terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Por que judeus negam que Jesus é o messias?

A Torah judaica, aquilo que vulgarmente se designa Antigo Testamento (não é bem o mesmo mas para efeito a práticos vamos admitir que sim) faz uma série de profecias sobre como será o Messias e o que este fará quando surgir. Yeoshua não cumpriu nada do profetizado portanto os judeus não têm motivos para acreditar nele.

 

       Qual é a diferença entre Alá, Deus islâmico e o Deus da Bíblia?

 

A diferença fundamental:

O Deus cristão já enviou o Messias, Jesus Cristo, que é Deus-Filho;

O Deus islâmico (Alá) enviou também Jesus, mas esse Jesus não é Deus (Deus nos livre! Blasfémia máxima no Islão!), é apenas um humano extraordinário, um profeta, mas nem sequer o mais importante: esse papel, de mais importante e último Profeta (com letra maiúscula) cabe a Maomé;

O Deus judaico ainda vai enviar o Messias (num futuro incerto que nunca chega, como convém), mas ele também não será Deus (também blasfémia máximo no judaísmo), será apenas «O Ungido do Senhor» (o sentido literal da palavra «Messias», «מָשִׁיחַ», cuja tradução para grego é «Χριστός», donde deriva a nossa palavra «Cristo»), isto é, um ser humano extraordinário, especialmente abençoado por Deus.

Por isso, ou Deus é esquizofrénico, ou estamos perante três deuses diferentes e incompatíveis entre si.

 

       Tem religiões que são contra a teologia, mas a favor da Torá?

 

Cristão mente ativada. A teologia sem o entendimento do Evangelho por si só já não presta, não vale nada. Tem religião que não aplica a teologia, mas cospem no mesmo prato, pois aplicam a Torá onde estão as leis de Moisés, e no fim, enganam o povo da mesma forma. (universal e neopentecostal).

 

       Qual é o nome da teoria que diz que Deus no Antigo Testamento é na verdade um impostor?

 

Não é bem uma teoria, mas uma crença que foi bastante emblemática no seu tempo e, fundada por Marcião de Sinope, portanto, Marcionismo.

Acredito que os adeptos que consideravam o contrário ficavam em "pé de igualdade dogmática" com Marcião, por isso, a meu ver, não é bem uma teoria, só mais uma fé no meio de tantas que foram suprimidas pelos eruditos/Roma.

Em termos religiosos a palavra "teoria" não soa harmoniosa, mesmo sendo usada como fundamento hipotético/especulativo empregado pelo senso comum.

Pois, nós não estamos tratando de algo especulativo, sabemos que existiu uma crença que assimilava características morais distintas de um deus que, naquela época, era unanimidade pelo poder clérigo dominante e,….. se sabemos disso tudo, saímos do campo especulativo e passamos para a história.

Já os devotos de ambas as religiões não tinham teorias, mas exclusivamente, fé.

 

       Por que temos evidências de que pessoas como Cleópatra e Aristóteles viveram antes de Cristo, mas a única evidência da vida de Cristo está na Bíblia?

 

Estranho, não é? Seria de supor que logo nessa altura começassem a surgir relatos de um milagreiro. Jesus supostamente passou por várias grandes cidades, arrastou multidões atrás de si, e nem entre os romanos nem entre os judeus alguém escreveu uma linha que fosse? Mesmo entre os textos evangélicos só começam a surgir 40–50 anos após a suposta vida de Jesus? E escritos por discípulos de discípulos ou seja tudo com base no ouvi dizer … estranho, não é?

 

       A Bíblia, em Deuteronômio 32:8-9, mostra que El-Elyon (o Altíssimo) era pai de YHWH/Jeová (o Senhor) e o pôs como padroeiro de Israel?

 

O conto de Jacó é o mais antigo dos textos que foi incorporado à bíblia e, esse conto é de Israel do Norte não do sul de Judá. O que temos hoje como Antigo Testamento (AT) foi escrito em Judá que ficava na parte pobre e montanhosa ao sul de Canaã, isso, claro, após a queda de Israel do Norte causada pelos Assírios em (721 - 720 a.EC). Portanto, aqueles que conseguiram escapar, levaram as tradições do norte para o sul. Judá não se desenvolveu de forma significativa antes da última fase do Ferro IIA tardio (final do século IX). Tampouco atingiu seu ápice de prosperidade antes do Ferro IIBC, isto é, a partir do final do século VII a.EC.

As primeiras inscrições longas e complexas, num gênero que remete às composições bíblicas, aparecem somente na primeira metade do século VII, talvez, os fragmentos tenham vindo do VIII, essa última posição engloba otimismo e teorias concorrentes ao primeiro fragmento encontrado daquilo que hoje conhecemos como Antigo Testamento. No entanto, essas são as datas consideradas pelos arqueólogos (não todos), pelos responsáveis pelas estratigrafias e por aqueles que tentam encontrar respostas sobre quão antigo são os textos dos hebreus, com alguma margem para correções, caso necessite.

E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;

E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;

(…)

Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia

A visão que Jacó teve em Betel em Gn 28:12–13–16 (citação acima) é compatível com as concepções religiosas mesopotâmicas, a porta do céu, uma espécie de rampa ou zigurate, uma divindade nos céus e uma divindade em pé, próxima do adorador. O fragmento do Século VIII ainda distingue entre EL e YHWH e o apresenta como filho de EL, que está assentado ao céu, e, YHWH, deus pessoal de Jacó. A reconstrução da LXX e um fragmento de Qumran, esse versículo afirma que, quando EL Elyon criou o mundo, ele entregou um povo a cada um dos deuses que estavam abaixo dele, em torno de 70 filhos/deuses, YHWH recebeu Jacó/Israel (e depois Judá).

 

Fonte: Quora

 

Nenhum comentário: