Agressividade excessiva dos EUA gera conflitos globais e preocupa
aliados, diz mídia
A Bloomberg ressaltou as preocupações crescentes
dos aliados da administração Biden devido ao fato de os EUA estarem
sobrecarregados com a escalada de conflitos no Oriente Médio, na Ucrânia e com
as tensões na China.
A mídia destaca os receios de que os
norte-americanos possam estar "forçando demais" suas investidas em
uma tentativa de garantir sua influência e envolvimento nestas regiões,
resultando em consequências catastróficas e maior desestabilização.
O Oriente Médio tem sido foco de tensões
geopolíticas há tempos, com conflitos contínuos em países como a Síria, o Iraque
e o Iêmen.
De acordo com a Bloomberg, os EUA estão fortemente
envolvidos nestes conflitos, principalmente através de intervenções militares e
apoio a aliados regionais.
Contudo, os críticos argumentam que esse
envolvimento americano não obteve qualquer resultado positivo, provocando
apenas a desestabilização e o aumento da violência e do sofrimento nas regiões.
O artigo destaca que a participação dos EUA no
conflito na Ucrânia também está preocupando cada vez mais seus aliados, uma vez
que há um grande risco de agravar o conflito e potencialmente levar os
americanos a um confronto direto com os russos.
Em seguida, a mídia aborda as crescentes tensões
entre os EUA e a China, principalmente no contexto das disputas comerciais,
preocupações com os direitos humanos e disputas territoriais no mar do Sul da
China, onde o envolvimento dos americanos pode provocar uma escalada perigosa e
potencialmente desencadear um conflito militar entre as duas superpotências.
As ações exageradas da administração Biden preocupam
os aliados, que acreditam que possam provocar consequências desastrosas e uma
grande desestabilização global, e que, por isso, os EUA deveriam adotar uma
abordagem mais cautelosa e diplomática, focada na cooperação e no diálogo
multilateral, em vez de intervenções militares.
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EUA suspendem exportações de armas de fogo por 90
dias; envio para Ucrânia e Israel será exceção
Estados Unidos pararam de emitir licenças de
exportação para a maioria das armas de fogo e munições civis por 90 dias para
todos os usuários não governamentais. No entanto, envio de armas para Tel Aviv
e Kiev ficará isento de suspensão temporária das exportações
O anúncio foi feito pelo Departamento de Comércio
nesta sexta-feira (27), citando interesses de segurança nacional e de política
externa.
A suspensão abrange a maior parte das armas e
munições que poderiam ser compradas em lojas de armas dos EUA, disse Johanna
Reeves, advogada especializada em controles de exportação e armas de fogo,
acrescentando que nunca viu o departamento tomar uma ação tão abrangente como
essa antes.
“É claro que eles têm políticas nacionais
individuais – mas nada como isto”, reforçou a advogada.
O órgão norte-americano não forneceu mais detalhes
sobre a pausa, que também inclui espingardas e miras ópticas, mas disse que uma
revisão urgente avaliará o "risco de armas de fogo serem desviadas para
entidades ou atividades que promovem a instabilidade regional, violam os
direitos humanos ou alimentam atividades criminosas atividades", relata a
Bloomberg.
No entanto, licenças para exportação internacionais
para a Ucrânia e Israel, bem como para alguns outros aliados próximos, ficarão
isentas da suspensão temporária das exportações.
Para remessas para clientes governamentais, os
exportadores devem nomear usuários finais específicos, enquanto as aplicações
com usuários governamentais, militares e policiais não identificados serão
"devolvidas sem ação".
A ação do órgão possivelmente foi influenciada pelo
último tiroteio ocorrido nesta semana, no qual 18 pessoas foram mortas e 13
ficaram feridas no estado de Maine. Ontem (27), o principal suspeito por ter
atirado nas pessoas, Robert Card, foi encontrado morto, conforme noticiado.
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UE critica EUA por negociarem minerais críticos de
'forma distinta' com bloco europeu e o Japão
Washington e o bloco europeu não conseguiram chegar
a um acordo sobre minerais críticos porque os Estados Unidos fizeram pedidos
adicionais para além dos feitos em um outro acordo assinado entre Japão e EUA
no início deste ano.
