terça-feira, 31 de outubro de 2023

Bíblia e avião: como atuam missionários para evangelizar indígenas na Amazônia

“Nós respeitamos os governos até o ponto em que eles falam contra a palavra de Deus. (…) A palavra de Deus [está] acima de tudo”. Embora pareça slogan político da extrema direita brasileira, a declaração é do missionário evangélico Andrew Tonkin, processado no Brasil por invasão de terras indígenas.

Colocar a religião acima das leis não é retórica exclusiva de Tonkin, mas um indício do que são capazes algumas denominações religiosas para evangelizar povos indígenas, principalmente na Amazônia.

Alguns missionários são pilotos e usam aeronaves próprias para percorrer longas distâncias. A maioria dessas organizações tem sede nos Estados Unidos e faz vaquinhas virtuais para financiar as ações, como a formação de pastores-pilotos e a tradução da Bíblia para o idioma nativo das comunidades. Algumas traduções, contudo, têm a qualidade questionada.

Esses grupos demonstram ainda especial interesse em alcançar povos isolados – uma violação à Constituição Federal e a tratados internacionais firmados pelo Brasil que pregam o respeito aos costumes e modos de vida dos povos originários.

Uma das regiões com maior assédio é o Vale do Javari, região com a maior concentração de povos isolados no país. “A gente observa uma presença cada vez maior [de missionários evangélicos], de diferentes doutrinas”, afirma Eliesio Marubo, procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Embora os grupos atuem ali desde os anos 1960, Eliesio conta que foi durante o governo de Jair Bolsonaro que se intensificaram a presença dos religiosos e as investidas a indígenas na região. “Eles buscam sobretudo contato com alguns indígenas que moram na cidade, oferecendo dinheiro e vantagens”, relata.

Para controlar a situação, a Univaja entrou em 2020 com ação na Justiça Federal para pedir a expulsão de missionários que estavam fazendo operações em busca do povo Korubo, considerado de recente contato.

Entre os acusados está Andrew Tonkin, da missão Frontier International, que falou com a Repórter Brasil e O Joio e O Trigo por e-mail. Ele diz agir guiado pelo Espírito Santo e que, embora esteja atualmente no Iraque, mantém um programa de rádio com suas pregações para os indígenas.

Questionado se tentou acessar povos isolados, ele respondeu: “Nunca tive o privilégio de conhecer nenhum”. Apesar de não confirmar a tentativa de evangelização de indígenas isolados e afirmar que respeita as autoridades, ele não descartou agir ilegalmente, se a lei estiver “contra a palavra de Deus”.

“Acredito que Deus tenha colocado os governos e nós obedecemos às leis dos seres humanos. Respeitamos os governos e obedecemos até o ponto em que eles ensinam ou falam contra a palavra de Deus. Nós colocamos Jesus Cristo e a palavra de Deus acima de tudo. É nossa autoridade final”, declara. De avião

Além de Tonkin, a Univaja também processou o missionário-piloto Wilson Kannenberg. Ele é ligado à norte-americana Asas de Socorro, uma organização cristã missionária que fornece apoio logístico, incluindo aviões, para áreas remotas. Kannenberg teria usado um hidroavião para acessar o Vale do Javari e tentar burlar a fiscalização que impede a entrada no território.

Segundo a Univaja, a Asas de Socorro não faz apenas “missões humanitárias”, mas promove invasões de terras indígenas em busca de povos isolados.

A Asas tem sede em Anápolis, Goiás, cidade que funciona como centro de operações para diversas organizações de missionários que atuam na Amazônia. A entidade subsidia a formação de pilotos e mecânicos, o que a torna atraente também para quem não tem interesse na atividade religiosa.

A Asas se recusou a responder às perguntas enviadas pela reportagem. Em uma nota assinada por uma advogada, negou participação em qualquer atividade ilegal.

Outro citado na ação movida pela Univaja e aceita pela Justiça Federal em Tabatinga (AM) é Josiah Mcintyre, da Ethnos360 – uma organização missionária americana ligada à Missão Novas Tribos do Brasil.

Durante a pandemia, missionários da MNTB realizaram sobrevoos de helicóptero na TI Vale do Javari, sem autorização da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, o helicóptero Robinson R-66 teria sido adquirido no fim de 2018, com doações de simpatizantes no site da entidade nos Estados Unidos. A MNTB também foi processada pela Univaja. Os três missionários e a MNTB foram proibidos de entrar no território pela Justiça.

“É curioso como muitos cientistas batalham e não conseguem autorização para passar um ano na floresta e eles [missionários] permanecem por décadas sem [sofrer] interferência nenhuma”, analisa o linguista Daniel Everett, ex-missionário norteamericano que hoje é ateu e crítico dessas denominações religiosas.

