Festival da Lagosta movimenta povoados de Santa Cruz Cabrália
Um dos pontos mais fortes do turismo de Santa Cruz
Cabrália, a gastronomia chama a atenção dos turistas que visitam a região.
Convidado secretaria de Turismo, o Portal A TARDE visitou os povoados de Santo
André, Santo Antonio e Guaiú em meio a semana do 6º Festival da Lagosta da
Costa do Descobrimento, uma criação da jornalista Léa Penteado.
Os restaurantes de Santa Cruz Cabrália e seus
respectivos chefs se inspiraram na criação de pratos originais com lagosta.o
Bistrô Luz de Minas traz o “Ragu de Lagosta”. O Restaurante Flor de Caju
apresenta a “Lagosta grelhada e nhoque de pupunha”. No Restaurante Gaivota
estará a “Lagosta gratinada com Brie”. O Maroca Praia terá “Ravioli de vatapá
ao creme de moqueca”. No Pier João de Tiba a “Lagosta flambada na cachaça”. O
Restaurante Maria Nilza apresenta o “Ceviche de lagosta” e o Resort Vila Angatu
“Lagosta com arroz negro”. Detalhes de todos os pratos estarão disponíveis na
página do festival.
Alinhando a gastronomia ao turismo, com estímulo da
cultura do “receber bem e acolher com satisfação os visitantes”, o festival
premiará com troféus a Melhor Lagosta e o Melhor Atendimento e quem escolhe é o
consumidor através de votação no site (cada CPF vota apenas uma vez em cada
restaurante) em uma página com a relação dos participantes, fotos, descrição de
pratos, endereço, fone e whatsapp, além do histórico do Festival. Necessário
mínimo 10 votos, as 10% melhores e piores notas sao descartadas, e a nota
final, é a média das notas válidas. Serão vencedores os que obtiverem a maior
média de avaliações.
A 6ª. edição do Festival da Lagosta da Costa do
Descobrimento acontece na semana do feriado de 2 de novembro, uma ótima
oportunidade para conhecer a região, tem o apoio da Katz Engenharia, Abrasel da
Costa do Descobrimento e Secretaria de Turismo de Santa Cruz Cabrália.
Bahia
tem potencial para se tornar maior produtor nacional de pescado
Com mais de 900 quilômetros de praias, a maior
extensão litorânea do País, a Bahia tem potencial para ser o maior produtor
nacional de pescado, mas ainda compra de outros estados boa parte do peixe que
consome. Dados de produção, no entanto, são desconhecidos, e o número de
profissionais em atuação é apenas presumido, entre 100 mil e 140 mil trabalhadores.
Com o objetivo de discutir os principais desafios
do setor, bem como políticas de fomento, nos dias 10 e 11 novembro serão
realizados em Salvador o 19º Encontro de Pescadores e Aquicultores na Bahia e o
1º Fórum Nacional da Pesca e Aquicultura. Os eventos vão acontecer no
Cerimonial Rainha Leonor (Pupileira), na avenida Joana Angélica, em Nazaré,
Centro da capital baiana.
A estimativa é reunir cerca de 1,5 mil
participantes de todo o estado, entre trabalhadores da pesca, lideranças,
empresários, gestores e representantes do poder público, diz o presidente da
Federação Baiana dos Trabalhadores de Pesca e da Aquicultura (Febape), Antônio
Carlos Teixeira, o "Carlinhos da Pesca", 54.
Com 20 anos de experiências no ramo, dois à frente
da entidade, Carlinhos destaca que, devido à dimensão da costa e riqueza das
águas (salgada e doce), a Bahia, afirma, deveria ser a maior produtora de
pescados do Brasil, tanto da pesca de captura quanto da aquicultura, que é o
cultivo racional de organismos aquáticos, em ambiente confinado e controlado.
Na aquicultura, os animais são alimentados por
ração, explica o dirigente, com grande diversidade na produção de peixes,
crustáceos e moluscos. O destaque, no entanto, segundo ele, é a produção de
tilápia, que responde por uma parcela significativa do pescado na Bahia.
“Apesar de possuir a maior faixa litorânea do
Brasil, cerca de 14% de toda costa Brasileira, e também a maior extensão
ribeirinha no Rio São Francisco – mais de mil quilômetros –, além de grandes
açudes e barragens, e de ser a maior consumidora de pescado no Brasil, a Bahia
importa mais de 80% do pescado que consome”, fala o presidente da Febape.
Ainda segundo Carlinhos, o setor carece de novas
políticas públicas de ordenamento e incentivo da atividade, acesso a linhas de
créditos compatíveis com a atividade e programas de capacitação para os
pescadores.
“São alguns pontos que julgamos necessários para
desenvolver a atividade e possibilitar uma melhoria da qualidade de vida da
categoria”, explica.
Ele fala ainda da diminuição das espécies, dos
baixos níveis de água doce de rios, açudes e barragens, e de poluição
ambiental, como temas que precisam ser debatidos. Além do quesito frota
pesqueira.
“O investimento, a abertura de crédito para
renovação e manutenção de embarcações é uma das principais demandas dos
trabalhadores. É preciso desburocratizar essa área. Infelizmente, o comércio
ainda enxerga embarcação e outros itens
como equipamentos para ricos", conta.
De acordo com o presidente da Febape, existem entre
130 mil e 140 mil profissionais da pesca cadastrados no estado, mas o número é
impreciso devido a outras questões (como o caso de trabalhadores que deixam de
formalizar a atuação profissional, por conta do recebimento de auxílios
governamentais, entre outros).
Procurada pela reportagem, a Bahia Pesca, empresa
vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura
da Bahia (Seagri), informou que trabalha para a elaboração de uma espécie de
censo do setor. O Ministério da Pesca e Aquicultura, por meio da assessoria de
imprensa, divulgou que no estado há 101.226 trabalhadores envolvidos com a
pesca, e 1.224 embarcações em operação.
“Precisamos de mais políticas voltadas para os
trabalhadores da pesca, que possui um grande quantitativo de mulheres, na
mariscagem, no tratamento e processamento do pescado. Muitos sofrem com doenças
ocupacionais, principalmente na visão, articulações. É preciso acesso a
equipamento de proteção individual (EPI), camisa, filtro de proteção solar,
bota, boné".
De outros estados
As inscrições para os eventos devem ser feitas nas
colônias, associações e sindicatos de pescadores de aquicultores espalhados por
toda Bahia. Eles vão contar com a
participação de delegações de outros estados.
O 19º Encontro de Pescadores e Aquicultores na
Bahia e o 1º Fórum Nacional da Pesca e Aquicultura são uma realização da
Febape, em parceria com a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e
Aquicultura (CBPA), Instituto de Desenvolvimento Social e Tecnológico da Pesca
e da Aquicultura (Idespa), Bahia Pesca e Prefeitura de Itaparica.
Fonte: A Tarde
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