Bolsonaro mandava e desmandava no SBT, afirma jornalista
Durante os quatro anos do governo Bolsonaro, uma
das emissoras que mais defendeu as pautas da antiga gestão foi o SBT. Vamos
lembrar que a proximidade da emissora com o governo era tanta que conseguiu
emplacar o então deputado federal Fábio Faria para assumir o Ministério das
Comunicações.
Como se sabe, Faria é casado com Patrícia
Abravanel, uma das herdeiras de Sílvio Santos. E essa proximidade da emissora
com o governo de extrema-direita foi motivo de comentário da jornalista Rachel
Sheherazade, participante do reality-show ‘A Fazenda’, na Record TV.
Proximidade é até um eufemismo, pois segundo
Sheherazade, Bolsonaro praticamente mandava e desmandava nas pautas da
emissora. “O Presidente da República
liga reclamando… secretário de comunicação do governo passado ligava pra
emissora dizendo o que deveria ou não ir ao ar”, disparou a jornalista.
Na sequência outro participante do reality, André
Gonçalves, lembrou que o ministro do governo era simplesmente o genro do dono
da emissora. Por sua vez, a jornalista revelou que quem pediu sua cabeça no SBT
foi o empresário Luciano Hang, dono da Havan.
<><> Rachel Sheherazade revela ligações
de Bolsonaro e ameaças do véio da Havan
Rachel Sheherazade, conhecida por sua atuação como
apresentadora no Jornal do SBT, trouxe à tona detalhes surpreendentes sobre sua
saída da emissora em uma conversa no reality “A Fazenda". A jornalista
alega ter sido escoltada pela Polícia Militar e pela Polícia Rodoviária Federal
após seu desligamento e aponta o dedo para o maior patrocinador da emissora
como o responsável por sua demissão.
Sheherazade, conhecida por sua postura crítica em
relação a figuras políticas, descreveu um cenário de influência política nos
bastidores da mídia que afetou diretamente sua carreira. "O Presidente da
República liga reclamando... secretário de comunicação do governo passado
ligava pra emissora...", disse a jornalista. Na conversa, também são
citados o ex-Secom Fabio Wajngarten e o genro de Silvio Santos, Fabio Faria,
que era ministro das Comunicações de Bolsonaro.
Em um contraste marcante com uma entrevista
concedida em 2021, onde Sheherazade mencionou que Luciano Hang, o fundador da
Havan, havia pedido sua "cabeça," a jornalista agora revela que o
cenário se agravou. Segundo ela, "Só tinha patrocínio dele. E ele
pediu."
As declarações de Sheherazade trazem à tona a
discussão sobre a influência dos patrocinadores na programação e no conteúdo
editorial das emissoras de televisão. Ela afirma que, quando Hang pediu sua
demissão, já sentia que algo estava prestes a acontecer. "Ele é um dos
maiores patrocinadores do SBT e de outras grandes emissoras também. Então, ali
eu já sentia alguma coisa", disse a jornalista.
Quando questionada sobre a existência de uma
possível "corrente" relacionada à censura no SBT, Rachel Sheherazade
reconheceu que "sempre há." Ela explicou que, como parte de uma
emissora, é necessário seguir o projeto editorial da mesma, mas ressaltou a
importância de oferecer projetos e ideias. No entanto, a palavra final sempre
pertence à emissora.
Durante sua passagem pelo SBT, Sheherazade se
destacou por suas críticas a figuras políticas, incluindo o então presidente
Jair Bolsonaro. Essas críticas resultaram em repreensões e punições, e a
jornalista chegou até a deixar o Twitter após enfrentar uma onda de ataques
virtuais.
Além disso, Rachel Sheherazade revelou ter recebido
ameaças de morte e ter sido alvo de ataques vindos do filho do presidente,
Eduardo Bolsonaro. Esses episódios contribuíram para um ambiente de tensão que
culminou em sua saída do SBT.
