Lesa
Pátria: Léo Índio é alvo da PF em 19ª
fase da operação
A 19ª fase da Operação
Lesa Pátria foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta
quarta-feira (25/10). Desta vez, são 12 pessoas investigadas, além de cinco
prisões preventivas e 13 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
A operação ocorre em Mato
Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Léo Índio, primo dos
filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro por parte de mãe, é alvo de mandado de
busca.
Além dos mandados de
prisão preventiva, a PF também cumpre 13 ordens de busca e apreensão, visando
12 suspeitos em quatro estados. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O bolsonarista Léo Índio, primo de
três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está entre os alvos das
buscas.
Vale destacar que, no
final de janeiro, a PF já havia conduzido buscas em residências associadas a
Léo em Brasília e no Rio de Janeiro.
De acordo com informações
divulgadas pela corporação, estão sendo cumpridos mandados em Cuiabá (MT),
Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e Brasília (DF).
Até o momento, não foram
divulgadas informações sobre os alvos específicos dos mandados de prisão e
busca e apreensão, fora o nome de Léo Índio.
• As investigações
As investigações da PF
abrangem uma série de crimes, incluindo a abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação
criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem
especialmente protegido, bem como crimes definidos na lei de terrorismo.
A última fase da Lesa
Pátria deflagrada pela PF havia sido no fim de setembro, quando foram cumpridas
as fases 17ª e 18ª. Entre os alvos da 18ª fase, estava um general da reserva.
Na 17ª, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e 10 mandados de
busca e apreensão.
O objetivo da operação é
apurar os envolvidos de incitar, participar e fomentar os fatos ocorridos em 8
de janeiro deste ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o
Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram
violência e dano generalizado contra imóveis, móveis e objetos das
instituições. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público no dia
em questão cheguem a R$ 40 milhões.
• A participação de Léo Índio no 8 de janeiro
Após os atos que
culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes, em Brasília, Léo Índio
compartilhou imagens nas redes sociais que o mostravam próximo ao Congresso
Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.
Em uma dessas postagens,
inclusive, ele alegou ter olhos vermelhos devido ao gás lacrimogêneo utilizado
pela Polícia Militar (PM) que tentava impedir a ação dos extremistas que
destruíam tudo o que viam pela frente.
Em outro post, após a
repercussão dos eventos e em um ambiente que aparentemente não estava no centro
de Brasília, ele afirmou que “Patriotas não cometem vandalismo”.
Léo Índio, que se
apresenta como sobrinho de Bolsonaro nas redes sociais, concorreu como
candidato pelo Partido Liberal (PL) à Câmara Legislativa do Distrito Federal em
2022, mas não obteve sucesso. Ele também atuou como assessor do senador Chico
Rodrigues (União-RR).
• Quem é Léo Índio, alvo da PF na nova fase da operação Lesa
Pátria
Influenciador, aspirante
a político, integrante da família Bolsonaro e golpista que esteve presente no 8
de Janeiro: Léo Índio, que se identifica como sobrinho do ex-presidente Jair
Bolsonaro, foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) na nova fase do Lesa
Pátria.
Leonardo Rodrigues de
Jesus se tornou alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF).
Léo Índio é sobrinho da
primeira esposa e mãe dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro,
Rogéria Nantes Braga. É também uma das pessoas mais próximas ao vereador Carlos
Bolsonaro. Índio trabalhava na liderança do Partido Liberal (PL) no Senado
Federal, mas foi exonerado em julho após ficar meses sem comparecer
presencialmente.
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O bolsonarista tentou
ainda se eleger deputado distrital em outubro, mas teve apenas 1.801 votos e
não conseguiu um assento na Câmara Legislativa do DF.
Além disso, Léo Índio
compareceu ao ato antidemocrático no dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), e
participou da invasão aos prédios dos Três Poderes. Na ocasião, postou fotos e
vídeos no meio da invasão ao STF. Em uma das imagens, aparece em cima do prédio
do Congresso com os olhos vermelhos — possivelmente uma reação às bombas de gás
lacrimogêneo.
Ele é investigado pelo
Inquérito dos Atos Antidemocráticos no STF, de relatoria do ministro Alexandre
de Moraes. A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a inclusão de Léo
Índio na investigação no dia 17 de abril.
• Veja os alvos de mandado de prisão na 19ª fase da Lesa Pátria
A 19ª fase da Operação
Lesa Pátria foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta
quarta-feira (25/10). Doze pessoas são investigadas, e 13 mandados de busca e
apreensão e cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) e cumpridos pela PF.
Léo Índio, primo dos
filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro por parte de mãe, é alvo de um dos 13
mandados de busca e apreensão.
