Deputadas do PL
estão às cegas em escândalo que liga Michelle às joias
As
principais lideranças femininas do PL não sabem o
que o partido fará para marcar posição no Dia da Mulher, nesta quarta-feira
(8/3). Nenhuma deputada teve acesso a Michelle Bolsonaro após o
escândalo envolvendo joias sauditas
Michelle
foi indicada para presidir o PL Mulher. Ela é apontada
como a destinatária dos brilhantes de R$
16,5 milhões que
ficaram retidos pela Receita Federal no Aeroporto
de Guarulhos. O governo de Jair Bolsonaro tentou reaver os itens até os últimos
dias do mandato.
O
Dia da Mulher deveria marcar o início das viagens de Michelle pelo Brasil, mas
o escândalo das joias fez o PL adiar os planos. A ex-primeira-dama submergiu
desde que publicou uma mensagem ironizando as reportagens publicadas por Adriana
Fernandes e André Borges.
A
resposta ao caso é discutida por Michelle com ex-auxiliares de Bolsonaro, entre
eles Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom.
Deputadas
do PL afirmam que não foram convidadas para nenhum evento do partido neste Dia
da Mulher. Elas esperam que a sigla faça atividades diluídas ao longo do mês
para comemorar a data.
O
eleitorado feminino foi um dos grupos que sustentou a vitória de Lula na
eleição contra Bolsonaro.
¨
Desgaste
e ambição política fazem Michelle criar equipe de comunicação
Em
evidência desde que deixou o poder, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem
sido assídua no noticiário, no vácuo da ausência do marido, fora do Brasil
antes mesmo de deixar a Presidência da República, no final de dezembro.
Instalada
na sede do Partido Liberal, presidente do PL Mulher, Michelle está no centro do
noticiário da tentativa do governo passado em fazer entrar ilegalmente no país
um conjunto de joias que seria destinado a ela, segundo uma das versões do
ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Para
responder e atender a imprensa, Michelle está montando sua própria equipe de
comunicação. Jornalistas estão sendo entrevistados, num processo de seleção,
para atuarem a seu lado. Ela também busca profissionais para atuarem nas suas
redes sociais, que estão bem colocadas na aferição de audiência, mas nem todo
noticiário é favorável.
O
propósito não é apenas responder a ataques, mas vender a imagem da
ex-primeira-dama, que tem sido até citada como possível presidenciável.
Ø
Michelle
prevê a aliados depoimento sobre joias e diz que está “acompanhada da verdade”
A
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro diz a aliados
que prevê que será chamada para depoimento na apuração
do caso das joias recebidas
pelo governo Bolsonaro pela Arábia Saudita. As informações são de Daniela Lima,
âncora da CNN.
Ela
ressalta que irá prestar os devidos esclarecimentos e que acredita que está
“acompanhada da verdade”. Também destacou que teria os elementos para provar
que não foi avisada da existência das joias, nem quando o marido, Jair Bolsonaro (PL), teria
tido conhecimento dos objetos.
O
estojo com colar, relógio e brincos foi entregue ao
ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que representou
Bolsonaro em uma viagem à Arábia Saudita, em outubro de 2021.
A
alegação é de que os objetos, avaliados em mais de R$ 16 milhões de reais,
seriam presentes para Jair e Michelle. Porém, os bens não foram declarados,
sendo apreendidos pela Receita Federal na chegada em
Guarulhos (SP).
Desde
então, foram feitas tentativas pelo governo de reaver as joias, mas sem
sucesso.
·
Consulta para devolver joias
A
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acionou um advogado
durante o final de semana para avaliar um requerimento formal para que as
joias sejam enviadas de volta ao país do Oriente Médio.
Michelle
entende que essa é uma forma de deixar claro que ela não tem relação com o
episódio, que alega ter tomado conhecimento apenas através da imprensa.
A
consulta da ex-primeira-dama também busca entender que tipo de correlação
poderia ser feita entre ela e os objetos.
·
Conhecimento pela imprensa
A CNN obteve acesso a trechos de
falas de Michelle Bolsonaro a aliados, em que afirma que soube do caso das
joias apenas através da imprensa.
Ela
foi avisada na sexta-feira (3), por volta das 20h, por uma pessoa próxima. Ela
recebeu prints pelo celular da reportagem do jornal “Estado de
S. Paulo”.
Em
um primeiro momento, a reação de Michelle foi parecida com a publicação que fez
no Instagram, também na sexta-feira, ironizando a imprensa.
Em
seguida, a ex-primeira-dama foi avisada que o conjunto de diamantes é real que
estava retido. Então, ainda de acordo com as fontes, ela contatou o marido,
Jair Bolsonaro (PL), para entender o caso.
