os EUA e a China,
porque não vemos isso como algo que deveria ser", disse Shambaugh durante
uma discussão promovida pelo think tank Conselho de Relações Exteriores (CFR, na
sigla em inglês) em Washington.
Autoridades do
Departamento do Tesouro gastaram "muito tempo" trabalhando para
resolver esse problema, acrescentou Shambaugh.
As últimas ações dos
Estados Unidos para impedir a China de fornecer à Rússia certas tecnologias de
uso duplo já estão começando a ter impacto, disse Shambaugh.
A Embaixada chinesa em
Washington declarou repetidamente que a China não forneceu armas nem à Rússia
nem à Ucrânia e pediu a Washington que se abstenha de menosprezar o
relacionamento entre Pequim e Moscou.
A China tem
desempenhado um papel construtivo na facilitação de solução política para o
conflito na Ucrânia, disse a Embaixada chinesa, acrescentando que o comércio
entre a China e a Rússia não deve ser interferido ou restringido.
¨ Hungria diz que novo encontro sobre a Ucrânia pode ocorrer ainda
neste ano, com presença da Rússia
Uma nova conferência
sobre o fim do conflito ucraniano poderá ser realizada antes do final do ano,
por exemplo na Arábia Saudita, com a presença da Rússia. A afirmação é do
chanceler da Hungria, Peter Szijjarto.
O chefe do Ministério
das Relações Exteriores húngaro observou ainda que o primeiro-ministro da
Hungria, Viktor Orbán, se reuniu com o presidente da Turquia, Recep Tayyip
Erdogan às margens do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN), assim como visitou na semana passada o presidente russo, Vladimir
Putin.
"Nós [Hungria e
Turquia] assumimos uma posição comum de que no nos próximos tempos é necessária
uma conferência de paz na qual ambas as partes em conflito participarão, esta é
a única oportunidade para chegar a um acordo", disse Szijjarto à rede de
televisão M1.
De acordo com o
chanceler, a conferência na Suíça não foi um sucesso porque a Rússia não esteve
presente.
"É importante que
a conferência de paz planejada para o segundo semestre deste ano, seja na
Arábia Saudita ou em outro local, envolva ambos os lados, Rússia e Ucrânia,
para dar a melhor oportunidade de encontrar uma solução", acrescentou o
chanceler.
O vice-ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, afirmou nesta quarta-feira que a
Rússia não estabelece prazos para iniciar conversas de paz com a Ucrânia.
Segundo ele, o que as autoridades ucranianas propõem atualmente não é base para
discussões sérias.
Anteriormente, Putin
apresentou novas propostas de paz para resolver o conflito na Ucrânia, que
prevêem o reconhecimento do estatuto da Crimeia, das regiões República Popular
de Donetsk, República Popular de Lugansk, Kherson e Zaporizhia como regiões da Rússia;
e garantias do estatuto não alinhado e não nuclear da Ucrânia, a sua
desmilitarização, sua desnazificação e o levantamento das sanções anti-Rússia.
Essas propostas foram rejeitadas por Kiev.
Putin observou também
que o mandato de Zelensky expirou e sua legitimidade não pode ser restaurada de
forma alguma. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, especificou que Putin não
rejeita a possibilidade de negociações com a Ucrânia, uma vez que no país
existem outras autoridades legítimas.
No entanto, Kiev
introduziu uma proibição a nível legislativo e rejeitou as propostas de paz de
Moscou. As autoridades de Kiev discutiram as suas propostas numa conferência
sobre a Ucrânia, na Suíça, de 15 a 16 de Junho, mas, como afirmou o Ministério
das Relações Exteriores russo, o encontro foi um fracasso.
Em 5 de julho, Orbán
chegou a Moscou com uma delegação e se encontrou com o presidente russo,
Vladimir Putin. Ele classificou a visita a Moscou como a próxima fase de uma
missão de paz, cuja primeira fase foi uma viagem a Kiev em 2 de julho. O
primeiro-ministro húngaro disse que pretende realizar várias reuniões
inesperadas deste tipo em breve.
Na segunda-feira,
Orbán visitou Pequim, onde disse que a Hungria é contra o confronto com a China
e a favor da cooperação entre a União Europeia e a China. Depois da China, o
primeiro-ministro húngaro rumou a Washington, onde, além do encontro da OTAN, também
prometeu continuar a trabalhar na sua iniciativa de paz e reuniu-se com o
presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Fonte: Sputnik Brasil
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