As recentes revelações da jornalista levantam
questões importantes sobre a relação entre a liberdade de imprensa, a
influência de patrocinadores e a autonomia dos profissionais da mídia nas
emissoras de televisão. Ela encerra a entrevista reafirmando que a demissão foi
um episódio traumático em sua carreira, mas que está disposta a seguir em
frente em novos projetos jornalísticos.
<><> SBT deve processar Rachel
Sheherazade após ela denunciar pressão de Silvio Santos
Após as declarações polêmicas de Rachel Sheherazade
no programa A Fazenda, reality da TV Record, o SBT pretende processar a
jornalista.
Em conversa com o participante Henrique Martins, a
ex-apresentadora do telejornal SBT-Brasil deixou claro que sofreu censura
depois de tecer comentários favoráveis aos palestinos no conflito com os
israelenses. Silvio Santos, o dono da emissora, segue a religião judaica.
“Eu fiz um comentário sobre a questão
israelense-palestina, o conflito árabe-israelense. E eu levei um ‘chama’
(advertida) porque o dono da emissora era judeu. E eu dei uma visão meio
pró-Palestina. Não era pró-Palestina, mas, naquele momento, era uma situação em
que os palestinos estavam sendo as vítimas do conflito e eu levei a minha
opinião”, relatou a apresentadora.
Sheherazade também trouxe à tona detalhes
surpreendentes sobre sua saída da emissora em uma conversa no reality. A
jornalista alegou ter sido escoltada pela Polícia Militar e pela Polícia
Rodoviária Federal após seu desligamento e aponta o dedo para o maior
patrocinador da emissora como o responsável por sua demissão.
Sheherazade, conhecida por sua postura crítica em
relação a figuras políticas, descreveu um cenário de influência nos bastidores
da mídia que afetou diretamente sua carreira, inclusive do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL). "O Presidente da República liga reclamando... secretário
de comunicação do governo passado ligava pra emissora...", disse. Na
conversa, também são citados o ex-Secom, Fabio Wajngarten, e o genro de Silvio
Santos, Fabio Faria, que era ministro das Comunicações de Bolsonaro.
• Jornalista
diz que Luciano Hang pediu sua “cabeça”
Em um contraste marcante com uma entrevista
concedida em 2021, onde Sheherazade mencionou que Luciano Hang, o fundador da
Havan, havia pedido sua "cabeça", a jornalista agora revela que o
cenário se agravou. Segundo ela, "Só tinha patrocínio dele. E ele
pediu."
As declarações de Sheherazade trazem à tona a
discussão sobre a influência dos patrocinadores na programação e no conteúdo
editorial das emissoras de televisão. Ela afirma que, quando Hang pediu sua
demissão, já sentia que algo estava prestes a acontecer. "Ele é um dos
maiores patrocinadores do SBT e de outras grandes emissoras também. Então, ali
eu já sentia alguma coisa", disse a jornalista.
<><> Equipe nega, mas Rachel
Sheherazade já defendeu "justiceiros" que torturaram jovem de 15 anos
Apesar de ter revisto algumas posições e,
atualmente, tecer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a jornalista Rachel
Sheherazade, que está no elenco do reality show "A Fazenda", da
Record TV, já fez no passado discursos que hoje são alinhados ao bolsonarismo e
à extrema direita.
Em 2014, quando era âncora do "Jornal do
SBT", principal telejornal da emissora de Silvio Santos, a jornalista fez
um comentário ao vivo defendendo a ação de "justiceiros" que
torturaram um jovem de 15 anos acusado de furto no Rio de Janeiro (RJ).
A declaração de Sheherazade, à época, foi aplaudida
pela extrema direita e repudiada por defensores dos direitos humanos. Ela
chamou de "legítima defesa" o ato de um grupo que deixou o jovem
acusado de furto nu o prendeu em um poste.
"O marginalzinho amarrado ao poste era tão
inocente que, ao invés de prestar queixa contra seus agressores, preferiu fugir
antes que ele mesmo acabasse preso. É que a ficha do sujeito está mais suja do
que pau de galinheiro", disparou Sheherazade à época.