Michelle
foi informada por Bolsonaro que ele próprio só tomou conhecimento do conjunto
de joias em dezembro de 2022 — que chegaram ao Brasil em outubro de 2021 –, por
meio da Receita Federal.
Também
disse que só depois disso teria tentado reaver os objetos, mas não conseguiu,
explicando a situação para a esposa.
Assim,
Michelle retornou o contato com os aliados irritada e utilizou o ditado popular
de que teria sido, de novo, “a última a saber”.
Ø
Michelle
e Bento tocarão piano na PF
A
Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal em São Paulo
quer colher os depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do ex-ministro de Minas e Energia Bento
Albuquerque, e de uma série de ex-assessores do ex-presidente e do ex-ministro
sobre o caso da tentativa da comitiva do governo Bolsonaro de entrar
ilegalmente com joias milionárias no país.
A
Polícia Federal instaurou nesta segunda-feira (6/3) um inquérito para investigar
o episódio.
Conforme
os repórteres Adriana Fernandes e André Borges, do Estadão, revelaram, em
outubro de 2021, uma comitiva do governo que era chefiada pelo ex-ministro
Bento Albuquerque voltou de uma viagem oficial à Arábia Saudita com joias no
valor de 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões na bagagem, um
presente dos sauditas para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O
conjunto de joias continha um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de
diamantes avaliados em 3 milhões de euros.
Ao
chegar ao Brasil, no Aeroporto de Guarulhos, o assessor de Bento Albuquerque
tentou entrar com as joias escondidas em sua mochila, passando pela fila da
alfândega destinada a quem entra no país sem bens a declarar. A tentativa era
ilegal. Pela lei, o assessor deveria ter declarado as joias e ter pagado uma
taxa de 50% do valor, R$ 8,25 milhões. Esse assessor também será chamado para
depor à PF.
Bolsonaro
diz que versão de Bento Albuquerque sobre joias não o convenceu
Também
será chamado para depor à PF o ex-chefe de Ajudância de Ordens de Bolsonaro,
Mauro Cesar Barbosa Cid, que enviou em 28 de dezembro de 2022, a três dias de
acabar o governo, um ofício à Receita Federal pedindo a liberação das joias
apreendidas, conforme mostraram os jornalistas Andreia Sadi e Arthur Guimarães.
No
ofício, Cid, o mesmo que foi o pivô da demissão por Lula do ex-comandante do
Exército Júlio Arruda, mandava o assessor Jairo Moreira da Silva,
primeiro-tenente da Marinha, embarcar para São Paulo e retirar as joias.
O
documento mostra que havia um esforço por parte do então Gabinete do Presidente
da República de reter as joias antes do fim do governo, e de uma forma pouco
usual, já que essa função não caberia ao tenente-coronel Cid nem a ninguém do
gabinete de Bolsonaro. Presentes deste tipo são catalogados e enviados para o
acervo da Presidência, organizado pelo Gabinete Adjunto de Documentação
Histórica.
A
PF pretende expedir, nos próximos dias, os pedidos de oitiva para todos eles.
Ø
Filha
de Michelle Bolsonaro menciona escândalo das joias e garante: "Não sou
filha de amante"
A
enteada de Jair Bolsonaro, Letícia Firmo, que é filha do primeiro casamento de Michelle Bolsonaro, mencionou nesta terça-feira (7)
o escândalo das joias milionárias "dadas"
pelo governo da Arábia Saudita ao Brasil e que seriam destinadas à sua mãe.
Conforme
amplamente noticiado pela imprensa, Bolsonaro tentou fazer chegar de maneira ilegal ao Brasil,
através de um assessor do ex-ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, um colar, anel,
relógio e par de brincos de diamantes entregues por autoridades do país árabe,
avaliados em R$ 16,5 milhões, em visita oficial do governo brasileiro ao
país do Oriente Médio em
As
peças estavam escondidas, não foram declaradas e acabaram apreendidas pela Receita Federal. Nos meses seguintes, o
ex-presidente mobilizou diferentes setores do governo para tentar reaver o
"tesouro".
Através
do Instagram, Letícia Firmo, que tem 20 anos e retornou ao Brasil após viajar
com Bolsonaro e sua mãe para os Estados Unidos, fez referência ao escândalo ao dizer que ganhou novos
seguidores pelo fato de seu nome ter sido citado em algumas matérias
jornalísticas sobre o assunto. A jovem, inclusive, postou prints dessas reportagens dando conta de que ela teria
"aberto" seu perfil após a notícia das joias.
