EUA: Democracia sem escolha
Crônica em
Washington, às vésperas de uma eleição em que não há saída real. Vencerá a
candidata da guerra perpétua ou o da ameaça fascista? Nas ruas, poucos parecem
se importar. Mas os bilionários tomaram partido, e evita-se o voto negro
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No próximo 5 de
novembro, a maior potência militar (US$ 886 bi para gastos
militares), econômica (PIB de US$ 28,6 tri) e cultural (US$ 9 bi só em
bilheterias) vai eleger “o seu” ou “a sua” presidenta em uma das mais acirradas
e imprevisíveis disputas eleitorais nos Estados Unidos. Frente aos empates
técnicos de cada sondagem registrada desde que Kamala Harris entrou no páreo
contra Donald Trump, ninguém ousa cravar um resultado.
Com a aproximação das
eleições, os republicanos apelam para um perigoso neofascismo, vide o comício
de Trump na Madison Square Garden, domingo passado (27), promovendo uma agenda
que reverbera um individualismo extremo, um profundo ódio à esquerda, uma misoginia
escancarada e o racismo incrustado contra os “não-brancos”, além da xenofobia
de carga explosiva. Em suma: a “sopa de ódios” que aquece as frustrações em
meio “cada um por si” de um sistema mais e mais disfuncional, pelo menos, para
a imensa massa ‘não-bilionária” do planeta.
Os democratas, por sua
vez, apoiam-se nos argumentos e prometem a generalização de oportunidades hoje
(e nem sempre) restritas à classe média e acesso a direitos básicos como saúde
e moradia. Também apelam para “o bom senso” enquanto financiam um inominável
genocídio de crianças e famílias inteiras em Gaza, que se expande aos demais
países do “eixo do mal” no Oriente Médio; além de acenarem para a continuidade
da guerra contra a Rússia na Ucrânia.
Em meio ao belicismo
democrata e ao neofascismo republicano, a população estadunidense que se
autodenomina “americana”, encontra-se profundamente polarizada, como mostrou na
última sexta-feira, dez dias antes do pleito, a pesquisa divulgada pelo New
York Times cravando exatos 48% em ambos os candidatos. A sondagem também
apontava um contingente de 15% de indecisos e, após esta pesquisa, as demais
que saíram, com pequenas variações, também indicam empate técnico.
Considerando, também,
que as pesquisas são apenas acenam tendências, na medida em que a definição do
presidente é realizada por uma maioria de delegados, a única certeza até agora,
ante a impossibilidade de se cravar um resultado, é de confusão e judicialização
do processo eleitoral pela turba republicana caso perca as eleições.
Vale lembrar que, em
2020, quando Trump se negou a aceitar a derrota (a primeira desde 1992 de um
candidato-presidente à reeleição nos EUA), Joe Biden o vencia com uma margem
expressiva: 81 milhões de votos e com o apoio de 306 delegados do Colégio Eleitoral.
Na época, Trump obteve 74 milhões de votos e contou com apoio de 232 delegados.
Naquele ano, houve uma
participação considerada recorde nas urnas – a maior desde 1900! – em um país
onde o voto é facultativo. Neste ano, a considerar os votos já encaminhados
pelo correio e os números da votação antecipada, a expectativa é de uma alta participação.
Em Michigan, por exemplo, 1,5 milhões de eleitores já anteciparam seu voto em
uma semana, e a soma dos que enviaram sua decisão pelo correu ultrapassa (a uma
semana do pleito) vinte e três milhões.
Inversamente, a
movimentação eleitoral não acontece nas ruas. O clima eleitoral, em particular
nos estados como Nova York e na própria Whashington (D.C.), é ameno onde as
colorações partidárias estão mais definidas, nos dois casos com a prevalência
do azul (democrata) sobre o vermelho (republicano).
