Paulo Henrique Arantes: A mentira
do momento - Lula, um velhinho incapaz
A única estratégia política
da extrema-direita é usar e abusar de fake news. A corja forja mentiras para
destruir reputações e instituições. A partir das fakes, planeja golpes para
cuja execução não tem competência. Incrível é ver tanta gente ainda acreditando
em coisas como a vulnerabilidade das urnas eletrônicas - são as mesmas pessoas
que acreditaram, primeiro, na “mamadeira de piroca”, depois, na cloroquina.
De hoje ao fim de 2026, os
criadores de mentiras cuidarão de pintar Lula como um velhinho incapaz, com a
nada sutil contribuição dos jornalões, revistas semanais e canais de televisão
- a tal “grande imprensa”. E com a indisfarçada torcida de “o mercado” para que
o presidente passe desta para a melhor.
Numa fatia do cenário
internacional predomina uma estratégia política baseada na exploração de
costumes, em regras morais hipócritas e na disseminação despudorada de mentiras.
Essa forma de fazer política é corriqueira nos Estados Unidos, como confirmam
as duas vitórias de Donald Trump.
Não é segredo que essa
escola direitista possui um mestre global. A figura de Steve Bannon paira sobre
governos e governantes pouco afeitos à democracia. Também nunca se escondeu a
proximidade dos Bolsonaros com o estrategista americano, por intermédio de
Eduardo, o filho 03 do dito-cujo, deputado federal alcunhado Bananinha. Em
outubro de 2021, Bannon disse publicamente que a eleição presidencial
brasileira de 2022 seria “a segunda mais importante do mundo”, fundamental para
o reerguimento do bloco global de extrema direita. Naufragaram duplamente:
perderam a eleição e foram desmascarados na tentativa de golpe.
O método Bannon ancora-se em
crenças arraigadas na família brasileira, atrasada, desinformada, patriarcal.
Importante salientar que não se trata de um simples movimento conservador, mas
anti-civilização. Seu ideólogo passou breve temporada atrás das grades, mas já
está solto. Todo cuidado é pouco.
¨ Mídia cria
o apocalipse para desmoralizar Lula. Por Aquias
A alta do dólar, utilizada
como pretexto para criar um cenário apocalíptico, é mais uma peça no velho jogo
da mídia golpista: manipular fatos e criar pânico econômico para desgastar governos
que priorizam políticas sociais. Esse tipo de narrativa, que "inventa o
fim dos tempos", ignora propositalmente o contexto global, em que o dólar
tem se valorizado em diversas partes do mundo devido à alta de juros nos
Estados Unidos.
O que está por trás dessas
manchetes alarmistas não é preocupação com o trabalhador ou com a economia
real, mas sim com a manutenção dos privilégios de uma elite bilionária. Quando
o governo investe em programas que beneficiam os mais pobres, a mídia,
porta-voz dos grandes mercados, responde com terrorismo econômico, enquanto
lucros recordes de bancos e especuladores são tratados como “resultados
positivos”.
<><> A Alta do
Dólar: Um Fenômeno Global
O aumento do dólar não é um
fenômeno exclusivamente brasileiro ou decorrente de políticas internas do
governo Lula. Como mencionei anteriormente, a valorização do dólar está
diretamente ligada à política de juros do Federal Reserve nos Estados Unidos,
que tem atraído investidores ao mercado norte-americano. Países emergentes como
o Brasil são naturalmente mais vulneráveis a esses movimentos, o que não
significa descontrole econômico ou incompetência do governo.
<><> Quem é “O
Mercado”?
Quando os jornais,
metrópoles, o globo, folha entre outros falam em “o mercado”, ela se refere a
um grupo seleto de bilionários, investidores estrangeiros e bancos que
movimentam a economia financeira global. Eles não estão preocupados com a
inflação no supermercado ou com o desemprego. O que eles querem é uma economia
que privilegie seus lucros: juros altos, cortes em políticas sociais e
austeridade fiscal. Tudo isso cria um cenário perfeito para eles, mas
desastroso para a maioria da população.
Por que “o mercado” não
reclamam quando os bancos batem recordes de lucro? Por que não há manchetes
revoltadas quando os especuladores ganham bilhões enquanto o trabalhador luta
para pagar as contas? Porque essa narrativa não interessa à elite econômica.
<><> O
Verdadeiro Golpe Econômico
O verdadeiro golpe econômico
é aquele que acontece quando governos cedem às pressões dos mercados e da mídia
corporativa, cortando investimentos em saúde, educação e programas sociais para
agradar aos investidores. Isso não apenas piora a desigualdade social, mas
também prejudica o crescimento econômico do país. A alta do dólar não é
consequência de políticas irresponsáveis, mas de um cenário global desafiador.
É curioso como a mídia omite essas informações, focando apenas em atacar o
governo.
