Ocidente está empurrando a Rússia para 3ª guerra mundial, alerta
ex-presidente Medvedev
O alto funcionário russo condenou as novas
propostas da Alemanha e do Reino Unido, que defendem um envolvimento ainda mais
direto de seus militares no conflito ucraniano.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de
Segurança da Rússia, chamou de "imbecis" os políticos ocidentais que
apresentaram novas iniciativas para apoiar a Ucrânia no conflito.
Em comentários a duas novas propostas da Alemanha e
do Reino Unido, Medvedev disse em uma postagem no seu canal do Telegram que na
OTAN cresce o "número de imbecis que governam".
A primeira iniciativa foi a decisão do Reino Unido
de enviar seus militares para a Ucrânia para treinar os soldados ucranianos.
Medvedev chamou o novo ministro da Defesa do Reino Unido de "cretino
novato", afirmando que os instrutores britânicos que vão para a Ucrânia
serão um alvo legítimo para as Forças Armadas da Rússia.
A recente iniciativa de Marie-Agnes
Strack-Zimmermann, presidente do Comitê de Defesa do parlamento da Alemanha,
também mereceu críticas de Medvedev. A legisladora alemã propôs a entrega de mísseis
de cruzeiro Taurus a Kiev o mais rápido possível.
De acordo com Medvedev, se esses mísseis forem
entregues para atingir o território russo, ataques retaliatórios às fábricas
alemãs onde os mísseis são fabricados estariam de acordo com a lei internacional.
O também ex-presidente da Rússia (2008-2012) vê
tais decisões como empurrando a Rússia para uma terceira guerra mundial.
<><> Rússia reabastece estoques de
munições mais rápido que o esperado, diz Canadá
A Rússia mostra uma grande capacidade de reabastecer
suas munições, de acordo com o chefe do Estado-Maior de Defesa do Canadá.
A Rússia está reabastecendo seus estoques de
munição mais rápido do que o esperado, causando preocupação não apenas na
Ucrânia, mas também nos países ocidentais, disse o general Wayne Eyre, chefe do
Estado-Maior de Defesa do Canadá.
"Se olharmos para a capacidade da Rússia de
reconstituir seus estoques de munição, isso está acontecendo mais rápido do que
o esperado", disse na sexta-feira (29) Eyre, citado pela agência canadense
Radio-Canada.
O Canadá não produz muita munição e, se fosse usar
munição no mesmo ritmo que a Ucrânia, seus estoques se esgotariam em poucos
dias, disse ele, considerando a situação muito preocupante.
Depois que a Rússia lançou sua operação militar na
Ucrânia em fevereiro de 2022, o Canadá, como muitos outros países ocidentais,
tem fornecido ajuda militar a Kiev, que inclui munições.
Em 17 de setembro a emissora norte-americana CNN
relatou que a Rússia produz várias vezes mais munições de artilharia que os
países ocidentais em conjunto, o que dificulta a missão de
"contraofensiva" da Ucrânia.
• Contrariando
Defesa britânica, Sunak diz que soldados do Reino Unido não serão enviados à
Ucrânia
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak,
disse neste domingo (1º) que soldados britânicos não seriam enviados para
participar no conflito na Ucrânia e que o treinamento dos militares ucranianos
por instrutores do Reino Unido no território ucraniano estava atualmente fora
de questão.
No sábado (30), o ministro da Defesa do Reino
Unido, Grant Shapps, disse que Londres estava ponderando a possibilidade de
enviar os seus militares para a Ucrânia para treinar as Forças Armadas
ucranianas.
"Não há soldados britânicos a serem enviados
para lutar no conflito atual. Não é isso que está acontecendo", disse
Sunak, citado pela emissora Sky News.
Embora o treinamento de soldados ucranianos por
instrutores do Reino Unido seja possível em teoria, é "algo para o longo
prazo, não para o aqui e agora", acrescentou o primeiro-ministro.
"O que o ministro da Defesa estava dizendo era
que um dia, no futuro, talvez fosse possível fazermos parte desse treinamento
na Ucrânia", afirmou Sunak.
No dia 24 de setembro, o novo ministro da Defesa
britânico disse que o comando o país informou que Londres planejava aumentar o
número de militares ucranianos capacitados para 30 mil até o final de 2023,
considerando que o treinamento pudesse ocorrer próximo ao território ucraniano
ou dentro dele.
O Kremlin já se manifestou diversas vezes sobre o
assunto alertando para o risco de uma escalada ainda maior no conflito,
salientando que está aberto para uma saída diplomática.
Cooperação
com Rússia mostra que América Latina não é 'vassala' do Ocidente, dizem
analistas
Em um recente discurso, o presidente Vladimir Putin
enfatizou a importância da América Latina como região prioritária na política
externa da Rússia.
As suas palavras indicam o compromisso da Rússia em
fortalecer os laços com os países latino-americanos.
"Os países latino-americanos mostram um padrão
de sucesso na formação progressiva de um sistema multipolar de relações
internacionais baseado na igualdade, na justiça, no respeito ao direito
internacional e nos interesses legítimos de cada um", afirmou o presidente
na abertura da reunião de parlamentares de toda a América Latina com seus
colegas da Duma russa.
