Prefeitura de Queimadas é alvo de operação por
fraudes licitatórias
A Prefeitura de Queimadas
se tornou alvo da Operação São José, deflagrada pela Polícia Federal na manhã
desta quarta-feira, 25, para o cumprimento de mandados contra fraudes
licitatórias.
De acordo com a PF, o
objetivo da operação é cumprir mandados judiciais decorrentes de uma
investigação relativa a irregularidades na contratação de empresa para
realização de serviços laboratoriais, vinculada ao próprio prefeito do
município, com utilização de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A investigação detectou
que a Prefeitura de Queimadas realizou procedimento de Inexigibilidade de
Licitação, em 2018, para contratação de empresa para a prestação de serviços
laboratoriais, sendo escolhida empresa pertence a pessoa ligada ao prefeito.
A gestão municipal é
comandada pelo prefeito André Andrade (PT), o Dr. André. Ele está em seu
segundo mandato.
A PF identificou que o
prefeito já era proprietário de um laboratório de análise clínica na cidade, e
durante o seu mandato, contratou empresa de fachada "em nome de interposta
pessoa", sendo que os serviços laboratoriais eram aparentemente prestados
pela própria empresa do prefeito, pelo menos desde 2018.
No Inquérito Civil
instaurado pelo MPF para apurar as irregularidades, os gestores municipais se
recusaram a fornecer cópia dos procedimentos licitatórios investigados, apesar
de devidamente notificados para apresentar a documentação requisitada.
Na data de hoje estão
sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, todos na cidade de Queimadas.
Os investigados irão
responder pelos crimes de responsabilidade de prefeito, fraude a licitação,
além de desobediência e corrupção passiva.
Saúde em Ilhéus pede socorro: unidades estão descuidadas, diz
vereador
O ex-vereador de Ilhéus,
sul da Bahia, Makrisi Angeli (PT), fez duras críticas a situação da Saúde do
município na gestão Mário Alexandre (PSD).
De acordo com Angeli, que
é pré-candidato a prefeito de Ilhéus, pela federação PT, PV e PCdoB, denuncia a
situação da atenção básica local, o que vem sobrecarregando as unidades
estaduais.
"Os hospitais do
Estado, que são para média e alta complexidade, estão recebendo pelo menos
70% ou mais de pessoas com perfil para
ser atendido na atenção básica , que está descuidada em Ilhéus. Sendo assim os
hospitais que deveriam ter outra dedicação ocupam tempo, espaço e funcionários
para suprir a demanda", disse o ex-parlamentar.
Em dezembro de 2022, após
as eleições, de acordo com Makrisi, a Secretaria de Saúde de Ilhéus, cortou em
30% os recursos que costumava direcionar aos prestadores de serviços.
• Zoonoses
Outra situação citada
pelo ex-vereador é a do Centro de Controle de Zoonoses, que, de acordo com
Makrisi, não funciona como prometido.
"Até o serviço de
castração que tinha sido iniciado foi paralisado. As demandas ficam reprimidas
e toda a estrutura não é utilizada no momento", finalizou.
Convocação da Tronox: comissão tem mais uma sessão cancelada
na Alba
Mais uma vez a convocação
da indústria química Tronox deixou de ser votada na comissão de meio ambiente,
recursos hídricos e seca da Assembleia Legislativa (Alba). Por falta de quórum,
o requerimento proposto pelo vice-presidente da comissão, Matheus Ferreira
(MDB) não pode ser sequer apresentado.
O cancelamento da sessão
desta quarta-feira, 25, não é novidade. A comissão vem sofrendo com falta de
quórum desde o início do ano. Raras foram as vezes em que um número mínimo de
integrantes se reuniu.
No dia 18, quando o
requerimento seria pautado, apenas Matheus Ferreira, o presidente da comissão,
Leandro de Jesus (PL), Cafu Barreto (PSD) e José de Arimatéia (REP) estiveram
presentes. Marcinho Oliveira (UB), Roberto Carlos (PV) e as deputadas do PT,
Fátima Nunes e Maria del Carmen, não compareceram nem apresentaram
justificativa. Com apenas mais um deputado a sessão poderia ter sido realizada.
“O esvaziamento da comissão vem ocorrendo desde o início dos trabalhos
deste ano, quando os deputados de esquerda, mais ligados ao PT e à base
governista, não comparecem. Com algumas exceções”, diz o presidente da
comissão, Leandro de Jesus, que não esconde a indignação.
“Estamos falando da comissão de meio ambiente, seca e recursos hídricos,
que tem uma grande importância, muito a se discutir aqui na Bahia com essas
temáticas, a exemplo do requerimento do deputado Matheus Ferreira, entretanto,
não foi possível darmos andamento aos trabalhos, em razão dessas ausências
constantes que ocorrem na comissão do meio ambiente”, diz o deputado, que
mantém um grupo de whatsapp para comunicar as atividades.
A TARDE buscou contato
com os deputados ausentes no último dia 18. O deputado Marcinho comunicou que
não estaria na Alba nesta quarta-feira, 25. As assessorias das deputadas Fátima
Nunes e Maria del Carmen também foram procuradas e prometeram retorno, mas não
enviaram nenhum posicionamento. O deputado Roberto Carlos não retornou as
tentativas de contato.
Histórico
A iniciativa de
convocação da Tronox foi motivada pela série de reportagens publicadas por A
TARDE, denunciando a contaminação do ar e do subsolo por ácido sulfúrico e
dióxido de titânio, sobretudo na comunidade de Areias, em Camaçari, onde se
registra alta incidência de câncer e doenças respiratórias e de pele.
A empresa é acusada de
descumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2012 junto ao
Ministério Público Estadual, para cessar a emissão de resíduos de metais
pesados. O MP reabriu o procedimento, já arquivado, diante da inexistência de
laudos comprovando o monitoramento do ar e da água do subsolo.
Adolfo critica Tum por cancelar Fenagro: "desculpa
esfarrapada"
Em coletiva de imprensa
na tarde desta terça-feira, 25, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o
presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), criticou o secretário estadual da
Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Wallison Tum,
pelo cancelamento da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro 2023). O evento
aconteceria entre os dias 23 de novembro e 3 de dezembro, no Parque de
Exposições de Salvador.
“Se foi falta de tempo, então é uma desculpa esfarrapada. Porque teve
dez meses para organizar, para mim é um absurdo”, justifica Adolfo.
A Fenagro estava há três
anos sem ser realizada. A organização esperava um público superior a 100 mil
pessoas durante os dez dias do evento. “Então, talvez [a Fenagro] não tenha
sido prioridade. Mas tempo é claro que houve”, completou Adolfo.
Fonte: A Tarde
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