sábado, 2 de novembro de 2024

China denuncia tentativas do G7 de culpá-la pela crise na Ucrânia

Os países do G7 agravam as contradições na questão da Ucrânia e tentam culpar a China pela crise ucraniana, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Zhang Xiaogang.

Os ministros da Defesa dos países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), reunidos em Nápoles em meados de outubro, acusaram a China de fornecer apoio militar à Rússia, ao negociar com Moscou produtos de dupla utilização, bem como expressando preocupação com a cooperação entre a Federação da Rússia e a República Popular da China (RPC).

"Na questão ucraniana, a China sempre insistiu em contribuir para a paz e promover negociações e controlou estritamente as exportações de produtos de dupla utilização", disse Zhang Xiaogang.

O porta-voz declarou que é o G7 "que põe lenha na fogueira, agravando as contradições e tentando atribuir a responsabilidade à China", além de salientar que Pequim insta os países do grupo a pararem de dar sermões e dar instruções aos outros Estados sobre os seus assuntos internos.

Durante a reunião em Nápoles, o G7 também acusou a RPC de agravar a situação no mar do Sul da China e criticou Pequim pelos exercícios militares realizados perto de Taiwan. Comentando isso, Zhang Xiaogang enfatizou que essas acusações estavam "cheias de mentiras e preconceitos".

As relações oficiais entre o governo central da República Popular da China e a sua província insular de Taiwan foram rompidas em 1949, depois das forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por Chiang Kai-shek, terem sofrido uma derrota na guerra civil contra o Partido Comunista, mudando-se em seguida para o arquipélago.

As relações entre Taipé e Pequim foram restabelecidas apenas a nível comercial e informal no final da década de 1980. Apenas na década de 1990 as partes começaram a se contatar através de várias organizações não governamentais (ONGs).

<><> União Europeia quer subjugar a Hungria substituindo Viktor Orbán, diz analista

O premiê húngaro, Viktor Orbán, acusou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Manfred Weber, de conspirarem para o derrubar e instalar o seu próprio governo fantoche em Budapeste.

"Bruxelas está em conluio com a oposição ao partido liberal-social-democrata [do premiê] Viktor Orbán na Hungria e está tentando puxar-lhe o tapete debaixo dos pés nas eleições parlamentares previstas para 2026", disse à Sputnik Endre Simo, presidente da Comunidade Húngara pela Paz.

"Sob a liderança de Ursula von der Leyen e Manfred Weber, podemos testemunhar uma séria interferência política de Bruxelas na Hungria", acrescentou. Simo observou que o apoio de Weber a Peter Magyar, líder do partido de oposição Tisza, supostamente financiado pelo estrangeiro, começou antes das eleições para o Parlamento Europeu em junho.

De acordo com Simo, Tisza parece ser "uma formação de oposição promissora para todas as forças anti-russas internas e internacionais" que apoia plenamente a política da União Europeia, incluindo sua guerra por procuração na Ucrânia. Pelo contrário, Orbán está buscando a paz, diz o especialista.

"O governo de Viktor Orbán quer viver em paz com a Rússia", diz Simo. "Ele rejeita firmemente os esforços de Bruxelas para derrotar a Rússia militarmente e com sanções, e continuar fornecendo apoio militar e financeiro à Ucrânia para este fim."

No seu discurso ao Parlamento da UE em outubro, Orbán apresentou as suas prioridades para a presidência húngara da UE e apelou a "mudanças". "Ele colocou a paz em primeiro lugar, a eficiência econômica em segundo e a revisão da política de imigração da UE", disse Simo.

Como era de se esperar, o discurso de Orban foi recebido com duras críticas por Ursula von der Leyen e Manfred Weber.

"Os riscos são altos, porque eles querem que a Hungria abandone sua soberania [política] e se submeta totalmente à vontade da liderança em Bruxelas", alertou o comentarista.

¨      Maior fornecedor de drones para Ucrânia enfrenta crise devido às sanções da China, diz mídia

As entregas de drones de reconhecimento dos EUA para a Ucrânia estão sofrendo impacto devido às sanções recentemente impostas por Pequim, disse o jornal Financial Times, citando fontes familiarizadas com a situação.

Em meados de outubro, a China impôs sanções a três empresas de defesa dos EUA e seus executivos por fornecerem ajuda militar a Taiwan.

