segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Os dez técnicos mais decepcionantes da história do Flamengo

O Flamengo anunciou a demissão de Jorge Sampaoli na quinta-feira (28) e colocou ponto final na desastrosa passagem do argentino pelo clube carioca. Sua trajetória na Gávea ficou marcada por resultados negativos, polêmicas extracampo e conflitos com a torcida.

Da queda nas oitavas de final da Libertadores ao soco do preparado físico Pablo Fernádez em Pedro, o Rubro-Negro nunca conseguiu atingir a tal estabilidade desejada após a saída de Vitor Pereira e viu sua última chance de conquistar um título na temporada ser barrada justamente por Dorival Júnior, que foi demitido do comando técnico do Fla depois de conquistar a Libertadores e a Copa do Brasil.

Porém, existem passagens tão decepcionantes quanto a de Sampaoli.

>>> Confira a lista dos dez treinadores que mais desapontaram à frente do comando técnico do Flamengo.

•        Mano Menezes

Chegou ao Flamengo em uma época em que, apesar do elenco modesto, já havia organização administrativa.

Mano foi contratado com grande expectativa e deixou o time de maneira absolutamente covarde após 22 jogos.

•        Edinho

A passagem de Edinho foi rápida e tão pouco prolífica quanto a média de sua carreira como treinador.

Assumiu o Flamengo em dois momentos conturbados em anos consecutivos. Com o mesmo número de jogos de Mano Menezes, Edinho não deixou qualquer saudade.

•        Celso Roth

Assumiu o comando do time do Flamengo em 2005 e com certeza teve uma das passagens mais constrangedoras de nossa história no comando do time. Com menos de 37% de aproveitamento e uma concepção de futebol muito distante de nossas raízes, foi demitido após 20 partidas.

•        Apolinho

A escolha de um radialista para treinador do Flamengo é um retrato claro das esquizofrenias que vivíamos no meio dos anos 90. Escolhido por Kleber Leite para comandar o time e tentar salvar o ano do centenário, Apolinho foi vice da Supercopa da Libertadores e fez uma campanha horrível no campeonato brasileiro.

•        Cristóvão Borges

Cristóvão chegou para substituir Luxemburgo à frente do comando técnico do Flamengo. Em 18 partidas, o treinador conseguiu acumular mais derrotas (nove) que vitórias (oito) e deixou a equipe carioca próxima da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

•        Rogério Lourenço

Cria do Flamengo como jogador, Rogério Lourenço trabalhava como técnico das divisões de base e acabou se tornando um interino que foi efetivado. Resistiu durante 20 jogos, mas ficou marcado pela torcida como um técnico que não engrenou.

•        Silas

Silas veio após Rogério Lourenço. Apesar da curta carreira, já era apontado como um nome promissor. A vinda de Silas serviu para provar que, assim como em 2023, tem como se suceder um técnico ruim com outro pior.

•        Paulo Sousa

Contratado como grande solução para o ano de 2022, Paulo Sousa sofreu para fazer com que o time compreendesse sua forma de enxergar futebol. Ainda que o futebol não fluísse de maneira natural, o time conseguiu ser competitivo, mas não deu liga.

•        Vitor Pereira

Mais um português anunciado como Salvador da pátria, VP se envolveu em uma enorme polêmica em sua saída do Corinthians. No comando do Flamengo, colecionou vexames que foram do mundial de clubes ao campeonato Carioca. Um verdadeiro show de horrores.

•        Jorge Sampaoli

Apresentado como a esperança de retomada, Sampaoli conseguiu ser talvez o pior técnico do Flamengo desde sua reorganização. Se o trabalho com VP era ruim, com Sampaoli tudo foi muito pior. Sem futebol, sem sinergia com o time e com inúmeras polêmicas internas, Sampaoli deixou o Flamengo pela porta dos fundos.

 

Ø  Tite é cotado para ser o próximo treinador demitido pelo Flamengo

 

Após passar por um período sabático, em que não foi sondado nem pelo Real Madrid, nem pelo Barcelona, nem pelo Manchester United, nem pelo PSG, nem pelo Bayern, nem pela Inter de Milão, nem pelo XV de Piracicaba, Tite sinalizou que deve aceitar o convite para ser o próximo treinador demitido pelo Flamengo. O contrato deve ser de dois anos, com 100% de chance de ruptura entre o terceiro e sexto mês, a se levar em conta o histórico recente do Flamengo. Assim, Tite entrará para a seleta lista que só nos últimos anos contou com Paulo Sousa, Renato Gaúcho, Domenec Torrent, Dorival Júnior, Vitor Pereira, Rogério Ceni e Jorge Sampaoli.

“O Flamengo é um time democrático, que faz questão de demitir treinadores brasileiros, portugueses, argentinos e espanhóis sem fazer distinção”, disse Tite, animado com a possibilidade de retirar o dinheiro retido no seu FGTS. “Além disso, ser treinador do Flamengo é o melhor plano de previdência privada que eu conheço. Você trabalha por três meses, é demitido, mas recebe uma multa que te possibilita ter uma segurança por pelo menos dois anos.” De acordo com dados do mercado futebolístico, o Flamengo já pagou R$ 50 milhões em multas rescisórias desde 2019.

O contrato do treinador conta com uma cláusula contra mordida na virilha, que foi criada após incidente recente com o dirigente Marcos Braz, que atacou um torcedor e mordeu sua região da pequena área.

