sábado, 21 de dezembro de 2024

Ocidente não vê problema na glorificação do nazismo, diz autoridade russa

Os países ocidentais não veem problema na glorificação do nazismo, afirmou Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia junto às organizações internacionais em Viena, na Áustria, nesta quinta-feira (19).

Nesta semana, Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Itália, Japão e Ucrânia estiveram entre os 53 países que votaram contra uma resolução da Rússia sobre o combate à glorificação do nazismo na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar disso, o documento foi aprovado com o voto de 119 países, enquanto 10 se abstiveram.

"Os países ocidentais mais uma vez votaram contra a resolução da Assembleia Geral da ONU que condena a glorificação do nazismo. Na verdade, eles não veem problema algum nisso", declarou nas redes sociais.

autoridade russa acrescentou que as "justificativas desajeitadas" dos países que votaram contra a resolução não podem ser levadas a sério.

representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ao comentar os resultados da votação, na quarta-feira (18), declarou que a posição de Alemanha, Itália e Japão contra a resolução russa de combate à glorificação do nazismo merece condenação e representa uma tendência perigosa, considerando a história desses países no século passado.

¨      Zelensky não quer paz com Moscou por medo de perder o poder, diz Rússia na ONU

A paz na Ucrânia para Vladimir Zelensky é "o cenário mais assustador", já que o ucraniano teria que participar de eleições com o fim do conflito na região, afirmou nesta sexta-feira (20) o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya.

"Como já dissemos várias vezes, a paz para ele é o cenário mais assustador, porque, segundo algumas informações, ele tem apenas 11% de apoio entre os cidadãos da Ucrânia. Nesse caso, ele seria forçado a participar de eleições e perder o poder. Depois, teria que responder por todos os crimes que cometeu contra seu próprio povo, transformando-o em peão no jogo geopolítico do Ocidente contra a Rússia", destacou a autoridade russa durante reunião no Conselho de Segurança da ONU.

Para Nebenzya, o ucraniano teme "qualquer negociação como teme o fogo, rejeitando uma após outra as iniciativas de paz, como aconteceu nesta semana com a proposta do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, de uma trégua de Natal e troca de prisioneiros".

Já com relação ao ataque com mísseis realizado por Kiev contra a localidade de Rylsk, região de Kursk, o representante permanente afirmou que a Rússia não demorará a dar respostas. "Nossa reação a esse crime não vai demorar a chegar", acrescentou.

"O regime de Kiev deu um passo inequívoco em direção à escalada ao realizar um ataque massivo com foguetes contra a cidade pacífica de Rylsk, na região de Kursk, lançado hoje à tarde, horário local, usando sistemas de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS. Como vocês podem imaginar, nossa resposta a esse crime deliberado contra cidadãos russos pacíficos não tardar", disse.

Assassinato de Kirillov e a natureza terrorista de Kiev

A autoridade russa também comentou sobre o tentado contra o chefe das tropas de defesa química, biológica e radiológica das Forças Armadas da Rússia, o general-tenente Igor Kirillov, e lembrou que o caso mostra a "natureza misantrópica e terrorista" da liderança em Kiev.

"Esse crime confirma plenamente a natureza misantrópica e terrorista da atual liderança ucraniana", afirmou.

Nebenzya destacou ainda que os cúmplices desse e de outros crimes semelhantes, direcionados contra membros da elite militar, criativa e política russa, são os supervisores ocidentais de Kiev.

De acordo com o Comitê de Investigação da Rússia, no início desta semana um dispositivo explosivo foi detonado em um patinete estacionado próximo à entrada de um edifício em Moscou. Além do general-tenente, o ataque provocou a morte do seu assistente.

Um processo criminal foi aberto sobre o caso, com acusações de terrorismo, assassinato e posse ilegal de armas. Uma moradora de um prédio próximo relatou à Sputnik que o incidente ocorreu por volta das 6h12 no horário de Moscou.

Na última quarta (18), o Comitê de Investigação e o Ministério do Interior informaram a prisão do executor do ataque, um homem nascido em 1995. Ele revelou ter sido recrutado pelos serviços secretos ucranianos e que lhe haviam prometido US$ 100 mil (R$ 608 mil) e um visto para a Europa pelo crime cometido.

¨      Cada país da UE falando de unidade está tentando salvar a si próprio, diz diplomata europeu

A Europa está enfrentando um dos maiores desafios nas últimas sete décadas de sua existência, especialmente com a chegada do presidente eleito dos EUA Donald Trump ao poder, quase ameaçando a unidade do bloco europeu e as partes que dependem dele, diz o jornal South China Morning Post.

Durante uma cúpula da União Europeia (UE) na quinta-feira (19), altos políticos do bloco discutiram várias questões, com o foco em serem unidos em frente dos desafios que tendem a separar os países-membros.

A chefe da diplomacia europeia Kaja Kallas sublinhou que, se a Europa quer ser forte e séria no cenário mundial, precisa agir de forma unida, de um lado criticando a China e de outro Trump, pela sua postura protecionista em relação ao comércio EUA-UE.