"Tá
explicado o porquê de tantos seguidores hoje. Do nada, de manhã, começou a
entrar um monte de gente. Até comentei com meu namorado que meu nome deve ter
saído em alguma matéria, pra eu ganhar esse tanto de seguidores (...) Queria só
esclarecer uma coisa: eu não
abri meu Instagram após escândalo de nada. Se o pessoal que faz
matéria descobriu só hoje que eu abri meu Instagram, tudo bem. Mas eu abri meu
Instagram no dia 1º de março quando eu postei um vídeo dizendo que queria ser
mais ativa. Então, não foi após nada. Fica parecendo que tô querendo aproveitar
o momento...", declarou no início de uma sequência de vídeos, junto
a prints de matérias sobre o
assunto.
Depois,
Letícia desabafou sobre o fato de ganhar seguidores sempre que é mencionada em
uma matéria jornalística. Neste momento, a enteada de Bolsonaro explicou que não é filha de um
"amante" por conta de reportagens que teriam sido
publicadas com tal informação.
"Teve um dia que saiu uma matéria de que eu não
tinha pai, que eu sou filha de amante. Eu sei que eu tenho pai, meu pai mora
aqui em Brasília, eu sei que não sou filha de amante. Não vou deixar isso
entrar no meu coração. Se fosse verídico, beleza. Poxa, uma ferida minha, uma
coisa que vivo. Mas não é. Não deixo entrar no meu coração. Nada que sai é
verídico. Não fico triste que saiu que eu não tenho pai, porque eu sei que
tenho pai. Inclusive, ontem quando postei a foto, ia marcar ele e não
consegui", afirmou.
Tudo joia?
Ainda
na mesma sequência de vídeos, Letícia Firmo publicou imagens de comentários
provocativos feitos por seguidores com relação ao escândalo das joias que
envolvem sua mãe Michelle e seu padrasto Bolsonaro.
Aliados de Bolsonaro atacam silêncio de
ex-ministro sobre joias
Aliados
do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão atacando o silêncio do ex-ministro
de Minas e Energia Bento Albuquerque, em relação ao caso das joias enviadas
para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. As
informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Eles
consideram que, quando questionado no sábado (4), Bento foi evasivo. Cinco das
tentativas de reaver as peças foram feitas sob seu mando no ministério.
O
ex-ministro disse que tinha mais do que fazer do que ficar cuidando das peças.
Conforme a apuração, no momento ele alegou que estava cuidando da crise hídrica
pela qual o país passava e teria delegado que seu gabinete resolvesse a
situação.
Bento
representou o Brasil em um evento em outubro de 2021 no país em que Bolsonaro
havia sido convidado. Ao fim do compromisso, o príncipe Mohammed bin Salman Al
Saud entregou ao ex-ministro um colar, um anel, um relógio e um par de brincos
de diamantes avaliados em 3 milhões de euros, o equivalente a R$16,5 milhões.
Tanto
o ex-chefe de Minas e Energia quanto sua equipe de assessores dele viajaram em
voo comercial. Ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 26
daquele mês, um dos assessores foi impedido de levar os presentes já que os
valores ultrapassam mil dólares.
A
Receita Federal no Brasil obriga que sejam declarados ao fisco qualquer bem que
entre no País cujo valor seja superior a essa quantia.
Ainda
havia outro pacote. A CNN teve acesso a um documento em que é descrito que o
assessor do ex-ministro, Antonio Carlos Ramos de Barros Mello, entregou ao
Gabinete Adjunto de Documentação Histórica um estojo, contendo objetos da marca
Chopard, como um masbaha rose gold; um relógio com pulseira em couro; um par de
abotoaduras; uma caneta rose gold e um anel.
Esse
segundo conjunto, em tese, teria ficado um ano e um mês sob a guarda do
Ministério de Minas e Energia.
• Ministro demite diretor de estatal
envolvido em caso das joias
O
ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, demitiu na tarde desta
terça-feira (7) o almirante José Roberto Bueno da diretoria da Energia Nuclear
e Binacional (ENBpar), estatal que controla Itaipu.
A
informação foi confirmada à CNN por fontes que participaram da demissão.
Bueno
era chefe de gabinete do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e
foi responsável por formalizar um pedido para a Receita liberar as joias
apreendidas pelo órgão que seriam destinadas ao presidente Jair Bolsonaro.
Agora,
Bueno era diretor de gestão corporativa e sustentabilidade da ENBPar.
É
a primeira demissão decorrente do escândalo das joias apreendidas pela Receita
e que eram destinadas a Jair Bolsonaro.
Silveira
acionou o seu chefe de gabinete para fazer a demissão, que foi feita nesta
tarde pelo chefe da ENBPar, almirante Zanella.
Bueno
havia sido nomeado para a ENBpar após as eleições. O ministério já planejava
algumas mudanças na estatal, mas o escândalo das jóias acelerou o processo.
Fonte:
Metrópoles/CNN Brasil/Fórum
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