 

       Por que o Flamengo demorou tanto para demitir Sampaoli. Por Rodrigo Mattos

 

O desgaste do técnico Jorge Sampaoli no comando do Flamengo vem desde o episódio da agressão ao atacante Pedro por seu auxiliar Pablo Fernandez, no jogo contra o Atlético-MG. O treinador resistiu no cargo à eliminação da Libertadores, a problemas de relacionamento com jogadores e às críticas após a escalações no Brasileiro e no primeiro jogo da final da Copa do Brasil…

Durante o período antes da decisão contra o São Paulo, a diretoria do Flamengo já debatia se era melhor a troca ou não do treinador. Isso ocorreu dentro do Conselhinho de Futebol, que serve de fórum para decisões sobre o caso.

Ali, Landim não ficou isolado como se pensa na decisão de manter o técnico - o próprio blog publicou que o Landim o segurava. Tanto Marcos Braz (vice de Futebol), quanto Bruno Spindel (diretor de Futebol) disseram em reuniões do Conselhinho que não era o momento de trocar em cima da decisão.

Não que os dois dirigentes gostassem do trabalho de Sampaoli, mas se manifestaram que a substituição naquele momento poderia ser mais prejudicial do que benéfica. Fora do Conselhinho, há uma versão no clube de que preferiam a saída do técnico. Certo é que Landim não foi voto único no grupo para estender a posição até a final.

Mas houve, sim, quem entendesse que a saída de Sampaoli seria melhor por conta do ambiente. Dentro da diretoria em geral, considerando membros fora do futebol, esse grupo era majoritário.

Depois da derrota na final, a decisão pela demissão do técnico se tornou unânime no Flamengo. Os dirigentes, no entanto, decidiram mantê-lo no cargo por mais uns dias por entenderem que isso é um vantagem na negociação com os possíveis substitutos.

A ideia é que, primeiro, é preciso se fazer contato com o possível substituto, neste caso Tite, para saber da real possibilidade de contratação. Além disso, na visão da cúpula rubro-negra, o clube se mostra menos necessitado de ter um treinador e pode negociar com uma vantagem.

Só que a corda esticou demais com Sampaoli dando treinos próximo do jogo contra o Bahia sem clima para digir o time. E ainda havia um técnico acertado pela diretoria, embora o primeiro contato já tivesse sido feito.

Na quinta-feira à noite, Braz e Spindel se reuniram com o técnico argentino em um hotel na Barra. Uma reunião de meia hora selou sua saída do clube.

 

       Quanto pode ganhar um árbitro estrangeiro na Arábia Saudita?

 

Além das cifras milionárias que paga a jogadores em salários e transferências, a liga da Arábia Saudita também tem investido na contratação de árbitros internacionais para melhorar o nível das partidas.

Recentemente, os brasileiros Anderson Daronco e Ramon Abatti Abel apitaram jogos do Al-Nassr (de Cristiano Ronaldo) e do Al-Hilal (de Neymar), respectivamente. Além deles, Michael Oliver (Inglaterra) e Wilmar Roldán (Colômbia) são outros juízes conhecidos que estiveram por lá.

Na prática, quase todos os jogos que envolvem os quatro times bancados pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita — Al-Nassr, Al-Hilal, Al-Ittihad e Al-Ahli — contam com árbitros de fora da Arábia Saudita.

•        Mas quanto ganha um árbitro estrangeiro na Liga Saudita?

Os árbitros brasileiros alegam que não podem falar sobre apitar jogos na Arábia Saudita por conta de uma regra da Fifa, já que os trabalhos são considerados eventos internacionais e, por isso, têm a chancela da entidade máxima do futebol.

No entanto, o site britânico “Mirror Football” revelou que Michael Oliver, considerado o principal árbitro da Premier League, recebeu 3 mil libras (R$ 18,3 mil na cotação atual) para trabalhar em Al-Hilal 2 x 0 Al-Nassr, em abril.

•        Comparação com o Brasil

Em comparação, Bráulio da Silva Machado ganhou R$ 20 mil para apitar o segundo jogo da final da Copa do Brasil, no último domingo, vencida pelo São Paulo sobre o Flamengo. O valor por aqui, porém, é atípico.

Na média, um árbitro recebe entre R$ 5 mil e R$ 3,4 mil por jogo do Campeonato Brasileiro da Série A — os que recebem melhor são aqueles que estão no quadro da Fifa.

No Brasil, a função de árbitro não é considerada profissional e, por isso, os profissionais precisam exercer outras atividades. Não é o que acontece na Inglaterra, onde os salários mensais variam entre R$ 61 mil e R$ 152 mil.

•        Temor entre federações da Europa

Por enquanto, os árbitros estrangeiros têm feito jogos isolados na Arábia Saudita, mas já há, segundo a imprensa britânica, um movimento do governo local para contratar profissionais europeus em definitivo.

De acordo com o “Mirror”, o próprio Oliver, além do espanhol Antonio Mateu Lahoz e do polonês Szymon Marciniak (que apitou as finais mais recentes da Copa do Mundo e da Champions League) já foram sondados.

Para convencê-los, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita estaria oferecendo um salário anual de mais de R$ 2 milhões, cerca de R$ 168 mil por mês, livre de impostos.

•        “Falham nas regras básicas”

Howard Webb e Mark Clattenburg, árbitros históricos da Premier League, estiveram na Liga Saudita nos últimos anos, atuando como diretores de arbitragem.

Em entrevista recente ao “The Times”, Clattenburg, que esteve na função por 18 meses, entre 2017 e 2018, não aconselhou a ida de árbitros ingleses em definitivo para o Oriente Médio. E deu um panorama nada favorável dos juízes locais:

Quando chegaram, tinham um grande problema de condicionamento físico e não estavam bem treinados. Fiquei decepcionado em minhas reuniões, pois eles falharam nos padrões básicos e na compreensão das regras do jogo.” - Mark Clattenburg, sobre árbitros sauditas

 

Fonte: Lance!/Revista Piauí/CNN Brasil

 

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