Josué de Castro: há 50 anos morria o homem que explicou a pobreza no Brasil
Logo depois que se graduou, o médico Josué de
Castro (1908-1973) passou a dividir seu tempo entre o consultório e uma fábrica
de tecidos no Recife — onde atuava como médico do trabalho. O patrão acusava os
funcionários de indolência. Depois de examiná-los, Castro sentenciou: "a
doença dessa gente é fome".
O jovem médico acabou demitido da indústria. Mas o
assunto, uma chaga do Brasil daquela época que persiste no Brasil do século 21,
jamais saiu de seu foco. Morto há exatos 50 anos, Josué de Castro, continua
sendo um intelectual necessário para a compreensão da pobreza brasileira, principalmente
por seus livros Geografia da Fome, de 1946, e Geopolítica da Fome, de 1951.
"Ele deu início a uma longa tradição de
estudos, mobilização e políticas públicas sobre o tema da fome, assim como são
marcos do mesmo processo a campanha iniciada por Betinho [o sociólogo e
ativista Herbert de Sousa (1935-1997)] e, em 2003, o binômio Fome Zero e Bolsa
Família", afirma o economista Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas
Sociais FGV Social.
Professora na Universidade de Brasília (UnB), a
enfermeira Helena Eri Shimizu destaca que Castro "mostrou a real
fotografia da fome no Brasil", revelando que "era um problema oriundo
das desigualdades sociais".
Geografia da Fome foi inovador porque demonstrou as
origens socioeconômicas do problema, esvaziando as explicações deterministas,
então vigentes, sobre a situação. "O livro examina os regimes alimentares
de cada região brasileira e as possibilidades oferecidas pelos fatores
naturais, destacando a organização das formas de propriedade e as relações de
trabalho vigentes", explica o sociólogo Rogério Baptistini Mendes,
professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. "A fome, desgraça que
aflige os seres humanos que ingerem alimentos insuficientes para suprir as
necessidades da vida, é tratada como consequência da organização econômica,
política e social, não simplesmente como sensação fisiológica devida à carência
de oferta, por exemplo."
"Até então a fome era vista principalmente
como um episódio crítico, uma crise que era atribuída a fenômenos naturais,
como uma seca, ou temporários, como uma guerra", contextualiza a
historiadora Adriana Salay Leme, que recentemente defendeu seu doutorado sobre
a obra de Castro. "No livro, ele sintetizou as discussões da época
mostrando que essa fome provocada por uma crise, que ele chamou de fome
epidêmica, não era mais importante que a fome endêmica. Por fome endêmica, ele
entendia um fenômeno cotidiano e menos intenso, que podia não matar por
inanição, mas que matava lentamente a população por doenças associadas."
Leme acrescenta que o médico foi bem-sucedido em
seus esforços para "divulgar esse alargamento do sentido de fome".
"Aí, tem algo essencial para pensarmos a fome nos dias de hoje: a ligação
entre acesso aos alimentos e renda. A renda é um fator determinante para a capacidade
de acessar alimentos de uma família e isso fez com que ele ligasse o olhar para
a fome com pobreza e não com os fenômenos naturais", diz ela.
Em Geopolítica da Fome, Castro levou o tema para
uma escala mundial, novamente desnaturalizando a pobreza e explicando os
fatores geográficos, biológicos, culturais e políticos que levam à fome. Mendes
enfatiza que o livro "sepulta" a ideia de que o aumento populacional
da Terra implicaria em oferta insuficiente de recursos.
"Na obra, há uma análise da lógica de
funcionamento do sistema alimentar mundial, formado na esteira do colonialismo
e baseado na antiga divisão internacional do trabalho", diz o professor.
"Hoje, num mundo em que a agricultura é intensiva e voltada para a
produção de commodities, sobretudo nos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, fica fácil compreender que a fome das populações é devida a um
processo que gera riquezas que ficam concentradas."
