sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Brasil x Mundo: como está nosso investimento em tecnologia?

Investir em tecnologia está se tornando uma questão de sobrevivência. De acordo com uma pesquisa da Gartner, entre os principais motivos para aprimorar sistemas de TI, serviços em nuvem e plataformas como um todo estão o aumento da agilidade, escalabilidade, segurança e flexibilidade operacional, assim como a redução de custos. Em um cenário global de inovação tecnológica acelerada desde meados de 2020, quando operações online de atendimento se tornaram essenciais para a sobrevivência de diversos negócios, quem não mira em inovação acaba perdendo destaque no mercado.

Segundo o WIPO Global Innovation Index, que define em uma escala de 0 a 100 quais países mais investem em inovação no mundo, o Chile lidera a América Latina, com 34 pontos, seguido pelo Brasil (32,5) e México (31). Zoom out: A maior pontuação neste ranking é da Suiça (64,6), seguida pelos EUA (61,8). A China se destaca na Ásia, com 55,3 pontos. Considerando todos os países do Globo, na faixa entre 30 a 35 pontos, onde está o Brasil, também se encontram Rússia, Arábia Saudita, e Irã.

Ano a ano, o avanço em investimentos em TI vem aumentando significativamente nos EUA, sendo que se destacam os recursos destinados a serviços baseados em Cloud. De acordo com dados levantados pela Gartner, o gasto com empresas americanas com TI em geral passou de US$1,2 bilhões em 2019 para US$1,4 bilhões em 2023, com expectativa de ultrapassar os US$1,6bi em 2025. Em paralelo, o gasto em nuvem era de apenas 11% do montante em 2019 (cerca de US$134 milhões), saltando para os 22.7% (US$276 milhões) em 2023 e com expectativa de chegar a 31% (US$377 milhões) em 2025.

Em paralelo, em toda a América Latina, a mesma pesquisa mostra um gasto de US$206 milhões em 2019, com previsão de manter o mesmo valor em 2023 e chegar a US$214 milhões em 2025. No entanto, o investimento em nuvem vem se alterando neste período: Foi equivalente a 3,1% em 2019, passando para 7,7% em 2023, com expectativa de chegar a 10,5% em 2025, chegando a US$22.5 milhões. Isso mostra que, apesar de menor alavancagem, as empresas regionais estão destinando cada vez mais recursos para investir em Cloud.

Atualmente, entre as principais necessidades tecnológicas de uma empresa, operar com serviços baseados em nuvem exigem um certo grau de complexidade operacional e uma migração dos serviços que acontece, resumidamente, em 3 etapas. A primeira está relacionada ao desenvolvimento e testes, com backups e armazenamentos fora do ambiente, estágio onde poderíamos encaixar países vizinhos, como Argentina. Na segunda fase o uso de serviços em nuvem é funcional, mas híbrido - acontecendo simultaneamente em sistemas online e offline, onde poderíamos encontrar o Brasil - em fase mais inicial - e a Alemanha. Na terceira etapa está o momento onde os serviços em diversos segmentos estão conectados puramente na nuvem, gerando maior conectividade e contribuindo com um horizonte maior para possibilidades em negócios e eficiência operacional, onde em estágio inicial, estão países como EUA, Canadá e outros.

Indo além no comparativo de investimentos, o Cloud Business Process Services (BPaaS) corresponde a 20% dos recursos destinados à tecnologia na América Latina. Uma pesquisa do Gartner revela que o Brasil é responsável por 40% de todo o investimento atual em Cloud na região, seguido pelo México, que investiu outros 27%. Os dados também mostram que entre os setores que mais tem investido nessas tecnologias está o de Comunicações e Mídia (19%), seguido pelo setor financeiro (15,8%) e Governo e Instituições Públicas (14,4%).

O olhar para plataforma e infraestrutura tem sido um grande diferencial para as empresas. Uma pesquisa da Gartner aponta que empresas que investem em engenharia de software entregam uma melhora de 53% nos resultados de produtividade do funcionário e resultados 37% melhores na atração e retenção de clientes. Por outro lado, uma pesquisa da Mckinsey aponta que mesmo que as ferramentas de software delivery permitam maior produtividade e coordenação, apenas 5% dos executivos reconhecem esse vínculo e as classificam entre seus principais facilitadores de software.

Para se ter ideia, o Standish Group realizou um levantamento onde se estimava que cerca de US$48 trilhões de dólares são investidos em projetos anualmente. No entanto, apenas 35% são bem sucedidos e os outros 65% desperdiçados. O grupo conclui que as taxas de sucesso são baixas devido ao baixo nível de maturidade tecnológica disponível para gerenciamento. Aqui falamos de uma deficiência em soluções em cloud, assim como plataformas integradas de Software Delivery, que permitem a padronização de dados e contribuem para o controle de custo operacional.

O aumento dos recursos destinados à tecnologia como um todo tem se mostrado como um diferencial competitivo para as empresas nacionais e multinacionais. Em um momento onde a agilidade se faz necessária para que clientes exigentes encontrem soluções integradas ao alcance de poucos cliques, investir em TI se torna uma questão de sobrevivência para as empresas. Nesse sentido, Brasil e México se destacam regionalmente, alavancando-se para desenvolver seus sistemas. Esse olhar local amadurecido pode ser o grande diferencial para se conectar em negócios globais em um futuro próximo.

 

       Pesquisa da BioCatch sobre fraudes na América Latina revela aumento de 100% nas contas laranjas

 

A BioCatch, líder mundial em detecção de fraudes digitais e lavagem de dinheiro com base em inteligência biométrica comportamental, anuncia o relatório de 2023 intitulado "Tendências de Fraude em Bancos Digitais na América Latina", que oferece uma análise das atuais ameaças e métodos de prevenção no setor financeiro, especificamente como e onde os cibercriminosos estão usando táticas de engenharia social, incluindo golpes de voz para fraudar as vítimas.

•        Brasil

No contexto do relatório, a BioCatch destaca que é essencial reconhecer como o Brasil tem reconhecimento devido à sua eficácia no combate a ameaças financeiras, abrangendo a fraude do falso funcionário, golpes, sequestro, roubo de celular, bem como as contas laranjas e a segurança do PIX. Com a evolução tecnológica, a fraude tradicional tornou-se um desafio maior para os golpistas. No entanto, é fundamental destacar que o elo mais frágil nessa situação continua sendo o usuário. Se os usuários fossem mais protegidos, a incidência de golpes seria significativamente reduzida. É nesse contexto que a biometria comportamental assume um papel crucial, pois não apenas preserva a segurança dos usuários, mas também capacita os bancos a tomar decisões mais assertivas em suas estratégias de combate à fraude.

"O Brasil é um país bem digitalizado e bancarizado. Além disso, temos o PIX, que é um propulsor muito forte da economia, por isso, é muito comum os cibercriminosos desenvolverem diferentes e criativos golpes que acabam sendo exportados em outros mercados, devido ao aumento significativo no volume de golpes relacionados a ele. O Banco Central tem pressionado os bancos para se responsabilizarem pelas fraudes, apostando na prevenção de contas laranjas como parte da resposta a essa crescente ameaça”, afirma Cassiano Cavalcanti, diretor de pré-vendas da BioCatch na América Latina.

>>> Principais conclusões do relatório:

•        Aumento dos ataques de engenharia social: 33% de todos os casos de fraude em 2023 podem ser atribuídos a ataques de engenharia social. Os aumentos acentuados foram mais evidentes no México, Brasil, Chile e Argentina;

•        Casos de dispositivos roubados quase duplicam: O primeiro semestre de 2023 registrou um aumento de 90% nos casos de dispositivos roubados em comparação com o mesmo período em 2022;

•        O número de contas laranja duplicou: a BioCatch observou um aumento de 100% nas contas laranja relatadas, enfatizando os crescentes desafios de crimes financeiros enfrentados pelo setor bancário;

•        Técnicas de fraude de grande alcance: o relatório destaca novos golpes, como o "golpe da família no WhatsApp" e "golpes de investimento", que estão ganhando força rapidamente na América Latina;

•        Métodos criminosos inovadores: surgiram métodos não convencionais como o "Shoulder Surfing" e o "Facial Recognition Bypass", complicando ainda mais o panorama da segurança;

•        Os bancos adotam medidas de segurança avançadas: Com a responsabilidade que muitas vezes recai sobre os bancos pelas perdas de clientes, há uma mudança acentuada no sentido de adotar soluções de ponta, como a aprendizagem automática e a inteligência biométrica comportamental.

 O relatório enfatiza a urgente necessidade dos bancos fortalecerem suas estratégias de combate à fraude. À medida que mais vítimas recorrem aos bancos em busca de compensação e segurança, é fundamental que as instituições financeiras incorporem soluções avançadas capazes não apenas de identificar, mas também de antecipar essas ameaças em constante desenvolvimento.

 

       Nomos apresenta relatório sobre propostas legislativas e regulatórias para a indústria automotiva em trâmite no Congresso Nacional

 

A Nomos, startup especializada em monitoramento de riscos regulatórios e análises para relações governamentais, disponibiliza gratuitamente um relatório com os dez principais projetos em análise na Câmara dos Deputados e Senado Federal que trarão impactos diretos à indústria automotiva.

