Os 7 países mais ricos da América do Sul. Brasil é penúltimo da lista
A América do Sul é um continente cujo destaque
reside nas suas notáveis características naturais e em sua população. Com uma
população de 441 milhões de habitantes, a região depende das economias das doze
nações que a compõem, bem como de três dependências. No entanto, compreender a
riqueza econômica de cada nação é um processo complexo que envolve diversos
fatores.
Uma métrica útil para avaliar a economia de cada
país é o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera a Paridade do
Poder de Compra (PPP). Essa abordagem ajusta o custo de vida e as taxas de
inflação globalmente, proporcionando uma visão mais precisa da renda média per
capita de um país. Utilizando dólares internacionais como unidade de medida,
essa métrica permite comparar os padrões de vida entre as diferentes nações da
América do Sul.
Países mais ricos da América do Sul
Para obter informações sobre os países mais ricos
da América do Sul, recorremos aos dados fornecidos pelo World Economic Outlook
(WEO) do Fundo Monetário Internacional, referentes a abril de 2023. Essa fonte
confiável e abrangente oferece uma base sólida para a análise das economias
sul-americanas, possibilitando uma comparação precisa e atualizada dos
indicadores econômicos de cada país da região.
Assim sendo, confira a lista com os 7 países mais
ricos da América do Sul e suas características que os colocam no ranking.
• 1.
Guiana — $ 60.648
A Guiana vivenciou um notável aumento de riqueza
recentemente, impulsionado principalmente pelo início da produção de petróleo
em 2020. Por isso, lidera o ranking dos países mais ricos da América do Sul.
Sua economia se baseia nos setores agrícola, de mineração e de serviços, sendo
o açúcar, o arroz, o ouro e a bauxita seus principais produtos de exportação.
Além disso, o setor de serviços, especialmente
tecnologia da informação e telecomunicações, tem crescido significativamente.
Investimentos estrangeiros e projetos de infraestrutura também desempenharam um
papel importante no fortalecimento da economia do país.
• 2.
Chile — $ 29.613
O Chile se destaca como um país com uma sólida
infraestrutura econômica e políticas voltadas para o mercado. Com um PIB per
capita de US$ 29.613, sua economia é impulsionada pela produção de cobre, onde
é o maior produtor mundial, além de um setor agrícola vibrante, especialmente
na produção de vinho, frutas e produtos da pesca.
O setor de serviços tem crescido rapidamente,
impulsionado pela digitalização da economia. Investimentos em infraestrutura,
energia renovável e transporte público têm contribuído para a resiliência
econômica do país. No entanto, a situação política incerta pode afetar o futuro
da economia chilena.
• 3.
Uruguai — $ 28.740
O Uruguai é uma economia voltada para a exportação,
com destaque no setor agrícola, especialmente na produção de carne bovina, soja
e arroz. Investimentos em educação resultaram em uma força de trabalho
confiável. O país avançou no desenvolvimento sustentável, com ênfase na
tecnologia e na indústria de TI.
Além disso, o setor bancário continua forte, graças
às políticas monetárias prudentes. A localização estratégica do Uruguai
beneficia o comércio com Brasil e Argentina. O turismo e as energias
renováveis, como eólica e solar, também contribuem para o crescimento
econômico.
• 4.
Argentina — $ 27.261
A Argentina fortaleceu suas indústrias, melhorou a
infraestrutura e buscou um crescimento econômico sustentável. É a terceira
maior economia da América Latina, integrando a lista dos países mais ricos da
América do Sul, mas enfrenta desafios como inflação, déficits fiscais e dívida
externa. A agricultura, com destaque para a produção de soja e milho, é fundamental
para a economia argentina.
A indústria automotiva e farmacêutica também
cresceu significativamente. Investimentos em tecnologia da informação e energia
renovável têm impulsionado uma economia mais diversificada. Buenos Aires se
destaca como centro de startups e iniciativas ecológicas.
• 5.
Colômbia — $ 19.460
A economia da Colômbia está em um caminho de
sucesso, com destaque nos setores de energia, têxtil, processamento de
alimentos e serviços financeiros. A indústria do petróleo, liderada pela Ecopetrol,
é essencial.