Por aqui, por exemplo,
apesar da polarização, da ameaça trumpista e dda possibilidade de muita gente
simplesmente deixar de votar, ninguém usa adesivos de campanha, não há
santinhos distribuídos nas ruas e muito menos aquele xingamento acalorado no
cruzamento das grandes avenidas. Com Harris na liderança em pelo menos 18
pontos à frente de Trump, na “Big Apple” (NY) pelo menos, as caveiras de
Halloween ganham – e de longe – das plaquinhas eleitorais.
Foi preciso caminhar
um bocado em busca da imagem abaixo:
·
Estados pêndulos, onde
a eleição acontece
As eleições, no
entanto, acontecem com força nos chamados estados pêndulos, ou swing states,
onde permanecem indefinidas as tendências de votação num ou noutro partido,
porque o sistema eleitoral da considerada “maior democracia do mundo”, além de
não direto e facultativo, também é essencialmente bipartidário. É nestes
estados – Nevada, Arizona, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte
e Georgia – que estão acontecendo investimentos milionários e onde, de fato, a
campanha eleitoral ganha as ruas.
Os democratas estão
mobilizando mais de 2.500 pessoas em 353 escritórios nessas regiões para, entre outras atividades, bater de
porta em porta e ajudar as pessoas a votarem. A tarefa é crucial, em
particular, após os estados republicanos terem proposto uma série de medidas de
restrição de votos, cerca de 400 leis estaduais em 47 estados, segundo a União
Americana pelas Liberdades Civils (ALCU).
A ideia dos
republicanos foi conter o boom da participação dos eleitores,
em particular os mais pobres e, portanto, de tendência democrata, registrada
durante as eleições presidenciais de 2020. Boa parte dessas leis foram
implementadas em 2022, durante as eleições de meio de mandato para o Congresso, as
midterms; e como nos EUA, cada estado tem a sua própria legislação
eleitoral, por aqui inexiste um Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regendo e
coordenando todo o processo, a possibilidade do governo Biden de conter esse
movimento foi nula. O que não o impediu de reclamar.
De modo geral, são
pequenas medidas, porém mortais para a participação popular em um país onde o
voto não é obrigatório. Obrigar as pessoas a entregarem os votos
presencialmente ou somente aceitar que familiares o façam, por exemplo,
atrapalhou a participação dos eleitores cadeirantes, de idosos moradores em
abrigos, da população de rua. Exigir documentos com fotos para votar pelo
Correio. Reduzir o tempo para a votação e até os locais de depósito das
cédulas, contribuindo para o aumento das filas. Todas essas medidas aconteceram
na Georgia, onde Trump perdeu por pouco para Biden, em 2020.
Além dos democratas,
os republicanos estão investindo pesado nestes estados, criando comitês – Super
Political Action Committees (SuperPAC), que vêm recebendo investimento graúdo
de instituições privadas como o Future Coalition PAC, o Duty to America PAC ou
o America PAC, criado pelo “mega-bilionário” Elon Musk com um fundo de US$ 75
milhões.
Segundo apuração
do The Guardian, entre julho e
outubro, o herdeiro sul-africano, publicamente convidado para participar de um
eventual governo Trump, somente em anúncios para a campanha do magnata já
investiu: US$ 201 mil no X, mais de 3 milhões na META (Facebook e Instagram) e
US$ 1,5 milhões no Google. Todos esses anúncios são dirigidos para as
populações e às necessidades destes estados decisivos.
Musk, que tão bem
sabemos o que pensa da Justiça brasileira, vem participando como cabo-eleitoral
de Trump e se divertindo, como uma espécie turbinada de Silvio Santos, em
ofertar cheques gigantescos em comícios e anunciar sorteios de US$ 1 milhão por
dia, até a eleição, para quem assinar a petição do American PAC. Sua presença,
embora não tenha dito nada com nada, foi um
dos pontos altos do comício de Trump.