Kannenberg foi localizado pelas redes sociais, mas não respondeu aos pedidos de entrevista. Josiah Macintyre não foi localizado pela reportagem.

Procurada, a MNTB disse, em nota, que atua “dentro da legalidade, em respeito à lei, aos povos indígenas e aos seus direitos constitucionais de autodeterminação”. Afirmou ainda que não colocou em risco os povos indígenas do Javari durante a pandemia e que deixou a região antes mesmo da ordem judicial.

•        Bíblia sem ambiguidade

Após desembarcarem no país, os missionários aprendem os idiomas dos povos originários, produzem dicionários e gramáticas e usam esse conhecimento para traduzir a bíblia e pregar para os indígenas em suas línguas nativas. Porém, sutilezas do livro sagrado acabam ficando de fora das traduções, avalia Everett.

“A bíblia é um livro bastante ambíguo e, na tradução, o missionário já tira essa ambiguidade, para adaptar o texto a sua própria ideologia, muito conservadora e ligada ao discurso da extrema-direita cristã”, explica o ex-missionário.

Utilizado desde os anos 1960, esse método continua sendo largamente empregado pelos missionários. O Ethnos360 mantém arrecadações abertas para financiar traduções do livro sagrado dos cristãos para os idiomas de povos originários de diferentes localidades do planeta.

No site da instituição, é possível doar dinheiro diretamente para o trabalho de cada um dos missionários, mesmo que a página não especifique o que fazem e o município onde atuam. Só no Brasil, atuam mais de 50 missionários.

Outro site ligado às missões estrangeiras é o Joshua Project. A entidade tenta atrair ao menos 47 religiosos para atuar no Brasil, com mapas de locais onde as atividades devem ser desenvolvidas.

Entre os públicos alvos da pregação no país estão judeus, islâmicos e outras comunidades estrangeiras. Mas o grande foco são os indígenas.

 “A ideologia levada pelos missionários é reacionária e ligada aos valores dos Estados Unidos”, afirma Everett. Ele lembra que boa parte desses religiosos apoiava a ditadura militar e, mais recentemente, Bolsonaro. E recebia benefícios em troca, como a permanência nos territórios indígenas.

É o caso do pastor Steve Campbell, da igreja Greene Baptist Church, cuja família atua há 60 anos entre os Jamamadi, em Lábrea (AM). Levado pelos pais, também missionários, em 1963, ele fala a língua dos indígenas e convive com eles desde criança.

Segundo o indigenista Daniel Cangussu, um dos principais impactos causados pela presença do missionário é o conflito geracional. Campbell apoia lideranças mais jovens, que têm melhor domínio do português e do uso de tecnologias, o que contribui para deslegitimar os mais velhos.

“Há um efeito grave nas aldeias, pois os mais velhos perdem a credibilidade. Isso é bem sério, eles têm se afastado entre si e isso desorganiza bastante a situação interna. É algo que a gente nunca viu acontecer”, explica Cangussu.

Em 2018, o missionário Campbell foi expulso pela Funai da Terra Indígena Jarawara/Jamamadi/Kanamanti, após liderar uma expedição que entrou, sem autorização das autoridades, no território do povo isolado Hi-Merimã – o que é proibido. Por causa desse episódio, Campbell passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal.

O imbróglio vem prejudicando o atendimento à saúde dos Jamamadi, já que as lideranças atuais dizem que servidores da Funai e da saúde indígena só poderão entrar no território novamente após o retorno do missionário.

Dentre outros motivos, Campbell consolidou sua influência entre os Jamamadi por conseguir aviões e helicópteros para pessoas que necessitavam de transporte para hospitais na cidade, em casos de emergência.

Na avaliação de Everett, é preciso restringir a presença dos missionários das terras indígenas. Porém, isso demanda investimentos em profissionais de saúde e voos de urgência, por exemplo.

“O Brasil já tentou diversas vezes expulsá-los dos territórios indígenas sem sucesso, porque eles ignoraram as decisões. E eles não vão sair apenas porque o governo falou que eles não podem ficar lá. Esses missionários acreditam que a lei de deus está acima das leis de qualquer país”, finaliza.

 

       Leia os posicionamentos do missionário Andrew Tonkin e da MNTB sobre evangelização de indígenas

 

•        O senhor está no Brasil atualmente? No Vale do Javari? Pretende retornar à região?

Andrew Tonkin: Estou servindo ao Senhor Jesus Cristo aqui no Iraque. Estou sempre disponível para seguir Jesus em obediência e ir aonde ele me guia. Por enquanto, a obra está aqui no Oriente Médio. Mas um grande pedaço do meu coração ficou no Brasil. E até hoje estou envolvido na pregação e ensinamento da palavra de Deus pela rádio. Se você estiver lá, você pode encontrar nosso programa na Rádio Rios FM, em Benjamin Constant (AM).