Para Neri, a obra de Castro "é um divisor de
águas". "Embora escritos há quase 80 anos, sua mensagem continua
atual. O mundo tem produção agrícola mais do que suficiente para alimentar toda
a população. O mesmo valia e vale para o Brasil", argumenta o economista.
"Ele mostrou que os interesses políticos e a
concentração de riquezas são as verdadeiras causas do flagelo alimentar que
condena indivíduos e sociedades", sintetiza Mendes.
• Carreira
Nascido no Recife, Josué Apolônio de Castro cresceu
em uma região pobre da cidade, próximo aos manguezais. Queria ser psiquiatra.
Começou a faculdade de medicina na Bahia e concluiu no Rio. A essa altura já
havia decidido que em vez da saúde mental, cuidaria dos problemas decorrentes
de má alimentação: especializou-se em nutrição.
Em 1932, segundo informações do Centro de Estudos
Josué de Castro, o médico realizou uma ampla pesquisa sobre as condições de
vida do operariado recifense. Mudou-se para o Rio e aos 28 anos foi admitido,
concursado, como professor de geografia na então Universidade do Brasil, hoje
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nos anos 1940, empreendeu viagens de estudos sobre
alimentação e nutrição em países como Argentina, Estados Unidos, México e
República Dominicana. Em 1943 tornou-se professor de nutrição do curso de
sanitaristas do então Departamento Nacional de Saúde. Em seguida, foi nomeado
diretor do Serviço Técnico de Alimentação Nacional, depois rebatizado de
Comissão Nacional de Alimentação.
Ele ainda ocuparia diversos cargos importantes. Foi
deputado federal por dois mandatos, presidente do conselho executivo da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e, em 1957,
fundou a Associação Mundial de Luta Contra a Fome. Quando veio o golpe militar
de 1964, ele era embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) —
acabou destituído do cargo e ficou exilado em Paris, onde morreu em 1973.
Nos últimos anos da vida, confessava sentir muita
falta do Brasil. "Não se morre apenas de enfarte ou de glomerulonefrite
crônica, mas também de saudade", chegou a afirmar.
Castro chegou a ser indicado três ao Prêmio Nobel:
em 1954, ao de Medicina; em 1963 e 1970, ao da Paz.
• Um
problema que persiste
"O Brasil se destaca internacionalmente no
tema desde Josué de Castro", ressalta Neri. "E hoje ainda mais, pelo
paradoxo de ser um grande produtor de alimentos."
Mendes lembra que oito décadas atrás o país era
majoritariamente rural e "ensaiava a sua transição urbana e
industrial". "De lá para cá muita coisa mudou para permanecer igual.
Os humilhados da terra, sem direitos políticos, sociais e trabalhistas migraram
para as cidades movidos pelo efeito demonstração de um mundo que prometia
mobilidade ascendente", analisa o sociólogo. "O resultado foi a
formação de um tipo novo de pobreza nas periferias das grandes cidades, onde a
vida é precária. É para essa gente que os leitores de Josué de Castro olham
hoje. Eles são vítimas do passado e do presente, estão num mundo que insiste em
não os incorporar como cidadãos plenos, com direito à dignidade da vida e ao
desenvolvimento de seu potencial humano. A sua fome dói."
A historiadora Leme vê "mudanças e
continuidades" no cenário. "Hoje não temos mais populações se
retirando do semiárido quando há uma seca prolongada. Uma das maiores secas que
esse território já teve aconteceu entre 2012 e 2017, mas políticas fundamentais
como o Bolsa Família e o programa de cisternas, além de uma circulação mais
rápida do alimento, fez com que essas famílias pudessem se manter em seu
território", comenta.
"Isso quer dizer que a fome epidêmica do
semiárido mapeada por Josué diminuiu. Ao passado que a fome estrutural, que ele
chamou de endêmica, se manteve", explica ela. "Se a fome é
estrutural, é apenas mudando a estrutura que vamos combatê-la
efetivamente."
