Saúde mental: como posso enfrentar meus problemas?
Que estratégias eu posso usar para enfrentar uma
dificuldade emocional, ou seja, uma dificuldade no campo da saúde mental?
Vamos trazer, aqui, alguns exemplos, mas é claro
que existem uma série de estratégias diferentes além destas.
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Ajuda profissional
Tem gente que prefere focar no enfrentamento do
problema. Ou seja, ao detectar uma dificuldade emocional, a pessoa corre para
solucionar a questão, quer seja com ajuda de terapia, o que pode envolver
estratégias cognitivo-comportamentais, quer seja procurando o médico para usar
medicamentos, principalmente se o quadro for mais grave.
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Entender a emoção
Existem, também, estratégias focadas nas emoções.
Isso envolve entender o que a dificuldade está gerando em termos de emoção e
comportamento. Por exemplo: será que estou fugindo da resolução de um conflito?
Será que fico me comparando negativamente com outras pessoas? Será que eu não
estou aceitando mudanças que estão acontecendo comigo? É importante olhar para
essas emoções e tentar transformá-las.
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Fé, família ou rede de apoio
Fé e religiosidade podem ser estratégias de apoio
para quem enfrenta uma dificuldade emocional.
O suporte familiar e as redes de apoio também podem
ser facilitadores para obter ajuda na transposição dos obstáculos. Então, por
exemplo, se eu me sinto sozinho, vou buscar ajuda numa rede de apoio ou com uma
pessoa da família com quem me sinto mais à vontade.
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O importante é ir atrás
Quer seja resolvendo problemas, focando nas
emoções, buscando fé e religiosidade, ou recorrendo ao suporte familiar ou de
uma rede de apoio, o importante é que quem está em sofrimento psíquico procure
alguma forma de ajuda, ou de resolver a questão por trás disso.
Pode ser uma dessas estratégias isoladamente ou a
combinação de várias delas. O importante é que a pessoa faça esse movimento, ou
que você ajude a pessoa em sofrimento a fazer esse movimento para poder
enfrentar a situação.
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Onde buscar ajuda
Existem alguns serviços muito bacanas com os quais
você pode contar caso precise de ajuda. Um deles é o CVV (Centro de Valorização
à Vida), que você pode acessar ligando no 188 ou pelo site (cvv.org.br).
Inclusive há um chat que pode ser usado para se conectar com alguém.
Você também pode buscar auxílio profissional dos
CAPS, nas Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de
Saúde), ou no setor de psiquiatria dos hospitais. Se você suspeitar de uma
emergência, não hesite: ligue para o SAMU (192), ou procure um serviço de
emergência (em pronto-socorros, hospitais ou numa UPA 24H).
Ø Anticoncepcional
altera cérebro e pode aumentar medo, aponta pesquisa
Um estudo de endocrinologistas da Universidade de
Montreal, no Canadá, apontou que anticoncepcionais hormonais promovem
alterações no cérebro que podem resultar em sensação mais comum de medo e
insegurança entre suas usuárias.
De acordo com pesquisa publicada na revista
Frontiers in Endocrinology, em 7/11, mulheres que usaram métodos contraceptivos
desse tipo tinham menor quantidade de massa cinzenta na área responsável por
passar a sensação de tranquilidade.
“O resultado pode indicar um mecanismo pelo qual
os anticoncepcionais podem prejudicar a regulação emocional nas mulheres“,
afirmaram os autores da pesquisa, liderada pela endocrinologista Alexandra
Brouillard.
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Como foi feita a pesquisa?
O estudo avaliou imagens cerebrais de três grupos
de mulheres: 62 delas usavam pílulas contraceptivas, 37 já tinham usado e 40
nunca haviam feito uso. Participaram também 41 homens, como grupo controle.
Os exames de imagem apontaram o aspecto e a
espessura da massa cerebral dos voluntários. As mulheres que estavam fazendo
uso do anticoncepcional eram as únicas que tinham um córtex pré-frontal
ventromedial com menos massa do que o dos homens – eles, biologicamente, já
possuem essa região com menor volume.
Essa zona cerebral regula as emoções que envolvem
reação rápida, especialmente o medo. Ali são processadas informações para que
as pessoas avaliem se estão em um ambiente tranquilo e seguro, um processo que
resulta na emissão de bloqueadores para os marcadores neurais de insegurança e
alerta.
A boa notícia é que o efeito parece reversível,
pois as voluntárias que já não usavam o medicamento tinham espessura normal
nessa região.
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A química mental do medo
Os endocrinologistas também analisaram outras zonas
do cérebro e descobriram que o córtex cingulado (a região que cria o medo)
varia de pessoa para pessoa e que sua medida não está relacionada ao uso de
anticoncepcionais.
Com isso, foi possível concluir que as mulheres que
usam anticoncepcionais não produzem mais marcadores neurais de medo do que as
outras, mas que elas produzem menos reguladores ligados à sensação de
tranquilidade e ao controle do medo.
Uma limitação da pesquisa é não considerar fatores
sociais que possam justificar que algumas mulheres tenham mais medo do que as
demais.
Fonte: Terra/Metrópoles
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