segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

É verdade que a divindade de Jesus foi decidida num concílio (Nicéia, AD 325)?

Sim.

Houve manipulação para favorecer a ideia de que Jesus era uma espécie de deus.

Exemplo - O ensino que Jesus foi abandonado na cruz por deus, os copistas trocaram sem deus por pela graça de Deus.

Lucas 3.22: ”tu és meu filho, hoje eu te gerei”, ou, “tu és meu filho amado, em quem me comprazo”. Nos manuscritos o texto diz:

... “tu és meu filho, hoje eu te gerei”.

Perceba que, o Bispo Ário, antagonista do Bispo Alexandre (meu xará), defendia que Jesus era um tipo de filho adotado por deus. Para Alexandre, Jesus era semelhante a deus. O texto foi manipulado, conforme mencionado acima, e, por esse motivo, Ário e Alexandre começaram a debater qual era a natureza de Jesus até se formar o famoso concílio de Niceia em 325 d.EC.

Além disso, tal mudança ocorreu para refutar os defensores dos ebionitas, adocionistas que defendiam que Jesus foi adotado na ocasião do batismo. E, a maioria das traduções modernas mantém a forma errada ainda hoje. Nos melhores manuscritos, não consta o texto manipulado acima, que foram adulterados por copistas tardios anti-ebionitas para justificar que cristo era deus, porque os adocionistas defendiam que Jesus era só um homem não divino.

 

       Jesus era uma pessoa carnal?

 

Qual Jesus? O de Nazaré ou o da religião? O de Nazaré ainda é uma dúvida severa. A busca para sanar tal dúvida foi iniciada no século XVIII e, como resultado, muito pouco (quase nada) se sabe sobre a historicidade dele, apenas suposições bem elaboradas. O da religião, certamente que, não.

Esse possuí todas as características míticas e místicas dos semideuses gregos, do mitraismo e traços miraculosos que aparecem na "biografia" deificante do imperador Vespasiano, na verdade, vários historiadores da época de Vespasiano, incluindo Josefo, que deu ao nosso Flaviano o título de messias, Suetônio, Tácito, etc.

 

       Jesus Cristo era negro?

 

Provavelmente não. Provavelmente era como a maioria dos israelitas, que eram apenas um subgrupo dos povos cananeus de origem semita, no Levante, com um perfil de composição genética bem próximo do dos libaneses, samaritanos e drusos de hoje. Eram, assim, povos de origem genética quase inteiramente eurasiática ocidental, com elementos genéticos miscigenados entre si e derivados primordialmente do Levante, Anatólia, Planalto Iraniano e Cáucaso do período Neolítico.

Estas amostras de DNA analisadas na imagem abaixo vêm de indivíduos que viveram na Idade do Bronze (~3500 anos atrás), na Idade do Ferro (~2500 anos atrás) e na Era Romana (~2,000 anos atrás), no que hoje são Israel e Líbano, a região onde Jesus Cristo nasceu e que era ocupada por judeus e fenícios, dois povos muito parecidos entre si na língua e na origem.

Os traços físicos eram provavelmente similares aos dos libaneses e de muitos palestinos de hoje, e a cor de pele era variada, podendo ser de moderadamente branca até moderadamente morena, sem extremos de muita ou pouca melanina. No entanto, dificilmente, pelas informações arqueológicas e genéticas que nós temos, Jesus Cristo teria sido um homem negro, a não ser num conceito racialista extremamente redutivo e eurocêntrico que colocasse basicamente qualquer povo que não pareça com os norte-europeus e sua tez bem pálida como genericamente "negros".

 

       Os homens brasileiros se pudessem representariam Jesus de cabelo curto? O cabelo de Jesus é efeminado para o homem brasileiro?

 

A representação atual de Jesus, embora há muitos críticos arqueologistas e teólogos, é bem próxima da original, sendo que algumas pessoas que relataram vidência da face de Cristo o descreveram com os traços comuns ao que percebemos com barba e cabelos longos.

