Brasil x Mundo: como está nosso investimento em tecnologia?
Investir em tecnologia está se tornando uma questão
de sobrevivência. De acordo com uma pesquisa da Gartner, entre os principais
motivos para aprimorar sistemas de TI, serviços em nuvem e plataformas como um
todo estão o aumento da agilidade, escalabilidade, segurança e flexibilidade
operacional, assim como a redução de custos. Em um cenário global de inovação
tecnológica acelerada desde meados de 2020, quando operações online de
atendimento se tornaram essenciais para a sobrevivência de diversos negócios,
quem não mira em inovação acaba perdendo destaque no mercado.
Segundo o WIPO Global Innovation Index, que define
em uma escala de 0 a 100 quais países mais investem em inovação no mundo, o
Chile lidera a América Latina, com 34 pontos, seguido pelo Brasil (32,5) e
México (31). Zoom out: A maior pontuação neste ranking é da Suiça (64,6),
seguida pelos EUA (61,8). A China se destaca na Ásia, com 55,3 pontos.
Considerando todos os países do Globo, na faixa entre 30 a 35 pontos, onde está
o Brasil, também se encontram Rússia, Arábia Saudita, e Irã.
Ano a ano, o avanço em investimentos em TI vem
aumentando significativamente nos EUA, sendo que se destacam os recursos
destinados a serviços baseados em Cloud. De acordo com dados levantados pela
Gartner, o gasto com empresas americanas com TI em geral passou de US$1,2
bilhões em 2019 para US$1,4 bilhões em 2023, com expectativa de ultrapassar os
US$1,6bi em 2025. Em paralelo, o gasto em nuvem era de apenas 11% do montante
em 2019 (cerca de US$134 milhões), saltando para os 22.7% (US$276 milhões) em
2023 e com expectativa de chegar a 31% (US$377 milhões) em 2025.
Em paralelo, em toda a América Latina, a mesma
pesquisa mostra um gasto de US$206 milhões em 2019, com previsão de manter o
mesmo valor em 2023 e chegar a US$214 milhões em 2025. No entanto, o
investimento em nuvem vem se alterando neste período: Foi equivalente a 3,1% em
2019, passando para 7,7% em 2023, com expectativa de chegar a 10,5% em 2025,
chegando a US$22.5 milhões. Isso mostra que, apesar de menor alavancagem, as
empresas regionais estão destinando cada vez mais recursos para investir em
Cloud.
Atualmente, entre as principais necessidades
tecnológicas de uma empresa, operar com serviços baseados em nuvem exigem um
certo grau de complexidade operacional e uma migração dos serviços que
acontece, resumidamente, em 3 etapas. A primeira está relacionada ao
desenvolvimento e testes, com backups e armazenamentos fora do ambiente, estágio
onde poderíamos encaixar países vizinhos, como Argentina. Na segunda fase o uso
de serviços em nuvem é funcional, mas híbrido - acontecendo simultaneamente em
sistemas online e offline, onde poderíamos encontrar o Brasil - em fase mais
inicial - e a Alemanha. Na terceira etapa está o momento onde os serviços em
diversos segmentos estão conectados puramente na nuvem, gerando maior
conectividade e contribuindo com um horizonte maior para possibilidades em
negócios e eficiência operacional, onde em estágio inicial, estão países como
EUA, Canadá e outros.
Indo além no comparativo de investimentos, o Cloud
Business Process Services (BPaaS) corresponde a 20% dos recursos destinados à
tecnologia na América Latina. Uma pesquisa do Gartner revela que o Brasil é
responsável por 40% de todo o investimento atual em Cloud na região, seguido
pelo México, que investiu outros 27%. Os dados também mostram que entre os
setores que mais tem investido nessas tecnologias está o de Comunicações e
Mídia (19%), seguido pelo setor financeiro (15,8%) e Governo e Instituições
Públicas (14,4%).
O olhar para plataforma e infraestrutura tem sido
um grande diferencial para as empresas. Uma pesquisa da Gartner aponta que
empresas que investem em engenharia de software entregam uma melhora de 53% nos
resultados de produtividade do funcionário e resultados 37% melhores na atração
e retenção de clientes. Por outro lado, uma pesquisa da Mckinsey aponta que
mesmo que as ferramentas de software delivery permitam maior produtividade e
coordenação, apenas 5% dos executivos reconhecem esse vínculo e as classificam
entre seus principais facilitadores de software.
Para se ter ideia, o Standish Group realizou um
levantamento onde se estimava que cerca de US$48 trilhões de dólares são
investidos em projetos anualmente. No entanto, apenas 35% são bem sucedidos e
os outros 65% desperdiçados. O grupo conclui que as taxas de sucesso são baixas
devido ao baixo nível de maturidade tecnológica disponível para gerenciamento.
