quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Sucessão de Salvador: ‘Encontro com Bruno sinaliza, mas não oficializa apoio’, diz Roma

O presidente do PL na Bahia, João Roma, disse, ontem, em entrevista à rádio Salvador FM, que o encontro com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), não deixou de ser uma sinalização de proximidade com o gestor. No entanto, ele garantiu que não há nada consolidado sobre apoio nas eleições municipais de 2024. “Fui à Prefeitura entregar um documento sobre a questão da liberdade econômica, sobre a diminuição da carga tributária em Salvador. Logo, não tem nada sacramentado, não tem anúncio do PL sobre apoio à reeleição de Bruno Reis”, afirmou o ex-ministro.  

Na ocasião, João Roma explicou que, em reunião anterior com o prefeito, mencionou que estava realizando um estudo para apresentar propostas para a desburocratização e redução de impostos na capital baiana, melhorando assim a capacidade de atração e geração de novos negócios na cidade. “O prefeito então propôs que eu antecipasse o documento ao invés de apresentá-lo como proposta em período eleitoral. Então chamei os deputados do PL para me acompanhar. Não tenho dificuldade nenhuma de estabelecer diálogo”, contou Roma.  

O dirigente foi acompanhado pelos deputados federais João Bacelar, Capitão Alden e Roberta Roma; os deputados estaduais Diego Castro e Leandro de Jesus; e os vereadores Isnard Araújo e Alexandre Aleluia. O presidente do grupo Bahia Direita, Alexandre Moreira, também esteve presente. 

À rádio Salvador FM, o ex-ministro da Cidadania salientou que, nos próximos meses, o caminho é avançar nessas discussões dentro do PL para definir se o partido manterá uma candidatura própria ou o apoio a Bruno. Ele disse que a legenda pretende aumentar a sua bancada na Câmara Municipal de Salvador, de dois para cinco vereadores. 

Temos um eleitorado a quem devemos dar satisfação. No último ano, tivemos quase 10% dos votos em Salvador. Essas pessoas querem menos impostos. Esse é o público a quem devemos dar satisfação. Em virtude da possibilidade de uma aproximação, não queria tratar de espaço político. Salientei que não tenho interesse de tratar dessa forma”, explicou João Roma.  

Roma disse que a sua pré-candidatura a prefeito da capital está mantida, mas reiterou que há condições para união com Bruno Reis, principalmente em um cenário em que o PT já detém o controle do estado e da União e busca conquistar as principais cidades baianas. 

Ele disse que o único ponto que determinaria um distanciamento de Bruno Reis seria uma aproximação entre o prefeito e o PT. “Como já se mostra claramente que não é por aí que as coisas vão caminhar, já sai de cena um impeditivo para que tenha um entendimento. Orientados pelo presidente Bolsonaro, não podemos jogar com a vaidade. Hoje o PL sai com uma forte estrutura; sozinho tem quase 20% de quase todo o tempo de rádio e TV”, comentou o ex-deputado federal. 

Por fim, Roma disse que o PL não tem como foco compor a vice na chapa encabeçada pelo prefeito Bruno Reis nas eleições municipais do próximo ano. “Até nas reuniões internas do PL, não enxergamos o espaço de vice como uma meta, não vemos isso como um caminho estratégico, pois em geral o vice fica muito à mercê da boa vontade do prefeito para atuar ou não”, completou.

        ‘Quem têm que esquentar são eles’, diz Bruno Reis sobre adversários 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), cutucou os adversários nas eleições municipais do ano que vem. O gestor lembrou o fato de o grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ainda não ter candidato na capital baiana. “Nossos adversários nem candidato têm ainda. Quem tem que esquentar são eles”, disse, durante entrevista concedida ontem à rádio Metrópole. “Adversário terá, é normal na política. No momento em que se decidirem não altera em nada a nossa estratégia. Faço política todo dia. Me formei na política. Agora, depois das oportunidades como secretário, vice-prefeito e prefeito, estou no meu foco. Ainda temos tempo, são 14 meses, é pouco tempo para quem está na administração pública”, pontuou Bruno. 

