'Putin está em melhor posição': EUA perdem luta pelo Oriente Médio para
Rússia, diz analista
A postura do presidente russo Vladimir Putin em
relação ao conflito israelo-palestino o deixou em uma posição superior à do seu
homólogo norte-americano Joe Biden, que fracassou no Oriente Médio, disse o
cientista político dos EUA, John Mearsheimer, em uma entrevista ao canal
Judging Freedom no YouTube.
"Putin agora ganhou um lugar privilegiado em
relação a essa questão, enquanto o governo Biden está atolado na lama",
afirmou o cientista político dos EUA e professor da Universidade de Chicago,
John Mearsheimer.
A postura da Rússia de apoiar a Solução de dois
Estados e os argumentos de Putin a favor do respeito aos direitos dos
palestinos e dos judeus israelenses repercutem positivamente em grande parte do
mundo.
Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque
com foguetes em escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado
pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do
grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.
Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra
e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o
controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizaram
bombardeios contra alvos, incluindo civis.
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Sancionar a Rússia 'não faz sentido', diz MRE da
Hungria
Em declaração à Sputnik, o ministro das Relações
Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou que o país não vai apoiar a
próxima rodada de sanções europeias contra Moscou se essa incluir medidas
contra o setor energético.
Segundo Szijjarto, qualquer restrição à energia
russa prejudicaria os interesses nacionais de Budapeste. "Posso afirmar
com certeza: se o próximo pacote contiver algo que contradiga os nossos
interesses nacionais, definitivamente não concordaremos com a sua adoção",
afirmou o diplomata.
"O limite para nós obviamente diz respeito à
energia, gás, petróleo, energia nuclear e quaisquer outros aspectos que possam
prejudicar a economia da nossa nação", afirmou.
Szijjarto voltou a afirmar sua opinião de que as
sanções contra a Rússia não funcionaram da forma que o os países ocidentais
esperavam, e diz que não vê sentido em prosseguir com a política. "A
política de sanções simplesmente não funciona. As sanções podem prejudicar a
Rússia […] mas causam certamente maiores danos à economia europeia, aos países
europeus", afirmou.
"Se as sanções causam mais danos àqueles que
as impõem do que àqueles contra quem são dirigidas, então qual é o sentido de
continuar com elas?", questionou o político húngaro.
O ministro observou que a Rússia tem fornecido gás
natural à Hungria de forma constante durante seu contrato de 15 anos com a
estatal russa de energia Gazprom. Ele acrescentou também que Budapeste espera
continuar a comprar gás russo mesmo que a Ucrânia, através da qual recebe o
combustível, decida não prorrogar o seu contrato de trânsito com a Rússia em
2024.
"Não tenho a certeza de que a Ucrânia esteja
preparada para perder tantas receitas, [mas] se necessário, estamos prontos
para discutir as alternativas, porque consideramos que se trata de uma questão
técnica", disse.
Ø Países da OTAN com suas ações fomentam corrida armamentista na região
da Ásia-Pacífico, diz Shoigu
Países da OTAN, incluindo Reino Unido, França,
Alemanha, Países Baixos e Itália, com suas ações na região da Ásia-Pacífico,
contribuem para o crescimento do militarismo e estímulo da corrida
armamentista, disse Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, no 10º Fórum
de Segurança Xiangshan.
"Para militarização e estímulo da corrida
armamentista contribuem os passos políticos dos membros da OTAN [Organização do
Tratado do Atlântico Norte] – Reino Unido, França, Alemanha, Países Baixos e
Itália. Eles estão expandindo a presença regional dos componentes das forças
navais e aéreas nacionais e aumentando a frequência e a escala dos exercícios
militares multilaterais, no decorrer dos quais são simulados cenários de
dissuasão e contramedida", disse Shoigu.
Em relação à Ucrânia, o ministro disse durante o
seu discurso que o Ocidente está usando Kiev como um aríete para infligir uma
"derrota estratégica" à Rússia depois que Moscou tomou contramedidas
à expansão do bloco da OTAN, liderado pelos EUA, para o Leste.
"Desconsiderando os direitos legítimos de
segurança da Rússia, a Casa Branca persistiu na expansão do bloco da OTAN
liderado por ela para o Leste. Estas ações agressivas nos forçaram a tomar
contramedidas. Em resposta, o Ocidente definiu abertamente um rumo para
infligir uma 'derrota estratégica' à Rússia em uma guerra híbrida travada
contra nós. A Ucrânia foi cinicamente escolhida como um aríete que tem apenas o
papel de material descartável", frisou Shoigu.
De acordo com ele, os Estados Unidos, "tendo
subordinado completamente os países do campo ocidental, concentraram seus
recursos militares e políticos na tarefa de manter a dominação global que lhes
está escapando".