•        O senhor sabe que está sendo alvo de uma ação judicial pedida pelos povos indígenas do Vale do Javari? A que atribui esta ação?

Sim. Não são “povos indígenas do Vale do Javari” que estão contra a palavra de Deus. São algumas pessoas que estão influenciadas por outras. Realmente os povos indígenas me conhecem bem e sabem que eu prego viver a mensagem de Jesus Cristo para a glória dEle. Esta mensagem de Jesus Cristo é o relacionamento com Deus através de Jesus Cristo pelo novo nascimento do Espírito Santo. Esse relacionamento é real e vivo, trazendo paz e verdadeira alegria. Jesus disse em João 3:3. Na verdade, te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Portanto eu prego essa mensagem de Jesus Cristo para todos os povos até você. Não importa a nacionalidade, cor, sexo, ou raça das pessoas; Deus é misericordioso dando todas essas oportunidades de arrependimento. Ele me deu essa oportunidade e, pela sua graça, Ele me salvou. Estou totalmente diferente do que era. Tudo mudou. Jesus transformou minha vida por dentro e por fora. Essa mudança não veio da capacidade humana, mas de Deus a quem estou muito grato.

•        Junto com o senhor, são alvos dessa ação os missionários Wilson Kannenberg e Josyah Mcintyre. O senhor os conhece? Trabalha junto com eles? Qual a relação entre os senhores?

Sim eu conheço eles e posso dizer que são homens honestos, que amam Deus e todas as pessoas. Porém temos trabalhos de Deus que são diferentes entre uns e outros. Mas trabalhamos com o mesmo pensamento; que todas as pessoas são dignas de respeito e oportunidade. E isso é principalmente conhecer a verdade que só há em Jesus Cristo. Até o próprio Jesus falou: eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai se não por mim (João 14:6).

•        Quanto tempo o senhor permaneceu no Vale do Javari? Qual o trabalho que desenvolveu lá e junto a quais comunidades?

Nosso Ministério no Brasil durante esta última década era com todos os povos e raças, como brasileiros, colombianos, peruanos, e os povos indígenas. Alguns indígenas são peruanos, mas o resto é cidadão brasileiro. A gente prega o evangelho de Jesus Cristo para todos esses povos. E ensina como andar com Cristo para que eles sejam maduros na fé. Tinha programas de alfabetização, programa de jovens, alimentação, e muito mais. Sempre trabalhei em parceria com a igreja batista Cristo é vida. O trabalho era mais concentrado junto ao povo Marubo, da aldeia Boa Vista.

•        Caso não esteja no Brasil, o senhor tem planos de voltar? Para a mesma região?

Sim, gostaria de voltar um dia se Deus quiser. Eu sei que é difícil para alguém que não experimentou a salvação de graça e a obra redentora de Jesus Cristo de entender essa vida altruísta de sacrifício. Especialmente porque um americano não está na América seguindo o sonho americano ganhando muito dinheiro vivendo a boa vida viajando por boas estradas, carros e boas coisas. O sonho americano tornou-se um pesadelo para mim. Minha vida mudou radicalmente para melhor por causa de Jesus Cristo. Fui resgatado de mim mesmo por Jesus. Libertado do pecado e abraçado pelos braços amorosos de Cristo. Recebi um propósito de viver muito maior do que eu, para ser uma parte no plano de Deus.

•        O senhor tentou acessar povos indígenas isolados? Recebeu autorização de algum integrante do governo para isto? Qual era o objetivo de suas missões junto a estes povos?

Nunca tive o privilégio de conhecer nenhum. Prego o evangelho de Jesus Cristo a todas as pessoas, não me limitando apenas aos indígenas. A mensagem de Jesus é real, verdadeira e dá esperança e liberdade em todas as áreas da vida e, sem dúvida, inclui as pessoas que estão nas correntes do pecado.

•        Caso tenha participado destas viagens, como elas eram organizadas? Havia indígenas que colaboravam no acesso aos isolados?

Não tenho planos de entrar em contato com ninguém além daqueles que o Senhor Jesus coloca em meu caminho. Encontro diariamente pessoas de todas as raças e, sem desculpas, tenho a honra e o privilégio de participar do trabalho do Senhor em compartilhar a mensagem de boas novas de Jesus Cristo.

•        Como foi o seu chamado para participar das missões? Na sua opinião, um governo pode proibir missionários estrangeiros de acessarem povos de seu país? Por quê?