Em relação à coligação para disputar o próximo pleito, o atual gestor da capital falou que continua com cinco grandes partidos e que tem “conversado com o PL". Nesta segunda (23), inclusive, ele se reuniu com o presidente da sigla, João Roma, que apresentou um estudo que colabora com um conjunto de medidas que Bruno Reis enviará para a Câmara Municipal de Salvador, com o objetivo de “melhorar o ambiente de negócios na cidade e permitir mais liberdade econômica”.  

Vamos acatar algumas sugestões, aí já é uma possibilidade de aproximação, uma possibilidade de entendimento no futuro”, pontuou, destacando que também que terá o apoio do presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB). A melhor estratégia, segundo Bruno, só será conhecida ano que vem. “Sem querer comentar a vida dos meus adversários, é melhor ter várias candidaturas para forçar um segundo turno, ou ter uma candidatura única e ser a eleição de um turno só?", questionou. "Essa resposta vamos saber no dia 6 de outubro", respondeu Bruno. 

Durante a entrevista, o prefeito confirmou que o valor da passagem de ônibus irá aumentar, mas que a gestão ainda está analisando a revisão tarifária. Por isso, ainda não há previsão para tal. “Todo ano tem reajuste. Esse é o primeiro ano que não tem. O contrato prevê a revisão tarifária a cada quatro anos, mas ainda não chegamos ao entendimento final da diferença da tarifa”, contou. 

Bruno Reis revelou, ainda, que a gestão já se reuniu com os ministros da Fazenda e das Cidades, Fernando Haddad e Jader Barbalho Filho, respectivamente, para tentar subsídio do governo federal para custear parte da passagem, mas sem sucesso. Por isso, criticou as discussões e decisões tomadas na capital federal. “Brasília vive um mundo diferente do que vivemos nas cidades, diariamente. Brasília está discutindo homofobia, casamento homoafetivo, em vez de se concentrar em pautas que, efetivamente, vão mudar a vida e o dia a dia das pessoas que estão sendo afetadas", declarou. 

Na ocasião, ele chamou a questão do VLT de “novela”, e que espera que o governo do Estado resolva os impasses para que o sistema possa funcionar. 

 

       Sem voto e desconhecida do eleitorado, esposa de Wagner, Fátima Mendonça surge como opção de vice no PT

 

O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) quer atrair o ex-presidente Lula (PT) para a campanha dele em Salvador, caso realmente seja confirmado como candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2024. Para isso, segundo informações do Política Livre, ele já está se articulando com o senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado.

Ainda segundo a publicação, ele também avalia convidar a ex-primeira-dama Fátima Mendonça, mulher de Wagner, para ocupar a vaga. Fátima é amiga da primeira-dama Janja da Silva, fiel escudeira do presidente. As duas, inclusive, estiveram juntas em um camarote no Carnaval de Salvador, no início do ano.

A presença de Lula na campanha em Salvador, se confirmada, será o principal trunfo da chapa contra o atual prefeito da capital, Bruno Reis (União Brasil). O gestor é apontado como amplo favorito para vencer o pleito. O resultado se deve, contudo, também ao fato de o aliado de ACM Neto (União Brasil) ainda não ter um grande adversário posto.

A indicação de Geraldo tem as digitais de Wagner. O senador bancou a pré-candidatura do deputado estadual Robinson Almeida (PT) com o único objetivo de tirar José Trindade (PSB) da disputa pela candidatura da base. O projeto do senador, contudo, sempre foi lançar Geraldo ao pleito. 

Nos bastidores, Geraldo já é apontado como o pré-candidato do grupo. O acordo para a indicação do emedebista teria sido selado no último final de semana por Jerônimo Rodrigues. O grande desafio dos petistas agora, contudo, é fazer com que a base de vereadores oposicionistas na Câmara de Salvador aceite o nome do vice-governador. Outros partidos já começam a se confirmar com Geraldo. A deputada federal Lídice da Mata (PSB), por exemplo, se pronunciou sobre as especulações em torno do nome de Geraldo Júnior (MDB) como representante da base petista na eleição em Salvador. "Considero que o nome do vice-governador tem legitimidade para concorrer pelo nosso grupo", declarou a ex-prefeita da capital, na estreia do podcast "Diga Aí, Lídice", no início da semana.

 

Fonte: Tribuna da Bahia

 

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