A Colômbia é um dos principais produtores de café e
possui um setor de processamento de alimentos em crescimento. O Bancolombia é
um forte player no setor financeiro. Contudo, a desigualdade de riqueza e as
disparidades regionais continuam sendo desafios para o país.
• 6.
Brasil — US$ 18.686
A economia do Brasil é a terceira maior das
Américas, mas enfrenta desafios de desigualdade de riqueza. Os setores
agrícola, industrial e de serviços são essenciais para a economia brasileira,
com destaque para a produção de commodities, como soja, café e açúcar, e
empresas como Embraer e Volkswagen.
Investimentos em tecnologia impulsionam o setor de
serviços, enquanto a inflação e o desemprego são questões notáveis. Políticas e
reformas são necessárias para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.
• 7.
Suriname — $ 18.427
Em sétimo lugar entre os países mais ricos da
América do Sul, está o Suriname. As indústrias extrativas são fundamentais para
a economia do Suriname, com destaque para o setor de mineração de bauxita,
dominado pela Suriname Aluminium Company (Suralco), subsidiária da Alcoa. O
setor de mineração de ouro também tem crescido, com empresas como Newmont
Corporation e Iamgold realizando extrações significativas. O país exporta produtos
agrícolas, como arroz, banana e palmiste.
A indústria de petróleo do Suriname está em
ascensão, liderada pela empresa estatal Staatsolie, e recentes descobertas de
petróleo offshore indicam um potencial de crescimento. No entanto, a economia
enfrenta desafios, como alto custo de vida e crise da dívida soberana, que
geram agitação social.
Os 10
países mais ricos da África
O continente africano é conhecido por seus recursos
naturais, belos destinos turísticos e lucrativa indústria agrícola. No entanto,
nos últimos anos, várias nações africanas têm feito progressos significativos
para se destacar na economia globalizada do século 21. Com políticas inovadoras
e abordagens estratégicas, esses países estão alcançando um impressionante PIB
combinado de mais de US$ 3 trilhões.
A melhor métrica para representar com precisão a
riqueza de um país, levando em consideração os efeitos da inflação e o preço
médio dos bens para os cidadãos, é o PIB per capita (PPC). Aqui está uma lista
dos 10 países mais ricos da África, classificados pelo PPC:
• 1.
Seicheles – $39,662
As Seicheles, um pequeno arquipélago no Oceano
Índico, são um exemplo surpreendente de sucesso econômico. Com uma população de
cerca de 100.000 habitantes, as Seicheles têm um alto padrão de vida. O turismo
é o principal impulsionador da economia, representando cerca de 70% do PIB.
Além disso, o país investiu em educação, energia renovável e saúde, garantindo
educação gratuita e um sistema público de saúde acessível a todos. As Seicheles
também são reconhecidas como o país mais transparente e menos corrupto da
África.
• 2.
Ilhas Maurício – $29,164
As Ilhas Maurício são um exemplo notável de
diversificação econômica. Com uma economia apoiada por setores prósperos, como
serviços financeiros, turismo e manufatura, Maurício se destaca como uma das
nações mais ricas da África. O país alcançou um crescimento constante nos
últimos anos, resultando em uma expectativa de vida mais longa, infraestrutura
aprimorada e redução da mortalidade infantil. Maurício também adotou políticas
pró-negócios e iniciativas de apoio ao empreendedorismo e à inovação.
• 3.
Líbia – $24,598
A Líbia é amplamente conhecida por suas vastas
reservas de petróleo e gás natural, que representam mais de 95% de suas
receitas de exportação e 60% do seu PIB. Nos últimos anos, o governo líbio
implementou reformas para diversificar a economia, reduzindo a dependência do
setor de petróleo e gás. A agricultura e a indústria têm recebido mais atenção,
visando impulsionar o crescimento econômico e reduzir a vulnerabilidade a
flutuações nos preços do petróleo. Apesar dos desafios apresentados pelas
guerras civis passadas, a Líbia está se recuperando e buscando o
desenvolvimento sustentável.