Meu chamado foi descoberto pela oração, pedindo a Deus para usar a minha vida. Minha vida foi mudada para sempre pela graça de Jesus Cristo. Eu experimentei a verdadeira salvação e meus pecados foram perdoados para sempre. É a nova vida, mudada 100% de dentro para fora. A fonte da verdadeira felicidade está em Jesus Cristo. Nem sempre fui assim. Eu buscava fama e fortuna do sonho americano. Aos 24 anos, já tinha um emprego sólido e ganhava bem. No entanto, ainda havia um vazio lá dentro. Tentei preencher esse vazio com muitas coisas. Novos bens materiais, carros etc, mas sem sucesso. Você vê que esse vazio na minha vida era um vazio do tamanho de Deus, que só pode ser preenchido pelo próprio Deus. Depois de ouvir o Evangelho pregado, algo se agitava dentro de mim para procurar mais. Procurar e descobrir que minha vida tinha um propósito nesta terra mais do que tentar viver para mim e agradar a mim mesmo. E pela graça de Deus encontrei esse propósito quando Jesus Cristo me redimiu em si mesmo e me chamou de filho, apesar de todo o mal que fiz no passado. O sacrifício de Jesus Cristo e a cruz do sofrimento cruel e do derramamento de puro sangue justo foi o sacrifício que pagou a dívida que eu havia adquirido pelo meu próprio pecado. Sou um homem mudado. Essas coisas no passado se foram. Eu costumava desejar o errado e a escuridão, mas agora não os desejo mais. Meus desejos mudaram ao dar minha vida, meus planos, meu tudo a Jesus. Tudo muda. Onde antes havia ódio, agora há amor. Onde havia orgulho, agora há humildade. Onde havia ganância, agora há generosidade. Onde havia egoísmo, agora há doação de si mesmo. Jesus Cristo é a Resposta. Então acredito que Deus tenha colocado os governos e pela a palavra de Deus e nós obedecemos às leis dos seres humanos. Respeitamos os governos e obedecemos até o ponto que eles ensinam ou falam contra a palavra de Deus. Nós colocamos Jesus Cristo e a palavra de Deus acima de tudo. É nossa autoridade final.

•        Como seu trabalho em missões lhe trouxe para o Brasil, mais especificamente para a Amazônia? O que o senhor aprendeu com este convívio com os indígenas brasileiros?

Simplesmente guiado pelo Espírito Santo. Ele é nosso capitão e mestre. E sabe muito melhor do que nós para onde ir. Uma coisa que eles eu aprendi com eles é que as opiniões de outras pessoas não mudam o que você já sabe ser a verdade.

<<<<<< Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB)

A Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) comparece para trazer a realidade dos fatos apontados por V.S.ª.

Primeiramente, ressaltamos que a MNTB atua sempre dentro dos quadrantes da legalidade, em respeito à lei, aos povos indígenas e aos seus direitos constitucionais de autodeterminação.

Dito isso, quanto ao processo movido pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – UNIVAJA, em trâmite na Vara Federal Cível da SJ de Tabatinga/AM, contextualizamos que essa foi proposta pela UNIVAJA no intuito de que quaisquer pessoas estranhas ao convívio dos povos do Vale do Javari fossem afastadas daquela região por ocasião da pandemia da Covid-19, que há pouco se instalara no Brasil.

Ora, foi estritamente nesse contexto que o juízo deferiu medida cautelar para não ingresso de pessoas naquela região, e não somente os(as) missionários(as) da MNTB. Todavia, justamente preocupando-se com a saúde e bem-estar dos povos do Vale do Javari, antes mesmo da referida decisão, a MNTB já havia suspendido sua atuação no local.

Tão é verdade o que se afirma que, nesta mesma ação judicial, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI realizou perícia in loco nas comunidades em questão e constatou que os povos da região do Vale do Javari, em especial os Marubo, têm profundo apreço pela MNTB, desejam a retomada de suas atividades no local e ficaram profundamente consternados com a ação proposta pela UNIVAJA, que tolheu seu direito à autodeterminação.

Sobre os demais questionamentos suscitados, temos a dizer que a MNTB é uma instituição séria, fundada em 1953, nacionalmente reconhecida por sua atuação ímpar e tem como sua alma mater a atuação eclesiástica, a qual se cumpre por meio da evangelização e do trabalho missionário – sempre dentro dos ditames legais conferidos pela Constituição Federal aos templos de qualquer culto. A MNTB nunca colocou em risco a vida e/ou a integridade física de quaisquer povos, nem jamais colocará.

Por fim, pontuamos que tomaremos as medidas cabíveis frente a quaisquer desinformações, fake news ou inverdades publicadas sobre a MNTB, inclusive, com respaldo na Lei 7.716 de 1989, que tipifica criminalmente a discriminação ou preconceito em razão da religião.

E, sem mais para o momento, seguimos à disposição para eventuais esclarecimentos que se fizerem necessários.

 

Fonte: Reporter Brasil/O Joio e o Trigo

 

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