Durante o discurso, Putin reconheceu as ligações
históricas e culturais entre a Rússia e a América Latina, enfatizando os
valores e interesses partilhados que unem as duas regiões.
"O presidente Putin se referiu às visões
partilhadas e aos desafios comuns que a Rússia e a América Latina têm, tanto em
questões econômicas como em questões geopolíticas e culturais, mas ressaltando
que a união de forças será a forma mais eficaz de alcançar o bem-estar dos
cidadãos. Isso é algo que considero muito importante, já que tanto os
latino-americanos como os russos enfrentam um gigante que historicamente nos
condicionou e saqueou, que é, claro, os EUA", afirmou à Sputnik Valeria
Flores, dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), uma das integrantes da
comitiva mexicana que viajou a Moscou.
Além disso, Putin expressou o compromisso da Rússia
em promover a cooperação e aprofundar parcerias em vários setores, incluindo na
política, economia e cultura.
O líder russo também destacou a importância de
melhorar as relações comerciais entre a Rússia e os países latino-americanos,
enfatizando o potencial para expandir o comércio bilateral, o investimento e a
colaboração tecnológica.
Ele falou da necessidade de diversificar os fluxos
comerciais e reduzir a dependência dos parceiros tradicionais, sinalizando o
interesse da Rússia em ampliar sua participação econômica na região.
O presidente russo também ressaltou a importância
de manter a estabilidade e promover o diálogo na América Latina, manifestando o
apoio às soluções pacíficas dos conflitos regionais e sua vontade de facilitar
as negociações, respeitando o direito e a soberania internacionais, além de
destacar o compromisso da Rússia com uma ordem mundial multipolar.
"As palavras do presidente Putin são um apelo
para que o continente continue a se afastar, como tem feito desde o início do
novo século na grande maioria dos países, da hegemonia de Washington e das suas
imposições, explicando que esta aproximação com a Rússia, mas também com
organizações como o BRICS, dará frutos e é o verdadeiro caminho para alcançar a
soberania", explicou à Sputnik o professor Juan Daniel Garay, da
Universidade Nacional Autônoma do México.
Além disso, Daniel Garay ressaltou que a América
Latina tem demonstrado que não segue as ordens dos EUA e da Europa, e que suas
relações com a Rússia estão cada vez mais fortes.
"Há diversos caminhos para fazer avançar a
política externa, não apenas aquele indicado por Washington, e a América Latina
está mostrando isso", destacou.
<><> Erdogan diz que Turquia não espera
nada da UE e bloco 'perderá o direito de esperar algo do país'
A Turquia cumpriu todas as promessas que fez à
União Europeia (UE), enquanto espera à sua porta há 60 anos, declarou neste
domingo (1º) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em seu discurso na
Grande Assembleia Nacional por ocasião da abertura do novo ano legislativo,
disse a mídia local.
"Se a UE não corrigir os seus erros",
especialmente no que diz respeito aos vistos, que utiliza como uma "sanção
velada" contra o país, o bloco "perderá o direito de esperar algo da
Turquia", declarou o presidente turco durante seu discurso.
"Quero expressar aqui mais uma vez que não
toleramos [...] novas condições ao nosso processo de adesão total, que temos
levado a cabo pacientemente até hoje, apesar [das ações] da União
Europeia", disse Erdogan.
O líder turco sublinhou que "as recentes
decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos foram a gota d’água".
"Os membros das organizações terroristas e os seus apoiadores, que se
sentem encorajados por esta decisão, não devem se regozijar em vão",
alertou.
No final de setembro, o tribunal internacional
acusou a Turquia de violar vários artigos da Convenção Europeia dos Direitos
Humanos e apelou à república para reformar a sua legislação antiterrorismo.
• 'Último
golpe do terrorismo'
Entretanto, neste domingo dois polícias ficaram
feridos em um ataque perto da sede do Ministério do Interior em Ancara.
Em relação a estes acontecimentos, Erdogan observou
que "os terroristas que tentam destruir a paz e a segurança na Turquia
nunca terão sucesso", relata a mídia local.
O presidente indicou que o ataque deste domingo, em
que dois suspeitos foram neutralizados graças à intervenção oportuna da polícia,
foi "o último golpe do terrorismo".
• Nova
Constituição
Entre outros temas, Erdogan abordou em seu discurso
a promulgação de uma nova Constituição para a república. Segundo o presidente,
esta medida deveria ser uma prioridade do Parlamento turco.
"Convido todos os partidos, [...] todos os
parlamentares, todas as camadas sociais, todos os que têm uma opinião e uma
proposta sobre esta questão, a participarem ao nosso apelo a uma nova
Constituição com um entendimento construtivo", declarou.
A atual Constituição da Turquia foi aprovada após o
golpe militar de 1980. Desde então, sofreu inúmeras alterações. Segundo o
presidente turco, a atual Carta Magna não pode refletir a realidade atual da
república.
Fonte: Sputnik Brasil
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