terça-feira, 26 de setembro de 2023

Descubra se o café faz mal para saúde

Beber café faz mal? O consumo da bebida é feito desde o século VII. O café pode causar benefícios como melhorar o desempenho cognitivo e físico. Além de fornecer antioxidantes e nutrientes, entre outros que você pode conferir na matéria:

Na verdade, não é que o café faz mal, mas ele pode causar alguns efeitos colaterais como o aumento de ansiedade. Isso principalmente se for consumido em excesso. Logo é importante fazer o uso de uma quantidade segura. Entenda:

·         O que é cafeína e para que serve?

O principal composto ativo do café é a cafeína, que também está presente em outras bebidas como os chás.

A cafeína é um alcaloide psicoestimulante (droga capaz de estimular a atividade, a vigília e a atenção) que pertence ao grupo das xantinas. Os derivados das xantinas são utilizados como estimulantes cerebrais ou estimulantes psicomotores por atuarem no córtex cerebral e nos centros medulares. Por isso, a cafeína tem um efeito acentuado sobre a função mental e comportamental. Ela atua no sistema nervoso autônomo e seu mecanismo de ação inibe os receptores de adenosina.

A adenosina é um neurotransmissor que age no controle da frequência cardíaca, da pressão sanguínea e da temperatura corporal. É ela que induz as sensações de sono e cansaço. Como a cafeína inibe sua ação, acaba provocando os efeitos contrários.

Por isso que o consumo de café (com cafeína) está relacionado com o aumento da concentração e do bem estar. Mas também a melhora do humor, controle de peso, entre outros. No entanto, pessoas que utilizam a substância regularmente acabam observando menos suas sensações.

Uma xícara de café contém entre 60 mg e 150 mg de cafeína – se não for um café descafeinado. O menor valor (60 mg) corresponde a uma xícara de café solúvel instantâneo. Enquanto um café coado pode chegar a 150 mg de cafeína por xícara. Saiba mais sobre os diferentes métodos de fazer café na matéria:

·         Concentração de cafeína

Dentre as fontes naturais de cafeína, o café é a mais ingerida. A concentração de cafeína depende de diversos fatores. Alguns são a variedade da planta, o método de cultivo, as condições de crescimento e os aspectos genéticos e sazonais. Além disso, quando a bebida é preparada, certos fatores influenciam na quantidade de cafeína, como:

  • A quantidade de pó;
  • O modo de produção (se o produto é torrado ou instantâneo, descafeinado ou tradicional);
  • Seu processo de preparo (café expresso ou coado, por exemplo);

Cafés mais escuros dão a impressão de possuírem mais cafeína do que os claros, mas isso não é verdade. Por mais que os cafés escuros sejam mais fortes e encorpados, o processo de torrefação queima parte da cafeína. Por esse motivo, o café de torra escura é uma opção melhor para quem deseja apreciar a bebida com menor intensidade dos efeitos.

Segundo o European Food Information Council, a média de meia-vida (tempo gasto para que a concentração de um fármaco no organismo se reduza à metade) da cafeína no organismo varia de duas até dez horas. Há grande variação individual e o organismo atinge a concentração máxima uma hora após a ingestão.

De acordo com um relatório publicado pelo comitê científico da European Food Safety Authority (EFSA), o limite de segurança seria, em média, de 400 mg ao dia (cerca de quatro xícaras de café) para indivíduos adultos com cerca de 70 kg. Já para mulheres grávidas ou lactantes, o valor seria de 200 mg ao dia.

·         Como saber se o café me faz mal?

Em indivíduos adultos, a cafeína presente no café parece proteger o cérebro de danos causados por estresse. Mas, na vida intrauterina, ela pode atrapalhar o desenvolvimento neural do feto e corroborar com fatores de risco para doenças como epilepsia.

Apesar de não ser comprovado que o café faz mal, ele não é considerado seguro para crianças e adolescentes. Por isso não deixe os pequeninos ingerirem mais de 100 mg por dia de cafeína.

De acordo com a Universidade de Harvard, o consumo moderado de café é melhor.