Ø Os EUA precisam compreender que a derrota da Federação da Rússia é
impossível, diz especialista
A Rússia e os Estados Unidos precisam conversar e
chegar a um acordo que garanta uma estabilidade estratégica. Mas até que
Washington entenda que não pode infligir uma derrota estratégica a Moscou, toda
esta conversa não tem sentido, disse Sergei Karaganov, presidente honorário do
Conselho de de Política Externa e de Defesa à Sputnik.
Karaganov está atualmente comparecendo ao 10º Fórum
de Segurança de Xiangshan, que acontece em Pequim entre 29 a 31 de outubro.
"É absolutamente necessário conversar e chegar
a um acordo, mas agora, infelizmente, os nossos parceiros americanos, mesmo que
falem [sobre iniciar conversas], fingem", disse Karaganov quando
questionado sobre em que ponto e em que circunstâncias a Rússia e os Estados
Unidos podem voltar à discutir estabilidade estratégica.
Segundo o especialista "eles [os EUA] esperam
infligir uma derrota estratégica à Rússia até que estejam convencidos de que
isso é impossível, e até que percam, as conversas não terão sentido. Ainda
assim, somos a favor de uma conversa, mesmo uma sem sentido".
Respondendo a uma pergunta sobre se os Estados
Unidos querem falar com a Rússia apenas a partir de uma posição de força, o
professor disse que os EUA "estão perdendo da sua posição de líder global
e por isso tentam um contra-ataque desesperado, muito perigoso para o todo o
mundo".
Ao mesmo tempo, quando questionado por que os
Estados Unidos sempre tentam envolver a China quando iniciam diálogo com a
Federação da Rússia, por exemplo, sobre um tratado de controle de armas,
Karaganov disse que tudo é "muito simples: eles querem criar uma divisão
entre a Rússia e a China".
"Estamos conversando com a China sobre
estabilidade estratégica, estamos ampliando as conversas e estamos prontos para
conversar com os americanos", afirmou.
"Mas até que um novo equilíbrio seja
estabelecido, até que relações suficientemente estáveis sejam estabelecidas
entre os Estados Unidos e a Rússia e entre os Estados Unidos e a China, então
as conversações trilaterais não são muito significativas", acrescentou.
"Quando passarmos por este período, espero que
sem uma grande guerra, então, claro, será bom se as grandes potências (serão
sete: Rússia, China, EUA, Índia, Brasil e dois ou três mais países) iniciem uma
conversa séria, inclusive sobre estabilidade estratégica. Antes disso, essas
conversas não serão muito produtivas, embora sejam necessárias", observou
Karaganov.
Ø EUA exigem que aliados escolham certos lados que muitos países não
gostam, diz diplomata chinês
Os Estados Unidos muitas vezes pedem aos aliados
que escolham um lado ou outro e isto continua acontecendo agora, mas muitos
países não gostam disso, disse o ex-embaixador chinês em Washington Cui Tiankai
no 10º Fórum de Segurança de Xiangshan.
"Os EUA, com base em suas próprias
necessidades estratégicas ou em sua compreensão do mundo, muitas vezes exigem
que seus aliados sigam as mesmas políticas que eles, mas espero que seus
aliados também tirem conclusões e tomem medidas com base em seus próprios
interesses nacionais de longo prazo", declarou Tiankai durante o seu
discurso.
Ele destacou que "agora na arena internacional
está surgindo um novo chamamento para escolher um certo lado, que muitos países
não gostam muito, mas há alguns países que fazem isso automaticamente".
De acordo com o ex-diplomata, se todos os países
escolhessem os interesses comuns da humanidade, seria o lado certo da história.
"É claro que, ao fim e ao cabo, cada país deve
fazer sua própria escolha neste assunto, incluindo os aliados dos EUA",
concluiu ele.
O fórum está decorrendo em Pequim de 29 a 31 de
outubro. O primeiro Fórum de Xiangshan foi realizado em 2006, organizado pela
Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular da China e
pelo Instituto Chinês de Estudos Estratégicos Internacionais.
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EUA criam acusações falsas para iniciar nova fase
de plano militar contra China, diz especialista
O especialista militar Meng Xiangqing afirmou que a
recente acusação dos EUA sobre "interceptação perigosa" dos caças chineses
não passa de propaganda para implantar militares e iniciar a próxima etapa do
plano contra a China.
O especialista afirmou ao China Daily que os EUA
frequentemente criam propaganda para apontar a China como "ameaça",
criticando as ações do gigante asiático e inventando desculpas para enviar
contingentes e grupos militares à região.
Para o especialista, a propaganda americana chega a
ser ridícula, visto que eles próprios provocam desestabilizações, inclusive em
áreas distantes, mas nas quais têm grandes interesses.
Recentemente, o governo chinês divulgou imagens
evidenciando um encontro próximo entre navios de guerra dos EUA e da Marinha
chinesa no mar do Sul da China.
"Como os militares chineses deveriam
interceptar as aeronaves e navios de guerra dos EUA se eles não estivessem
aqui?", questionou o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian,
indagando sobre a presença americana na região.
