quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Venezuela reitera a necessidade de democratizar a ONU diante dos conflitos globais

Ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, disse que a Venezuela está disposta a fornecer apoio diplomático para avançar na construção de novos mecanismos globais.

O governo da Venezuela insistiu nesta terça-feira (24) que é necessário democratizar a tomada de decisões na Organização das Nações Unidas (ONU) diante dos conflitos que o mundo enfrenta.

"Diante das guerras e das injustiças vividas em todo o mundo, acreditamos que é imperativo democratizar a tomada de decisões no âmbito das Nações Unidas e criar mecanismos para implementar acordos e resoluções", afirmou o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, em postagem na rede social X (antigo Twitter).

Gil fez esse comentário por ocasião do aniversário da Carta das Nações Unidas, documento que entrou em vigor em 1945 e marcou a fundação do órgão multilateral.

O chanceler venezuelano acrescentou que "a Venezuela estará sempre disposta a fornecer apoio através de sua diplomacia bolivariana de paz" para avançar na construção de novos mecanismos.

O governo da Venezuela reiterou em diversas ocasiões a importância do respeito aos princípios do mecanismo, estabelecido na Carta das Nações Unidas, instrumento descrito pela nação sul-americana como uma ferramenta para garantir a coexistência global.

 

Ø  Lula diz que EUA poderiam 'interferir mais' em Israel, mas 'querem guerra'; Macron sugere coalizão

 

Na visão de Lula, tanto a ONU quanto Washington poderiam ser mais incisivos com a contraofensiva israelense. Já Macron, foi a Tel Aviv hoje (24) e sugeriu que a coalizão internacional que combate o Daesh no Iraque e na Síria seja ampliada para incluir a luta contra o Hamas em Gaza.

Nesta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a guerra entre Israel e Hamas criticando a ofensiva israelense ao afirmar que "não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista que Israel tem que matar milhões de inocentes".

"Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade. Não é possível. Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem, as pessoas querem guerra", afirmou o presidente de acordo com o jornal O Globo.

Lula já havia classificado os ataques de 7 de outubro como terrorista, mas na semana passada, pela primeira vez, associou a definição ao Hamas, conforme noticiado. Na ocasião, chamou os ataques de "terrorismo" e "ato de loucura" e a reação israelense de "insana".

"Não tem exemplo na humanidade, de guerra, em que quem morre mais é criança, que não está na guerra. E crianças dos dois lados, que nós não queremos que morra ninguém. Eu conversei com todo mundo, ainda falta conversar com Xi Jinping [China], com o presidente da África do Sul e com o presidente do Catar", afirmou o mandatário brasileiro.

Em entrevista ao programa Roda Viva ontem (23), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que o Hamas precisa ser responsabilizado pelos ataques a Israel.

Apesar disso, deu a entender que o futuro da organização extremista pode ser dentro da política palestina.

"O Hamas tem que ser responsabilizado pelo que ele fez. Mas nós já vivemos situações no mundo em que o IRA era considerado terrorista e hoje faz parte do governo do Reino Unido […]", disse o ministro, referindo-se ao Sinn Féin, partido que já foi um braço político do grupo armado e no ano passado foi o primeiro colocado na eleição para a Assembleia de Belfast.

"Já vivemos situações em que o Nelson Mandela ficou 27 anos na cadeia acusado de terrorista e se tornou uma das maiores lideranças, um dos maiores estadistas do século 20. Como é que vai ser o futuro, o desdobramento, o papel do Hamas, se ele vai mudar, se vai mudar sua orientação, é o povo palestino que tem que fazer essa discussão", acrescentou Pimenta.

Também nesta terça-feira (24), o presidente da França, Emmanuel Macron, fez uma visita ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e propôs que uma coalizão internacional que luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) no Iraque e na Síria seja ampliada para incluir a luta contra o Hamas em Gaza.

Falando ao lado de Netanyahu em Jerusalém, Macron sublinhou que Paris e Tel Aviv compartilham o terrorismo como o seu "inimigo comum": "Esta batalha não é apenas nossa [...] é a batalha de todos", disse o líder segundo a Reuters.

"A França está pronta para a coligação internacional contra o Daesh, na qual participamos, para operações no Iraque e na Síria, para também lutar contra o Hamas", afirmou o chefe de Estado francês alertando para os riscos de um conflito regional, mas também declarando que a luta contra o Hamas "deve ser sem piedade, mas não sem regras".

Após encontrar com Netanyahu, Macron se reuniu com presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas.

