Venezuela reitera a necessidade de democratizar a
ONU diante dos conflitos globais
Ministro das Relações
Exteriores venezuelano, Yván Gil, disse que a Venezuela está disposta a
fornecer apoio diplomático para avançar na construção de novos mecanismos
globais.
O governo da Venezuela
insistiu nesta terça-feira (24) que é necessário democratizar a tomada de
decisões na Organização das Nações Unidas (ONU) diante dos conflitos que o
mundo enfrenta.
"Diante das guerras
e das injustiças vividas em todo o mundo, acreditamos que é imperativo
democratizar a tomada de decisões no âmbito das Nações Unidas e criar
mecanismos para implementar acordos e resoluções", afirmou o ministro das
Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, em postagem na rede social X (antigo
Twitter).
Gil fez esse comentário
por ocasião do aniversário da Carta das Nações Unidas, documento que entrou em
vigor em 1945 e marcou a fundação do órgão multilateral.
O chanceler venezuelano
acrescentou que "a Venezuela estará sempre disposta a fornecer apoio
através de sua diplomacia bolivariana de paz" para avançar na construção
de novos mecanismos.
O governo da Venezuela
reiterou em diversas ocasiões a importância do respeito aos princípios do
mecanismo, estabelecido na Carta das Nações Unidas, instrumento descrito pela
nação sul-americana como uma ferramenta para garantir a coexistência global.
Ø Lula diz que EUA poderiam 'interferir mais' em
Israel, mas 'querem guerra'; Macron sugere coalizão
Na visão de Lula, tanto a
ONU quanto Washington poderiam ser mais incisivos com a contraofensiva
israelense. Já Macron, foi a Tel Aviv hoje (24) e sugeriu que a coalizão
internacional que combate o Daesh no Iraque e na Síria seja ampliada para
incluir a luta contra o Hamas em Gaza.
Nesta terça-feira (24), o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a guerra entre Israel e
Hamas criticando a ofensiva israelense ao afirmar que "não é porque o
Hamas cometeu um ato terrorista que Israel tem que matar milhões de
inocentes".
"Não é porque o
Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões
de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é
possível. Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os
Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem,
as pessoas querem guerra", afirmou o presidente de acordo com o jornal O
Globo.
Lula já havia
classificado os ataques de 7 de outubro como terrorista, mas na semana passada,
pela primeira vez, associou a definição ao Hamas, conforme noticiado. Na
ocasião, chamou os ataques de "terrorismo" e "ato de
loucura" e a reação israelense de "insana".
"Não tem exemplo na
humanidade, de guerra, em que quem morre mais é criança, que não está na
guerra. E crianças dos dois lados, que nós não queremos que morra ninguém. Eu
conversei com todo mundo, ainda falta conversar com Xi Jinping [China], com o
presidente da África do Sul e com o presidente do Catar", afirmou o
mandatário brasileiro.
Em entrevista ao programa
Roda Viva ontem (23), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que o Hamas precisa ser
responsabilizado pelos ataques a Israel.
Apesar disso, deu a
entender que o futuro da organização extremista pode ser dentro da política
palestina.
"O Hamas tem que ser
responsabilizado pelo que ele fez. Mas nós já vivemos situações no mundo em que
o IRA era considerado terrorista e hoje faz parte do governo do Reino Unido
[…]", disse o ministro, referindo-se ao Sinn Féin, partido que já foi um
braço político do grupo armado e no ano passado foi o primeiro colocado na
eleição para a Assembleia de Belfast.
"Já vivemos
situações em que o Nelson Mandela ficou 27 anos na cadeia acusado de terrorista
e se tornou uma das maiores lideranças, um dos maiores estadistas do século 20.
Como é que vai ser o futuro, o desdobramento, o papel do Hamas, se ele vai
mudar, se vai mudar sua orientação, é o povo palestino que tem que fazer essa
discussão", acrescentou Pimenta.
Também nesta terça-feira
(24), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez uma visita ao premiê israelense,
Benjamin Netanyahu, e propôs que uma coalizão internacional que luta contra o
Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) no Iraque
e na Síria seja ampliada para incluir a luta contra o Hamas em Gaza.
Falando ao lado de Netanyahu
em Jerusalém, Macron sublinhou que Paris e Tel Aviv compartilham o terrorismo
como o seu "inimigo comum": "Esta batalha não é apenas nossa
[...] é a batalha de todos", disse o líder segundo a Reuters.
"A França está
pronta para a coligação internacional contra o Daesh, na qual participamos,
para operações no Iraque e na Síria, para também lutar contra o Hamas",
afirmou o chefe de Estado francês alertando para os riscos de um conflito
regional, mas também declarando que a luta contra o Hamas "deve ser sem
piedade, mas não sem regras".