Em particular, as sanções visaram as empresas Edge Autonomy Operations, Huntington Ingalls Industries e Skydio.

A última é conhecida por ser o maior produtor de veículos aéreos não tripulados para as Forças Armadas dos Estados Unidos e fornecedor de drones para a Ucrânia.

Segundo o artigo, as autoridades chinesas proibiram suas empresas de fazerem negócios com a Skydio, o que afetou as cadeias de suprimento de drones, inclusive para a Ucrânia.

"A Skydio está correndo para encontrar fornecedores alternativos após a medida de Pequim, que também bloqueia o fornecimento de baterias de seu único fornecedor", disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

De acordo com o Financial Times, a empresa já informou a seus clientes que vai limitar o número de baterias fornecidas com os drones.

A Skydio também disse que não espera encontrar novos fornecedores até a primavera (no Hemisfério Sul).

¨      'Plano de vitória' de Zelensky levanta preocupação entre aliados dos EUA, diz Departamento de Estado

O "plano de vitória" de Vladimir Zelensky levanta preocupações entre os aliados dos Estados Unidos, e as consultas sobre o tema continuam, informou nesta quarta-feira (30) o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.

"Não acho que isso complique a questão, mas acredito que certamente levanta preocupações entre alguns de nossos aliados da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. Ouvimos isso diretamente em nossas conversas com os aliados da OTAN", disse Miller em uma coletiva de imprensa.

Questionado sobre a resposta à Republica Popular Democrática da Coreia (RPDC), após esta supostamente enviar tropas para participar do conflito russo-ucraniano ao lado de Moscou, o porta-voz afirmou que as consultas com os aliados ainda estão em andamento.

Zelensky apresentou seu "plano de vitória" este mês e garante que, caso seja adotado, o conflito na região poderia ser encerrado até o próximo ano.

O documento inclui cinco cláusulas e três anexos secretos. Em particular, sugere a entrada da Ucrânia na OTAN, além do fim das restrições aos ataques contra o território russo e a implantação de um "pacote abrangente de dissuasão não nuclear".

Porém, o plano foi alvo de críticas na União Europeia e na OTAN por detalhar múltiplas obrigações para os aliados ocidentais da Ucrânia, mas sem atribuir compromissos a Kiev.

A mídia norte-americana chegou a informar, na última terça (29), que solicitou na proposta o envio de mísseis Tomahawk de longo alcance ao regime de Kiev.

As autoridades anônimas dos EUA expressaram ao The New York Times que o novo plano de Zelensky é uma exasperação irrealista e dependente quase inteiramente da ajuda ocidental.

Um alto funcionário abordou, em particular, a cláusula do plano sobre um "pacote de dissuasão não nuclear", que não foi tornado público, mas supostamente inclui uma solicitação de mísseis Tomahawk. O funcionário considera essa solicitação totalmente inviável, conforme citado na matéria, pois o alcance de cerca de 2.400 quilômetros do Tomahawk é mais de sete vezes maior do que o dos mísseis ATACMS, que os EUA enviaram à Ucrânia este ano após longas deliberações.

Além disso, a Casa Branca hesita em enviar à Ucrânia os mísseis que acredita que podem servir a um propósito melhor no Oriente Médio ou na Ásia, já que a lista de alvos potenciais de Kiev dentro da Rússia requer muito mais mísseis do que Washington inicialmente reservou, disse o funcionário.

¨      Lavrov chama 'fórmula de paz' de estúpida e 'plano de vitória' de Zelensky de esquizofrênico

A chamada "fórmula de paz" do atual líder ucraniano Vladimir Zelensky promovida pelo Ocidente é estúpida, enquanto o "plano de vitória" de Kiev é esquizofrênico, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Falando na Conferência Internacional de Minsk sobre Segurança Eurasiática, Lavrov observou que o Ocidente tem ignorado por muitos anos a discriminação contra a população de língua russa da Ucrânia.

Em particular, ele notou a proibição consistente desde 2014 do uso do idioma russo em várias esferas da vida e a adoção pelo parlamento ucraniano de um projeto de lei para banir a Igreja Ortodoxa Ucraniana canônica.

"O Ocidente fecha os olhos para essa violação grosseira da Carta [da ONU] pelo regime russofóbico e racista de Kiev, continuando a promover a 'fórmula de paz' sem saída de Zelensky, eu diria até mesmo estúpida, que exige a rendição da Rússia. E há algumas semanas, esse cidadão [Zelensky] revelou mais um 'plano de vitória' esquizofrênico", disse o ministro russo.

