De guerra a terremotos: Veja os acontecimentos que marcaram o mundo
Da guerra entre Hamas e Israel a desaparecimento de
submarino, eleições emblemáticas, paralisação, conflitos políticos e
terremotos. Esses foram alguns dos assuntos que mais chamaram atenção em todo o
mundo no ano de 2023. O Portal A TARDE, portanto, traz uma retrospectiva
de notícias que tiveram mais destaques mundial.
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Guerras
Em janeiro, antes mesmo da guerra severa entre
Israel e Hamas, sete pessoas morreram e 10 ficaram feridas por conta de
um ataque
terrorista ao bairro Sinagoga, região periférica de Jerusalém. O
atirador foi identificado como Hayeri Alkam, um jovem de 21 anos morador de
A-Shea. Ele tentou fugir em direção a um bairro palestino mas foi morto pela
polícia e a arma usada no ataque foi apreendida. O bairro fica em uma
região de conflito, pois os palestinos dizem que foi ocupado ilegalmente pelos
israelenses depois de uma guerra em 1967.
Em abril, a violência
tomou conta do Sudão após meses de tensões entre dois líderes militares rivais, o
general Abdel Fatah al-Burhan e Mohamed Hamdan Dagalo. Os confrontos entre
paramilitares e forças do governo eclodiram nas ruas da capital, Cartum, e se
estenderam por outras regiões do país. Segundo informações das autoridades
locais, até o mês de junho, mais de 2 mil pessoas haviam sido mortas. O
conflito foi visto como a guerra que mata mais que a Ucrânia, considerada o
maior ataque militar desde a 2ª Guerra Mundial e deixou 9 mil civis mortos em
seus mais de 500 dias.
Manifestantes foram às ruas se opor contra o golpe
militar | Foto: AFP| Foto: AFP
Em outubro, o dia 7 foi marcado pelo início
da guerra
entre o grupo radical islâmico Hamas e Israel, deixando,
até os dias atuais, mais de 10 mil mortos, entre eles, mais de 4 mil crianças,
segundo dados do Ministério da Saúde do movimento islamita palestino.O ataque
iniciado pelo Hamas, que afirmou ser uma ação para a tomada de território, foi
considerado um dos maiores dos últimos anos. Milhares de foguetes foram
disparados da região da Faixa de Gaza em direção a Israel. Militantes armados
derrubaram as barreiras israelenses de alta tecnologia que cercavam a faixa,
iniciando ataques por terra com reféns.
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Conflitos políticos
Em um ano com fortes acontecimentos políticos, a
França também teve destaque. O presidente francês Emmanuel Macron, promulgou a
reforma da Previdência do país no dia 15 de abril. A reforma entrou
progressivamente em vigor no dia 1º de setembro de 2023, definindo que a idade
mínima subirá três meses por ano, chegando a 64 anos em 2030. A decisão gerou
protestos, alguns violentos, em todo o país, reunindo todos os
sindicatos do país e também a oposição de esquerda.
Em maio, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni,
sancionou uma nova lei contra a comunidade LGBTQIAPN+ que inclui duras punições
para relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, como a prisão perpétua e pena
de morte. Amplamente criticada
pelos governos ocidentais, o projeto de lei não criminaliza aqueles que
se identificam como LGBTQIAPN+, mas prescreve pena de morte para
"homossexualidade agravada" como: flagras de relações sexuais
envolvendo pessoas infectadas pelo HIV e pena de 20 anos de prisão a quem
"promover" a homossexualidade.
Já em agosto, aconteceu a 15ª cúpula do Brics
(acrônimo para grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),
em Joanesburgo, na África do Sul, a primeira em formato presencial após a
pandemia da Covid-19. Os líderes políticos do Brics discutiram critérios do
mundo e decidiram a entrada dos
seguintes países no grupo: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados
Árabes, Etiópia e Irã. Com a
presença do presidente Lula, a Cúpula reuniu temas sobre moedas locais,
contraponto ao G7, ampliação do Conselho de Segurança da ONU e a guerra na
Ucrânia.
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Eleições
Teve decisões importantes nas eleições ao redor do
mundo também. Na China, o presidente Xi Jinping, 69 anos, foi reeleito para o
seu 3º mandato no dia 6 de março. O líder do Partido Comunista Chinês ocupa a
presidência da China desde 2013 e vai continuar o mandato por pelo menos 5
anos. Quase 3 mil membros do parlamento, o Congresso Nacional do Povo (NPC),
votaram unanimemente em uma eleição onde não havia outro candidato. A votação
durou cerca de 1h e a contagem eletrônica foi concluída em cerca de 15 minutos.
Já na Argentina, o candidato de direita Javier
Milei, da coalizão La Libertad Avanza, venceu o 2º
turno das eleições presidenciais no país em 19 de novembro. Milei venceu
com 55,69% dos votos válidos, contra 44,30% dados ao segundo colocado Sergio
Massa, do Unión por la Patria. Massa reconheceu a derrota e ligou para dar os
parabéns ao atual presidente eleito.
A posse aconteceu no dia 10 de dezembro, sucedendo
o atual presidente Alberto Fernández. O novo presidente quebrou o protocolo e
não discursou para os parlamentares e sim na área externa, para a população. Em
seu discurso, o foco foi na
situação econômica do país e ajuste fiscal duro.
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Terremotos mortais
Grandes terremotos deixaram rastros de destruição e
mortes neste ano. Na madrugada de 6 de fevereiro, o sudeste da Turquia e
parte da Síria foram devastados por um dos terremotos
mais mortais dos últimos 100 anos. Houve um tremor de magnitude 7,8, seguido
por outro 9h depois, resultando na morte de menos 56 mil mortos. Desse total,
quase 6 mil foram no lado sírio.