Após encontrar com
Netanyahu, Macron se reuniu com presidente da Autoridade Palestina Mahmoud
Abbas.
Trinta cidadãos franceses
foram mortos por militantes do Hamas no ataque ao sul de Israel em 7 de
outubro, no qual mais de 200 pessoas foram detidas e 1.400 israelenses mortos.
O Ministério da Saúde palestino afirma que os ataques aéreos israelenses em
Gaza mataram mais de 5.000 pessoas desde então, relata a mídia.
Ø Palestina considera 'imperdoável' a
incapacidade da ONU em solucionar crise entre Israel e Hamas
Em reunião do Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad al-Maliki, ministro das
Relações Exteriores da Palestina, apontou que o massacre do povo palestino deve
cessar imediatamente.
Durante discurso nesta
terça-feira (24), o MRE palestino fez questão de pontuar que o número de
vítimas palestinas não para de crescer, categorizando como "imperdoáveis
as falhas contínuas em acabar com o conflito" dentro do Conselho de
Segurança da ONU.
"O massacre em
curso, proposital e sistematicamente levado a cabo por Israel como força de
ocupação contra a população civil palestina, deve parar […]. O Conselho de
Segurança da ONU é obrigado a detê-los, a comunidade internacional deve
detê-los de acordo com o direito internacional", afirmou al-Maliki.
Ao fim de sua fala, o
ministro voltou a pontuar que, diante das múltiplas propostas de cessar-fogo,
Israel não precisa mais continuar com os ataques, já que "mais
assassinatos e injustiças não tornarão Israel mais seguro" e "nenhuma
aliança acrescentará segurança a Israel".
A única coisa que traria
paz à região, portanto, seria "apenas uma vontade pacífica, um desejo de
paz com a Palestina e seu povo", concluiu al-Maliki.
Os bombardeios de Israel
contra a população de Gaza levaram até o momento a morte de 5.791 pessoas,
informou o Ministério da Saúde da Palestina. Dessas, 2.360 eram crianças, 1.292
eram mulheres e 295 idosos, especificou o Ministério.
Ø Musk se preocupa com possível 3ª Guerra Mundial e diz: 'Precisamos
restaurar relações com Rússia'
O bilionário prevê um
conflito de escala global a partir do que acontece atualmente na Ucrânia e
Oriente Médio. Uma das soluções que propõe é que os Estados Unidos restaurem
suas relações com a Rússia.
As falas de Elon Musk
foram feitas durante uma audioconferência no X (antigo Twitter). A mídia
norte-americana The Wall Street Journal comentou os destaques da conversa.
"Precisamos resolver
a paz na Ucrânia e, acredito eu, precisamos restaurar relações normais com a
Rússia", disse Musk.
O empresário ressaltou
que as hostilidades cometidas por Kiev contra a Rússia não fazem sentido e que
se juntadas com a guerra que ocorre agora no Oriente Médio podem desencadear um
conflito global. Para ele, essa situação é perigosa para os EUA não por si só,
mas também porque forma uma aliança mais estreita entre Rússia, Irã e China.
Musk ainda acrescentou
que Washington será arrasado em um confronto com uma aliança tão séria, uma vez
que não possui o potencial militar-industrial correspondente.
No início de outubro de
2022, o bilionário escreveu no X que duvidava da possibilidade de a Ucrânia
vencer a Rússia no caso de batalhas em grande escala. Quando deu ideias de
resolução do conflito, defendeu que a Crimeia deveria continuar a pertencer à
Rússia e que a Ucrânia deveria assumir um status neutro.
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Pedindo guerra com Irã e
Rússia, EUA viram alvo fácil no Oriente Médio, diz ex-analista da CIA
Em uma entrevista ao
canal Judging Freedom, o ex-analista da inteligência da CIA, Ray McGovern,
afirmou que os EUA estão "pagando" para entrar em guerra com Irã e,
possivelmente, com a Rússia.
Recentemente, os Estados
Unidos enviaram dois grupos de ataque de porta-aviões ao golfo Pérsico em uma
clara provocação ao Irã, quase que pedindo para entrar em uma guerra, afirmou o
analista.
"Isso ocorre porque
a Defesa americana é chefiada por alguém que não serve para o cargo. Ele [Lloyd
Austin] não tem ideia das coisas que pedem para fazer. Ele espera honestidade
quando Antony Blinken ordena a enviar os dois grupos de ataque de porta-aviões.
Um no Oriente Médio, e o outro no golfo Pérsico", afirmou.
Segundo ele, os
americanos esperam que o Irã dispare contra seus navios, que são alvos fáceis,
o que seria usado como pretexto para começar uma guerra contra os iranianos,
bem como com os russos, caso o porta-aviões americano navegue em torno da
Síria.