"No país que ostenta incríveis 26 assassinatos
a cada 100 mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e
sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. O
Estado é omisso, a polícia é desmoralizada, a Justiça é falha. O que resta ao
cidadão de bem que, ainda por cima, foi desarmado? Se defender, é claro",
prosseguiu a jornalista.
"O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de
legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de
violência sem limite. E, aos defensores dos Direitos Humanos, que se apiedaram
do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao
Brasil, adote um bandido”, disse ainda.
Equipe nega, mas vídeo comprova que Sheherazade
defendeu "justiceiros"
Diante da participação de Rachel Sheherazade no
reality show "A Fazenda", usuários das redes sociais passaram a resgatar
antigas falas polêmicas da jornalista, entre elas o comentário em defesa dos
"justiceiros" que torturaram o jovem de 15 anos no Rio de Janeiro.
A equipe de Sheherazade que vem gerenciando os
perfis da jornalista nas redes sociais, então, fez uma publicação em que diz
ser "fake news" a informação de que a jornalista aplaudiu a ação
criminosa contra o jovem acusado de furto.
"ALERTA FAKE NEWS: Com o objetivo de
prejudicar ou até mesmo manchar a imagem de Rachel, muitas notícias falsas e
absurdas a seu respeito, estão sendo criadas. Notícia falsa é crime, não caiam
em Fake News, chequem as fontes e não acreditem em tudo o que leem", diz a
postagem.
Bolsonaro
cita problemas no PL para resolver antes de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ser
necessário resolver problemas no PL antes de pensar nas eleições de 2024. A
declaração foi dada em um evento promovido pela extrema-direita em Belo
Horizonte (MG).
Bolsonaro afirmou que conversou com o presidente da
legenda, Valdemar Costa Neto, e que alinhará para resolver pendências com
candidatos nas principais capitais do país. Ele chegou a citar a cidade de São
Paulo, que tem como possível apoio o prefeito Ricardo Nunes (MDB), como um
‘problema’ a ser solucionado.
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“Faço um apelo para quem está nos assistindo, temos
eleições municipais no ano que vem, estamos acertando o partido, aparecem
alguns problemas. Conversei com nosso presidente na semana passada”, declarou o
ex-presidente.
“Temos alguns outros problemas por aí, vão pintar
alguns problemas em São Paulo, a gente vai resolver isso tudo”, concluiu.
Nunes tem trabalhado para conquistar o apoio de
Bolsonaro para alavancar sua candidatura nas eleições de 2024. Entretanto, o
ex-presidente tem ficado incomodado com as ações do prefeito paulistano nas
últimas semanas.
Na visão da cúpula do PL, Ricardo Nunes tem deixado
Jair Bolsonaro em ‘banho-maria’ para evitar desgastes com a imagem em baixa do
ex-presidente. Ao mesmo tempo, o prefeito tenta usar o nome do ex-presidente
para conseguir manter o nível de popularidade e bater o deputado federal
Guilherme Boulos (PSOL), que lidera as pesquisas de opinião.
Ao iG, Nunes afirmou que não há preocupações com as
investigações que rondam Jair Bolsonaro, entretanto, aliados do prefeito tem
admitido incomodo com a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que pode
comprometer o ex-presidente politicamente.
TSE
julgará Bolsonaro no atacado
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
Benedito Gonçalves permitiu que três ações que pedem a inelegibilidade do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam analisadas em conjunto pela Corte. O
que aconteceu Decisão assinada ontem atende parcialmente a um pedido do
Ministério Público Eleitoral, que queria agrupar todas as 11 ações que pedem a
inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro que tramitam na Corte.
Para o ministro, juntar todas as ações é
impraticável, já que elas tratam de assuntos diferentes. “Um ‘julgamento comum’
de todas essas ações seria até mesmo impraticável, considerada a gama de
questões distintas a serem enfrentadas e o inevitável prejuízo à colegialidade
e à inteligibilidade do julgamento pelas partes e pela sociedade”, escreveu.