Aqui falamos de uma deficiência em soluções em cloud, assim como plataformas
integradas de Software Delivery, que permitem a padronização de dados e
contribuem para o controle de custo operacional.
O aumento dos recursos destinados à tecnologia como
um todo tem se mostrado como um diferencial competitivo para as empresas
nacionais e multinacionais. Em um momento onde a agilidade se faz necessária
para que clientes exigentes encontrem soluções integradas ao alcance de poucos
cliques, investir em TI se torna uma questão de sobrevivência para as empresas.
Nesse sentido, Brasil e México se destacam regionalmente, alavancando-se para
desenvolver seus sistemas. Esse olhar local amadurecido pode ser o grande
diferencial para se conectar em negócios globais em um futuro próximo.
Pesquisa
da BioCatch sobre fraudes na América Latina revela aumento de 100% nas contas
laranjas
A BioCatch, líder mundial em detecção de fraudes
digitais e lavagem de dinheiro com base em inteligência biométrica
comportamental, anuncia o relatório de 2023 intitulado "Tendências de
Fraude em Bancos Digitais na América Latina", que oferece uma análise das
atuais ameaças e métodos de prevenção no setor financeiro, especificamente como
e onde os cibercriminosos estão usando táticas de engenharia social, incluindo
golpes de voz para fraudar as vítimas.
• Brasil
No contexto do relatório, a BioCatch destaca que é
essencial reconhecer como o Brasil tem reconhecimento devido à sua eficácia no
combate a ameaças financeiras, abrangendo a fraude do falso funcionário,
golpes, sequestro, roubo de celular, bem como as contas laranjas e a segurança
do PIX. Com a evolução tecnológica, a fraude tradicional tornou-se um desafio
maior para os golpistas. No entanto, é fundamental destacar que o elo mais
frágil nessa situação continua sendo o usuário. Se os usuários fossem mais
protegidos, a incidência de golpes seria significativamente reduzida. É nesse
contexto que a biometria comportamental assume um papel crucial, pois não
apenas preserva a segurança dos usuários, mas também capacita os bancos a tomar
decisões mais assertivas em suas estratégias de combate à fraude.
"O Brasil é um país bem digitalizado e
bancarizado. Além disso, temos o PIX, que é um propulsor muito forte da
economia, por isso, é muito comum os cibercriminosos desenvolverem diferentes e
criativos golpes que acabam sendo exportados em outros mercados, devido ao
aumento significativo no volume de golpes relacionados a ele. O Banco Central
tem pressionado os bancos para se responsabilizarem pelas fraudes, apostando na
prevenção de contas laranjas como parte da resposta a essa crescente ameaça”,
afirma Cassiano Cavalcanti, diretor de pré-vendas da BioCatch na América
Latina.
>>> Principais conclusões do relatório:
• Aumento
dos ataques de engenharia social: 33% de todos os casos de fraude em 2023 podem
ser atribuídos a ataques de engenharia social. Os aumentos acentuados foram
mais evidentes no México, Brasil, Chile e Argentina;
• Casos
de dispositivos roubados quase duplicam: O primeiro semestre de 2023 registrou
um aumento de 90% nos casos de dispositivos roubados em comparação com o mesmo
período em 2022;
• O
número de contas laranja duplicou: a BioCatch observou um aumento de 100% nas
contas laranja relatadas, enfatizando os crescentes desafios de crimes
financeiros enfrentados pelo setor bancário;
• Técnicas
de fraude de grande alcance: o relatório destaca novos golpes, como o
"golpe da família no WhatsApp" e "golpes de investimento",
que estão ganhando força rapidamente na América Latina;
• Métodos
criminosos inovadores: surgiram métodos não convencionais como o "Shoulder
Surfing" e o "Facial Recognition Bypass", complicando ainda mais
o panorama da segurança;
• Os
bancos adotam medidas de segurança avançadas: Com a responsabilidade que muitas
vezes recai sobre os bancos pelas perdas de clientes, há uma mudança acentuada
no sentido de adotar soluções de ponta, como a aprendizagem automática e a
inteligência biométrica comportamental.
O relatório
enfatiza a urgente necessidade dos bancos fortalecerem suas estratégias de
combate à fraude. À medida que mais vítimas recorrem aos bancos em busca de
compensação e segurança, é fundamental que as instituições financeiras
incorporem soluções avançadas capazes não apenas de identificar, mas também de
antecipar essas ameaças em constante desenvolvimento.
Nomos
apresenta relatório sobre propostas legislativas e regulatórias para a
indústria automotiva em trâmite no Congresso Nacional
A Nomos, startup especializada em monitoramento de
riscos regulatórios e análises para relações governamentais, disponibiliza
gratuitamente um relatório com os dez principais projetos em análise na Câmara
dos Deputados e Senado Federal que trarão impactos diretos à indústria
automotiva.