Imagens de um pai segurando a mão da filha de 15
anos, soterrada nos escombros na Turquia, e outra de um recém-nascido salvo
milagrosamente na Síria, com o cordão umbilical ainda ligado à mãe, que morreu,
chamaram atenção de todo o mundo, além de outras inúmeras imagens da
catástrofe.
Já em setembro, na noite o dia 8, a região de Marrocos
foi atingida por outro terremoto devastador. Por volta das
23h11 no horário local do país, um violento terremoto sacudiu a região de
Marrakech. Com uma magnitude estimada entre 6,8 e 7, o tremor foi o mais forte
já registrado no país e deixou quase 3 mil mortos e mais de 5.600 feridos. O
choque danificou cerca de 60 mil casas em quase 3 mil aldeias do Alto Atlas e
arredores.
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Paralisações
Em maio, cerca de 11.500 roteiristas de Hollywood
iniciaram uma grande paralisação motivada pelas mudanças na indústria, como o
surgimento da IA generativa, que eles temem que possa ser usada para escrever
roteiros, e também o surgimento do streaming, que resultou em salários
prejudicados por causa de temporadas de TV mais curtas e pagamentos residuais
menores. Esta foi a segunda maior paralisação da história da entidade
americana.
Meses depois, a categoria recebeu apoio do
Sindicato dos Atores (SAG, na sigla em inglês), que também iniciou greve em julho, na
maior manifestação trabalhista de Hollywood desde os anos 1960. Em meio aos
acordos, as duas categorias pediam, resumidamente, pagamentos que julgavam mais
adequados ao setor do qual faziam parte.
Após quatro meses de negociação, a greve dos
roteiristas chegou ao fim no mês de setembro, depois da votação que
aprovou com unanimidade o acordo fechado com representantes dos estúdios. Em
novembro, o sindicato que representa os atores de Hollywood (SAG-AFTRA, na
sigla em inglês) também encerrou a
paralisação depois de aprovar um acordo provisório com os estúdios de cinema e
serviços de streaming do setor.
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Meio Ambiente
O mês de julho bateu o recorde do
mês mais quente já registrado na Terra, com 0,33ºC acima comparado ao recorde
anterior (julho de 2019), segundo o observatório europeu Copernicus. O mês foi
marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo, com temperaturas médias
na atmosfera 0,72ºC mais elevadas que as médias registradas para julho entre
1991 e 2020. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António
Guterres, destacou que a humanidade saiu da era do aquecimento global para
entrar na era da "ebulição global".
O mês de dezembro trouxe outras novidades na
categoria de meio ambiente para o Brasil. Em sessão plenária da Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai,
nos Emirados Árabes Unidos, foi aprovada por unanimidade, a escolha do país
como sede da COP30, que deve ser realizada entre os dias 10 e 21 de novembro de
2025.
A cidade escolhida pelo Brasil foi Belém, a capital
do Pará. Pela primeira vez realizada na Amazônia, a COP Belém, em 2025, será o
marco de 10 anos do Acordo de Paris, a principal convenção climática da ONU,
assinada em 2015 durante a COP21, na capital francesa. O documento estabeleceu
metas para a redução de emissões de gases causadores do aquecimento
global.
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Saúde
Em maio chegou a notícia que muita gente esperava:
a pandemia de Covid-19 deixou de
representar uma emergência de saúde global. O anúncio foi
feito no dia 5 de maio pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar
periodicamente o cenário da doença.
De acordo com a entidade, o vírus se classifica
agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”. Segundo a OMS, o
encerramento da emergência de saúde pública não representa, no entanto, o fim
da pandemia de Covid-19, mas é um grande passo nesse sentido.
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Tragédia no mar
Em junho, o mundo parou para acompanhar o desfecho
do desaparecimento do submarino turístico chamado Titan, que
levava turistas para explorar os destroços do Titanic, na costa de St John’s,
Newfoundland, no Canadá. O equipamento desapareceu no dia 18, após perder
contato com a superfície. Os destroços
da embarcação foram encontrados somente no dia 22, quatro dias
depois. O submarino
implodiu levando a morte de cinco pessoas que estavam a bordo
Entre as vítimas estavam: o milionário Shahzada
Dawood, Seu filho, Sulaiman Dawood, o bilionário britânico e dono da Action Avision,
Hamish Harding; o mergulhador Paul-Henri Nargeolet; e Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que liderou a viagem. Até hoje os
órgãos públicos dos EUA e do Canadá participam das análises para desvendar o
motivo da implosão do submersível. Não há uma previsão de quando essa
investigação vai acabar.
Até hoje os órgãos públicos dos EUA e do Canadá
participam das análises para desvendar o motivo da implosão do submersível|
Foto: Reprodução
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Curiosidade
No dia 23 de agosto, a Índia
divulgou as primeiras imagens feitas no polo sul da Lua, região
inexplorada que fica no lado escuro do satélite. As imagens divulgadas
mostraram crateras na superfície da Lua capturadas por uma câmera projetada
para ajudar a encontrar um local de pouso seguro para a espaçonave.
A espaçonave Chandrayaan-3, da Organização de
Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, na sigla em inglês), estava em uma disputa com
a Rússia para ser a primeira a pousar no polo sul lunar, uma região cujas
crateras sombreadas contêm gelo de água que poderia suportar um futuro
assentamento lunar.
A missão Chandrayaan - que significa "veículo
lunar" em hindi e sânscrito - é a segunda tentativa do país de pousar no
polo sul da Lua. Em 2019, a missão Chandrayaan-2 implantou com sucesso um
orbitador, mas seu módulo de pouso caiu. O objetivo do país se tornou explorar
a Lua com o menor custo possível.
Fonte: A Tarde
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