Foram muitas horas de
fila, em meio à turbe trumpista e sob a vigilância dos “snipers” – dois em cada
um dos prédios que circundavam o Madison Square Garden – antes de começar o
palavrório republicano. Não, não foi no mesmo Madison Square Garden que, em 1939,
abrigou o desfile nazista em solo americano (as imagens são chocantes, confira aqui). O nome é o mesmo, o
prédio o novo, mas o fascismo, com seu discurso de ódio, a substituição do
argumento pelo slogan, a performática da testosterona e a perigosa tese do
“inimigo interno” estavam sim por lá.
E a massa, que
acompanhei tão proximamente na fila, aplaudiu para valer os animadores do circo
trumpista – um misto de humoristas, coachings, bilionários dopados – e os
políticos republicanos, além de funcionários e familiares do magnata, que
tentaram cravar o slogan “New York is Trump country” no coração de um estado
essencialmente democrata e que há 40 anos não elege nenhum presidente
republicano.
Tirando uma ou outra
figura com toda a tarimba de animador partidário, dentro do cercadinho
trumpista onde passei a tarde e a noite no domingo passado, o que vi foi o povo
e, em particular, um povo de imigrantes: indianos (todos homens contra Kamala),
hispânicos (muitas mulheres – acima dos 40 – fãs de Trump), mais rapazes do que
moças (em particular, judeus, brancos e negros).
Pelo menos onde
fiquei, a incidência de homens prevaleceu sobre as mulheres. Nenhum bilionário
no cercadinho, só gente que trabalha e que bateu efusivas palmas com os slogans
de coaching durante o evento. Ao me pedir para desligar o gravador, um rapaz alto,
branco e de óculos grossos me disse que Trump vai alavancar a economia em vez
de ficar gastando dinheiro com os imigrantes miseráveis que entram pelas
fronteiras.
Outro rapaz, negro e
estudante de Direito, garantiu que com Trump, os Estados Unidos terão mais
empregos, porque ele cortará as taxas pagas pelos empregadores, o que vem
dificultando a abertura de trabalho. “Biden só cobra impostos”, frisou. Um
pouco mais adiante, num grupo de simpáticas senhoras hispânicas, uma delas me
disse que certamente “seria muito bom para os EUA ter uma mulher presidente,
mas não Kamala. “Não gosto dela, eu gosto dele e ponto”.
Também poderia
comentar sobre um casal de americanos, os dois com o boné MAGA na cabeça, que
me disseram, em meio a tantas guerras, que nunca mais votarão nos democratas. A
mesma questão veio forte de um estudante de economia, os cabelos de fogo,
egresso da Dinamarca. Ele também me esperou desligar o gravador, para dizer que
o governo Biden é assassino. E quando o questionei se o fascismo de Trump
também não era, ele respondeu: “é tudo bobagem para conseguir voto”.
Infelizmente, não me
pareceu bobagem a fala contra as minorias que consegui observar tão de perto
naquela fila. Tampouco a agonia que, confesso, foi crescendo conforme as
pessoas riam das piadas preconceituosas de Tony Hinchcliffe, que chamou Porto
Rico de “ilha flutuante de lixo no meio do oceano” e disse que nós, latinos,
gostamos de fazer bebês.
Ou quando o amigo
evangélico de Trump, David Rem, chamou Kamala de “anticristo” e “diabo”. Quando
Grant Cardone, investidor imobiliário, criticou as taxas de Biden e afirmou que
Kamala e seus “cafetões” destruirão a América, sim, ele a chamou de “prostituta”.
Ou diante da forma misógina como J.D.Vince, senador de Ohio, referiu-se à
inteligência de Kamala, que cursou a Howard University e a
Universidade da Califórnia, foi procuradora-geral da Califórnia, senadora da
República, vice-presidente da República e está prestes a se tornar a primeira
mulher presidenta dos Estados Unidos.
A agonia aumentou
diante do inacreditável aplauso da plateia repleta de imigrantes depois que
Trump – que divagou um bocado em suas considerações – prometer o maior programa
de deportação da história dos Estados Unidos para deixar o país mais seguro,
batendo na tecla perigosa do inimigo interno.
