Terminou o namoro entre PCO e a extrema direita?
Nos últimos anos, o Partido da Causa Operária (PCO)
tem chamado a atenção pelas sucessivas aproximações com a extrema direita. Não
se trata de defender a falaciosa Teoria da Ferradura, atribuída ao escritor
francês Jean-Pierre Faye, que aponta uma suposta semelhança entre a extrema
esquerda e a extrema direita. Também não acredito que tal aproximação seja por
causa de infiltrados, haja vista que todas as atividades do PCO passam pelo
aval de seu presidente, Rui Costa Pimenta.
De acordo com um ex-funcionário do partido, em
postagem realizada no Facebook, a guinada à extrema direita tem por objetivo
atrair bolsonaristas (conhecidos por suas intensas interações virtuais) para
consumirem os conteúdos da imprensa do PCO: Diário Causa Operária, COTV e
Jornal Causa Operária. Nada mais do que a busca por engajamento digital,
através dos chamados clickbaits (ou “caça-cliques”, em livre tradução).
Podemos localizar o primeiro grande movimento dessa
empreitada do PCO nos posicionamentos negacionistas e antivacina durante os
momentos mais críticos da pandemia da Covid-19 (tão semelhantes aos adotados
pela extrema direita, a ponto de, em certas ocasiões, ser difícil distinguir se
uma determinada declaração veio de Bolsonaro ou do PCO).
Posteriormente, o partido dobrou a aposta e passou
a defender publicamente as figuras mais abjetas da extrema direita, como Allan
dos Santos, Monark, Roberto Jefferson, Maurício Souza e Daniel Silveira. Nessa
linha de raciocínio, para o PCO, os bolsonaristas que protagonizaram a
quebradeira nos prédios dos Três Poderes, no início do ano, não são
“golpistas”, mas apenas “manifestantes”.
Também são notórios os discursos do partido em
favor de jogadores de futebol bolsonaristas, a exemplo de Neymar, Robinho e
Daniel Alves. Até o principal alvo de ataques pessoais do PCO é o mesmo dos seguidores
do “mito”: o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Mas não basta defender publicamente indivíduos de
extrema direita. É preciso estar junto a eles. Assim, em um outro movimento de
aproximação aos setores mais reacionários do espectro político, os principais
nomes do PCO passaram a frequentar programas da Jovem Pan, o podcast “Monark
Talks” e o canal do YouTube “Arte da Guerra”.
Aparentemente, a estratégia de se aproximar da
extrema direita deu certo. As postagens nas principais redes sociais do PCO
estão infestadas de comentários de bolsonaristas, a partir de frases como:
“esta é a esquerda de verdade”, “se não fosse o apoio a Lula, me filiaria ao
partido”, “sou de direita, mas respeito o PCO” e “não aguento mais concordar com
o PCO”.
Por outro lado, variados veículos de comunicação,
tanto à direita quanto à esquerda passaram a destacar essa estranha situação do
Partido da Causa Operária”: “PCO tem apoio apenas da extrema-direita no
Twitter, diz levantamento” (DCM); “Considerado um partido de extrema esquerda,
o PCO tem agenda próxima a um movimento de espectro ideológico inverso: o
bolsonarismo” (O Globo); “DataFórum: PCO é um dos principais influenciadores do
Bolsonarismo” (Fórum); “Presidente do PCO diz que aliança com bolsonaristas é
natural em alguns pontos” (Folha de São Paulo).
No entanto, quando tudo parecia bem, no melhor
estilo “felizes para sempre”, eis que o recrudescimento do conflito
Palestina-Israel colocou PCO e extrema direita em campos opostos. Assim como
praticamente toda a esquerda, o partido se posicionou em defesa dos palestinos.
Aliás, o que outrora seria considerado normal, no presente contexto, é título
de matéria na Folha de São Paulo: “PCO diz estar 1.000% com Hamas e se
reaproxima da esquerda após flerte com bolsonarismo”.
