Ocidente não vê
problema na glorificação do nazismo, diz autoridade russa
Os países
ocidentais não veem problema na glorificação do nazismo, afirmou Mikhail
Ulyanov, representante permanente da Rússia junto às organizações
internacionais em Viena, na Áustria, nesta quinta-feira (19).
Nesta semana, Estados
Unidos, Alemanha, Canadá, Itália, Japão e Ucrânia estiveram entre os 53
países que votaram contra uma resolução da Rússia sobre o combate à
glorificação do nazismo na Assembleia Geral da Organização
das Nações Unidas (ONU). Apesar disso, o documento foi aprovado com o voto de
119 países, enquanto 10 se abstiveram.
"Os países ocidentais
mais uma vez votaram contra a resolução da Assembleia Geral da ONU
que condena a glorificação do nazismo. Na verdade, eles não veem problema
algum nisso", declarou nas redes sociais.
A autoridade
russa acrescentou
que as "justificativas desajeitadas" dos países que votaram contra a
resolução não podem ser levadas a sério.
A representante
oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova,
ao comentar os resultados da votação, na quarta-feira (18), declarou que a
posição de Alemanha, Itália e Japão contra a resolução russa de combate à
glorificação do nazismo merece condenação e representa uma tendência
perigosa, considerando a história desses países no século passado.
¨ Zelensky não quer paz com Moscou por medo de perder o
poder, diz Rússia na ONU
A paz na Ucrânia
para Vladimir Zelensky é "o cenário mais assustador", já que o
ucraniano teria que participar de eleições com o fim do conflito na região, afirmou
nesta sexta-feira (20) o representante permanente da Rússia na Organização das
Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya.
"Como já
dissemos várias vezes, a paz para ele é o cenário mais assustador, porque,
segundo algumas informações, ele tem apenas 11% de apoio entre os
cidadãos da Ucrânia. Nesse caso, ele seria forçado a participar de eleições e
perder o poder. Depois, teria que responder por todos os crimes que cometeu
contra seu próprio povo, transformando-o em peão no jogo geopolítico do Ocidente
contra a Rússia", destacou a autoridade russa durante reunião no Conselho
de Segurança da ONU.
Para Nebenzya, o
ucraniano teme "qualquer negociação como teme o fogo, rejeitando uma
após outra as iniciativas de paz, como aconteceu nesta semana com a proposta do primeiro-ministro
húngaro,
Viktor Orbán, de uma trégua de Natal e troca de prisioneiros".
Já com relação ao
ataque com mísseis realizado por Kiev contra
a localidade de Rylsk,
região de Kursk, o representante permanente afirmou que a Rússia não
demorará a dar respostas. "Nossa reação a esse crime não vai demorar a
chegar", acrescentou.
"O regime de
Kiev deu um passo inequívoco em direção à escalada ao realizar um ataque
massivo com foguetes contra a cidade pacífica de Rylsk, na região de Kursk,
lançado hoje à tarde, horário local, usando sistemas de lançamento
múltiplo de foguetes HIMARS. Como vocês podem imaginar, nossa resposta a
esse crime deliberado contra cidadãos russos pacíficos não tardar", disse.
Assassinato de
Kirillov e a natureza terrorista de Kiev
A autoridade russa
também comentou sobre o tentado contra o chefe das tropas de defesa química,
biológica e radiológica das Forças
Armadas da Rússia,
o general-tenente Igor Kirillov, e lembrou que o caso mostra a "natureza
misantrópica e terrorista" da liderança em Kiev.
"Esse crime
confirma plenamente a natureza misantrópica e terrorista da atual
liderança ucraniana", afirmou.
Nebenzya destacou
ainda que os cúmplices desse e de outros crimes semelhantes, direcionados
contra membros da elite militar, criativa e política russa, são os
supervisores ocidentais de Kiev.
De acordo com o
Comitê de Investigação da Rússia, no início desta semana um dispositivo
explosivo foi
detonado em um patinete estacionado próximo à entrada de um edifício em Moscou.
Além do general-tenente, o ataque provocou a morte do seu assistente.
