terça-feira, 26 de setembro de 2023

Os 7 países mais ricos da América do Sul. Brasil é penúltimo da lista

A América do Sul é um continente cujo destaque reside nas suas notáveis características naturais e em sua população. Com uma população de 441 milhões de habitantes, a região depende das economias das doze nações que a compõem, bem como de três dependências. No entanto, compreender a riqueza econômica de cada nação é um processo complexo que envolve diversos fatores.

Uma métrica útil para avaliar a economia de cada país é o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera a Paridade do Poder de Compra (PPP). Essa abordagem ajusta o custo de vida e as taxas de inflação globalmente, proporcionando uma visão mais precisa da renda média per capita de um país. Utilizando dólares internacionais como unidade de medida, essa métrica permite comparar os padrões de vida entre as diferentes nações da América do Sul.

Países mais ricos da América do Sul

Para obter informações sobre os países mais ricos da América do Sul, recorremos aos dados fornecidos pelo World Economic Outlook (WEO) do Fundo Monetário Internacional, referentes a abril de 2023. Essa fonte confiável e abrangente oferece uma base sólida para a análise das economias sul-americanas, possibilitando uma comparação precisa e atualizada dos indicadores econômicos de cada país da região.

Assim sendo, confira a lista com os 7 países mais ricos da América do Sul e suas características que os colocam no ranking.

•        1. Guiana — $ 60.648

A Guiana vivenciou um notável aumento de riqueza recentemente, impulsionado principalmente pelo início da produção de petróleo em 2020. Por isso, lidera o ranking dos países mais ricos da América do Sul. Sua economia se baseia nos setores agrícola, de mineração e de serviços, sendo o açúcar, o arroz, o ouro e a bauxita seus principais produtos de exportação.

Além disso, o setor de serviços, especialmente tecnologia da informação e telecomunicações, tem crescido significativamente. Investimentos estrangeiros e projetos de infraestrutura também desempenharam um papel importante no fortalecimento da economia do país.

•        2. Chile — $ 29.613

O Chile se destaca como um país com uma sólida infraestrutura econômica e políticas voltadas para o mercado. Com um PIB per capita de US$ 29.613, sua economia é impulsionada pela produção de cobre, onde é o maior produtor mundial, além de um setor agrícola vibrante, especialmente na produção de vinho, frutas e produtos da pesca.

O setor de serviços tem crescido rapidamente, impulsionado pela digitalização da economia. Investimentos em infraestrutura, energia renovável e transporte público têm contribuído para a resiliência econômica do país. No entanto, a situação política incerta pode afetar o futuro da economia chilena.

•        3. Uruguai — $ 28.740

O Uruguai é uma economia voltada para a exportação, com destaque no setor agrícola, especialmente na produção de carne bovina, soja e arroz. Investimentos em educação resultaram em uma força de trabalho confiável. O país avançou no desenvolvimento sustentável, com ênfase na tecnologia e na indústria de TI.

Além disso, o setor bancário continua forte, graças às políticas monetárias prudentes. A localização estratégica do Uruguai beneficia o comércio com Brasil e Argentina. O turismo e as energias renováveis, como eólica e solar, também contribuem para o crescimento econômico.

•        4. Argentina — $ 27.261

A Argentina fortaleceu suas indústrias, melhorou a infraestrutura e buscou um crescimento econômico sustentável. É a terceira maior economia da América Latina, integrando a lista dos países mais ricos da América do Sul, mas enfrenta desafios como inflação, déficits fiscais e dívida externa. A agricultura, com destaque para a produção de soja e milho, é fundamental para a economia argentina.

A indústria automotiva e farmacêutica também cresceu significativamente. Investimentos em tecnologia da informação e energia renovável têm impulsionado uma economia mais diversificada. Buenos Aires se destaca como centro de startups e iniciativas ecológicas.

•        5. Colômbia — $ 19.460

A economia da Colômbia está em um caminho de sucesso, com destaque nos setores de energia, têxtil, processamento de alimentos e serviços financeiros. A indústria do petróleo, liderada pela Ecopetrol, é essencial.