Ele destacou que a fórmula, o plano e "fantasias sobre a adesão da Ucrânia controlada por Kiev ou à OTAN ou à União Europeia" não aproximam a paz na Europa.

Sergei Lavrov antes de reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. <><> Do que trata o plano de Zelensky?

Recentemente, Zelensky apresentou um plano para resolver o conflito na Ucrânia. O documento inclui cinco pontos e três anexos secretos.

O primeiro ponto é a Ucrânia ser convidada a aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte, o que, de fato, foi uma das razões da operação militar especial russa.

O segundo é a Ucrânia ser autorizada a usar armas de longo alcance ocidentais contra territórios russos longe da zona de conflito. O presidente da Rússia Vladimir Putin disse que isso significaria o envolvimento direto dos países ocidentais no conflito, já que esses golpes não podem ser realizados sem a participação dos militares da OTAN.

O terceiro é a implantação de um pacote abrangente não nuclear de dissuasão da Rússia em solo ucraniano.

Há poucos dias, o jornal The New York Times, citando autoridades dos EUA, informou que o parágrafo sobre um pacote de dissuasão não nuclear, que ele não apresentou publicamente, implicava um pedido de entrega de mísseis Tomahawk de longo alcance para a Ucrânia.

O Tomahawk tem um alcance de quase 2,5 mil quilômetros, o que é mais de sete vezes o alcance dos mísseis ATACMS a que o governo norte-americano já impôs restrições no uso pelos ucranianos.

As fontes observaram que esse pedido era absolutamente impossível de satisfazer.

¨      Kiev não quer resolver o conflito porque pede armas nucleares à União Europeia, diz premiê eslovaco

Kiev não quer resolver o conflito com a Rússia porque fala em armas nucleares no seu território, disse o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, em entrevista ao programa 60 Minutos, do canal de televisão Rossiya 1.

"Se alguém quiser aumentar as tensões, é exatamente isso que dirá: 'Traga armas nucleares para o meu terreno, me dê mísseis de médio e longo alcance, e os usaremos contra objetivos russos'", afirmou Fico, explicando que assim foi o plano apresentado por Vladimir Zelensky ante o Conselho Europeu.

"Felizmente a União Europeia tem instinto de autoconservação", ponderou o primeiro-ministro eslovaco.

Zelensky apresentou o chamado "plano de vitória" ao Parlamento ucraniano há duas semanas, iniciativa que, segundo ele, resolveria o conflito até no máximo 2025. O documento produzido inclui cinco pontos e três anexos secretos.

Um dos pontos é a garantia de a Ucrânia ser convidada a aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que de fato foi uma das razões da operação militar especial russa. Outro é a autorização para o uso de armas de longo alcance ocidentais contra territórios russos longe da zona de conflito.

Para Fico, no entanto, o plano de Zelensky não promete nada além de poder agravar ainda mais o conflito.

¨      Zelensky proíbe seus militares de dizerem que estão se retirando de zona de conflito, diz jornalista

Os militares ucranianos disseram que Vladimir Zelensky os proibiu de falar sobre a retirada, informou a jornalista da Ucrânia, Diana Panchenko, na rede social X.

"Hoje falei com os soldados ucranianos no front. Zelensky proíbe-os de dizer: "Nós estamos nos retirando", escreveu ela.

De acordo com a jornalista, os militares riem de tais proibições e sugerem que terão de dizer no futuro que estão avançando rumo a Kiev.

"O front está em colapso", concluiu a jornalista.

Nesta terça-feira (29), o coronel do Exército ucraniano, Dmitry Marchenko, disse que o front das Forças Armadas da Ucrânia entrou em colapso sob a pressão do Exército da Rússia devido ao desequilíbrio de comando, à fadiga de pessoal e à falta de reservas.

Hoje (31), o Ministério da Defesa da Rússia informou que o agrupamento de tropas Vostok libertou o povoado de Yasnaya Polyana na República de Donetsk.

¨      'Há muito medo': recrutamento militar do Exército ucraniano tem sido pesadelo para homens no país

O recrutamento para o serviço militar obrigatório através de operações de fiscalização pelos militares em ruas, lojas e estradas, que visa recrutar homens entre os 25 e os 60 anos para alimentar a frente de batalha, está a gerar "medo" e descontentamento entre os ucranianos, informou a revista Foreign Affairs.

