Intolerância à lactose: entenda como é o diagnóstico e tratamento
A intolerância à lactose é a mais famosa das
intolerâncias alimentares. Ela acontece devido a uma falha de funcionamento da
enzima "lactase", responsável pela digestão/"quebra" da
molécula da lactose, que é o açúcar presente no leite.
" Se a enzima não é capaz de executar
adequadamente esta função, ocorre uma sobrecarga da lactose dentro da luz do
intestino. Isso porque se trata de uma molécula muito grande para atravessar a
parede intestinal e se transportar ao sangue", explica a Dra. Helen
Perussolo, médica gastroenterologista do Hospital São Marcelino Champagnat.
Conforme a especialista, em condições normais de
funcionamento da enzima, a lactose se quebraria se transformando em açúcares
menores (a glicose e galactose), que por seu menor tamanho conseguiriam
atravessar a barreira intestinal. "A lactose residual dentro do intestino,
por não ter sido absorvida, é a responsável pelos sintomas", afirma.
• Tipos
de intolerância à lactose
A médica explica que existem 3 tipos principais de
intolerância a lactose:
# Genética (congênita): problema na produção da
enzima;
# Primária: com o passar dos anos, diminui a
produção da enzima e tende a ser assim de forma prolongada ou permanente;
# Secundária (adquirida): quando ocorre devido a
outra condição intestinal, como doenças inflamatórias crônicas do intestino,
doença celíaca, infecções intestinais. Neste caso, é possível reverter o quadro
após melhora da condição que lhe causou e não se tornar permanente.
• Sintomas
e diagnóstico
Os sintomas, aliás, representam um grande
desconforto para quem sofre com intolerância à lactose. Basta consumir qualquer
derivado do leite para sentir náuseas, distensão abdominal, excesso de gases,
cólicas intestinais e alteração do ritmo intestinal, principalmente com diarreia.
Contudo, é importante destacar que esses sinais podem variar dependendo do
caso.
A médica explica que o diagnóstico começa com a
suspeita da intolerância, pela queixa do paciente de sintomas percebidos após a
ingestão de leite ou seus derivados. É possível confirmar a condição através do
"teste oral de tolerância a lactose". Isto é, com uma série de
coletas de sangue após ingestão de um volume determinado de xarope de lactose.
"Outra técnica possível para confirmação
diagnóstica é o teste do hidrogênio expirado, um exame respiratório também após
tomar um volume oral da lactose. Em alguns casos, não é necessária a realização
de exames complementares, bastando a história clínica compatível", afirma
Hellen.
• Qual
o tratamento para intolerância à lactose?
De acordo com a gastroenterologista, após avaliação
em consulta e confirmação clínica ou laboratorial do diagnóstico, o paciente
recebe orientações quanto aos cuidados na dieta.
"Na dependência da intensidade dos sintomas, é
preciso substituir o leite de vaca e seus derivados por leites vegetais. É o
caso, por exemplo do leite de coco, de amêndoas, de arroz, de aveia, ou então
pelo uso de produtos lácteos na modalidade "zero lactose". Neles,
industrialmente utiliza-se a enzima lactase e o produto já é composto pelos
açúcares menores (a glicose e galactose) de fácil absorção pelo
intestino", recomenda a médica.
No entanto, quando se opta pela substituição do
leite de vaca e seus derivados, é preciso estar atento à necessidade de
ingestão alimentar adequada de cálcio. Isso porque ele é fundamental para a
saúde dos ossos, portanto é necessário buscar outras fontes deste mineral.
"É sempre importante também ressaltar e
explicar ao paciente que a intolerância à lactose não se trata de uma condição
grave, embora seus sintomas possam ser bastante desconfortáveis e comprometer a
qualidade de vida", ressalta a especialista.
Segundo ela, na intolerância à lactose, não há
inflamação intestinal e tampouco aumento do risco de câncer de intestino ou de
má absorção de nutrientes. Além disso, também é importante explicar que
intolerância à lactose é uma condição muito diferente da alergia à proteína do
leite, em sintomas e em gravidade.
Será
que é só ressaca? 9 sinais de intolerância ao álcool
Curtiu a sexta ou o sábado à noite e a ressaca
bateu na porta na manhã seguinte? O primeiro pensamento costuma ser: "bebi
demais". No entanto, o desconforto pode indicar intolerância ao álcool, uma
condição relativamente comum na população.
• 9
sintomas da intolerância ao álcool
Os sintomas se iniciam pouco tempo após a ingestão
de álcool e costumam incluir:
# Rubor na pele (isto é, vermelhidão);
# Nariz entupido;
# Taquicardia;
# Fraqueza;
# Dor de cabeça;
# Náusea;
# Cansaço;
# Confusão mental.
Essas reações são resultado de deficiências nas
enzimas responsáveis por quebrar e metabolizar o álcool. "A intolerância
se caracteriza por reações desagradáveis após o consumo de doses relativamente
pequenas de álcool. A causa é uma condição genética na qual o indivíduo acumula
acetaldeído (o principal produto da transformação do álcool pelas células) no
organismo", explica a professora e coordenadora de nutrição da Cruzeiro do
Sul Virtual, Camila Queiroz.
Para a identificação da intolerância ao álcool
existem exames específicos em laboratório. Porém os sintomas manifestados, a
quantidade de álcool ingerida e o tempo decorrido entre a ingestão e o início
do surgimento dos sintomas podem ser premissas para indicar a presença da
condição.
• O que
causa a intolerância
Vale destacar que, embora os sintomas sejam
similares aos de uma reação alérgica, a intolerância ao álcool não é uma
alergia, explica a Luana Paula Gomes, docente do curso de nutrição da Cruzeiro
do Sul Virtual.
"A condição de intolerância deriva da
inatividade da enzima aldeído-desidrogenase 2 (ALDH2), que possui um importante
papel no metabolismo do álcool atuando como aceleradora do processo de
transformação do acetaldeído (substância tóxica resultante da metabolização do
etanol) para acetato, diminuindo a concentração e os efeitos tóxicos do
acetaldeído", detalha Luana Paula Gomes.
Por se tratar de uma alteração genética, a única
forma de prevenir reações de intolerância é evitar o consumo de álcool. Além
disso, é importante buscar orientação médica para obter um diagnóstico adequado
e avaliar a possibilidade de outras condições subjacentes relacionadas ao
metabolismo do álcool.
Fonte: Saúde em Dia
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