Mundo não pode se
dar ao luxo de permitir conflito EUA-China, segundo premiê de Singapura
Lee
Hsien Loong criticou o aumento das tensões sino-americanas, que vê como
possíveis de resolver "gradualmente" ao longo dos anos, sem ser
"fácil".
Lee
Hsien Loong, primeiro-ministro de Singapura, advertiu sobre o agravamento das
relações entre os EUA e a China, particularmente à medida que o poder político
e econômico da China no mundo cresce.
"O
mundo não pode se dar ao luxo de permitir um conflito entre a China e o resto
do mundo, e em particular entre a China e os EUA", disse Lee em uma
entrevista com a emissora chinesa CCTV no início de março, cuja transcrição foi
divulgada no sábado (25) pelo gabinete do premiê.
A
China "é muito mais próspera, [sua] contribuição para a economia mundial é
muito maior, e sua voz nos assuntos internacionais é muito maior",
acrescentou Lee.
"Acho
que é preciso dar um passo a passo, estabilizar as relações e depois construir
gradualmente a confiança, e gradualmente tentar seguir em frente. Mas levará
tempo. Não é fácil e há pressões políticas de ambos os lados", de acordo
com a agência norte-americana Bloomberg.
Segundo
a agência norte-americana Bloomberg, Washington agora espera que um telefonema
entre os presidentes norte-americano e chinês Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente,
não aconteça tão cedo. Tal acontece em meio à continuação da deterioração das
relações entre os dois poderes mundiais, com os EUA abatendo um suposto balão
da China sob seu território e declarando que Pequim está considerando fornecer
ajuda letal a Moscou só neste ano.
• China cria nova tecnologia furtiva para
submarinos que pode 'bloquear' sonares dos EUA
Uma
equipe de cientistas militares chineses desenvolveu um novo dispositivo que
pode ajudar os submarinos a neutralizar os sonares inimigos.
O
equipamento é semelhante a um tijolo fino ou mosaico e é baseado na tecnologia
de material de magnetostricção gigante (GMM).
Os
sons de baixa frequência produzidos pelo dispositivo podem atingir uma
intensidade de até 147 decibéis, o que é mais alto do que um concerto de rock e
suficiente para "neutralizar" alguns dos sonares ativos mais
poderosos usados pelos militares dos EUA ou seus aliados, de acordo com a
equipe do Instituto de Tecnologia de Pequim.
Além
disso, seu mecanismo conta com elementos de terras raras, cujas reservas se
concentram principalmente na China, segundo o jornal South China Morning Post.
O
pequeno mosaico pode ser integrado por todo o casco da embarcação para lidar
com feixes de sonar de diferentes direções.
Ele
também pode analisar a frequência do sonar inimigo e emitir ondas de som de
baixa frequência e alta intensidade que podem fazer com que a poderosa
tecnologia de sonares do Exército dos EUA e seus aliados fique inoperante, pois
confunde o submarino com a água.
Os
pesquisadores juntaram todos os componentes em um pequeno formato, mantendo uma
alta potência de saída, permitindo a instalação rápida em submarinos, bem como
sua adequada operação e manutenção a longo prazo nas profundezas dos oceanos.
"A
unidade de emissão é leve, operável em uma ampla gama de frequências com alta
eficiência e resistente à pressão", afirmou a equipe de cientistas.
Moscou: política dos EUA é moldada por
empresas causadoras de caos mundial para lucrar mais e mais
A
política americana é moldada por corporações que semeiam tensão no mundo para
atingir lucros multibilionários, afirmou o secretário do Conselho de Segurança
russo, Nikolai Patrushev.
"Ao
falar em defesa da concorrência, as autoridades americanas tornaram a economia
do país dependente de conexões corruptas e lobistas que se estendem até a Casa
Branca e o Capitólio", disse Patrushev em entrevista à Rossiyskaya Gazeta
antes da segunda Cúpula para a Democracia, iniciada pelos Estados Unidos.
Em
suas palavras, o processo político nos Estados Unidos se transformou em um
choque de corporações que colocaram seu próprio povo em posições-chave de
poder.
As
empresas "também moldam a política externa, procuram manter o domínio
internacional, criam focos de tensão em todo o mundo para seus ganhos de
bilhões de dólares em vários contratos, cuja suposta transparência eles
próprios controlam", acrescentou ele. Durante a sua entrevista, o
secretário do Conselho de Segurança russo comentou a atitude dos Estados Unidos
sobre outros países que participarão da segunda edição da Cúpula para a
Democracia.
"Falando
hipocritamente da liberdade de escolha, os Estados Unidos, que se nomearam os
principais ditadores do mundo, simplesmente zombarão dos países onde sua
própria soberania e democracia foram pisoteadas", ressaltou Patrushev.
Segundo
ele, os adversários geopolíticos serão ouvidos para expressar deliberadamente
acusações falsas de crimes de guerra e corrupção, mas, como sempre, fecharão os
olhos para os verdadeiros atos de genocídio e fraude financeira perpetrados com
a aprovação da Casa Branca.