• 4.
Botsuana – $19,397
Botsuana é uma história de sucesso quando se trata
de aproveitar os recursos naturais, implementar políticas fiscais prudentes e
estabelecer relações exteriores cautelosas. A mineração de diamantes é a
principal contribuinte para seu PIB, representando cerca de 50% do total. Com
um crescimento rápido e uma das taxas médias de crescimento mais altas do
mundo, Botsuana é considerada uma das economias em crescimento mais rápidas do
mundo. O país também recebe elogios por manter um dos mais longos períodos de
crescimento econômico global.
• 5.
Gabão – $19,197
O Gabão é um exemplo de uma nação africana que se
beneficia de seus ricos recursos naturais, como manganês, petróleo e madeira. O
setor de extração de petróleo representa cerca de 50% do PIB e 80% das
exportações do país. No entanto, o Gabão está empenhado em diversificar sua
economia, reduzindo a dependência do petróleo e buscando outras oportunidades
econômicas. Embora desafios recentes, como a queda nos preços do petróleo e a
pandemia, tenham afetado a economia, o Gabão está se recuperando gradualmente.
• 6.
Guiné Equatorial – $18,510
A Guiné Equatorial é um país que tem experimentado
um crescimento econômico significativo, impulsionado principalmente pelos
setores de petróleo, gás natural, silvicultura e pesca. Antes de descobrir suas
grandes reservas de petróleo nos anos 1980, a Guiné Equatorial dependia
principalmente do cacau como sua principal fonte de receita. Embora o petróleo
tenha impulsionado o crescimento econômico, a pobreza extrema ainda é um
desafio no país. No entanto, a Guiné Equatorial tem o potencial de expandir sua
economia, aproveitando seus recursos humanos e naturais.
• 7.
Egito – $16,978
O Egito é um país fascinante, conhecido por sua
rica herança e antiga civilização. Com uma economia diversificada, o Egito tem
se concentrado cada vez mais na indústria manufatureira e no comércio,
superando a agricultura como o maior setor da economia. O turismo também
desempenha um papel importante na geração de receita para o país. Embora o
Egito ainda seja considerado uma economia em desenvolvimento, suas reformas
estruturais e políticas fiscais têm atraído investimentos estrangeiros e
impulsionado o crescimento econômico.
• 8.
África do Sul – $16,090
A África do Sul é a economia mais industrializada,
tecnologicamente avançada e diversificada do continente africano. Embora a
indústria extrativa de recursos naturais ainda seja um setor-chave, o país tem
se expandido para os serviços desde o fim do apartheid. A África do Sul
enfrenta desafios como burocracia governamental ineficiente e corrupção, mas
seu setor bancário é uma força significativa na economia. Além disso, o país é
rico em minerais, como platina, ouro, manganês e diamantes, o que contribui
para sua economia. A África do Sul também é a única nação africana a fazer
parte do G20.
• 9.
Argélia – $13,507
A Argélia é conhecida por sua vasta oferta de gás
natural e petróleo, que contribuem com cerca de um terço do PIB. Nos últimos
anos, o governo argelino tem buscado diversificar sua economia, reduzindo a
dependência dos hidrocarbonetos e promovendo avanços agrícolas e industriais.
Apesar dos desafios, como a produção de alimentos abaixo do nível de
autossuficiência e a escassez de terras cultiváveis, a Argélia está se
recuperando e aproveitando o aumento da demanda por petróleo para impulsionar
sua economia.
• 10.
Tunísia – $13,270
A Tunísia é conhecida por sua hospitalidade,
culinária requintada e cultura fascinante. Depois de conquistar a
independência, o país enfrentou desafios, mas implementou políticas econômicas
e comerciais eficazes, resultando em um crescimento significativo do PIB. No
entanto, a Tunísia enfrentou dificuldades recentes, como a queda do turismo e
desafios de financiamento internacional. Apesar disso, o país tem um grande
potencial para prosperar nos próximos anos, desde que implemente reformas para
enfrentar essas dificuldades.
Fonte: Só Cientifica
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