Os mandados para prisão
são para:
• José Carlos da Silva
• Walter Parreira
• César Guimarães
• Fabrízio Colombo
• Luiz Antônio Vilarde
A operação acontece nos
estados de Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Quem é quem
• José Carlos da Silva
Conhecido como “Zé do
Renascer”, é alvo dos mandados de busca e apreensão, e prisão preventiva
expedidos pelo STF e cumpridos pela PF. Ele residia em Cuiabá, Mato Grosso. O
homem aparece nas imagens veiculadas pela internet do 8 de janeiro, durante a
invasão ao Congresso Nacional.
José Carlos também foi
candidato a vereador nas eleições municipais de 2016 e 2020. Na última, o Zé do
Renascer conseguiu ficar como suplente de vereador na Câmara Municipal de
Cuiabá.
• Walter Parreira
Walter, que tem 62 anos,
aparece um vídeo de antes e durante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro –
no caso de 8/1, ele é filmado próximo as agressões a um policial da cavalaria.
Ele morava em Santos (SP), e foi um dos organizadores das caravanas rumo a
Brasília.
Ele teria sido um dos 35
organizadores de manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro na
baixada santista.
• César Guimarães – Morador de Cuiabá (MT)
• Fabrízio Colombo
Mora em Cáceres (MT). É
policial rodoviário federal (PRF). É, inclusive, alvo de um processo do
ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, em novembro do ano passado.
• Luiz Antônio Vilarde – Morador de Cuiabá (MT).
>>>> Os
crimes investigados pela Lesa Pátria
Os investigados estão
espalhados pelo país, nas cidades de Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP),
São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). Os possíveis crimes são de abolição
violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado,
associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou
inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
O objetivo da operação é
apurar os envolvidos de incitar, participar e fomentar os fatos ocorridos em 8
de janeiro deste ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o
Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram
violência e dano generalizado contra imóveis, móveis e objetos das
instituições. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público no dia
em questão cheguem a R$ 40 milhões.
Em nota enviada ao
Metrópoles, a defesa de Leo Índio informou que “no início do inquérito, já
houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi
encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que
apura os atos infracionais do dia 08/01, e até o presente momento, inobstante o
pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito, ainda não foi
autorizado”.
• Lesa Pátria permanente
De acordo com a
instituição, as investigações seguem com a Operação Lesa Pátria, que se torna
permanente. De tempos em tempos, há atualizações em relação ao número de
mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A última fase da Lesa
Pátria deflagrada pela PF havia sido no fim de setembro, quando foram cumpridas
as fases 17ª e 18ª. Entre os alvos da 18ª fase, estava um general da reserva.
Na 17ª, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca
e apreensão.
• Defesa de Léo Índio diz que mandado de busca “não é novidade”
Léo Índio, influenciador
e militante de direita, conhecido por ser primo de três filhos do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) por parte de mãe, é um dos alvos da 19ª fase da Operação
Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira
(25/10). De acordo com sua defesa, o cumprimento do mandado de busca e
apreensão “não é novidade alguma”.
Em nota enviada ao
Metrópoles, a defesa de Léo Índio informou que “no início do inquérito, já
houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi
encontrado. Não é novidade alguma”.
O texto também ressalta
que o nome do militante bolsonarista foi incluído no inquérito que apura os
atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, “e até o presente momento, inobstante o
pedido da defesa de acesso ao STF [Supremo Tribunal Federal] aos termos do
inquérito, ainda não foi autorizado”.
Léo Índio é sobrinho da
primeira esposa e mãe dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, Rogéria Nantes
Braga. É também uma das pessoas mais próximas ao vereador Carlos Bolsonaro
(Republicanos-RJ).
Índio trabalhava na
liderança do Partido Liberal (PL) no Senado Federal, mas foi exonerado em julho
após ficar meses sem comparecer presencialmente.
Ø Como o sobrinho de Bolsonaro pode implicar o
clã no 8/1
Alvo de busca e apreensão
na 19ª fase da Operação Lesa Pátria, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio,
tem estreita ligação com o primo, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e pode
levar definitivamente o clã para o centro das investigações sobre os atos
golpistas de 8 de Janeiro.
Léo Índio foi incluído na
investigação sobre os atos golpistas em abril pela Procuradoria-Geral da
República. Ele já havia sido alvo de uma das primeiras fases da operação Lesa
Pátria, no dia 27 de janeiro, por divulgar nas redes sociais uma foto em frente
ao Congresso Nacional pouco antes do início das depredações, que atingiram
ainda o Palácio do Planalto e o edifício-sede do STF.
Após a repercussão
negativa da publicação, o sobrinho de Bolsonaro voltou às redes sociais para se
explicar e disse que os olhos vermelhos eram por causa do gás lacrimogênio. Ele
também iniciou a narrativa de que a depredação teria sido feita por
"infiltrados" da esquerda, que foi propagada pelo clã e aliados do
ex-presidente.
“Quem tem histórico de
destruir patrimônio público é a esquerda. Focarão no vandalismo, certamente.
Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogênio disparado pelas
forças de segurança, que não focaram nos focos de destruição, jogaram em todos
os manifestantes. Busquem os verdadeiros vândalos e também os covardes
mascarados e fantasiados de patriotas”, escreveu após o 8 de janeiro.
A investigação de Léo
Índio, principalmente das mensagens em seu aparelho, celular pode ligar
diretamente o clã Bolsonaro nos atos do dia 8 de janeiro.
·
Assessor de Carlos Bolsonaro
Sem curso superior e
profissão definida, Léo Índio disse em depoimento ao STF que era vendedor. Ele
realmente vendia caças jeans antes da ascensão do clã na política, quando
passou a orbitar principalmente a esfera do primo, Carlos, de quem chegou a ser
assessor.
No início do governo
Bolsonaro, ele atuava como uma espécie de olheiro do primo Carlos frequentando
o Palácio do Planalto sem ter sido nomeado para cargo algum.
Flho de Rosemeire Nantes
Braga Rodrigues, irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe dos
três filhos mais velhos do ex-presidente, Léo Índio foi nomeado em abril de
2019 como assessor no gabinete do do vice-líder no Senado, Chico Rodrigues
(DEM-RR), com salário de R$ 22 mil.
Ele deixou o cargo em
outubro de 2020 quando o senador foi pego em flagrante pela PF (Polícia
Federal) com dinheiro nas nádegas. Após a demissão, ele passou a pedir emprego,
mas seguiu ajudando o tio presidente.
Em agosto de 2021, ele
atuou na arrecadação de dinheiro para viabilizar o ato de 7 de Setembro na
Avenida Paulista, em que Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de
"canalha".
Juntamente com o atual
deputado Marcos Gomes, o Zé Trovão, Léo Índio foi articulador do movimento que
tinha como "pauta principal" retirar os 11 ministros do Supremo. Um
mês depois, ele passou a ser investigado pela atuação.
Léo Índio também atuou
como assessor da liderança do PL no Senado, mas foi exonerado por não trabalhar.
Ele tentou se eleger deputado distrital em 2022 com a alcunha de Léo Bolsonaro,
mas não obteve sucesso, terminando a eleição com 1.801 votos.
Representante comercial que contratou ônibus para atos
golpistas em Brasília é preso
Walter Parreira,
representante comercial de Santos, no litoral de São Paulo, foi preso nesta
quarta-feira (25) por financiar o ato golpista em Brasília em 8 de janeiro,
quando vândalos invadiram e danificaram os prédios do Congresso Nacional, do
Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília. Ele é formado em
História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que
esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista.
A prisão de Parreira
aconteceu na manhã desta quarta-feira (25), durante a 19ª fase da Operação Lesa
Pátria, da Polícia Federal, que investigava indivíduos que promoveram violência
e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos da instituição.
O representante estava na
mira da Polícia Federal após aparecer como contratante de um ônibus que saiu de
São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de
janeiro. Em vídeos, ele não escondeu a participação em atos democráticos.
As promessas na
convocação de golpistas incluíam “ônibus novos, superbons, sem custo. O
passageiro só pagaria o que consumisse na estrada. Para quem tem
disponibilidade para viajar, tudo pago. Tem que ficar acampado. E, se tiver
mais pessoas, conseguiremos mais ônibus”. Já dentro do ônibus, a caminho da
capital da República para participar dos atos terroristas, Parreira fez um
apelo: “Está sobrando ônibus e faltando patriota”.
Em outro vídeo, que
repercutiu na internet, ele revelou o alto valor da excursão. Ele falou sobre a
viagem e o objetivo dos atos terroristas, além de pedir a ajuda de empresários
para contribuírem com outras caravanas
• O que diz Parreira?
Em janeiro de 2023, ao
g1, Parreira afirmou ter ido à capital para um congresso Seicho-No-Ie [religião
de origem japonesa]. Em nota, a instituição informou que não houve reunião na
data citada.
• O que diz a defesa
O g1 conversou com o
advogado de defesa de Walter Parreira, Augusto Cesar Cardoso Migliori. Ele
confirmou que Walter foi conduzido à Polícia Federal por conta dos atos de 8 de
janeiro. "Ainda são objetos de investigação. O que temos de informação é
que houve um mandado de busca a apreensão, expedido pelo ministro Alexandre de
Morais, e ainda não tivemos acesso aos autos do processo", falou.
O advogado explicou que,
o que consta para ele, é que houve de fato a presença de Walter no dia do ato.
Porém, a participação dele ocorreu foi de forma ordeira e pacífica.
"Ele é um entusiasta
do patriotismo nacional, com muitas ideias patrióticas no sentido mais puro da
palavra. Ele nem teria tempo de ficar participando qualquer tipo de
possibilidade de organizar e difundir essa prática pejorativa", falou o
advogado.
Migliori esclareceu que
ainda não teve contato com Walter Parreira. O representante comercial foi
conduzido ao Centro de Detenção Provisória de São Vicente.
Fonte: DCM/Metrópoles/Fórum
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