Um processo
criminal foi aberto sobre o caso, com acusações de terrorismo, assassinato
e posse ilegal de armas. Uma moradora de um prédio próximo relatou à Sputnik
que o incidente ocorreu por volta das 6h12 no horário de Moscou.
Na última quarta
(18), o Comitê de Investigação e o Ministério do Interior informaram a prisão
do executor do ataque, um homem nascido em 1995. Ele revelou ter sido recrutado
pelos serviços
secretos ucranianos e
que lhe haviam prometido US$ 100 mil (R$ 608 mil) e um visto para a
Europa pelo crime cometido.
¨ Cada país da UE falando de unidade está tentando salvar
a si próprio, diz diplomata europeu
A Europa está enfrentando
um dos maiores desafios nas últimas sete décadas de sua existência,
especialmente com a chegada do presidente eleito dos EUA Donald Trump ao poder,
quase ameaçando a unidade do bloco europeu e as partes que dependem dele, diz o
jornal South China Morning Post.
Durante uma cúpula
da União Europeia (UE) na quinta-feira (19), altos políticos do bloco
discutiram várias questões, com o foco em serem unidos em frente dos desafios
que tendem a separar os países-membros.
A chefe da
diplomacia europeia Kaja Kallas sublinhou que, se a Europa quer ser
forte e séria no cenário mundial, precisa agir de forma unida, de um lado
criticando a China e de outro Trump, pela sua postura protecionista em relação
ao comércio
EUA-UE.
"Todos falam
sobre unidade, mas, na verdade, todos querem obter o melhor acordo para si
mesmos e evitar o pior", cita o jornal um
diplomata falando da questão de Trump.
O artigo diz que há
um medo de que o bloco, que já existe há mais de 70 anos, "pode cair nas
brechas da maior mudança geopolítica das últimas décadas".
O medo se sente
especialmente nas questões da Ucrânia, Oriente Médio, posição da Europa no
cenário mundial e das relações com a China e com os Estados Unidos.
"Nesses
grandes temas, a unidade é cada vez mais difícil de ser alcançada."
O presidente do
Conselho Europeu, o mais alto órgão político da UE, composto pelos chefes de
Estado e de governo dos Estados-membros da união, António Costa, tocando
a questão
ucraniana,
disse que o conflito deve acabar nos termos de Kiev.
A chefe da
autoridade executiva da UE, a Comissão
Europeia, Ursula
von der Leyen, apoiou o ex-primeiro-ministro de Portugal nesse assunto.
Enquanto isso,
o primeiro-ministro
húngaro Viktor
Orbán não concordou com essa opinião, dizendo que a situação no campo de
batalha dispõe para diplomacia e negociações.
Segundo o jornal,
tal retórica revela uma grande divisão dentro da comunidade europeia.
¨ União Europeia deve comprar petróleo e gás dos EUA,
caso contrário haverá tarifas, alerta Trump
O presidente eleito
dos EUA, Donald Trump, ameaçou os países da União Europeia (UE) com imposição
de tarifas se eles não começarem a comprar os hidrocarbonetos norte-americanos.
"Eu disse à
União Europeia que eles devem compensar
seu enorme déficit com
os Estados Unidos pela compra em grande escala de nossos petróleo e
gás", disse Trump em um post na rede social Truth Social.
"Caso
contrário, [isso vai implicar] tarifas permanentes", alertou ele.
Trump, durante seu
primeiro mandato, introduziu novos impostos
sobre o aço e o alumínio. No final de 2022, está surgindo outra guerra comercial
entre os Estados Unidos e seus parceiros europeus depois que os EUA aprovaram a
Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês). A UE respondeu impondo
tarifas aos produtos americanos.
Na Europa há
preocupações de que Trump volte a implementar políticas
protecionistas e
aumente novamente as tarifas sobre os produtos da UE. Ele já prometeu adicionar
10% às tarifas sobre as mercadorias provenientes da China. Além disso, Trump
afirmou que a partir de 20 de janeiro, após assumir o cargo, assinaria
um decreto impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos provenientes do
México e do Canadá.