Trinta cidadãos franceses foram mortos por militantes do Hamas no ataque ao sul de Israel em 7 de outubro, no qual mais de 200 pessoas foram detidas e 1.400 israelenses mortos. O Ministério da Saúde palestino afirma que os ataques aéreos israelenses em Gaza mataram mais de 5.000 pessoas desde então, relata a mídia.

 

Ø  Palestina considera 'imperdoável' a incapacidade da ONU em solucionar crise entre Israel e Hamas

 

Em reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad al-Maliki, ministro das Relações Exteriores da Palestina, apontou que o massacre do povo palestino deve cessar imediatamente.

Durante discurso nesta terça-feira (24), o MRE palestino fez questão de pontuar que o número de vítimas palestinas não para de crescer, categorizando como "imperdoáveis as falhas contínuas em acabar com o conflito" dentro do Conselho de Segurança da ONU.

"O massacre em curso, proposital e sistematicamente levado a cabo por Israel como força de ocupação contra a população civil palestina, deve parar […]. O Conselho de Segurança da ONU é obrigado a detê-los, a comunidade internacional deve detê-los de acordo com o direito internacional", afirmou al-Maliki.

Ao fim de sua fala, o ministro voltou a pontuar que, diante das múltiplas propostas de cessar-fogo, Israel não precisa mais continuar com os ataques, já que "mais assassinatos e injustiças não tornarão Israel mais seguro" e "nenhuma aliança acrescentará segurança a Israel".

A única coisa que traria paz à região, portanto, seria "apenas uma vontade pacífica, um desejo de paz com a Palestina e seu povo", concluiu al-Maliki.

Os bombardeios de Israel contra a população de Gaza levaram até o momento a morte de 5.791 pessoas, informou o Ministério da Saúde da Palestina. Dessas, 2.360 eram crianças, 1.292 eram mulheres e 295 idosos, especificou o Ministério.

 

Ø  Musk se preocupa com possível 3ª Guerra Mundial e diz: 'Precisamos restaurar relações com Rússia'

 

O bilionário prevê um conflito de escala global a partir do que acontece atualmente na Ucrânia e Oriente Médio. Uma das soluções que propõe é que os Estados Unidos restaurem suas relações com a Rússia.

As falas de Elon Musk foram feitas durante uma audioconferência no X (antigo Twitter). A mídia norte-americana The Wall Street Journal comentou os destaques da conversa.

"Precisamos resolver a paz na Ucrânia e, acredito eu, precisamos restaurar relações normais com a Rússia", disse Musk.

O empresário ressaltou que as hostilidades cometidas por Kiev contra a Rússia não fazem sentido e que se juntadas com a guerra que ocorre agora no Oriente Médio podem desencadear um conflito global. Para ele, essa situação é perigosa para os EUA não por si só, mas também porque forma uma aliança mais estreita entre Rússia, Irã e China.

Musk ainda acrescentou que Washington será arrasado em um confronto com uma aliança tão séria, uma vez que não possui o potencial militar-industrial correspondente.

No início de outubro de 2022, o bilionário escreveu no X que duvidava da possibilidade de a Ucrânia vencer a Rússia no caso de batalhas em grande escala. Quando deu ideias de resolução do conflito, defendeu que a Crimeia deveria continuar a pertencer à Rússia e que a Ucrânia deveria assumir um status neutro.

·         Pedindo guerra com Irã e Rússia, EUA viram alvo fácil no Oriente Médio, diz ex-analista da CIA

Em uma entrevista ao canal Judging Freedom, o ex-analista da inteligência da CIA, Ray McGovern, afirmou que os EUA estão "pagando" para entrar em guerra com Irã e, possivelmente, com a Rússia.

Recentemente, os Estados Unidos enviaram dois grupos de ataque de porta-aviões ao golfo Pérsico em uma clara provocação ao Irã, quase que pedindo para entrar em uma guerra, afirmou o analista.

"Isso ocorre porque a Defesa americana é chefiada por alguém que não serve para o cargo. Ele [Lloyd Austin] não tem ideia das coisas que pedem para fazer. Ele espera honestidade quando Antony Blinken ordena a enviar os dois grupos de ataque de porta-aviões. Um no Oriente Médio, e o outro no golfo Pérsico", afirmou.

Segundo ele, os americanos esperam que o Irã dispare contra seus navios, que são alvos fáceis, o que seria usado como pretexto para começar uma guerra contra os iranianos, bem como com os russos, caso o porta-aviões americano navegue em torno da Síria.