Muitos estão cansados ​​da "privação diária" e dos "métodos intrusivos" de recrutamento, segundo o veículo.

Além disso, há consternação com as mudanças fiscais que impõem um imposto militar de 5% para financiar as Forças Armadas ucranianas. Organizações como o Veteran Hub, que presta serviços a antigos militares, salientam que é "compreensível que haja muito medo".

"Há muito medo, é compreensível. Temos que ter em mente que não há uma única pessoa neste país cuja vida não tenha sido perturbada pelo conflito", disse Ivona Kostina, diretora do Veteran Hub, à revista americana.

A mídia também observou que as forças ucranianas não têm procedimentos de desmobilização para as suas tropas, tornando o recrutamento apenas uma "passagem só de ida". Esta condição parece injusta para aqueles que estão no campo de batalha, bem como para aqueles que consideram se alistar, acrescentou.

O serviço militar também está gerando um ''debate acalorado" entre aqueles que são a favor de tornar esta atividade obrigatória como em Israel, e aqueles que são a favor do modelo voluntário como nos Estados Unidos, segundo a mídia.

Em abril passado, Kiev reduziu a idade de mobilização de 27 para 25 anos e aumentou os incentivos monetários para voluntários, além de implementação de uma campanha nos meios de comunicação.

O Ministério da Defesa ucraniano garantiu que o alistamento voluntário continua a ter números elevados, mas "não é suficiente" para competir com os números da Rússia. Casos de suborno para evitar o alistamento também estão "degradando a confiança do público no Estado e no Exército", observou a revista.

Kostina garantiu à mídia que na capital Kiev se percebe que a Ucrânia não funciona como uma "economia de guerra" dado o nível de vida relativamente elevado, mas que a situação vai mudar em breve; devido a isso o Exército "precisa de reforços no terreno e de fundos para as suas operações". Se ambas as coisas não forem alcançadas, Kiev terá de impor medidas, acrescentou.

Recentemente, o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou uma matéria sobre as dificuldades que a Ucrânia enfrenta no recrutamento de tropas, dados os milhares de baixas que registou em quase três anos de conflito, razão pela qual a sua rede de busca de novos soldados está se expandindo até "lugares luxuosos" e "casas noturnas".

¨      Mídia: aumento na produção de armas pequenas e médias da Europa fracassa ante ajuda à Ucrânia

Após enviar grandes remessas de armas para o "saco sem fundo" do apoio à Ucrânia, os facilitadores europeus de Kiev têm lutado para aumentar sua própria produção de armas, enfrentando burocracia, falta de dinheiro e outros desafios.

Pequenas e médias empresas de defesa europeias estão lutando para expandir a produção, pois o apoio à Ucrânia continua a sangrar os estoques de armas do Ocidente.

Fabricantes de armas de fogo têm sinalizado que a falta de recursos está sendo intensificada pela falta de acesso a financiamento público, burocracia e relutância dos bancos em conceder empréstimos a participantes menores do setor, disseram fontes à Reuters.

Enquanto as despesas militares globais dispararam para uma alta histórica de US$ 2,44 trilhões (cerca de R$ 13,8 trilhões) em 2023, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, obter financiamento é problemático para empresas menores.

A produção vai continuar estagnada até que os governos europeus descubram como melhorar os fluxos de caixa, disseram fabricantes de armas, funcionários do governo e especialistas em defesa.

As pequenas e médias empresas de defesa da União Europeia enfrentam uma lacuna de financiamento de dívida entre US$ 1,08 bilhão (cerca de R$ 10,3 bilhões) e US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 12,6 bilhões), estimou um relatório da Comissão Europeia no início do ano.

Ao mesmo tempo, não apenas a máquina de guerra dos EUA tem lucrado com a guerra por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia, como o investimento de capital de risco em startups militares está crescendo nos EUA. Os recursos deste capital têm sido canalizados para startups de defesa nos Estados Unidos e dobrou de tamanho para atingir US$ 33 bilhões (mais de R$ 190,4 bilhões) entre 2019 e 2022, informou o Financial Times.

Moscou declarou repetidamente que as entregas contínuas de armas para a Ucrânia impedem a resolução do conflito, com remessas destinadas a Kiev designadas como alvos legítimos para a Rússia.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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