¨ Biden não salvará Kiev de um 'acordo amargo' com a
Rússia, diz mídia
A Ucrânia terá que
enfrentar uma solução "amarga" na regularização do conflito, que pode
ser acompanhada de concessões territoriais, independentemente da ajuda que o
governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lhe possa dar, informou a
agência de notícias Bloomberg, citando autoridades.
"Independentemente
do que Biden fizer em suas últimas semanas, a Ucrânia está caminhando para
um acordo amargo, no qual o
presidente Vladimir Zelensky pode ter que deixar grandes
extensões de território no limbo em troca de garantias de segurança que
ficam aquém da adesão à OTAN que ele pleiteia", ressaltou a agência,
citando as autoridades da Ucrânia e países-aliados dos EUA.
Ao mesmo tempo, as
autoridades americanas expressaram insatisfação com seus parceiros
europeus que, em sua opinião, têm demorado a fornecer ajuda militar a Kiev.
Como observam as
fontes, o paradoxo da situação é que, independentemente de quem ocupa
o cargo de presidente americano - Biden ou o
recém-eleito Donald Trump - o resultado para a Ucrânia será semelhante.
Anteriormente,
Donald Trump prometeu que seria capaz de chegar a uma solução negociada para o
conflito ucraniano. Ele disse várias vezes que seria capaz de resolver o
conflito na Ucrânia em um dia. A Rússia acredita que esse é um
problema complexo demais para uma solução tão simples.
¨ Líderes europeus poderiam enviar suas tropas à Ucrânia,
mas sem bandeira da OTAN, diz mídia
Aliados europeus de
Kiev estão discutindo seriamente o possível envio de pessoal militar para a
Ucrânia no caso de um acordo de paz entre Kiev e a Rússia, mas não sob a
bandeira da OTAN, informou o jornal The Washington Post, citando fontes.
De acordo com o
jornal,
essa ideia foi discutida na quarta-feira (18) em Bruxelas, quando o
secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark
Rutte, recebeu líderes europeus e Vladimir Zelensky.
Observa-se que
o presidente
eleito dos EUA, Donald Trump, também tomou conhecimento da ideia quando
se reuniu com o chefe do regime de Kiev e com o presidente francês Emmanuel
Macron em Paris, no início de dezembro. Autoridades envolvidas nas negociações
disseram ao The Washington Post que as discussões dos países sobre o plano
ainda estão em um estágio inicial.
"No entanto,
as autoridades envolvidas nas discussões disseram que o conceito de trabalho é
que um grupo de países europeus poderia reunir uma força para ajudar a manter
um cessar-fogo ou agir como um impedimento contra qualquer ataque russo futuro.
Essa força não se reuniria sob a bandeira da OTAN, pois isso exigiria um
consenso entre os membros da aliança e é visto como um obstáculo para a
Rússia", disseram as fontes ao jornal.
O jornal ressaltou
que a ideia promovida por Macron despertou o interesse do Reino Unido, bem
como dos países bálticos e escandinavos. No entanto, não está claro
quais países enviariam os militares e quantas pessoas eles estariam dispostos a
fornecer. Para os líderes europeus, o envio de uma grande força de manutenção
da paz exigiria apoio interno e recursos militares.
Analistas não
identificados disseram ao jornal que dezenas de milhares de soldados seriam
necessários para uma "força militar impressionante". Outras
fontes, no entanto, observaram que Trump estava interessado na ideia de enviar
militares para a Ucrânia, mas disseram que era difícil dizer se a ideia seria
bem aceita pela administração dos EUA que chegaria ao poder em meio à
formação de políticas do presidente eleito.
O jornal acrescenta
que os líderes europeus veem o envio do contingente como uma opção para
fornecer garantias de segurança a Kiev enquanto a questão de sua filiação à
OTAN permanece sem solução.
Anteriormente, o
departamento de imprensa do Serviço
de Inteligência Externa da Rússia (SVR, na sigla em russo) informou que
o Ocidente enviaria um chamado contingente de manutenção da paz de cerca de
100.000 pessoas para a Ucrânia para restaurar a capacidade de combate do país,
o que se tornaria uma ocupação de fato do país.