De acordo com o vice-presidente da Comissão
Europeia, Valdis Dombrovskis, o acordo EUA-UE "já teria sido
concluído" se fosse baseado no modelo do pacto Japão-EUA assinado em
março.
"A dificuldade é que os EUA apresentam pedidos
de maior alcance em relação à UE do que em relação ao Japão", disse ele à
margem da reunião dos ministros do Comércio do G7, segundo a Bloomberg.
O acordo sobre minerais críticos foi um dos dois
acordos que não foram fechados na semana passada antes da cimeira EUA-UE, junto
ao acordo sobre aço e alumínio.
Na semana passada, Dombrovskis afirmou que a
"falta de clareza e compromisso dos EUA" no âmbito do pacto comercial
sobre aço e alumínio não deixaram a negociação ser concluída.
A corrida para garantir um acesso fiável a minerais
críticos aumentou rapidamente de importância, especialmente com as recentes
medidas chinesas para controlar e restringir as exportações de gálio, germânio
e grafite, todos eles utilizados em produtos de alta tecnologia, como
semicondutores ou baterias.
O bloco europeu discute no momento uma proposta
para um "clube de minerais críticos" que garantiria "acesso
sustentado a minerais críticos para a 'ecologização' e digitalização das nossas
economias" e "apoiaria os países ricos em recursos também no
desenvolvimento de certas capacidades de processamento e na obtenção de mais
valor acrescentado a partir dos recursos naturais" que possuem,
acrescentou Dombrovskis.
Ø Corte do Irã ordena que os EUA paguem US$ 420 milhões por operação de
1980 no país
O país norte-americano deve pagar ao Irã por um ataque
cometido em 1980 contra civis iranianos, concluiu uma corte em uma decisão de
quinta-feira (26).
Uma corte no Irã ordenou na quinta-feira (26) que o
governo dos EUA pague US$ 420 milhões (R$ 2,11 bilhões) em indenização às
vítimas de uma operação falha de 1980 para liberar os reféns mantidos na
Embaixada dos EUA, informou a agência francesa AFP.
Pouco depois que a Revolução Islâmica de 1979
derrubou o xá apoiado pelo Ocidente, estudantes iranianos invadiram a embaixada
norte-americana em Teerã e tomaram mais de 50 cidadãos dos EUA como reféns por
444 dias, exigindo a extradição do xá deposto, que estava recebendo tratamento
médico nos Estados Unidos.
Em abril de 1980, Washington tentou liberar os
reféns na ultrassecreta Operação Garra de Águia, que terminou em desastre após
enfrentar tempestades de areia e problemas mecânicos. Quando a força de resgate
se retirou, duas aeronaves dos EUA colidiram, matando oito militares.
A mídia iraniana relatou na quinta-feira (26) que,
durante a operação, as forças dos EUA atacaram um ônibus que transportava
passageiros iranianos.
"Após a queixa apresentada pelas famílias das
vítimas da Operação Garra de Águia dos EUA, uma corte ordenou que o governo dos
EUA pagasse US$ 420 milhões", indicou a agência iraniana Mizan Online, sem
especificar o número de vítimas. A mídia iraniana relatou que um comandante
local do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês)
foi acidentalmente baleado e morto pelas forças iranianas enquanto vigiava o
equipamento militar dos EUA abandonado durante a operação.
Os reféns foram liberados em janeiro de 1981, e
poucos meses depois Washington rompeu relações diplomáticas e impôs um embargo
a Teerã.
Em agosto, uma corte de Teerã ordenou que o governo
dos EUA pagasse US$ 330 milhões (R$ 1,61 bilhão) em indenizações por
"planejar um golpe" em 1980 contra a então nova República Islâmica do
Irã.
Ø Ocidente 'fecha os olhos' para corrupção da Ucrânia, diz representante
da Rússia na ONU
Vice-representante permanente da Rússia na Organização
das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyansky, afirmou nesta sexta-feira (27) que o
Ocidente faz vista grossa à corrupção na Ucrânia e à incapacidade de Kiev de
controlar as armas que lhe são fornecidas.
"As elites ocidentais, que estão a expandir
tão ativamente a sua cooperação com o regime de Kiev e continuam a investir
nele enormes quantias de dinheiro, seguem fechando os olhos a níveis colossais
de corrupção na Ucrânia", disse Polyansky em reunião do Conselho de
Segurança da ONU.