O porta-voz chinês também ressaltou que os
americanos fariam a mesma coisa, ou até pior, se uma aeronave ou embarcação se
aproximasse do território norte-americano.
Para concluir, Meng Xiangqing voltou a destacar que
as acusações dos EUA têm o objetivo de criar uma imagem de ameaça da China,
para iniciar a próxima fase da sua implantação militar na Ásia.
Ø Alemães devem estar prontos para a guerra, adverte ministro da Defesa
Uma nova guerra na Europa não é mais impensável, e
a sociedade alemã deve se adaptar a essa realidade, afirmou o ministro da
Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, enquanto pediu aumento de gastos
militares.
Em entrevista à emissora alemã ZDF no domingo (29),
Pistorius insistiu que os alemães "devem se acostumar novamente ao
pensamento de que o perigo de uma guerra na Europa poderia representar uma
ameaça". Discutindo as capacidades de defesa do país, o ministro apelou
aos seus compatriotas para "se tornarem capazes para a guerra".
Ele citou o conflito na Ucrânia, bem como as
hostilidades entre Israel e Hamas, como prova de que os combates também podem
irromper em outros lugares.
Pistorius descartou as críticas de que o governo do
chanceler Olaf Scholz tem sido muito lento no fortalecimento das Forças Armadas
alemãs, alegando que eles estão trabalhando o mais rápido possível para
compensar os 30 anos de negligência e subfinanciamento. O ministro prometeu que
a Bundeswehr seria irreconhecível em três ou quatro anos, e sugeriu que os
militares alemães já estão entre os mais fortes da OTAN e da Europa.
Na semana passada, o ex-conselheiro sênior do
Pentágono, coronel Douglas Mcgregor disse que a OTAN não sobreviverá a um
conflito com a Rússia.
Recentemente, o presidente da Rússia Vladimir Putin
disse que, desde a promessa da OTAN em 1991 de não se expandir para o Leste,
houve "cinco vagas" de expansão da aliança, e que, quando os acordos
não são cumpridos, é muito difícil manter um diálogo com tais pessoas.
Ø Alemanha prende político de extrema direita por posse de objetos
nazistas, diz mídia
O parlamentar recém-eleito pela Baviera, Daniel
Halemba, foi detido pouco antes de assumir o cargo eletivo e evitar um processo
judicial graças à imunidade parlamentar.
De acordo com o Financial Times (FT), o político
alemão de extrema direita recém-eleito pelo partido Alternativa para a Alemanha
(AfD) foi preso por sedição e posse de materiais nazistas, neste fim de semana.
Daniel Halemba, 22 anos, deveria assumir o seu
lugar no parlamento estadual da Baviera por um mandato de cinco anos nesta
segunda-feira (30), o que teria lhe dado imunidade parlamentar contra processos
judiciais.
Os promotores da cidade de Wurzburg emitiram um
mandado de prisão na sexta-feira (27), antes da nova sessão parlamentar.
Halemba inicialmente não pôde ser encontrado, o que gerou temores de que ele
escaparia da captura e tentaria tomar posse para evitar um processo.
A polícia o prendeu em Stuttgart, no estado vizinho
de Baden-Wurttemberg, às 08h00 de hoje (às 04h00 de Brasília).
Segundo a imprensa alemã, o advogado de Halemba,
Dubravko Mandic, disse que apresentou uma petição ao tribunal constitucional da
Baviera para que a prisão do seu cliente fosse revertida, mas as autoridades
alegam que o jovem candidato estava na mira dos promotores há várias semanas.
Em meados de setembro, a polícia de Wurzburg
invadiu as instalações da controversa fraternidade estudantil Teutonia Prag,
depois de vizinhos terem se queixado de ouvirem regularmente membros gritando
"Sieg Heil" — uma expressão alemã que significa "salve a
vitória" ou "viva a vitória", muito utilizada durante o período
nazista em 1930. Na ocasião da operação policial, Halemba que é membro da
fraternidade e líder da AfD Wurzburg, estava no local.
A polícia disse ter confiscado uma grande
quantidade de materiais e que a operação "confirmou as alegações [feitas
pelos vizinhos]". Halemba é um dos cinco membros do Teutonia Prag agora
acusados de sedição e posse de objetos nazistas – o que é considerado crime, de
acordo com a Constituição alemã.
A líder do grupo AfD no parlamento bávaro, Katrin
Ebner-Steiner, acusou os investigadores de prosseguirem uma agenda
"politicamente motivada" e de prenderem Halemba "por motivos
frágeis".
O apoio da AfD na Baviera aumentou nos últimos
meses, em um contexto de raiva crescente à política de imigração, à inflação e
a uma economia estagnada. O partido obteve 14,6% dos votos no dia 8 de outubro,
contra os 10,2% obtidos em 2018. Em Hesse, o partido de extrema direita obteve
18,6% dos votos, se tornando o segundo maior partido político no parlamento
estadual.
Fonte: Sputnik Brasil
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