·         Qual o mal que o café faz à saúde?

Diz o ditado que a diferença entre veneno e remédio é a dose. Pessoas que ingerem mais de cinco xícaras por dia (mais de 500 mg ou 600 mg) de café podem sentir efeitos adversos. Entre eles, destacam-se: 

  • Dor de cabeça
  • Insônia
  • Nervosismo
  • Agitação
  • Irritabilidade
  • Dor de estômago pelo aumento do suco gástrico
  • Batimentos cardíacos acelerados
  • Tremores musculares

Pessoas que não costumam ingerir café com frequência podem sentir os efeitos negativos mesmo em baixas doses.

Para alguns indivíduos, uma xícara de chá ou café pode ser o suficiente para uma noite com insônia ou agitação. Fatores como peso corporal, idade, uso de medicamentos e problemas de saúde (como transtornos de ansiedade) podem ampliar os efeitos colaterais. Por aumentar o ritmo cardíaco, seu consumo deve ser moderado por indivíduos com hipertensão, doença coronariana e arritmia cardíaca.

A inibição dos receptores de adenosina não traz apenas efeitos positivos. A adenosina é muito importante para o sono profundo. Por esse motivo, a cafeína pode afetar negativamente o controle motor e a qualidade do sono. Desta forma, privando o consumidor de café dos benefícios do sono profundo. 

No dia seguinte, você estará cansado e precisará de mais cafeína para se manter disposto. Esse ciclo vicioso não é saudável para seu corpo.

Se com base na sua experiência de vida você acredita que o café faz mal para a sua saúde, que tal experimentar o descafeinado? 

 

Ø  Conheça 10 incríveis benefícios do café

 

Os benefícios do café não são apenas sabor e energia. Se for consumido com moderação, ele pode ser um ótimo aliado da saúde. O café pode melhorar o desempenho cognitivo e físico, fornecer antioxidantes e nutrientes, entre outros benefícios. Confira!

·         1. Ele te deixa inteligente

Além de ajudar a manter o organismo desperto, o café pode melhorar o desempenho cognitivo. Isso se deve à cafeína presente na bebida, que é um dos estimulantes psicoativos mais consumidos no mundo. Estimulante é uma substância que estimula a atividade do sistema nervoso central, podendo afetar o seu funcionamento temporariamente.

No cérebro, a cafeína é responsável por bloquear os efeitos de um neurotransmissor chamado adenosina. Ao bloquear os efeitos inibitórios da adenosina, a cafeína aumenta o disparo neuronal no cérebro e a liberação de outros neurotransmissores como a dopamina e a norepinefrina. Essa atuação melhora temporariamente o humor, o tempo de reação, a memória, o estado de alerta e a função cerebral geral.

·         2. Ajuda a queimar gordura e melhora o desempenho físico

Há uma boa razão pela qual é fácil encontrar cafeína como um dos componentes de suplementos de emagrecimento. Por ser estimulante, ela acelera o metabolismo e aumenta a oxidação de ácidos graxos, auxiliando na perda de peso.

Um estudo de cientistas da Espanha também indicou que beber café forte meia hora antes do exercício aeróbico pode aumentar significativamente o que é conhecido como taxa máxima de oxidação de gordura e que esses efeitos são ainda mais profundos no final do dia.

Além disso, de acordo com dois estudos, a cafeína melhora o desempenho atlético nos exercícios físicos, podendo auxiliar no bem estar. Outros dois estudos concluíram que ela aumenta o desempenho físico em 11% e 12%.

·         3. Reduz o risco de diabetes tipo 2

A diabetes tipo 2 é uma doença relacionada ao estilo de vida que atingiu proporções epidêmicas. Aumentou dez vezes em poucas décadas e atinge cerca de 300 milhões de pessoas. Ela é caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue devido à resistência à insulina ou à incapacidade de produzir insulina.

Em estudos observacionais, o café tem sido frequentemente associado a um menor risco de diabetes tipo 2. Essa redução do risco varia de 23% a 67%.