Por meio de sua solução inovadora, o Monitor, que acompanha e gerencia dados e informações dos poderes executivos e legislativos, a Nomos consegue compilar as propostas mais significativas em análise no Congresso Nacional. O serviço fornece uma avaliação imparcial, baseado em dados recentes e na compreensão do cenário político atual.

O objetivo é tornar mais estratégica e ágil as relações governamentais de empresas e instituições públicas e privadas no Brasil. “Acreditamos que a tecnologia aliada a expertise de parceiros no cenário político e regulatório é o caminho para que nossos clientes estejam sempre adiantados na gestão regulatória de seus negócios”, afirma Vinícius Marson, CEO e cofundador da Nomos.

Entre os temas apresentados no relatório estão projetos relacionados a questões de mobilidade sustentável, como a PL 528/2020, que trata da promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono, e a PL 539/2022, que institui o Programa Mobilidade Elétrica (MOBE), que diz respeito a incentivos à conversão de veículos com motor a combustão para elétricos ou híbridos, bem como o desenvolvimento tecnológico e a fabricação de veículos totalmente elétricos, híbridos e híbridos plug-in no país.

 

       Exportações do Brasil para o Canadá superam US$ 4 bilhões pela 1ª vez

 

As exportações do Brasil para o Canadá atingiram um nível recorde entre janeiro e setembro de 2023, superando os US$ 4 bilhões pela primeira vez na história da relação bilateral. É o que apontam dados copilados pelo estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Os embarques ao Canadá totalizaram US$ 4,2 bilhões (FOB) nos nove primeiros meses de 2023, um aumento de 5% em comparação a igual período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ 3,9 bilhões (FOB).

O bom desempenho ajudou a balança bilateral a fechar com um saldo positivo para o Brasil de US$ 1,491 bilhão (FOB), um salto de 547% sobre igual intervalo de 2022, quando o resultado havia sido negativo em US$ 334 milhões.

“Nossa avaliação é de que o crescimento das exportações para o Canadá seguirá firme e contínuo. Esse resultado é reflexo de uma extensiva agenda de encontros e iniciativas realizadas nos últimos anos para fortalecer ainda mais os negócios entre os dois países”, afirma Ronaldo Ramos, presidente da CCBC.

O Canadá figura atualmente na 12ª posição como o maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país ocupa a 15ª posição.

Entre janeiro e setembro de 2023, a corrente de comércio – que representa a soma das importações e exportações - totalizou US$ 6,85 bilhões (FOB), uma queda de 17% frente aos US$ 8,223 bilhões (FOB) alcançados em igual período do ano anterior. O recorde foi visto no acumulado de 2022, quando ultrapassou a cifra de US$ 10 bilhões (FOB) pela primeira vez em 12 meses.

•        Estreitando laços

“Muita gente ainda não percebeu que o Canadá já é um grande parceiro do Brasil, com investimentos expressivos em setores estratégicos, como agronegócio, infraestrutura, mineração, aeroespacial e defesa, entre outros. Temos visto que o comércio bilateral vem crescendo significativamente, e mesmo assim ainda existe um enorme potencial a ser explorado”, explica Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC.

Em média, a CCBC realiza oito missões comerciais do Brasil para o Canadá a cada ano, relacionadas a temas como: inteligência artificial, alimentos e bebidas, mineração, Indústria 4.0, cidades inteligentes, inovação em saúde e sistema médico-hospitalar, tecnologias limpas, transição energética e até economia criativa.

São oportunidades únicas aonde empresários brasileiros ganham todo auxílio e suporte para internacionalizem suas empresas, além de utilizarem o Canadá como porta de entrada para seus produtos na América do Norte e até Europa.

•        Destaques das exportações

Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: ouro (27% do total exportado); alumina (óxido de alumínio) representando 22% do total; aeronaves e equipamentos, incluindo suas partes (11%), e açúcares e produtos de confeitaria (9%).

•        Surpresas nas importações

As compras de produtos canadenses totalizaram US$ 2,7 bilhões (FOB) entre janeiro-setembro de 2023, recuando 38% frente à igual período de 2022, quando somaram US$ 4,3 bilhões (FOB). A queda, em especial, está atribuída a compra de adubos e fertilizantes, que ganharam destaque no ano passado por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.

As importações desta categoria totalizaram US$ 1,65 bilhão (FOB) no período em análise, 50% menor em relação aos US$ 3,25 bilhões vistos um ano antes. Apesar do recuo, adubos e fertilizantes continuam na liderança dos produtos mais comprados do Canadá, com um peso de 61% no total de importações.

 

Fonte: Por Ana Sitta da Harness/PMA Comunicação/Cangerana Comunicação

 

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