Sabino, que tem apreço pelo
bolsonarismo, sabe bem a quem serve. Não é a você, mas aos seus patrões, que
detestam tudo o que Lula faz na questão social.
A crítica vinda desse
comentarista, disfarçada de análise econômica, não é neutra nem objetiva. Ela é
direcionada, tem lado e serve aos interesses daqueles que se incomodam
profundamente com qualquer avanço social no país. Sempre que o governo Lula
implementa políticas voltadas à valorização do salário mínimo, à inclusão dos
mais pobres ou ao fortalecimento dos programas sociais, surge uma avalanche de
textos acusando o governo de “descontrole” ou “golpe econômico”.
O que realmente incomoda
esses setores – representados pela mídia tradicional e seus comentaristas – não
é o dólar, a inflação ou o equilíbrio fiscal, mas sim a ideia de que o Brasil
pode ser um país menos desigual, onde os mais pobres têm direito a dignidade.
Eles preferem um país com juros altos e concentração de renda, onde o mercado
financeiro e os bilionários lucram sem limites, enquanto milhões lutam para
sobreviver.
Não nos enganemos: o
discurso deles é sobre poder e privilégio, não sobre o futuro do país ou a
qualidade de vida da população e para isso vale tudo, até mesmo anunciar o fim
do mundo para o Brasil.
¨ Corrida ao dólar pela especulação da Faria Lima em 2025
sinaliza tumultuada sucessão presidencial. Por César Fonseca
O mercado, sob onda
especulativa, corre para o dólar, quanto mais são adiadas medidas de taxação de
grandes fortunas, ganhos isentos de pagamento de imposto de renda em lucros e
dividendos, indefinição sobre a tarifa média sobre bens e serviços na reforma
tributária e ganhos generalizados sobre fundos especulativos que não se
transformam em investimentos produtivos, enquanto não se tem horizonte quanto à
redução das taxas de juros.
A economia tende à
semi-estagnação em face do acumulado de indefinições que afetam a microeconomia
e que adiam tomadas de decisões dos agentes econômicos, também, de olho no que
vai acontecer depois da posse, em 20 de janeiro, do presidente americano,
Donald Trump, e suas promessas protecionistas contra o Brasil, conforme ameaçou,
nesta segunda.
Ao mesmo tempo, crescem
incertezas diante da resistência do Congresso em aprovar o pacote fiscal do
governo devido ao que os congressistas consideram lentidão na liberação das
emendas parlamentares, depois das regras determinadas pelo Supremo Tribunal
Federal para que sejam identificados nomes e origens dos que destinam recursos
orçamentários obrigatórios às suas bases.
As chantagens se avolumam
para pressionar o Planalto a soltar as verbas reclamadas pelos parlamentares.
Ao mesmo tempo, eles temem
ser identificados e, consequentemente, punidos pela opinião pública, fugindo da
acusação de promoção e distribuição de verbas secretas, consideradas escândalo
pela justiça.
A falta de transparência é
total e o receio no parlamento é o de que identificações claras dos autores das
emendas e suas respectivas transferências aos destinatários nas prefeituras
incriminam quem não estiver agindo corretamente, sujeitos às punições legais
etc.
Os transgressores seriam ou
não passíveis de punição pela Lei da Ficha Limpa, acusados de crime de
colarinho branco?
AMBIENTE TUMULTUADO
Tudo isso cria o ambiente de
resistência à aprovação do pacote fiscal, o que dá argumento ao mercado, como
deixou clara a ata do Copom, para especular no mercado futuro de dólar, de modo
a pressionar a taxa de juro.
Já se prenuncia para as duas
próximas reuniões do BC(janeiro e fevereiro) em que são previstas novas altas
da Selic, podendo levá-las aos 14%, no primeiro semestre de 2025, e a 15% e
picos, no segundo semestre.
Estariam criadas
circunstâncias nocivas às decisões dos agentes econômicos no ano de véspera da
eleição presidencial de 2026, para prejudicar as pretensões do presidente Lula
de disputar com vantagem a reeleição.
A oposição, portanto,
motiva-se diante de tal conjuntura, marcada por incertezas, para especular na
política e na economia, com vistas a se viabilizar frente às cogitações
eleitorais que favorecem um quarto mandato para o presidente Lula, no período
2026-2030.
Os oposicionistas, portanto,
empenham-se em barrar a ascensão do presidente, de modo a conseguir minar sua
popularidade, bombeando incerteza, como demonstra pesquisa Datafolha
divulgada nesta terça-feira, em que 35% apoiam e 34% rejeitam o governo.
É a prova de que a
polarização política segue firme e tende a se ampliar, se o Congresso
direitista e o mercado continuarem o jogo combinado de deixar confusa, em
escala crescente, a situação econômica e financeira.