"Todos falam sobre unidade, mas, na verdade, todos querem obter o melhor acordo para si mesmos e evitar o pior", cita o jornal um diplomata falando da questão de Trump.

O artigo diz que há um medo de que o bloco, que já existe há mais de 70 anos, "pode cair nas brechas da maior mudança geopolítica das últimas décadas".

O medo se sente especialmente nas questões da Ucrânia, Oriente Médio, posição da Europa no cenário mundial e das relações com a China e com os Estados Unidos.

"Nesses grandes temas, a unidade é cada vez mais difícil de ser alcançada."

O presidente do Conselho Europeu, o mais alto órgão político da UE, composto pelos chefes de Estado e de governo dos Estados-membros da união, António Costa, tocando a questão ucraniana, disse que o conflito deve acabar nos termos de Kiev.

A chefe da autoridade executiva da UE, a Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apoiou o ex-primeiro-ministro de Portugal nesse assunto.

Enquanto isso, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán não concordou com essa opinião, dizendo que a situação no campo de batalha dispõe para diplomacia e negociações.

Segundo o jornal, tal retórica revela uma grande divisão dentro da comunidade europeia.

¨      União Europeia deve comprar petróleo e gás dos EUA, caso contrário haverá tarifas, alerta Trump

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou os países da União Europeia (UE) com imposição de tarifas se eles não começarem a comprar os hidrocarbonetos norte-americanos.

"Eu disse à União Europeia que eles devem compensar seu enorme déficit com os Estados Unidos pela compra em grande escala de nossos petróleo e gás", disse Trump em um post na rede social Truth Social.

"Caso contrário, [isso vai implicar] tarifas permanentes", alertou ele.

Trump, durante seu primeiro mandato, introduziu novos impostos sobre o aço e o alumínio. No final de 2022, está surgindo outra guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros europeus depois que os EUA aprovaram a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês). A UE respondeu impondo tarifas aos produtos americanos.

Na Europa há preocupações de que Trump volte a implementar políticas protecionistas e aumente novamente as tarifas sobre os produtos da UE. Ele já prometeu adicionar 10% às tarifas sobre as mercadorias provenientes da China. Além disso, Trump afirmou que a partir de 20 de janeiro, após assumir o cargo, assinaria um decreto impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá.

¨      Biden não salvará Kiev de um 'acordo amargo' com a Rússia, diz mídia

A Ucrânia terá que enfrentar uma solução "amarga" na regularização do conflito, que pode ser acompanhada de concessões territoriais, independentemente da ajuda que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lhe possa dar, informou a agência de notícias Bloomberg, citando autoridades.

"Independentemente do que Biden fizer em suas últimas semanas, a Ucrânia está caminhando para um acordo amargo, no qual o presidente Vladimir Zelensky pode ter que deixar grandes extensões de território no limbo em troca de garantias de segurança que ficam aquém da adesão à OTAN que ele pleiteia", ressaltou a agência, citando as autoridades da Ucrânia e países-aliados dos EUA.

Ao mesmo tempo, as autoridades americanas expressaram insatisfação com seus parceiros europeus que, em sua opinião, têm demorado a fornecer ajuda militar a Kiev.

Como observam as fontes, o paradoxo da situação é que, independentemente de quem ocupa o cargo de presidente americano - Biden ou o recém-eleito Donald Trump - o resultado para a Ucrânia será semelhante.

Anteriormente, Donald Trump prometeu que seria capaz de chegar a uma solução negociada para o conflito ucraniano. Ele disse várias vezes que seria capaz de resolver o conflito na Ucrânia em um dia. A Rússia acredita que esse é um problema complexo demais para uma solução tão simples.

¨      Líderes europeus poderiam enviar suas tropas à Ucrânia, mas sem bandeira da OTAN, diz mídia

Aliados europeus de Kiev estão discutindo seriamente o possível envio de pessoal militar para a Ucrânia no caso de um acordo de paz entre Kiev e a Rússia, mas não sob a bandeira da OTAN, informou o jornal The Washington Post, citando fontes.

De acordo com o jornal, essa ideia foi discutida na quarta-feira (18) em Bruxelas, quando o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, recebeu líderes europeus e Vladimir Zelensky.

Observa-se que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também tomou conhecimento da ideia quando se reuniu com o chefe do regime de Kiev e com o presidente francês Emmanuel Macron em Paris, no início de dezembro. Autoridades envolvidas nas negociações disseram ao The Washington Post que as discussões dos países sobre o plano ainda estão em um estágio inicial.

"No entanto, as autoridades envolvidas nas discussões disseram que o conceito de trabalho é que um grupo de países europeus poderia reunir uma força para ajudar a manter um cessar-fogo ou agir como um impedimento contra qualquer ataque russo futuro. Essa força não se reuniria sob a bandeira da OTAN, pois isso exigiria um consenso entre os membros da aliança e é visto como um obstáculo para a Rússia", disseram as fontes ao jornal.