Por sua vez, os “amigos” da extrema direita,
amplamente favoráveis ao Estado Sionista, não gostaram desse posicionamento
pró-palestina. Lembrando Bauman, será que o relacionamento PCO-extrema direita
não passou de um “amor líquido”?
Na Jovem Pan, antigo “canal parceiro”, o PCO foi
chamado de “organização criminosa” e sua cassação foi pedida, devido ao apoio a
“terroristas” do Hamas. Já dois dirigentes do partido – Francisco Muniz e
Vinícius Rodrigues – receberam ameaças de morte de figuras anônimas sionistas,
em suas redes sociais, após discursos em que defenderam as ações do Hamas em
Israel.
Além disso, um grupo de deputados bolsonaristas –
entre eles, Carla Zambelli, Bia Kicis e Nikolas Ferreira – enviou à Polícia
Civil de São Paulo um pedido de abertura de inquérito contra João Caproni
Pimenta – filho de Rui Costa Pimenta e dirigente do PCO – por “apologia ao
terrorismo”. O motivo: João, em um ato público, pediu “uma salva de palmas para
todos os grupos armados, para o Hamas, para a Jihad islâmica e para todos os
grupos que lutam pela Palestina”.
Evidentemente, não apoio a atitude dos
parlamentares (nem mesmo o governo brasileiro e a ONU consideram o Hamas como
“terrorista”). Tampouco estou dizendo “bem-feito ao PCO”.
Porém, não deixa de ser inusitado constatar que,
após anos defendendo os maiores absurdos da extrema direita, em nome da
“liberdade de expressão”, o PCO tenha recebido essa “facada nas costas”.
Parafraseando um dito popular, bastante difundido, mas de autoria desconhecida:
“se alie à extrema direita e eles lhe arrancarão os olhos”.
Os
estranhos posicionamentos do PCO
A prisão preventiva do jogador Daniel Alves,
acusado de agressão sexual, trouxe a temática "estupro" para o centro
dos debates da esquerda brasileira. Assim, foram levantadas várias questões
sobre a vulnerabilidade das mulheres em determinados ambientes e o permanente
sentimento de impunidade que alguns homens públicos como o atleta brasileiro
ainda insistem em ter.
Em meio às manifestações de setores da esquerda
sobre o caso, chamou a atenção o artigo intitulado "Prisão de Daniel Alves
vira pretexto para atacar futebol", publicado no Diário Causa Operária
(DCO), do Partido da Causa Operária (PCO).
Segundo o (tendencioso) texto, que parece ter sido
escrito por um advogado do jogador, a prisão preventiva de Daniel Alves é um
"ato medieval" e "uma perseguição ao futebol brasileiro, a
serviço de interesses imperialistas, que conta com o apoio da imprensa
vira-lata do Brasil".
Em momento algum do artigo, os argumentos da mulher
que teria sido violentada sexualmente por Daniel Alves são levados em
consideração. Em contrapartida, há um fervoroso enaltecimento do lateral
direito da seleção brasileira, descrito como "um dos maiores jogadores dos
últimos 20 anos, que durante sua carreira, passou por dois importantes clubes
espanhóis".
Aparentemente, é no mínimo estranho um veículo
(teoricamente) de esquerda publicar um texto em que se posiciona em favor do
opressor e contra o oprimido. Porém, quem acompanha o cenário político nacional
sabe que não se trata, necessariamente, de uma novidade. Quando Robinho foi
condenado por estupro pela justiça italiana, o PCO, mesmo diante de todas as
evidências do crime, também saiu em defesa do jogador.
Mas os posicionamentos equivocados do partido não
se limitam a defender jogadores acusados de violência sexual. Nos momentos mais críticos da pandemia da
Covid-19, o PCO adotou um discurso negacionista, que questionava a eficácia de
vacinas e contrário às medidas de distanciamento social para evitar a propagação
do novo coronavírus. Uma postura que, no campo político, só teve similares no
bolsonarismo.