Por meio de sua solução inovadora, o Monitor, que
acompanha e gerencia dados e informações dos poderes executivos e legislativos,
a Nomos consegue compilar as propostas mais significativas em análise no
Congresso Nacional. O serviço fornece uma avaliação imparcial, baseado em dados
recentes e na compreensão do cenário político atual.
O objetivo é tornar mais estratégica e ágil as
relações governamentais de empresas e instituições públicas e privadas no
Brasil. “Acreditamos que a tecnologia aliada a expertise de parceiros no
cenário político e regulatório é o caminho para que nossos clientes estejam
sempre adiantados na gestão regulatória de seus negócios”, afirma Vinícius
Marson, CEO e cofundador da Nomos.
Entre os temas apresentados no relatório estão
projetos relacionados a questões de mobilidade sustentável, como a PL 528/2020,
que trata da promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono, e a PL
539/2022, que institui o Programa Mobilidade Elétrica (MOBE), que diz respeito
a incentivos à conversão de veículos com motor a combustão para elétricos ou
híbridos, bem como o desenvolvimento tecnológico e a fabricação de veículos
totalmente elétricos, híbridos e híbridos plug-in no país.
Exportações
do Brasil para o Canadá superam US$ 4 bilhões pela 1ª vez
As exportações do Brasil para o Canadá atingiram um
nível recorde entre janeiro e setembro de 2023, superando os US$ 4 bilhões pela
primeira vez na história da relação bilateral. É o que apontam dados copilados
pelo estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá
(CCBC).
Os embarques ao Canadá totalizaram US$ 4,2 bilhões
(FOB) nos nove primeiros meses de 2023, um aumento de 5% em comparação a igual
período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ 3,9
bilhões (FOB).
O bom desempenho ajudou a balança bilateral a
fechar com um saldo positivo para o Brasil de US$ 1,491 bilhão (FOB), um salto
de 547% sobre igual intervalo de 2022, quando o resultado havia sido negativo
em US$ 334 milhões.
“Nossa avaliação é de que o crescimento das
exportações para o Canadá seguirá firme e contínuo. Esse resultado é reflexo de
uma extensiva agenda de encontros e iniciativas realizadas nos últimos anos
para fortalecer ainda mais os negócios entre os dois países”, afirma Ronaldo
Ramos, presidente da CCBC.
O Canadá figura atualmente na 12ª posição como o
maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o
país ocupa a 15ª posição.
Entre janeiro e setembro de 2023, a corrente de
comércio – que representa a soma das importações e exportações - totalizou US$
6,85 bilhões (FOB), uma queda de 17% frente aos US$ 8,223 bilhões (FOB)
alcançados em igual período do ano anterior. O recorde foi visto no acumulado
de 2022, quando ultrapassou a cifra de US$ 10 bilhões (FOB) pela primeira vez
em 12 meses.
• Estreitando
laços
“Muita gente ainda não percebeu que o Canadá já é
um grande parceiro do Brasil, com investimentos expressivos em setores
estratégicos, como agronegócio, infraestrutura, mineração, aeroespacial e
defesa, entre outros. Temos visto que o comércio bilateral vem crescendo
significativamente, e mesmo assim ainda existe um enorme potencial a ser
explorado”, explica Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da
CCBC.
Em média, a CCBC realiza oito missões comerciais do
Brasil para o Canadá a cada ano, relacionadas a temas como: inteligência
artificial, alimentos e bebidas, mineração, Indústria 4.0, cidades
inteligentes, inovação em saúde e sistema médico-hospitalar, tecnologias
limpas, transição energética e até economia criativa.
São oportunidades únicas aonde empresários
brasileiros ganham todo auxílio e suporte para internacionalizem suas empresas,
além de utilizarem o Canadá como porta de entrada para seus produtos na América
do Norte e até Europa.
• Destaques
das exportações
Os principais destaques nas exportações brasileiras
ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: ouro (27% do
total exportado); alumina (óxido de alumínio) representando 22% do total;
aeronaves e equipamentos, incluindo suas partes (11%), e açúcares e produtos de
confeitaria (9%).
• Surpresas
nas importações
As compras de produtos canadenses totalizaram US$
2,7 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2023, recuando 38% frente à igual
período de 2022, quando somaram US$ 4,3 bilhões (FOB). A queda, em especial,
está atribuída a compra de adubos e fertilizantes, que ganharam destaque no ano
passado por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.
As importações desta categoria totalizaram US$ 1,65
bilhão (FOB) no período em análise, 50% menor em relação aos US$ 3,25 bilhões
vistos um ano antes. Apesar do recuo, adubos e fertilizantes continuam na
liderança dos produtos mais comprados do Canadá, com um peso de 61% no total de
importações.
Fonte: Por Ana Sitta da Harness/PMA
Comunicação/Cangerana Comunicação
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