O jornal ressaltou que a ideia promovida por Macron despertou o interesse do Reino Unido, bem como dos países bálticos e escandinavos. No entanto, não está claro quais países enviariam os militares e quantas pessoas eles estariam dispostos a fornecer. Para os líderes europeus, o envio de uma grande força de manutenção da paz exigiria apoio interno e recursos militares.

Analistas não identificados disseram ao jornal que dezenas de milhares de soldados seriam necessários para uma "força militar impressionante". Outras fontes, no entanto, observaram que Trump estava interessado na ideia de enviar militares para a Ucrânia, mas disseram que era difícil dizer se a ideia seria bem aceita pela administração dos EUA que chegaria ao poder em meio à formação de políticas do presidente eleito.

O jornal acrescenta que os líderes europeus veem o envio do contingente como uma opção para fornecer garantias de segurança a Kiev enquanto a questão de sua filiação à OTAN permanece sem solução.

Anteriormente, o departamento de imprensa do Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR, na sigla em russo) informou que o Ocidente enviaria um chamado contingente de manutenção da paz de cerca de 100.000 pessoas para a Ucrânia para restaurar a capacidade de combate do país, o que se tornaria uma ocupação de fato do país.

China revela 'lista de alvos' da Marinha dos EUA em caso de conflito em larga escala, diz jornal

Um relatório da China revelou uma lista de alvos navais dos EUA, incluindo radares e sensores, a serem atacados no caso de um futuro conflito.

A unidade de guerra eletrônica do Exército de Libertação Popular (ELP) criou uma lista de alvos para um ataque coordenado contra grupos de ataque de porta-aviões dos EUA.

A lista publicada na última edição da revista Defense Industry Conversion in China, que é supervisionada pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, identifica sistemas de radar, sensores e equipamentos de comunicação importantes a bordo de porta-aviões americanos como alvos principais, avança South China Morning Post.

De acordo com Mo Jiaqian, uma especialista em guerra eletrônica da unidade 92728 do ELP, esses sistemas são parte integrante da Capacidade de Engajamento Cooperativo (CEC) da Marinha dos EUA, um elemento crítico de sua rede de defesa aérea e alerta precoce.

Ela afirma que Pequim já identificou fraquezas na rede, as quais poderiam ser exploradas para neutralizar a capacidade de Washington de compartilhar dados de defesa aérea ou lançar mísseis terra-ar.

"Ela [CEC] é formada através da rede de radares de matriz faseada, que depende de enlaces de comunicação sem fio. Quando o adversário emprega interferência eletrônica, as ligações sem fio são propensas à desconexão ou interrupção", explicou a especialista.

Entre os sistemas que provavelmente serão o foco principal dos ataques de guerra eletrônica da China estão o radar de matriz faseada AN/SPY-1 da Lockheed Martin e a aeronave de alerta precoce E-2C Hawkeye.

Para enfraquecer a CEC, Mo delineou várias estratégias que o Exército chinês poderia usar, como, por exemplo, drones que poderiam aproximar-se do radar e criar ruídos e alvos falsos, "reduzindo significativamente a sua precisão de detecção e impactando a eficácia geral do sistema CEC".

¨      Oreshnik da Rússia é invencível e deixa o Ocidente na poeira, diz ex-analista do Pentágono

O Ocidente está em negação sobre o míssil Oreshnik da Rússia, que os sistemas de defesa são impotentes para combater, disse Michael Maloof, ex-analista sênior de política de segurança do Pentágono, à Sputnik.

O ex-analista sênior de política de segurança do Pentágono Michael Maloof destacou que o Oreshnik russo com múltiplas ogivas e capacidade nuclear deixou os Estados Unidos muito para trás.

"Os EUA não só não têm um sistema ofensivo hipersônico, eles nem mesmo têm um sistema defensivo que tenha alguma esperança de parar o Oreshnik e a nova classe de mísseis que estão surgindo", afirmou o analista veterano.

Enquanto os EUA lutam para estar na vanguarda desses sistemas de armas de ponta, na verdade eles tendem a "colocar todos os sinos e assobios em um sistema, superfaturar e então ficar para trás", disse Maloof.

Washington está relutante em reconhecer que tanto a Rússia quanto a China têm sistemas de armas que os EUA não têm, ou seja, mísseis hipersônicos.

O especialista especulou que se os Estados Unidos tivessem permanecido no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, um míssil como o Oreshnik poderia não existir hoje. Ele observou que a demonstração clara da Rússia das capacidades inigualáveis do míssil serve como "outra maneira de Putin dizer a Trump para talvez reconsiderar".

"Acho que para diminuir o limiar da guerra [...] e isso seria um bom começo e, pelo menos, começando com os Estados Unidos e a Rússia. E os outros países podem seguir o exemplo", disse Maloof, acrescentando que "é algo em que o mundo precisa realmente se concentrar, reconhecer e lidar de forma construtiva".

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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