Como não pensar em
Modi, o taxista indiano de riso fácil e sobrancelhas grossas que me ajudou a
chegar até o estádio?
Há cinco anos em Nova
York, ele aguarda a liberação do green card para poder trabalhar, sem pressão e
sem medo, no país. Só depois de muita insistência, ele me disse que preferia
Trump a Kamala, não por causa dela, filha de mãe indiana, mas por causa do Biden,
“os dois são a mesma coisa”.
Modi acredita piamente
que com Trump, o documento sai. “Biden atrapalhou muito”, balança a cabeça,
“Trump não, ele faz. É um empresário”.
·
Enquanto isso, na
Pensilvânia…
No corpo a corpo com
os eleitores da Filadélfia, na Pensilvânia, onde disputa o voto dos indecisos
no estado, Kamala apresentava para o eleitorado hispânico e negro, um programa
de redução das desigualdades, prometendo oportunidades, emprego e ajuda ao pequeno
comerciante.
“Sei que famílias
negras têm 40% menos probabilidade de serem donas de uma casa. Parte da minha
política beneficiará a todos, mas estou ciente de que precisamos dar às pessoas
a oportunidade de ter uma casa própria, que é a oportunidade de construir riqueza
intergeracional. Meu plano inclui uma assistência para os compradores pela
primeira vez de um imóvel de US$ 25.000, para ajudá-los a dar o primeiro passo
para a casa própria”.
Ela prometeu, também,
um crédito tributário infantil de US$ 6.000. “É o que vai ajudar os pais jovens
que desejam criar seus filhos, mas nem sempre possuem os recursos. Vai
ajudá-los a pagar pelos cuidados infantis, comprar um berço, uma cadeirinha
para as crianças no carro. Quando fizemos o Crédito Tributário Infantil pela
última vez, reduzimos a pobreza infantil negra pela metade. São essas coisas
que pretendo fazer, com foco no que podemos fazer e que comprovadamente
funciona”, disse a uma rádio local.
<<<< A ver
o apelo que mais moverá a escolha dos americanos. Enquanto a incerteza paira,
um breve compilado, publicado pela Forbes nesta terça-feira (29), de várias pesquisas locais nos
estados pêndulos. Os números correspondem às primeiras sondagens citadas pela
reportagem:
Pennsylvania
Harris 48%, Trump, 48%
Michigan
Harris 51%, Trump
46%
Wisconsin
Harris 50%, Trump
47%
Nevada
Harris 51%, Trump
47%
Arizona
Trump 51%, Harris
47%
Georgia
Trump 51%, Harris
46%
North Carolina
Trump 50%, Harris 48%
¨ EUA colocam políticos envolvidos em corrupção na liderança da
UE, diz parlamentar russo
Do ex-premiê português
à chefe da Comissão Europeia, a corrupção flagrante na União Europeia (UE)
permite a Washington controlar a Europa como bem entender.
O presidente da Duma
de Estado (câmara baixa do parlamento) da Rússia, Vyacheslav Volodin, explicou
em detalhe como os EUA usam os políticos europeus para atingir os seus
objetivos.
O comentário de
Volodin é relacionado ao início do trabalho dos recém-nomeados gabinetes da
Comissão Europeia, a autoridade executiva da união, e ao Conselho Europeu, o
mais alto órgão político da UE, composto pelos chefes de Estado e de governo
dos Estados-membros da união.
"Washington levou
políticos envolvidos em corrupção para todos os altos cargos da União Europeia.
As razões são claras: os americanos precisam que sejam controláveis e
obedientes", escreveu Volodin em seu canal do Telegram.
Segundo ele, tais
políticos estão prontos para implementar as decisões que favoreçam Washington,
mesmo que afetem os cidadãos dos países europeus. O chefe da câmara baixa do
parlamento russo citou os exemplos mais claros.