A Colômbia é um dos principais produtores de café e possui um setor de processamento de alimentos em crescimento. O Bancolombia é um forte player no setor financeiro. Contudo, a desigualdade de riqueza e as disparidades regionais continuam sendo desafios para o país.

•        6. Brasil — US$ 18.686

A economia do Brasil é a terceira maior das Américas, mas enfrenta desafios de desigualdade de riqueza. Os setores agrícola, industrial e de serviços são essenciais para a economia brasileira, com destaque para a produção de commodities, como soja, café e açúcar, e empresas como Embraer e Volkswagen.

Investimentos em tecnologia impulsionam o setor de serviços, enquanto a inflação e o desemprego são questões notáveis. Políticas e reformas são necessárias para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

•        7. Suriname — $ 18.427

Em sétimo lugar entre os países mais ricos da América do Sul, está o Suriname. As indústrias extrativas são fundamentais para a economia do Suriname, com destaque para o setor de mineração de bauxita, dominado pela Suriname Aluminium Company (Suralco), subsidiária da Alcoa. O setor de mineração de ouro também tem crescido, com empresas como Newmont Corporation e Iamgold realizando extrações significativas. O país exporta produtos agrícolas, como arroz, banana e palmiste.

A indústria de petróleo do Suriname está em ascensão, liderada pela empresa estatal Staatsolie, e recentes descobertas de petróleo offshore indicam um potencial de crescimento. No entanto, a economia enfrenta desafios, como alto custo de vida e crise da dívida soberana, que geram agitação social.

 

       Os 10 países mais ricos da África

 

O continente africano é conhecido por seus recursos naturais, belos destinos turísticos e lucrativa indústria agrícola. No entanto, nos últimos anos, várias nações africanas têm feito progressos significativos para se destacar na economia globalizada do século 21. Com políticas inovadoras e abordagens estratégicas, esses países estão alcançando um impressionante PIB combinado de mais de US$ 3 trilhões.

A melhor métrica para representar com precisão a riqueza de um país, levando em consideração os efeitos da inflação e o preço médio dos bens para os cidadãos, é o PIB per capita (PPC). Aqui está uma lista dos 10 países mais ricos da África, classificados pelo PPC:

•        1. Seicheles – $39,662

As Seicheles, um pequeno arquipélago no Oceano Índico, são um exemplo surpreendente de sucesso econômico. Com uma população de cerca de 100.000 habitantes, as Seicheles têm um alto padrão de vida. O turismo é o principal impulsionador da economia, representando cerca de 70% do PIB. Além disso, o país investiu em educação, energia renovável e saúde, garantindo educação gratuita e um sistema público de saúde acessível a todos. As Seicheles também são reconhecidas como o país mais transparente e menos corrupto da África.

•        2. Ilhas Maurício – $29,164

As Ilhas Maurício são um exemplo notável de diversificação econômica. Com uma economia apoiada por setores prósperos, como serviços financeiros, turismo e manufatura, Maurício se destaca como uma das nações mais ricas da África. O país alcançou um crescimento constante nos últimos anos, resultando em uma expectativa de vida mais longa, infraestrutura aprimorada e redução da mortalidade infantil. Maurício também adotou políticas pró-negócios e iniciativas de apoio ao empreendedorismo e à inovação.

•        3. Líbia – $24,598

A Líbia é amplamente conhecida por suas vastas reservas de petróleo e gás natural, que representam mais de 95% de suas receitas de exportação e 60% do seu PIB. Nos últimos anos, o governo líbio implementou reformas para diversificar a economia, reduzindo a dependência do setor de petróleo e gás. A agricultura e a indústria têm recebido mais atenção, visando impulsionar o crescimento econômico e reduzir a vulnerabilidade a flutuações nos preços do petróleo. Apesar dos desafios apresentados pelas guerras civis passadas, a Líbia está se recuperando e buscando o desenvolvimento sustentável.