Uma revisão que analisou 18 estudos com um total de 457.922 participantes concluiu que para cada xícara adicional de café por dia, há uma redução do risco de diabetes tipo 2 em 7%. Quanto mais café as pessoas beberam, menor era o risco.

·         4. Reduz o risco de Alzheimer e Parkinson

Além de melhorar o desempenho cognitivo, o café ajuda a proteger o cérebro da degeneração neuronal. A doença de Alzheimer, que é o distúrbio neurodegenerativo mais comum no mundo e uma das principais causas de demência, tem um risco de 32% a 60% menor de aparecer em consumidores de café.

·         5. Faz bem para o fígado

O fígado é um órgão essencial para o organismo. Mas ele é muito vulnerável ao consumo de álcool e frutose (um tipo de açúcar) em excesso. O consumo de bebidas alcoólicas em excesso e a hepatite podem levar ao desenvolvimento de cirrose. O café, por outro lado, diminui o risco de desenvolvimento dessa doença em até 80%. De acordo com alguns estudos, o consumo de quatro ou mais xícaras por dia proporcionou efeitos mais fortes. A bebida também pode reduzir o risco de câncer de fígado em cerca de 40%.

6. Diminui o risco de morte prematura

Um grande estudo observacional concluiu que o consumo de café está associado a um menor risco de morte por todas as causas.

Esse efeito é mais significativo em pessoas com diabetes tipo 2. Outro estudo mostrou que os bebedores de café têm um risco 30% menor de morte durante um período de 20 anos.

·         7. É carregado de nutrientes e antioxidantes

Muitos dos nutrientes presentes nos grãos de café chegam à bebida final, de modo que uma xícara da bebida contém:

  • 6% da IDR (Ingestão Diária Recomendada) de ácido pantotênico (vitamina B5);
  • 11% da IDR de riboflavina (vitamina B2);
  • 2% da IDR de niacina (B3) e tiamina (B1);
  • 3% da IDR de potássio e manganês.

O café é uma das maiores fontes de antioxidantes da dieta ocidental, superando muitas frutas e vegetais. Essa sua propriedade é derivada do ácido clorogênico, um dos componentes do café. Os antioxidantes são responsáveis pela neutralização da ação de radicais livres.

·         8. Tem efeito epigenético

Um estudo publicado na revista científica bioRxiv concluiu que o café tem efeito epigenético no organismo. Isso significa que ele pode alterar a expressão dos genes sem necessariamente alterar a sequência genética, que altera o código genético.

A análise foi feita com 15.800 pessoas com ascendência europeia ou africana e concluiu os genes que são influenciados pelo café estão envolvidos em processos como digestão, controle de inflamação e proteção contra substâncias químicas nocivas. É possível que isso explique seus benefícios para a saúde. Mas são necessários mais estudos.

·         9. Reduz o risco de câncer de próstata

Um estudo publicado no jornal on-line BMJ Open sugeriu que consumir café pode reduzir o risco de desenvolvimento de câncer de próstata em homens. Cada xícara diária adicional da bebida foi associada a uma redução no risco relativo de quase 1%, indicam os resultados da pesquisa realizada a partir de dados de estudos de coorte.

Como dito anteriormente, o café ajuda a queimar gordura e melhora o desempenho físico, possui efeito antioxidante e altera os níveis de hormônios sexuais, fatores que podem influenciar o início, desenvolvimento e progressão do câncer de próstata.

·         10. Previne Acidente Vascular Cerebral e demência

Um estudo com mais de 300 mil participantes, realizado pela Tianjin Medical University, concluiu que beber café ou chá pode estar associado a um menor risco de derrame e demência. Beber café também foi associado a um risco menor de demência pós-AVC.

>>> Leve em conta o recado

O consumo de café em excesso, principalmente de estômago vazio, pode ser prejudicial. Além disso, tenha em mente que boa parte dos estudos acima mencionados são de natureza observacional. Tais estudos só podem mostrar associação, mas não podem provar que o café causou os benefícios.

Embora seja legal, o uso da cafeína deve ser moderado. A abstinência de cafeína pode causar irritabilidade, fadiga e dores de cabeça.

 

Fonte: eCycle

 

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