O representante acrescentou que o Ocidente também
ignora a incapacidade das autoridades ucranianas de controlar o arsenal de
armas à sua disposição e enfatizou que até 20% de todo o fornecimento de armas
a Kiev nas primeiras semanas vai para os mercados "cinza" e
"negro".
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota aos países
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de
armas aos ucranianos. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei
Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se
tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) da
Rússia já afirmou que os países ocidentais estavam "brincando com
fogo" ao fornecer armas à Ucrânia, e que os EUA e a OTAN estão diretamente
envolvidos no conflito com o fornecimento de armas e pessoas da Grã-Bretanha,
Alemanha, Itália e outros.
O secretário de imprensa do presidente russo,
Dmitry Peskov, enfatizou que bombardear a Ucrânia com armas do Ocidente não
contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas e terá um efeito
negativo.
Ø Kiev começa a perceber que Ucrânia não é mais de interesse da UE ou dos
EUA, diz conselheiro da RPD
As perdas terríveis das Forças Armadas ucranianas
no front fizeram as autoridades ucranianas começarem a perceber a falta de
sentido da guerra, e a Ucrânia não é mais de interesse dos EUA ou da Europa,
afirmou o conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk (RPD), Yan
Gagin, à Sputnik.
Assim, ele comentou as palavras do ex-conselheiro
de Leonid Kuchma (ex-presidente da Ucrânia, de 1994 a 2005), Oleg Soskin,
pedindo para as autoridades ucranianas pusessem um fim ao conflito com a Rússia
e aceitassem a perda de terras.
As "perdas colossais" de Kiev durante a
contraofensiva levaram à atual percepção da falta de sentido da guerra, tanto
por parte das autoridades ucranianas quanto dos civis, destacou Gagin.
Agora a Ucrânia está em segundo ou até mesmo em
terceiro lugar — depois de Israel e de outros acontecimentos mundiais, e as
autoridades ucranianas não têm outra opção a não ser negociar, de acordo com o
conselheiro.
"É hora de fazer a paz com a Rússia, nas
condições dos russos", disse Yan Gagin.
"A Ucrânia não é mais de interesse da Europa
ou dos Estados Unidos. É como uma mala sem alça, que é difícil de carregar e
ruim de largar. Portanto, acho que a mala será descartada em breve", disse
o conselheiro.
Ao contrário de muitas outras autoridades
ucranianas, Vladimir Zelensky "tem um avião no aeroporto, no qual ele e
sua família partirão em um momento difícil, quando o povo ucraniano for
perguntar a ele o que aconteceu na Ucrânia nos últimos anos", lembrou
Gagin.
Ø Alemanha, França e Itália querem que a Sérvia 'faça o reconhecimento de
fato' do Kosovo
Os líderes dos três países sugeriram que Belgrado e
Pristina cheguem a um acordo. No entanto, a Sérvia nunca reconheceu a
independência do Kosovo.
Os líderes da Alemanha, França e Itália instaram na
sexta-feira (27) a Sérvia a que "faça o reconhecimento de fato" de
Kosovo, que declarou independência em 2008, mas que Belgrado e dezenas de
países pelo mundo afora nunca reconheceram, cita a agência britânica Reuters.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel
Macron, presidente da França, e Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália,
disseram em uma declaração no dia seguinte à realização de conversas com ambos
os lados que era hora de Belgrado e Pristina cumprirem os compromissos
anteriores.
"Pedimos que o Kosovo inicie o procedimento
para estabelecer a Associação de Municípios de Maioria Sérvia no Kosovo,
conforme previsto no projeto de Estatuto, e que a Sérvia faça o reconhecimento
de fato", diz a declaração. A medida prevê que os moradores sérvios no
norte do Kosovo recebam um grau de autogoverno.
A Sérvia e o Kosovo passaram anos em negociações
mediadas pela União Europeia para normalizar suas relações. No entanto, o
processo não tem avançado, levando a um cada vez maior envolvimento dos líderes
dos três maiores países da União Europeia.
Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia, já disse
anteriormente que não reconhecerá o Kosovo nem formal nem informalmente.
Fonte: Sputnik Brasil
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