Não é raro encontramos no DCO artigos que exaltam
os "feitos" dos bandeirantes, descrevem o Talibã como
"representante dos povos oprimidos" e acusam Guilherme Boulos de ser
responsável pela derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha, na
Copa de 2014.
Também são notórias as defesas de figuras ligadas à
extrema direita, como Allan dos Santos, Monark, Roberto Jefferson e Daniel
Silveira. Por outro lado, tanto no DCO quanto no canal do PCO no YouTube, são constantes os ataques a figuras públicas
e veículos de imprensa do campo progressista, como o Diário do Centro do Mundo
, a Revista Fórum e o comentarista esportivo Walter Casagrande.
Para o PCO, os indivíduos que participaram dos atos
contra os três poderes, no último dia 8 de janeiro, não são
"golpistas", "vândalos" ou "terroristas", mas
apenas "manifestantes". Não por acaso, o presidente do partido, Rui
Costa Pimenta, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que "a aliança com
bolsonaristas é natural em alguns pontos".
Difícil saber se os discursos do PCO são uma forma
de direcionar as atenções para o partido, atrair desavisados, conquistar
engajamento digital e/ou testar a fidelidade de seus militantes (por
frequentemente terem que "defender o indefensável", uma espécie de
comportamento de seita).
Fato é que os devaneios do PCO dão combustível para
aqueles que gostam de citar a (falaciosa) “teoria da ferradura”, atribuída ao
escritor francês Jean-Pierre Faye, que
parte do pressuposto de que extrema esquerda e extrema direita, ao
contrário de serem extremos opostos de um espectro político linear e contínuo,
se aproximam da mesma forma que o fim de uma ferradura.
Diante dessa realidade, é de suma importância que
as forças progressistas trabalhem para que as lutas reais (e urgentes) da
esquerda não sejam confundidas com as ações de um partido cuja única função nos
últimos anos parece ser a criação de "polêmicas vazias".
PCO é
uma seita?
No cenário político brasileiro, constantemente o
Partido da Causa Operária (PCO) é chamado de “seita” por seus críticos.
Reinaldo Azevedo já se referiu ao partido como “seita bolsonarista de
esquerda”. Guilherme Boulos, ao se defender das acusações do PCO, sobre
ligações com o imperialismo estadunidense, afirmou: “O PCO é uma seita de gente
lunática”. No início do ano passado, Emir Sader escreveu em seu perfil no
Twitter: “PCO, aquela seita denunciada por tantos ex-militantes, faz o jogo da
direita atacando o Boric [presidente do Chile]”.
Sendo assim, a partir das falas citadas acima,
somos levados ao seguinte questionamento: chamar o PCO de seita é apenas falta
de argumento ou o partido realmente opera como tal?
Para responder a esta pergunta, é fundamental
identificarmos as principais características de uma seita. Quando ouvimos ou
lemos esta palavra, logo nos vem à mente um grupo de fanáticos religiosos.
Porém, a designação “seita” também pode ser aplicada a outras organizações
sociais.
São características básicas de uma seita: 1)
infalibilidade do líder; 2) exclusivismo (somente seu grupo é o portador da
“verdade”); 3) divisão “nós e eles”; e 4) perseguição a ex-membros.
Segundo o conselheiro de saúde mental,
especializado em cultos destrutivos, Steven Hassan, seitas são grupos que
deixam seus membros psicologicamente esmagados e financeiramente arruinados,
além de demolirem suas relações anteriores, com cônjuges, amigos e familiares.
Dito isso, é importante averiguar se as
características listadas acima – infalibilidade do líder, exclusivismo, divisão
“nós e eles” e perseguição a ex-membros – se aplicam ao PCO.
Infalibilidade do líder – Desde sua fundação, em
meados dos anos 90, o PCO tem um único presidente: Rui Costa Pimenta. Quem
acompanha minimamente as atividades públicas do partido, percebe, sem maiores dificuldades,
que sua dinâmica opera da seguinte forma: aos sábados, na Causa Operária TV
(COTV) – veículo de imprensa do partido –, Rui Costa Pimenta faz uma análise de
conjuntura sobre os principais acontecimentos políticos e sociais do momento;
na semana seguinte, os militantes repetem, de maneira fidedigna, todos os
posicionamentos de Rui Costa Pimenta. Não há divergências. Todos têm exatamente
as mesmas opiniões do líder (pelo menos demonstram em âmbito retórico).
