sábado, 11 de março de 2023


 Burnout parental: quando o cansaço dos pais chega ao limite

Durante o período de isolamento decorrente da pandemia de Covid-19, o burnout (palavra em inglês que significa "esgotamento") aconteceu em diferentes esferas: emocional, profissional e até familiar. Permanecer o tempo todo com as crianças em casa, tendo que manejar as demandas delas, da escola, do lar e do trabalho - tudo enquanto um vírus mortal se espalhava pelo mundo - foi muito difícil. Mas a verdade é que não precisamos de um caos pandêmico para chegar ao limite quando o assunto é cuidado com os filhos.

"Burnout parental é o estresse frequente e intenso de pais ou cuidadores", explica Filipe Colombini, psicólogo e orientador parental. "Os estímulos estressores, no caso, são as situações relacionadas com os filhos e seu cuidado diário. Há um esgotamento físico e mental do qual os pais acabam se esquivando, negligenciando o problema", acrescenta.

A questão é que, por mais que se tente fugir da consciência do burnout, seus efeitos são perceptíveis no dia a dia da casa. Eles podem ir desde uma agressividade constante no tratamento com os pequenos e um afastamento afetivo em relação a eles até o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, tanto nos pais quanto nos filhos. "Uma educação baseada em ameaças, com punições físicas e psicológicas, oferecendo modelos inadequados para as crianças, é uma das possíveis consequências", diz Filipe.

·         Quando o esgotamento chega ao limite

Mas como, afinal, conseguir diferenciar o cansaço do cotidiano dessa situação-limite? O estado constante de irritabilidade pode ser um forte sinal de que algo não vai bem, mas Filipe alerta para a alteração de padrão no relacionamento com os filhos - em outras palavras, as relações ficam diferentes do que costumavam ser. "Quando se começa a perceber essa mudança para pior é o momento de pedir ajuda", destaca.

Entre os sinais de que é hora de procurar um especialista estão o maior afastamento em relação aos pequenos, a falta de paciência acompanhada da falta de afeto, a vontade de "sumir" e a agressividade para qualquer ação dos filhos, "quando tudo é motivo para briga", exemplifica o psicólogo.

Certamente, chegar a esse estado não é saudável nem para os pais, que acabam se frustrando num círculo vicioso do qual é difícil sair sem ajuda, nem para as crianças, que não têm maturidade para entender a sobrecarga que vem das tarefas e que esse esgotamento não está relacionado ao fato de serem ou não amadas, o que pode gerar traumas para o resto da vida.

Por isso, aos primeiros sinais de que a irritabilidade está acima do comum, vale buscar auxílio psicológico. Filipe Colombini explica que, em alguns casos, as consultas em consultório podem não ser suficientes, destacando a possibilidade do chamado Acompanhamento Terapêutico (AT). "No AT, que é a terapia fora do consultório, o profissional vai até o ambiente familiar e ajuda a lidar com problemas e decisões. Essa prática em ambiente natural é mais intensiva, pois é no dia dia em que os problemas aparecem e se mantêm", ressalta.

De qualquer forma, independentemente da linha de tratamento que o profissional preferir seguir, o importante é buscar ajuda para ter apoio emocional. Ainda assim, vale lembrar também do amparo prático. Aqui, a rede de apoio é muito importante, já que o burnout vem, entre muitos fatores, da sobrecarga de tarefas. Assim, o diálogo com o outro cuidador para uma melhor divisão de tarefas e a sinceridade para com amigos e familiares que possam ajudar nesse período são essenciais.

 

Ø  5 atitudes para ter uma vida mais leve

 

Dedicar um tempo para cuidar de si vai muito além de apenas realizar consultas médicas. Estabelecer um momento de qualidade para iniciar algo que incentive o prazer, como ler um livro, viajar e conhecer novas culturas, também é um ponto importante para incentivar o bem-estar do corpo, da mente e evitar problemas de saúde.

De acordo com dados do Programa Nacional de Saúde (PNS), as mulheres tendem a viver de 7 a 10 anos a mais que os homens. Além disso, cerca de 82,3% das mulheres buscaram um médico em 2019 — antes da pandemia —, contra 69,4% dos homens, constando, assim, que o público feminino tende a se importar mais com as questões relacionadas à saúde do que o masculino. 

"Antes de ser mãe, empreendedora, professora e empresária, sou uma mulher e entendo o quanto é essencial ter o autocuidado, ter um tempo para alinhar os pensamentos, o corpo e a alma, ao menos uma vez no ano. Para isso, vou até um ambiente calmo e me desligo das minhas pendências; é um momento de encontro com a minha pessoa, ter novas ideias e recarregar as energias para mais um ciclo de demandas do dia a dia. É preciso tentar ter uma vida leve e obter qualidade de vida", comenta a empresária Isa Moreira, mentora e especialista em negócios femininos.

Para ajudar o público feminino a conquistar o bem-estar, a empresária Isa Moreira separou 5 dicas para ter uma vida mais leve e aproveitar os momentos. Veja!

·         1. Cultive o autocuidado

Cuidar de si e impor limites são grandes desafios, mas trata-se de dois dos principais passos para iniciar novos ciclos. Se, no anterior, muitas pendências sugavam suas energias, direcione seu tempo para não ficar sobrecarregada, separe um momento para ter qualidade de vida, como respirar novos ares e ter novas experiências.

·         2. Filtre as pessoas

Para ter uma vida mais leve, é preciso se afastar de tudo o que atrasa sua vida. Relacionamentos tóxicos costumam abalar nosso psicológico, então realize um filtro de pessoas que realmente te impulsionam a ser uma mulher mais evoluída e forte.

·         3. Seja grata

Costumamos valorizar apenas as grandes conquistas, quando viver já é uma dádiva. Ter a gratidão presente nas pequenas coisas nos ajuda a ter uma nova perspectiva do que realmente importa. Ter um coração grato presente na rotina nos permite ter uma motivação diária para conquistar as metas do ano, seja a curto, médio ou a longo prazo.

·         4. Mantenha o contato com a natureza

Respirar um ar mais limpo nos ajuda a ter uma saúde melhor e evita problemas respiratórios. Uma visita à praia ou a um campo pelo menos uma vez ao mês é ótimo para aliviar crises de ansiedade, aflorar a criatividade e melhorar o humor.

·         5. Desenvolva um hobby

Um passatempo permite que a mente descanse de tantos afazeres; seja praticar um esporte, tocar um instrumento, participar de um curso para aprender uma nova atividade ou fotografar, o importante é ter um momento para dar risada e fazer algo que ama.

 

Fonte: Bebê.com.br/Portal EdiCase

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