quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Alzheimer: o que fazer hoje para evitar a doença amanhã

A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. É uma doença progressiva que envolve partes do cérebro que controlam o pensamento, a memória e a linguagem. Ela começa com uma leve perda de memória e, muitas vezes, leva à perda da capacidade de conversar e realizar atividades do dia a dia.

Os cientistas ainda não entendem completamente o que causa a doença de Alzheimer. Provavelmente não existe uma causa única, mas vários fatores que podem afetar cada pessoa de maneira diferente.

O que se sabe, no entanto, é que hábitos saudáveis ​​podem ajudar a prevenir o Alzheimer ou retardar sua progressão. Abaixo as orientações de um médico inglês especialista na doença.

·         Exercícios físicos

De acordo com o diretor médico de ensaios clínicos no Centro de Pesquisa e Tratamento de Alzheimer do Brigham and Women’s Hospital, Gad Marshall, “a evidência mais convincente é que o exercício físico ajuda a prevenir o desenvolvimento da doença de Alzheimer ou retardar a progressão em pessoas que apresentam sintomas”.

A recomendação, segundo ele, é de 30 minutos de exercícios aeróbicos moderadamente vigorosos, três a quatro dias por semana.

·         Dieta mediterrânea

A dieta meditrrânea, de acordo com Marshall é muito importante para impedir a doença de Alzheimer ou retardar sua progressão. “Um estudo recente mostrou que mesmo a adesão parcial a essa dieta é melhor do que nada, o que é relevante para pessoas que podem achar difícil aderir totalmente a uma nova dieta”. diz.

Esse tipo de dieta inclui frutas e legumes frescos; grãos integrais; azeite; nozes; leguminosas; peixe; quantidades moderadas de aves, ovos e laticínios; quantidades moderadas de vinho tinto; e carne vermelha apenas com moderação.

·         Descanso suficiente

Garantir as oito horas de sono também entra no pacote de hábitos saudáveis para prevenir o Alzheimer. “Evidências crescentes sugerem que a melhora do sono pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer e está ligada a uma maior depuração de amilóide do cérebro”, diz Marshall.

 

Ø  Estudo descobre como frear a perda de memória

 

No estudo, mais de 3.500 adultos saudáveis ​​com cerca de 71 anos tomaram um suplemento de  flavonoides de 500 mg ou um placebo por três anos.

Eles passaram por testes de memória naquela época e completaram pesquisas de dieta.

·         Resultados dos testes sobre perda de memória

Os pesquisadores disseram que a pontuação de memória melhorou ligeiramente para aqueles que tomaram flavonoides – mas, nesse grupo, as pessoas com dieta pobre e baixo uso de flavonoides no início tiveram melhorias maiores.

Esse subconjunto viu as pontuações aumentarem em média 10,5% em comparação com o grupo do placebo e 16% acima da memória inicial.

Os cientistas disseram que os flavonoides não têm efeito em pessoas que não têm deficiência deles – mas, para pessoas que têm baixa ingestão do composto, consumir alimentos ricos em flavonoides pode melhorar a função da memória.

Os resultados, segundo o autores do estudo, sugerem que há uma quantidade ideal de flavonoides na dieta que é de cerca de 500 mg por dia. Isso seria o equivalente, por exemplo, a uma caneca de chá de cacau, seis quadradinhos de chocolate amargo, algumas porções de frutas vermelhas e maçãs.

 

Ø  Pesquisas apontam Viagra como potencial redutor dos riscos de Alzheimer

 

O popularmente conhecido “azulzinho”, o Viagra, muito utilizado no tratamento de disfunção erétil, parece trazer outro benefício significativo: a redução dos riscos de desenvolver Alzheimer.

Foi em Nova York, no renomado Centro Médico Monte Sinai, que pesquisadores descobriram esta nova potencialidade do medicamento.

Segundo os cientistas, o componente atuante no Viagra, o sildenafila, possui a habilidade de bloquear uma proteína presente no cérebro dos portadores de Alzheimer, conhecida como PDE5.

·         Viagra pode reduzir em 60% o risco de Alzheimer, diz pesquisa

A pesquisa envolveu um universo de mais de 27 mil pessoas, todas acima de 65 anos. O grupo foi dividido em dois. Metade dos participantes recebeu prescrição do medicamento, enquanto a outra metade não fez uso do fármaco.

A análise revelou que aqueles que fizeram uso do Viagra exibiram uma supressão da proteína PDE5, que tem sua presença aumentada nos cérebros dos portadores da doença pneumológica.

·         Viagra reduz em 60% o risco de Alzheimer?

Segundo o autor principal do estudo, Xingyue Huo, o sildenafil se mostrou poderosamente ligado a uma diminuição de risco de desenvolver a doença de Alzheimer.

A redução é da ordem de 60% em relação ao grupo que não fez uso do medicamento. Além disso, o famoso “azulzinho” tem a capacidade de aumentar o suprimento sanguíneo, o que pode melhorar a saúde cerebral e tratar potencialmente a demência.

·         Qual a dimensão do Alzheimer no Brasil?

Brasil aguarda a publicação do 1º Relatório Nacional de Demências, encomendado pelo Ministério da Saúde, até o fim de 2023. Estimativas iniciais apontam que o número de pessoas com a doença pode estar por volta de 2,4 milhões.

Contudo, os pesquisadores acreditam que o número de casos não diagnosticados pode variar entre 75% a 95% do total. A doença é caracterizada pela perda progressiva de memória, dentre outros sintomas.

Os resultados da pesquisa sobre o Viagra e suas implicações no tratamento do Alzheimer são promissores, apresentando uma nova esperança nos esforços para combater uma das doenças mais devastadoras da atualidade.

No entanto, mais estudos são necessários para confirmar essas descobertas e entender melhor como o sildenafil pode ser usado efetivamente na prevenção e tratamento do Alzheimer.

 

Fonte: Catraca Livre

 

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