De acordo com o documento intitulado “PCO:
reflexões críticas de egressos do Partido”, assinado por ex-militantes do
partido (portanto, escrito por quem já esteve dentro dessa organização
política), “há apenas um núcleo pensante no partido – ou, verdade seja dita –
um indivíduo autorizado a pensar: Rui Costa Pimenta. [...] Dentro do
funcionamento interno do PCO, nada de importante é conduzido sem que seu
presidente, Rui Costa Pimenta, tenha proposto ou autorizado. Tal fundamento
está de tal maneira viciado que o partido se confunde com a pessoa de Rui Costa
Pimenta e mesmo com sua família, numa relação extremamente personalista”.
Este tipo de imposição de ideias, que devem ser
reverberadas acriticamente, ou seja, sem direito à contra-argumentação, provoca
situações inusitadas para os militantes, como ter que idolatrar jogadores de
futebol direitistas (principalmente Neymar), adotar posturas negacionistas
(assim como no bolsonarismo), incentivar aglomerações em tempos de pandemia e,
para as mulheres, ter que defender estupradores (como o caso do jogador de
futebol Robinho) e grupos políticos nitidamente misóginos (Talibã, por
exemplo).
No final de 2021, Rui Costa Pimenta participou do
programa Pânico, da Jovem Pan (conhecido veículo ligado a extrema direita).
Para justificar essa postura incoerente, todos os militantes do PCO repetiram,
como papagaios, os mesmos mantras: um político de esquerda deve divulgar suas
ideias para um público amplo, não pode ficar preso à sua bolha, etc.
No entanto, quando outros nomes da esquerda
aparecem na grande imprensa, são achincalhados pelo PCO. Não por acaso, o
youtuber Jones Manoel, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), escreveu
em sua conta no Twitter: “Aquela seita conservadora e pseudo-marxista chamada
PCO, passou meses me atacando por causa da participação em um documentário
exibido na GNT. Agora os fãs de neymar estão se orgulhando de ser a 'esquerda’,
oficial da Jovem Klan, os maskotes de Emílio Surita. Repare só”.
Exclusivismo (somente seu grupo é o portador da
“verdade”) – Segundo os conteúdos divulgados na imprensa do PCO - a
anteriormente citada COTV, o Diário Causa Operária (virtual) e o Jornal Causa
Operária (impresso) - toda a esquerda brasileira está sempre “errada”; o PCO,
em contrapartida, sempre “certo”, ou seja, é o portador da “verdade revolucionária”.
Rui Costa Pimenta acertou todos os principais acontecimentos recentes da
política brasileira: “previu” o golpe de 2016, a prisão de Lula e a eleição de
Bolsonaro.
Também há uma (falsa) premissa de que o partido (o
menor do país) é capaz de influenciar a dinâmica da política nacional. Nesse
sentido, a atuação do PCO teria sido fundamental para a liberdade de Lula e
para as mobilizações populares contra o governo Bolsonaro. Tratam-se de alguns
dos “dogmas” do partido e, como tais, não podem ser questionados por seus
militantes.
Divisão “nós e eles” – Sendo o PCO portador da
“verdade revolucionária”, é natural que seus militantes se sintam como “algo
especial” dentro da esquerda brasileira. Geralmente, eles dedicam mais tempo
para criticar outros partidos e nomes da esquerda do que propriamente para
atacar a direita. Assim, os congêneres de espectro ideológico se constituem em
principal alvo da alteridade negativa do PCO.
Nesse sectarismo, o partido (“nós”) é o único
realmente revolucionárioQ quem não concorda (no caso, “eles”) está
“equivocado”. É “politicamente atrasado”, “anda a reboque da direita” ou é
“pequeno-burguês”. Assim, Rui Costa Pimenta seria uma espécie de “mente
iluminada”, pronta para conduzir as massas.