JOSUÉ
DE CASTRO E A DESCOBERTA DA FOME
Josué de Castro foi uma destas figuras marcantes
de cientista que teve uma profunda influência na vida nacional e grande projeção internacional nos anos que decorreram entre 1930 e 1973, data de
seu falecimento em Paris. Ele dedicou o melhor de seu tempo e de seu talento
para chamar a atenção para o problema da fome
e da miséria que assolavam e que, infelizmente, ainda assolam o mundo.
Nascido no Recife, cidade do nordeste brasileiro,
lá, ainda nos primeiros anos de vida, teve contato com o objeto de seus
trabalhos de cientista e de escritor – problema da fome. Seus livros mais
importantes sempre mantiveram o rigor científico e a verve do romancista,
desejo guardado em seu íntimo. Josué de Castro sempre admirou os escritores
capazes de contar dos homens e das coisas dos homens com uma linguagem
universal, melhor do que os cientistas.
Assim é que ao escrever seu principal livro, a
Geografia da Fome, dedicou-o a dois escritores, Rachel de Queiroz e José Américo
de Almeida, romancistas da fome no Brasil. A obra também é dedicada à memória
de Euclides da Cunha e Rodolfo Teófilo, sociólogos da fome no Brasil. Anos
antes, junto com Cecilia Meirelles, havia escrito a Festa das Letras, uma
cartilha de alimentação. Tentou desenvolver seu
gosto pela literatura ao editar, em 1935, a obra “Documentário do Nordeste”.
Entre os contos então publicados, encontra-se o Ciclo do Caranguejos que só
mais tarde desenvolveu como uma novela sob o nome de Homens e Caranguejos.
Nestes escritos descreve a fome como fenômeno social: “o tema deste livro é a história da descoberta da
fome nos meus anos de infância, nos alagados da cidade do Recife. Procuro mostrar neste livro de
ficção que não foi na Sorbonne
nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o
problema da fome. Esta se revelou espontaneamente a meus olhos nos mangues do
Capibaribe, nos bairros miseráveis da cidade do Recife, fervilhando de
caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejos, pensando
e sentindo como caranguejos.”
Estas imagens de infância e o exercício da medicina foram fundamentais na trajetória
científica de Josué de Castro. Nos idos de 1935, ao coordenar o inquérito
sobre as condições de vida da população do Recife, já era evidente que as velhas e
insustentáveis teorias, falsas interpretações, deploráveis preconceitos raciais e climáticos, bem como o
Malthusianismo praticado em detrimento das populações subdesenvolvidas, precisavam ser
substituídos. A fome não podia continuar a ser tratada como um tabu, matéria
proibida da qual ninguém se atrevia a falar, senão com circunlóquios que
desfiguravam a realidade.
Antes deste inquérito pioneiro cuja conclusão
indicava que o grande mal dos operários da fábrica que servira de modelo para
o trabalho, não era doença, mas a fome, Josué já produzira expressivos trabalhos como
Problemas da alimentação no Brasil, Alimentação e Raça, A Alimentação à Luz da Geografia
Humana e a Geografia da Fome que recebeu em 1946, o Prêmio Jose Verissimo da Academia Brasileira de
Letras. Mesmo em pleno pós-guerra – imaginemos o Brasil com suas bibliotecas
desatualizadas, sem computador, sem internet, portanto, não dispondo de todo o
instrumental de que dispõem hoje os estudiosos – Josué não se omitiu: a
realidade da fome era tão forte e o mal que causava era de tamanha magnitude
que ele não podia deixar de se empenhar para enfrentar os preconceitos que
encobriam tal calamidade. A partir daí, procurou com os meios de que dispunha
estudar este, ainda hoje, fenômeno universal.