China revela 'lista
de alvos' da Marinha dos EUA em caso de conflito em larga escala, diz jornal
Um relatório da
China revelou uma lista de alvos navais dos EUA, incluindo radares e sensores,
a serem atacados no caso de um futuro conflito.
A unidade de guerra
eletrônica do Exército de Libertação Popular (ELP) criou uma lista de
alvos para um ataque coordenado contra grupos de ataque de porta-aviões dos
EUA.
A lista publicada
na última edição da revista Defense Industry Conversion in China, que é
supervisionada pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria
para a Defesa Nacional, identifica sistemas
de radar,
sensores e equipamentos de comunicação importantes a bordo de porta-aviões
americanos como alvos principais, avança South China
Morning Post.
De acordo com Mo
Jiaqian, uma especialista em guerra eletrônica da unidade 92728 do ELP, esses
sistemas são parte integrante da Capacidade de Engajamento Cooperativo (CEC) da
Marinha dos EUA, um elemento crítico de sua rede de defesa aérea e alerta
precoce.
Ela afirma que
Pequim já identificou fraquezas na rede, as quais poderiam ser exploradas para
neutralizar a capacidade de Washington de compartilhar dados de defesa aérea ou
lançar mísseis
terra-ar.
"Ela [CEC] é
formada através da rede de radares de matriz faseada, que depende de enlaces de
comunicação sem fio. Quando o adversário emprega interferência eletrônica, as
ligações sem fio são propensas à desconexão ou interrupção", explicou a
especialista.
Entre os sistemas
que provavelmente serão o foco principal dos ataques de guerra eletrônica da
China estão o radar de matriz faseada AN/SPY-1 da Lockheed Martin e a aeronave
de alerta precoce E-2C
Hawkeye.
Para enfraquecer a
CEC, Mo delineou várias estratégias que o Exército chinês poderia usar, como,
por exemplo, drones que poderiam aproximar-se do radar e criar ruídos e alvos
falsos, "reduzindo significativamente a sua precisão de detecção e
impactando a eficácia geral do sistema CEC".
¨ Oreshnik da Rússia é invencível e deixa o Ocidente na
poeira, diz ex-analista do Pentágono
O Ocidente está em
negação sobre o míssil Oreshnik da Rússia, que os sistemas de defesa são
impotentes para combater, disse Michael Maloof, ex-analista sênior de política
de segurança do Pentágono, à Sputnik.
O ex-analista
sênior de política de segurança do Pentágono Michael Maloof destacou que
o Oreshnik
russo com múltiplas
ogivas e capacidade nuclear deixou os Estados Unidos muito para trás.
"Os EUA não só
não têm um sistema ofensivo hipersônico, eles nem mesmo têm um sistema
defensivo que tenha alguma esperança de parar o Oreshnik e a nova classe
de mísseis que estão surgindo", afirmou o analista veterano.
Enquanto os EUA
lutam para estar
na vanguarda desses
sistemas de armas de ponta, na verdade eles tendem a "colocar todos os
sinos e assobios em um sistema, superfaturar e então ficar para trás",
disse Maloof.
Washington
está relutante
em reconhecer que
tanto a Rússia quanto a China têm sistemas de armas que os EUA não têm, ou
seja, mísseis
hipersônicos.
O especialista
especulou que se os Estados Unidos tivessem permanecido no Tratado de Forças
Nucleares de Alcance Intermediário, um míssil como o Oreshnik poderia não
existir hoje. Ele observou que a demonstração clara da Rússia das capacidades
inigualáveis do
míssil serve como "outra maneira de Putin dizer a Trump para talvez
reconsiderar".
"Acho que para
diminuir o limiar da guerra [...] e isso seria um bom começo e, pelo menos,
começando com os Estados Unidos e a Rússia. E os outros países podem seguir o
exemplo", disse Maloof, acrescentando que "é algo em que o mundo
precisa realmente se concentrar, reconhecer e lidar de forma construtiva".
Fonte: Sputnik
Brasil
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