OPOSIÇÃO APOSTA NO CAOS
O fato concreto é que a
possibilidade de deixar tudo em suspense favorece a onda especulativa,
capitaneada pela Faria Lima, no compasso do dólar na casa dos R$ 6,20, culpando
o governo por estimular o que chama de dominância fiscal, adicionalmente
potencializada pela crítica do presidente Lula contra os juros extorsivos.
Em face da incerteza, diz a
Faria Lima, os especuladores correm para o dólar, deixando a situação ainda
mais instável.
2024 está terminando com
notícias positivas para o crescimento econômico, com inflação sob relativo
controle e avanço do PIB, com queda na taxa de desemprego.
Porém, o mercado, pescador
em águas turvas, preanuncia condições incertas para 2025 que dificultariam a
repetição de 2024.
Os governistas, afetados
pela ação combinada de mercado especulativo com Congresso dominado por maioria
conservadora, teriam diante de si crescentes impossibilidades que favoreciam os
oposicionistas na disputa presidencial.
¨ Lula é candidato. Por
Oliveiro Marques
Luiz Inácio Lula da Silva é
candidatíssimo à reeleição em 2026. Essa é a única conclusão possível após sua
entrevista à jornalista Sonia Bridi, exibida no Fantástico no último domingo.
Com lucidez e tranquilidade,
Lula tratou do acidente que resultou em uma delicada cirurgia. Avaliou as
revelações sobre a participação de Braga Netto no plano golpista que incluía
seu assassinato com firmeza, na medida certa. Respondeu à inoportuna pergunta
sobre a Lava Jato com clareza e elegância. Fez um balanço dos dois anos de seu
mandato demonstrando absoluto domínio do governo. E ainda colocou o mercado e
seus porta-vozes em seus devidos lugares.
Se não bastasse a
demonstração de vigor físico e intelectual para encarar mais um mandato,
calando as torcidas contrárias de alguns “abutres” da sociedade brasileira,
Lula, ainda que implicitamente, deixou claro o propósito que assumiu para si:
recolocar o Brasil no caminho que trilhava ao final de seu segundo mandato,
antes de ser desviado por pautas-bomba, golpes e, especialmente, pelo governo
Bolsonaro.
Os últimos quatro anos
representaram um desmonte profundo da máquina pública federal — isso é um fato.
Reconstruí-la não foi, nem será, um trabalho que se encerre com uma medida
provisória ou com a criação de novos ministérios. A reestruturação levará
tempo. Foram 48 meses de ataques sistemáticos, que transformaram o caos em
regra nos órgãos federais. Para deixar a “boiada passar”, era necessário
derrubar cercas e portões, não é verdade?
Esse cenário, obviamente,
reduziu a velocidade da retomada do projeto de país idealizado e construído por
Lula. Não será possível alcançar plenamente seus objetivos em um único mandato.
Será preciso mais tempo. Afinal, o ponto de partida, em janeiro de 2023, foi de
destruição total de políticas públicas, especialmente daquelas voltadas para os
mais pobres. E Lula, que não é de deixar as coisas pela metade, concorrerá a
mais um mandato para concluir sua tarefa.
Portanto, enquanto a direita
ainda vive incertezas sobre quem a representará, no campo da centro-esquerda e
da esquerda, a realidade é clara: Lula estará nas urnas pela sétima vez.
¨ Lula calou
quem dizia que ele estava fora do páreo. Por Alex Solnik
A alta estava prevista para
segunda-feira, mas, para surpresa de quase todos, Lula foi liberado domingo às
11 da manhã.
Só não foi surpresa para a
Globo que, a essa hora, já tinha um cenário montado no próprio hospital e uma
repórter de Brasília para fazer a matéria.
Essa “agilidade” só foi
possível porque alguém avisou a Globo, na véspera, que a alta tinha sido
antecipada e negociou a matéria quentíssima.
Isto é, a Globo foi a
primeira e única a ter essa informação exclusiva, que só pode ter partido de
dentro do hospital, e de dentro do governo.
A outra possibilidade é a
alta ter sido antecipada justamente para dar tempo de entrar no “Fantástico”.
É evidente que as outras
emissoras ficaram putas, se sentiram alijadas do processo, passadas para trás,
mas o fato é que nenhuma delas tem um programa de tanta audiência e repercussão
nacional quanto o “Fantástico”.
E Lula precisava desmontar
logo, de uma vez por todas, as mentiras cabeludas que circulam no mundo virtual
desde sua internação, seja sobre a sua saúde, seja sobre a reeleição.
Ninguém obrigou o presidente
a dar uma entrevista à Globo, ela só aconteceu por decisão dele e permissão da
equipe médica.
O erro foi não ter exigido
que fosse ao vivo.
Por isso, a Globo ficou à
vontade para contestar, na edição, duas afirmações de Lula, quanto à sua
presunção de inocência ao ser preso e sobre os juros altos.
Mas o objetivo principal foi
alcançado.
Lula calou quem dizia que
ele estava fora do páreo de 2026.
Fonte: Brasil 247
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