Perseguição a ex-membros – Ao contrário das
caraterísticas de seita presentes no PCO discutidas anteriormente, a
perseguição a ex-membros não é perceptível a partir das atividades públicas do
partido.
Entretanto, no texto já citado “PCO: reflexões
críticas de egressos do Partido” encontramos relatos de ex-militantes sobre
essa questão.
No próprio funcionamento do PCO, há um clima de
vigilância constante entre os membros, para que não haja divergências e desvios
sobre seu propósito principal: supostamente, a realização da revolução do proletariado.
No tocante às atividades externas dos membros do
PCO, o documento com as reflexões críticas dos egressos aponta que, para Rui
Costa Pimenta, o único trabalho digno é o de dirigente partidário ou militante
profissional.
Todos aqueles ligados ao serviço público ou aos
bancários, por exemplo, são sumariamente classificados como “parasitas” que
vivem como serviçais da burguesia, que controla o estado. A Educação é
concebida como algo fútil e pouco efetivo para melhorar o mundo, haja vista que
somente a revolução trará a solução para todos os problemas. A universidade
seria um antro de pequeno-burgueses preocupados apenas com suas disputas
intelectuais, incapazes de construir um movimento verdadeiramente
revolucionário.
Não obstante, as reuniões de “discussão política”
do partido são longas e cansativas. Os militantes também são obrigados a vender
exemplares do Jornal Causa Operária. A cota inicial é de 10 jornais por semana.
Há militantes encarregados de vender 50 jornais por semana (ou pelo menos pagar
por eles, caso não os tenha vendido).
Em entrevista para uma matéria da Revista Fórum,
Mikke Nienow de Barros, ex-militante do PCO, afirmou sobre o tempo em que
esteve no partido: “Havia um clima de policiamento constante sobre quem não
estivesse ‘alinhado’ com a direção e sessões de tortura psicológica para forçar
o militante a concordar com as exigências ou pular fora mediante pressão. Uma
relação abusiva, daquele tipo que quem está próximo a você percebe melhor o
buraco em que você se enfiou”.
Nessa mesma matéria, outro egresso, Kevin Drummond,
disse ter sido proibido de ver a filha e perseguido junto com a esposa (também
membro do partido). Militantes do PCO chegaram, inclusive, a criar perfis fakes
para tentar desestabilizar a relação e atacá-lo nas redes profissionais (onde
atua como professor de piano).
Desse modo, ao participar de atividades exaustivas,
ser incentivado a se afastar da família, da profissão e da vida fora da
organização, o membro do PCO é praticamente obrigado a “largar tudo” e “viver
em função do partido”. “A cereja do bolo de tal quadro opressivo é o fato de
que ex-funcionários são tratados do mesmo modo que ex-militantes: são
difamados, intimidados com ameaças a não se manifestarem publicamente sobre o
que ocorreu entre as paredes do PCO”, conclui o documento “PCO: reflexões
críticas de egressos do Partido".
Qualquer semelhança com as palavras de Steven
Hassan, descritas no início do texto, não é mera coincidência. Trata-se de um
tipo de modus operandi que lembra bastante as Testemunhas de Jeová. Só falta um
membro do PCO bater na porta de alguém, num domingo pela manhã, e perguntar:
“tem um minuto para conhecer a palavra de Rui Costa Pimenta?”
Em suma, acatar incondicionalmente tudo o que o
presidente do PCO diz (como os militantes do partido devem fazer), é abdicar do
senso crítico, uma das principais qualidades do ser humano. O próprio Marx já
aventava sobre a importância da dúvida na formação do indivíduo.
Podemos discordar de Reinaldo Azevedo, Guilherme
Boulos, Emir Sader e Jones Manoel em muitos pontos, mas em uma questão
específica eles têm razão: sim, o PCO é uma seita.
Fonte: Por
Francisco Fernandes Ladeira, na Fórum
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