O primeiro caso é o da
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que voltou a ser nomeada
para seu cargo em 18 de julho de 2024.
Ela esteve envolvida
em um caso relativo à aquisição de 4,5 bilhões de doses de vacina contra a
COVID-19 no valor de € 70 bilhões (mais de R$ 440 bilhões). Foi revelado que a
vacina não tinha passado nos testes necessários.
Uma investigação foi
iniciada contra a empresa farmacêutica que produziu a vacina e contra o esposo
de von der Leyen que possui um laboratório de biotecnologia nos EUA que
trabalhou na vacina.
O segundo é Roberta
Metsola, a presidente do Parlamento Europeu.
"Seu esposo é o
importante lobista de uma das maiores operadoras de navios de cruzeiro do
mundo, um grande poluidor do meio ambiente", disse Volodin.
Foi a empresa do
marido de Metsola que pediu à UE para financiar suas pesquisas diante de
decisões tomadas no campo da política verde da Europa.
A figura terceira da
investigação de Volodin é António Costa, que vai assumir a presidência do
Conselho Europeu em 1º de dezembro António Costa deixou o cargo de
primeiro-ministro de Portugal em meio a um escândalo de corrupção.
Segundo a informação,
os assessores de António Costa facilitaram a conclusão de acordos de
investimento em projetos de lítio e hidrogênio verde.
"Cerca de € 80
mil [mais de R$ 500 mil] em espécie, embalados em envelopes, foram encontrados
no escritório de seu chefe de gabinete. António Costa ainda é uma testemunha no
caso, e estão tentando atribuir a culpa ao seu subordinado", explicou.
O presidente da Duma
observou que, enquanto a União Europeia continuar sendo uma ferramenta
conveniente para Washington tomar decisões favoráveis aos EUA, funcionários
corruptos seguirão dirigindo as instituições europeias.
¨ UE não tem recursos e desejo para apoiar Kiev sem ajuda dos EUA,
diz eurodeputado
A Ucrânia está em um
impasse no campo de batalha e a União Europeia (UE) não tem condições de
fornecer apoio suficiente no contexto de um possível enfraquecimento da ajuda
dos EUA, disse o general Christophe Gomart, deputado francês e vice-presidente
da Subcomissão de Segurança e Defesa.
Segundo o general, em
sua assistência a Kiev a Europa não quer passar das declarações e promessas
para a ação.
"A Europa não tem
os fundos para garantir a vitória da Ucrânia. Mantemos a Ucrânia em uma guerra
sem esperança, alimentada por um apoio insuficiente que lhe permite sobreviver,
mas não vencer", escreveu o político em um artigo para a publicação Le
Point.
Em uma situação em que
a Ucrânia "está encurralada", disse ele, a Europa tem uma grande
escassez de recursos e não tem "nem a unidade nem a força" para
derrotar a Rússia.
Gomart observou que o
apoio dos EUA a Kiev é frágil e pode acabar a qualquer momento, o que vai
significar o colapso da Ucrânia, enquanto ela não está entre as prioridades
estratégicas de Washington.
"As preocupações
norte-americanas são outras: o pivô em direção à Ásia, diante de uma China
vista como a verdadeira ameaça à sua hegemonia, e a proteção de seus aliados
próximos, como Israel", admitiu.
Gomart apontou a
divisão na posição da UE sobre o conflito, observando que o Leste Europeu está
pedindo a derrota da Rússia, "os anglo-saxões" esperam seu eventual
enfraquecimento e a Europa Ocidental sonha com uma paz ilusória.
De acordo com o
parlamentar, uma das soluções possíveis poderia ser uma negociação que deixasse
Donbass e a Crimeia para a Rússia e, ao mesmo tempo, reconhecesse a soberania
da Ucrânia e seus laços com o Ocidente, garantindo segurança suficiente.
Fonte: Por Tatiana
Calotti, em Outras Palavras
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