"Como eu já disse, eles são alvos fáceis. Blinken supôs que abririam fogo contra eles, e então, ele começaria uma guerra contra o Irã. E, talvez, até contra a Rússia, caso eles naveguem em torno da Síria, onde as tropas russas estão localizadas", destacou.

O ex-analista da CIA destacou que as embarcações americanas não têm nada o que fazer na região e, por isso, nada justifica a presença dos grupos de ataque e de dois mil marinheiros, a não ser o desejo de guerrear da administração Biden.

 

Ø  Congresso dos EUA tem medo de ajuda militar americana cair nas mãos do Hamas, diz mídia

 

Os republicanos da Câmara dos Representantes dos EUA afirmaram que as armas americanas transferidas para os aliados poderiam cair nas mãos do movimento palestino Hamas, informa o jornal Washington Examiner citando uma carta dos congressistas ao secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Anteriormente, Marjorie Taylor Greene, republicana pela Geórgia, pediu a verificação da origem das armas que foram usadas pelos palestinos nos ataques ao sul de Israel e sugeriu que poderiam ter chegado até eles, inclusive da Ucrânia.

"O Comitê viu relatos de que armas fabricadas nos EUA estão sendo redistribuídas e revendidas em mercados secundários para organizações terroristas, incluindo o Hamas", escreveram os políticos James Comer e Marjorie Greene em sua carta.

Assim, os republicanos pediram o Pentágono para realizar um briefing sobre as medidas tomadas para evitar que a ajuda caia nas mãos de agrupamentos terroristas.

A publicação não especifica de qual país as armas podem ter chegado às mãos do Hamas. No entanto, o Washington Examiner observa que, já em junho, o Exército israelense estava preocupado que armas americanas do Afeganistão pudessem ter sido recebidas pelo movimento palestino.

 

Ø  EUA receiam que Israel não possua um plano viável para atacar Faixa de Gaza por terra, revela mídia

 

Autoridades dos EUA têm expressado preocupações de que Israel não tenha um plano viável para enviar forças terrestres para Gaza e questionam se as Forças de Defesa de Israel (FDI) podem alcançar seu objetivo de aniquilar o grupo militante Hamas, escreve o The New York Times.

Em discussões recentes com o seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, enfatizou a necessidade de "ponderação cuidadosa" antes de lançar uma campanha terrestre em Gaza – um território densamente povoado, aponta mídia.

"A administração [dos EUA] também está preocupada […] que as Forças de Defesa de Israel ainda não têm um caminho militar claro para alcançar o objetivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de erradicar o Hamas", avança o jornal, acrescentando que, "em conversas com autoridades israelenses desde os ataques do Hamas em 7 de outubro, autoridades norte-americanas disseram que ainda não viram um plano de ação alcançável".

Embora a Casa Branca tenha afirmado que as autoridades de Washington não estão tomando decisões em nome de Israel, o Pentágono teria enviado o tenente-general dos Fuzileiros Navais James Glynn para aconselhar as FDI em operações urbanas.

Anteriormente, o ministro da Economia de Israel, Nir Barkat, afirmou que as Forças de Defesa de Israel têm luz verde para atacar por terra a Faixa de Gaza a fim de destruir o Hamas.

 

·         Hamas faz apelo para que países árabes e islâmicos rompam relações com Israel

 

Em comunicado oficial, o grupo palestino solicitou que embaixadores oficiais de Israel fossem expulsos de países árabes e islâmicos, visto que são intoleráveis os "crimes cometidos pela administração de ocupação" de Israel.

O Hamas ainda apelou à intensificação do boicote a Israel por parte de todos os Estados-membros da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica.

O movimento armado palestino também pediu à Organização das Nações Unidas (ONU), aos países árabes e muçulmanos para "assumirem a sua responsabilidade política e ética, tomando medidas eficazes e imediatas para cessar a agressão e a escalada de crimes por parte das forças de ocupação, incluindo os massacres de crianças e civis inocentes", visto que tais ações "violam todas as normas e leis internacionais".

Analistas internacionais relacionaram o recente ataque do Hamas contra a nação judaica com a intenção de que o Irã, que supostamente o apoia, impedisse a normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita, que tem ocorrido discretamente sob a mediação dos Estados Unidos.

Em 2020, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, vizinhos da Arábia Saudita, reconheceram Israel como nação legítima e normalizaram as relações com o país.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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