•        4. Botsuana – $19,397

Botsuana é uma história de sucesso quando se trata de aproveitar os recursos naturais, implementar políticas fiscais prudentes e estabelecer relações exteriores cautelosas. A mineração de diamantes é a principal contribuinte para seu PIB, representando cerca de 50% do total. Com um crescimento rápido e uma das taxas médias de crescimento mais altas do mundo, Botsuana é considerada uma das economias em crescimento mais rápidas do mundo. O país também recebe elogios por manter um dos mais longos períodos de crescimento econômico global.

•        5. Gabão – $19,197

O Gabão é um exemplo de uma nação africana que se beneficia de seus ricos recursos naturais, como manganês, petróleo e madeira. O setor de extração de petróleo representa cerca de 50% do PIB e 80% das exportações do país. No entanto, o Gabão está empenhado em diversificar sua economia, reduzindo a dependência do petróleo e buscando outras oportunidades econômicas. Embora desafios recentes, como a queda nos preços do petróleo e a pandemia, tenham afetado a economia, o Gabão está se recuperando gradualmente.

•        6. Guiné Equatorial – $18,510

A Guiné Equatorial é um país que tem experimentado um crescimento econômico significativo, impulsionado principalmente pelos setores de petróleo, gás natural, silvicultura e pesca. Antes de descobrir suas grandes reservas de petróleo nos anos 1980, a Guiné Equatorial dependia principalmente do cacau como sua principal fonte de receita. Embora o petróleo tenha impulsionado o crescimento econômico, a pobreza extrema ainda é um desafio no país. No entanto, a Guiné Equatorial tem o potencial de expandir sua economia, aproveitando seus recursos humanos e naturais.

•        7. Egito – $16,978

O Egito é um país fascinante, conhecido por sua rica herança e antiga civilização. Com uma economia diversificada, o Egito tem se concentrado cada vez mais na indústria manufatureira e no comércio, superando a agricultura como o maior setor da economia. O turismo também desempenha um papel importante na geração de receita para o país. Embora o Egito ainda seja considerado uma economia em desenvolvimento, suas reformas estruturais e políticas fiscais têm atraído investimentos estrangeiros e impulsionado o crescimento econômico.

•        8. África do Sul – $16,090

A África do Sul é a economia mais industrializada, tecnologicamente avançada e diversificada do continente africano. Embora a indústria extrativa de recursos naturais ainda seja um setor-chave, o país tem se expandido para os serviços desde o fim do apartheid. A África do Sul enfrenta desafios como burocracia governamental ineficiente e corrupção, mas seu setor bancário é uma força significativa na economia. Além disso, o país é rico em minerais, como platina, ouro, manganês e diamantes, o que contribui para sua economia. A África do Sul também é a única nação africana a fazer parte do G20.

•        9. Argélia – $13,507

A Argélia é conhecida por sua vasta oferta de gás natural e petróleo, que contribuem com cerca de um terço do PIB. Nos últimos anos, o governo argelino tem buscado diversificar sua economia, reduzindo a dependência dos hidrocarbonetos e promovendo avanços agrícolas e industriais. Apesar dos desafios, como a produção de alimentos abaixo do nível de autossuficiência e a escassez de terras cultiváveis, a Argélia está se recuperando e aproveitando o aumento da demanda por petróleo para impulsionar sua economia.

•        10. Tunísia – $13,270

A Tunísia é conhecida por sua hospitalidade, culinária requintada e cultura fascinante. Depois de conquistar a independência, o país enfrentou desafios, mas implementou políticas econômicas e comerciais eficazes, resultando em um crescimento significativo do PIB. No entanto, a Tunísia enfrentou dificuldades recentes, como a queda do turismo e desafios de financiamento internacional. Apesar disso, o país tem um grande potencial para prosperar nos próximos anos, desde que implemente reformas para enfrentar essas dificuldades.

 

Fonte: Só Cientifica

 

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