Ao escrever a “Geografia da Fome” afirmava que a
fome não era um problema natural, isto é, não dependia nem era resultado dos
fatos da natureza – ao contrário, era fruto de ações dos homens, de suas opções, da condução econômica que davam a seus
países. Incompreendida à época, esta afirmação foi ganhando força ao longo do tempo e tem sido objeto de importantes abordagens por
brasileiros e pensadores estrangeiros. Frei Beto, um dos idealizadores do
Programa Fome Zero, em entrevista concedida ao jornalista pernambucano Vandek
Santiago, autor do livro Josué de Castro “O Gênio Silenciado”, afirmou: “as obras de Josué tiveram o mérito de quebrar o tabu em torno do tema
da fome. Provaram que ela não é uma consequência do clima do Nordeste e desmistificaram de que a fome é castigo de
Deus. Ele, Josué, foi o primeiro a mostrar a fome como questão política.”
No mesmo livro, João Pedro Stédile, líder
nacional do MST, pontua sobre a obra de Josué : “a fome é parceira e consequência da pobreza e da falta de distribuição de renda. Não é por falta de produção de alimentos; esse tema não é tabu, é um
problema de poder político. De dominação de classe”. Mais adiante na mesma entrevista, esclarece sobre o autor da “Geografia da
Fome”: “ele foi um dos maiores pensadores brasileiros do século 20. Por sua
formação científica ampla, de
médico, biólogo, e geógrafo, conseguiu nos dar uma leitura correta das causas e das raízes
dos problemas brasileiros relacionados com a pobreza e fome.”
O médico pernambucano Jamesson Ferreira Lima,
amigo e contemporâneo de Josué, em texto
integrante de livro que coordenei sobre os últimos textos de meu pai “Fome, um Tema
Proibido” abordou de maneira esclarecedora o pensamento de Josué acrescentando
novo viés: “a origem de seu trabalho acarretou mudança de perspectiva. Inicialmente, pensava-se que a
fome era um problema natural, irremediável, ligado à seleção e competição vitais, um dos caracteres da condição humana. Foi a cidade do Recife em que nasceu, localizada no
Nordeste brasileiro, com um terço da população vivendo miseravelmente,
em subemprego e ou desemprego, atingida pela economia, a monocultura da cana de
açúcar – um fenômeno artificial – e de secas periódicas que lhe propiciou a consciência da fome e do subdesenvolvimento.”
A publicação deste importante livro assinalou o ponto de maior amadurecimento de
suas reflexões sobre a fome. Enfrentando o problema sem subterfúgios não
temeu em afirmar “uma das características dos países subdesenvolvidos é que a maioria
padece de fome” e procurou demonstrar que o problema é fruto de distorções econômicas. Ou seja, a fome é um fenômeno artificial criado pelo homem, ou mais precisamente por certo tipo
de homem.
Manifestava ainda toda sua indignação ao declarar que:
“O maior absurdo de nossa sociedade é termos
deixado morrer centenas de milhões de indivíduos de fome num mundo com
capacidade quase infinita de aumento de sua produção e que dispõe de recursos
técnicos adequados à realização deste aumento.”
Enfatizava dramaticamente em sua obra, lembrando
escritores que apreciava:
“não é somente agindo sobre o corpo dos flagelados,
roendo-lhes as vísceras e abrindo chagas e buracos em sua pele, que a fome
aniquila a vida do sertanejo, mas também atuando sobre sua estrutura mental,
sobre sua conduta social. Nenhuma calamidade é capaz de desagregar tão
profundamente e num sentido tão nocivo a personalidade humana como a fome
quando alcança os limites da verdadeira inanição. Fustigados pela fome,
fustigados pela imperiosa necessidade de se alimentar, os instintos primários
exaltam-se e o homem como qualquer outro animal esfomeado apresenta uma conduta
que pode parecer a mais desconcertante.”
Josué foi um cientista de múltiplos saberes,
médico, na origem de sua formação, como consequência de suas pesquisas logo compreendeu que necessitava estender seus
conhecimentos a outros ramos científicos, assim a geografia, a sociologia, o
estudo do meio ambiente, foram ganhando espaço em sua biblioteca e em sua mente. Por conta destes estudos é que
entendeu, quando escreveu a “Geografia da Fome”, que o melhor método para analisar este fenômeno presente em nossa sociedade liberal
capitalista seria o contido na geografia humana.