Importante lembrar que as experiências privadas de vidência e mística espiritual, embora passem por uma análise cética bem rigorosa por cientistas e teólogos nomeados pela Santa Sé e suas mensagens e conhecimento podem ser considerados pelo magistério, a crença nestas expressões não é obrigatória ao católico, não sendo dogma de fé.

 

       Por que alguns dos Manuscritos do Mar Morto encontrados em 1947 fazem parte da Bíblia e outros (apócrifos) não?

 

Para começo de festas, a história da Bíblia é longa e complexa, e envolve a sua origem, tradução e canonização. A Bíblia é um livro considerado sagrado que contém a história e os ensinamentos do cristianismo, e é composta por duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.

O Antigo Testamento é composto por livros escritos antes do nascimento de Jesus Cristo, enquanto o Novo Testamento é composto por livros escritos após o seu nascimento.

A Bíblia foi escrita ao longo de muitos séculos por diferentes autores, e foi traduzida para muitas línguas ao longo do tempo. A primeira tradução da Bíblia foi elaborada entre 200 e 300 anos antes de Cristo, e a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume foi no final do século IV d.C.

Chegados aqui, temos ainda compreender que há diferenças entre a Bíblia Católica e a Bíblia Evangélica. A principal diferença é o número de livros que cada uma contém. A Bíblia Católica possui 73 livros, sendo 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, enquanto a Bíblia Evangélica possui 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Os livros que diferem entre as duas versões são os chamados deuterocanónicos, que são sete livros do Antigo Testamento que não são reconhecidos pelos evangélicos como inspirados por Deus.

A escolha dos livros que compõem a Bíblia foi feita através de um processo de canonização, que é a aprovação e aceitação dos livros pelos líderes da igreja. Todo esse processo não foi de um dia para o outro, mas antes envolveu muitas discussões e debates ao longo da história. Os critérios para a escolha dos livros incluíam a ortodoxia dos escritos, a catolicidade dos escritos, a inspiração divina e autoridade profética, a autenticidade e a natureza dinâmica . A chave para responder à sua pergunta reside precisamente nestes critérios e processos.

>> Agora os Manuscritos do Mar Morto…

Estes documentos são uma coleção de centenas de textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da década de 1940 e durante a década de 1950. Foram compilados por uma doutrina de judeus conhecida como Essénios, que viveram em Qumran do século II a.C., até aproximadamente 70. Os manuscritos incluem porções de toda a Bíblia Hebraica, exceto do Livro de Ester e do Livro de Neemias, além de livros apócrifos e livros de regras da própria seita. Os manuscritos do Mar Morto são considerados a versão mais antiga do texto bíblico, datando do século II a.C. até meados do século I d.C..

Alguns dos manuscritos encontrados em 1947 fazem parte da Bíblia, enquanto outros são considerados apócrifos devido a diferenças significativas em relação aos textos bíblicos tradicionais. Por exemplo, o Gênesis apócrifo, encontrado nos manuscritos do Mar Morto, narra a história de Abraão e Noé com diferenças significativas em relação à Bíblia tradicional, o que o torna um texto apócrifo.

 

       De acordo com muitos, a arca de Noé se partiria em dois quando enfrentasse o mar. Isso é verdade?

 

Um navio de madeira grande daquele jeito se partiria e afundaria rapidamente em qualquer tipo de mar. Na verdade, ele provavelmente afundaria mesmo se fosse gradualmente levantado pela maré em um mar completamente sem ondas.

O maior navio já construído—o Wyoming—tinha pelo menos vinte metros a menos do que a Arca supostamente teria (isto incluindo o longo gurupé do Wyoming), e só conseguia se manter boiando porque bombeava continuamente água para fora. E, mesmo assim, ele afundou durante uma tempestade pesada em 1924.

Ah, e ele foi construído com partes metálicas além da madeira—e com seis mil anos de conhecimento de construção naval a mais—e sem uma tempestade tão grande que inundou continentes inteiros.

 

Fonte: Quora

 

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