A
primeira Cúpula para a Democracia, que também foi iniciada pelos EUA, aconteceu
em dezembro de 2021. A segunda cúpula está agendada para 28-30 de março.
Conselho dos países do golfo Pérsico
insta os EUA a responder às ações anti-palestinas
Os
chanceleres dos países-membros do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do
Golfo (GCC, na sigla em inglês) enviaram ao secretário de Estado
norte-americano, Antony Blinken, uma carta conjunta na qual exigem responder a
todas as declarações contra os palestinos, informou a emissora Al-Arabiya.
"O
pedido pede aos EUA que assumam a responsabilidade de responder a todas as
medidas e declarações contra o povo palestino", informou o veículo,
citando o secretário-geral da GCC, Jassim Al Budaiwi.
O
secretário-geral acrescenta ainda que os ministros pedem a Washington que
contribua para uma solução justa e abrangente para o conflito
israelense-palestino.
O
tema principal da carta é a condenação das declarações do ministro das Finanças
de Israel, Bezalel Smotrich, que disse anteriormente que "os palestinos
não existem porque os povos palestinos não existem". No dia 19 de março,
Smotrich fez um discurso em Paris, onde destacou que o povo palestino é uma
nação fictícia, inventada apenas para lutar contra o movimento sionista.
Nesse
mesmo dia, Palestina e Israel concordaram, durante uma reunião de segurança na
cidade egípcia de Sharm el Sheikh, em estabelecer um mecanismo de combate à
violência, incitação e atos que possam provocar o aumento das tensões.
Comando dos EUA reconhece ter treinado
militares que lideraram golpes de Estado na África
O
congressista republicano Matt Gaetz interrogou na quinta-feira (23) o general
Michael Langley, chefe do Comando dos EUA na África (AFRICOM, na sigla em
inglês), sobre o número de soldados africanos treinados por militares
americanos.
Nas
últimas décadas, um grande número de soldados africanos recebeu treinamento
militar americano e, posteriormente, alguns deles lideraram golpes de Estado.
Gaetz
citou como exemplo o coronel Mamady Doumbouya, um militar guineense altamente
capacitado que, alguns meses antes de atacar o palácio presidencial e derrubar
o presidente de Guiné Bissau, Alpha Condé, em setembro de 2021, treinou com as
Forças Especiais do Exército dos EUA, também conhecidas como Boinas Verdes.
Por
sua vez, Langley afirmou que as Forças Armadas norte-americanas transmitiram
"os valores fundamentais" a todos os soldados treinados.
Outro
líder golpista exposto pelo congressista foi Paul-Henri Sandaogo Damiba,
tenente-coronel de Burkina Faso.
Sandaogo
Damiba liderou um golpe de Estado no seu país em janeiro de 2022 e derrubou o
presidente eleito do país, Roch Marc Christian Kaboré.
Em
suas declarações, Langley observou que o Exército dos EUA treinou no mínimo 50
mil soldados africanos.
"Por
que os contribuintes americanos devem pagar para treinar pessoal que lidera
golpes de Estado na África? [...] Acredito que poderíamos usar nossos recursos
de maneira muito mais efetiva do que esta", questionou Gaetz.
OTAN liberou toneladas de urânio
empobrecido na Iugoslávia, denuncia especialista
As
munições de urânio empobrecido se tornaram um tema muito discutido nos últimos
anos, depois de Londres anunciar a intenção de fornecê-las a Kiev para serem
usadas no conflito.
As
preocupações sobre o risco à saúde representado pelos subprodutos dessas
munições foram discutidas anteriormente, após o uso de projéteis de urânio
empobrecido pelas forças da OTAN em vários conflitos na década de 1990, como a
Guerra do Golfo em 1991, a guerra na Bósnia e Herzegovina e o ataque à
Iugoslávia em 1999.
O
toxicologista e ex-diretor do Centro de Defesa Radiológica em Belgrado dr.
Radomir Kovacevic afirmou à Sputnik que quatro relatórios sobre este assunto
foram publicados por diferentes grupos de especialistas, incluindo o Programa
Ambiental das Nações Unidas, com apenas um deles contando com especialistas da
Sérvia.
"Este
relatório mostrou exatamente o que foi encontrado. Incluindo que o urânio foi
encontrado no ar; a presença de plutônio também foi estabelecida [...] Eles
tiveram de admitir que dispararam 31.000 mísseis, o que equivale a
aproximadamente nove toneladas. Nosso Exército afirmou que eram de 45.000 a
51.000 mísseis, ou seja, 15 toneladas. Fontes russas dizem que cerca de 90.000
mísseis ou cerca de 30 toneladas de urânio empobrecido foram usados",
afirmou o especialista.
Além
disso, o especialista compartilhou alguns detalhes sobre as pessoas
entrevistadas em áreas contaminadas com urânio empobrecido na Sérvia.