“Resolvemos encarar o problema de uma nova
perspectiva de um plano mais distante, de uma visão de conjunto, destacando de
maneira mais compreensiva as ligações, as influências e as conexões dos múltiplos fatores. O uso do método
geográfico, único método que, a nosso ver, permite estudar o problema na sua
realidade total, não o uso do método descritivo da antiga geografia, mas o
método interpretativo que se corporificou dentro dos pensamentos fecundos de
Ritter, Humboldt, Jean Brunhes, Vidal de La Blanche, Criffith Taylor e tantos
outros.” E, mais adiante afirma “neste ensaio de natureza ecológica tentamos
portanto, analisar os hábitos alimentares dos diferentes grupos humanos
ligados a determinadas áreas geográficas, procurando, de um lado, descobrir
as causas naturais e as causas sociais que determinaram o seu tipo de alimentação, com suas falhas e defeitos característicos e,
de outro lado, procuramos verificar até onde esses defeitos influenciam a
estrutura econômico social.”
A decisão de escolher o método geográfico para a
estrutura da obra foi, sem dúvida, parte importante para seu êxito ao longo dos anos. Além da originalidade,
influenciou novas pesquisas e até ajudou a formar outros importantes
cientistas brasileiros, como, por exemplo o consagrado Milton Santos, geógrafo
brasileiro de projeção internacional, autor de
expressivas obras científicas que em longa entrevista concedida a Marina
Amaral, entre outros intelectuais, a propósito de sua formação esclarecida, diante de uma indagação: “o que levou o senhor à geografia era mais
conhecimento físico ou sociológico?”
“Sociológico. Desde menino, a noção de movimento me impressionava ver as pessoas se
movendo. Também um fato muito importante no Ginásio, o livro de texto era a
‘Geografia Humana’ de Josué de Castro, era uma espécie de história contada
através do uso do planeta pelo homem, aquilo me impressionou”. Mais adiante,
na mesma entrevista: “o livro ‘Geografia da Fome’ também o influenciou?”,
indaga o entrevistador. “Muito”, responde Milton. “Esse, vamos dizer assim,
aprendizado da generosidade que aparece em Josué de Castro, e essa vontade de
oferecer uma interpretação não conformista, isso
cala no espírito do menino, do jovem, essa vontade de buscar outra coisa. Acho
que teve sobre mim uma influência extremamente grande.”
Josué de Castro teve a ousadia de sonhar com um
mundo onde não houvesse fome de alimentos, de conhecimento, de liberdade, onde
não se ocultasse a verdade e onde todos os problemas pudessem ser discutidos.
Pagou um alto tributo pela ousadia.
Em 1964, aos 56 anos Josué de Castro, embaixador
do Brasil junto aos Órgãos Das Nações Unidas, em Genebra, teve seus direitos políticos cassados.
Interrompia-se, pelo arbítrio, a profícua atividade intelectual do humilde
médico brasileiro que aos 21 anos iniciara sua carreira no Recife e chegara a
ser representante de seu país.
Lamentavelmente, a fome continua a ser um problema
mundial e também no Brasil. Entre nós, a fome e a miséria persistem como
resultado de uma cruel concentração de renda, poder e da propriedade que provoca um imenso abismo entre
ricos e pobres.
É certo que ao longo do tempo, nos anos
compreendidos entre 2003 e 2015 o Brasil soube construir sólidas políticas de
inclusão social que foram responsáveis por nossa saída do mapa da fome
mundial. Entretanto, a não continuidade destas medidas e até o abandono de
muitas delas nos fizeram retornar à infamante situação de integrante do rol de países que têm parte importante de sua população passando fome.
Não hesito em afirmar: Josué de Castro deve
continuar a ser lido e suas propostas estudadas.
Fonte: Deutsche Welle/USP
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