Bastidores, opinião e análise dos fatos mais relevantes da política, na palma
da sua mão. Baixe o app UOL Entretanto, ele entendeu que três das ações tratam
de temas semelhantes, e podem ser analisadas em conjunto. São as ações que
analisam coletivas de imprensa e lives do presidente com conteúdo eleitoral no
Palácio do Planalto e da Alvorada. Além de assuntos semelhantes, ações estão em
fases de tramitação parecidas. “Desse modo, considera-se benéfico à
racionalidade do julgamento o atendimento parcial do requerimento da PGE
[Procuradoria-Geral Eleitoral], a fim de que sejam levadas a julgamento
conjunto, por se tratar de situação iminente”, disse. Ainda não há data marcada
para processos irem a julgamento. TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito
anos. Ex-presidente foi condenado em junho deste ano pela reunião com
embaixadores em que atacou a credibilidade do sistema eleitoral sem provas. O
encontro foi transmitido pela estatal TV Brasil. Ainda há 17 ações que envolvem
a candidatura de Bolsonaro em andamento no TSE.
Leite
condensado de ‘brinde’e Michelle em vídeo assim foi a palestra de políticos
conservadores
De distribuição de leite condensado com o rosto de
Jair Bolsonaro (PL) a palestras de políticos conservadores, o CPAC Brasil —
sigla que em inglês significa Conferência de Ação Política Conservadora —
ocorreu neste final de semana em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
A primeira edição do evento após o final do governo
de Bolsonaro foi patrocinada pelo partido do ex-presidente. Por meio da
fundação Instituto Álvaro Valle, associada ao PL, as entradas para o congresso,
antes custeadas em R$ 249, foram disponibilizadas de forma gratuita. Como em
outros anos, Eduardo Bolsonaro (PL) ficou responsável pela organização.
No sábado, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo)
em uma tentativa de acenar ao eleitorado falou sobre a necessidade da união da
direita. Neste momento, no entanto, foi interrompido por um dos espectadores. A
mulher disse, aos gritos, que havia sido demitida da Companhia de Saneamento do
estado, Copasa, por não ter se vacinado contra a Covid-19. Os presentes vaiaram
o chefe do Executivo que, em seguida, terminou seu discurso.
Outros políticos bolsonaristas como os deputados
federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Hélio Lopes (RJ), Júlia Zanatta (SC),
Tenente-Coronel Zucco (RS), Gustavo Gayer (GO) e André Fernandes (CE)
palestraram para apoiadores. Na participação de Eduardo Bolsonaro, um vídeo da
ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro foi exibido. A presidente nacional do PL
Mulher aproveitou a ocasião para fazer um discurso anti-aborto.
— A esquerda, com todo seu aparelhamento, tenta
legalizar o assassinato de crianças por meio do aborto. Quer liberar as drogas
e destruir as famílias e faz de tudo para calar as vozes que lhe são contrárias
— disse Michelle neste domingo.
A ex-primeira-dama também criticou o governo Lula
(PT) que, de acordo com ela, estaria do lado oposto ao da família, tentando
“ideologizar” estudantes, aumentar impostos e legalizar as drogas.
Assim como sua esposa, o próprio ex-presidente
participou do evento de forma remota. Na ocasião, comentou as eleições do ano
que vem na capital de São Paulo. Segundo ele, o PL enfrenta “alguns problemas”.
Até o momento, ainda não está certo se o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB),
receberá o apoio da sigla já no primeiro turno.
— Temos eleições municipais no ano que vem e
estamos acertando o partido. Nesse caminho, vão aparecendo alguns problemas.
Conversei com o nosso presidente (Valdemar Costa Neto, dirigente nacional do
PL) na semana passada e, se Deus quiser, vamos resolver a questão do Ceará.
Também pintaram alguns problemas em São Paulo — afirmou Bolsonaro.
Além da presença em vídeo, o ex-presidente foi
representado em latas de leite condensado personalizadas que foram distribuídas
no evento. O rótulo do produto foi personalizado com o rosto de Bolsonaro e os
dizeres “nosso eterno presidente desde 2019”.
No canto da embalagem, também foi escrito o lema
dos conservadores “Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Fonte: O Cafezinho/Fórum/iG
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