"Como eu já disse,
eles são alvos fáceis. Blinken supôs que abririam fogo contra eles, e então,
ele começaria uma guerra contra o Irã. E, talvez, até contra a Rússia, caso
eles naveguem em torno da Síria, onde as tropas russas estão localizadas",
destacou.
O ex-analista da CIA
destacou que as embarcações americanas não têm nada o que fazer na região e,
por isso, nada justifica a presença dos grupos de ataque e de dois mil
marinheiros, a não ser o desejo de guerrear da administração Biden.
Ø Congresso dos EUA tem medo de ajuda militar
americana cair nas mãos do Hamas, diz mídia
Os republicanos da Câmara
dos Representantes dos EUA afirmaram que as armas americanas transferidas para
os aliados poderiam cair nas mãos do movimento palestino Hamas, informa o
jornal Washington Examiner citando uma carta dos congressistas ao secretário de
Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
Anteriormente, Marjorie
Taylor Greene, republicana pela Geórgia, pediu a verificação da origem das
armas que foram usadas pelos palestinos nos ataques ao sul de Israel e sugeriu
que poderiam ter chegado até eles, inclusive da Ucrânia.
"O Comitê viu
relatos de que armas fabricadas nos EUA estão sendo redistribuídas e revendidas
em mercados secundários para organizações terroristas, incluindo o Hamas",
escreveram os políticos James Comer e Marjorie Greene em sua carta.
Assim, os republicanos
pediram o Pentágono para realizar um briefing sobre as medidas tomadas para
evitar que a ajuda caia nas mãos de agrupamentos terroristas.
A publicação não
especifica de qual país as armas podem ter chegado às mãos do Hamas. No
entanto, o Washington Examiner observa que, já em junho, o Exército israelense
estava preocupado que armas americanas do Afeganistão pudessem ter sido
recebidas pelo movimento palestino.
Ø EUA receiam que Israel não possua um plano
viável para atacar Faixa de Gaza por terra, revela mídia
Autoridades dos EUA têm
expressado preocupações de que Israel não tenha um plano viável para enviar
forças terrestres para Gaza e questionam se as Forças de Defesa de Israel (FDI)
podem alcançar seu objetivo de aniquilar o grupo militante Hamas, escreve o The
New York Times.
Em discussões recentes
com o seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa dos EUA,
Lloyd Austin, enfatizou a necessidade de "ponderação cuidadosa" antes
de lançar uma campanha terrestre em Gaza – um território densamente povoado,
aponta mídia.
"A administração
[dos EUA] também está preocupada […] que as Forças de Defesa de Israel ainda
não têm um caminho militar claro para alcançar o objetivo do primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu de erradicar o Hamas", avança o jornal, acrescentando
que, "em conversas com autoridades israelenses desde os ataques do Hamas
em 7 de outubro, autoridades norte-americanas disseram que ainda não viram um
plano de ação alcançável".
Embora a Casa Branca
tenha afirmado que as autoridades de Washington não estão tomando decisões em
nome de Israel, o Pentágono teria enviado o tenente-general dos Fuzileiros
Navais James Glynn para aconselhar as FDI em operações urbanas.
Anteriormente, o ministro
da Economia de Israel, Nir Barkat, afirmou que as Forças de Defesa de Israel
têm luz verde para atacar por terra a Faixa de Gaza a fim de destruir o Hamas.
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Hamas faz apelo para que
países árabes e islâmicos rompam relações com Israel
Em comunicado oficial, o
grupo palestino solicitou que embaixadores oficiais de Israel fossem expulsos
de países árabes e islâmicos, visto que são intoleráveis os "crimes
cometidos pela administração de ocupação" de Israel.
O Hamas ainda apelou à
intensificação do boicote a Israel por parte de todos os Estados-membros da
Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica.
O movimento armado
palestino também pediu à Organização das Nações Unidas (ONU), aos países árabes
e muçulmanos para "assumirem a sua responsabilidade política e ética,
tomando medidas eficazes e imediatas para cessar a agressão e a escalada de
crimes por parte das forças de ocupação, incluindo os massacres de crianças e
civis inocentes", visto que tais ações "violam todas as normas e leis
internacionais".
Analistas internacionais
relacionaram o recente ataque do Hamas contra a nação judaica com a intenção de
que o Irã, que supostamente o apoia, impedisse a normalização das relações
entre Israel e Arábia Saudita, que tem ocorrido discretamente sob a mediação
dos Estados Unidos.
Em 2020, os Emirados
Árabes Unidos e o Bahrein, vizinhos da Arábia Saudita, reconheceram Israel como
nação legítima e normalizaram as relações com o país.
Fonte: Sputnik Brasil
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