"Lembro-me
de um homem, um serralheiro, no povoado de Borovac, que tinha uma concentração
de 3.759 nanogramas por litro de urina, ou seja, 3,7 miligramas [...] Penso que
esse homem tenha morrido há muito tempo. Estas são as concentrações de urânio
que encontramos em nossos oficiais, embora estivessem totalmente
equipados", observou.
Kovacevic
ainda recordou que as pessoas na região tinham uma concentração média da
substância tóxica de 36 a 231 nanogramas por litro de urina, quando não
deveriam apresentar qualquer indicação, e que muitos dos especialistas de sua
equipe envolvidos na pesquisa acabaram morrendo de câncer.
Legislador da Alemanha diz que Berlim foi
privada de 'escolher entre o gás russo e o dos EUA'
Os
ataques ao Nord Stream estão forçando a Alemanha a substituir sua dependência
do gás russo pelo gás norte-americano mais caro e prejudicial, disse Andrej Hunko,
membro do Comitê de Política Internacional do parlamento alemão (Bundestag). Em
suas palavras, a sabotagem fazia parte de uma guerra econômica travada pelos
EUA.
Andrej
Hunko lembrou que a Alemanha costumava obter gás natural mais barato da Rússia
por meio dos dois gasodutos, mas devido à sabotagem contra o Nord Stream
(Corrente do Norte), essa opção não está mais disponível. Por outro lado,
sublinhou o político, "agora recebemos muito gás dos Estados Unidos, gás
natural liquefeito [GNL], que é muito mais caro e pior do ponto de vista
ambiental".
"A
dependência do gás russo agora se tornou uma dependência do gás dos EUA, o que
também é um problema. A Alemanha foi privada da possibilidade de escolher qual
gás é melhor, mais barato e qual é melhor do ponto de vista ambiental",
disse Hunko ao Global Times.
De
acordo com Hunko, o comitê está debatendo se os gasodutos Nord Stream podem ser
reparados, mas de qualquer forma agora não há essa possibilidade. O legislador
acrescentou que a sabotagem dos gasodutos é uma espécie de guerra econômica não
só contra a Alemanha, mas também contra a União Europeia (UE), e que a
disposição dos órgãos da comunidade política em investigar o crime foi ainda
pior do que em Berlim.
"Quem
se beneficia com isso? Está claro. Predominam os países que exportam gás para a
Alemanha, principalmente os Estados Unidos", disse Hunko.
No
entanto, o legislador explicou que isto significa não só um aumento do preço do
gás para a população alemã, mas também um problema para a indústria nacional,
uma vez que o modelo econômico do país depende em grande medida de preços
baixos da energia, mão-de-obra altamente qualificada e exportações.
"E
quando os preços da energia sobem assim, as grandes empresas não estão mais tão
interessadas em ficar na Alemanha. Agora algumas estão se mudando para os EUA.
É uma espécie de competição econômica entre EUA, Alemanha e Europa",
acrescentou.
Em
um contexto de rejeição das entregas de gás russo devido à operação militar
especial na Ucrânia, o governo alemão está promovendo ativamente a construção
de terminais de recepção de importação de GNL. Eles consistem principalmente em
navios e infraestrutura em terra e podem ser colocados em funcionamento mais
rapidamente do que os terminais fixos. Um total de 11 terminais de GNL deverão
estar em operação até 2026, três deles estacionários.
No
entanto, o custo dos terminais flutuantes de GNL a serem construídos na
Alemanha mais do que triplicou para € 10 bilhões (cerca de R$ 56,3 bilhões) até
dezembro de 2022. De acordo com o Ministério da Economia, este é o "valor
máximo de custos antecipados que podem ocorrer entre 2022 e 2038".
Entretanto,
apesar da necessidade das empresas de energia russas, os EUA e a UE promoveram
sanções contra o gás e o petróleo de Moscou, cancelando o início das operações
do gasoduto Nord Stream 2, que facilitaria a distribuição desta energia para a
Europa e até permitiria que países como a Alemanha vendessem gás. Outro
obstáculo foram os ataques ao Nord Stream 1, que a Procuradoria-Geral da Rússia
nomeou o caso como terrorismo internacional.
• EUA se converteram em 'república de
bananas' com abusos de poder e corrupção, diz Trump
O
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou no sábado (25) que seu país se
converteu em uma "república de bananas", destacando os "abusos
de poder" observados em todos os níveis do governo norte-americano.
"Os
abusos de poder que atualmente estamos presenciando em todos os níveis do
governo serão recordados entre os mais vergonhosos, corruptos e depravados de
toda a história norte-americana", declarou Trump em um comício no Texas.
Além
disso, Trump afirmou que o país está se convertendo em uma "república de
bananas do terceiro mundo", destacando os problemas em proteger suas
fronteiras e o processo eleitoral, entre outros.
No
início de março, Trump criticou o atual presidente americano, Joe Biden, pela
situação econômica no país, destacando as perturbações que estão ocorrendo no
setor bancário norte-americano.
"Teremos
uma grande depressão, muito maior e mais poderosa do que a de 1929. Uma prova é
que os bancos já estão entrando em colapso!", afirmou Trump.
Fonte:
Sputnik Brasil
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