Blefaroplastia
é a melhor opção para rejuvenescer a área dos olhos?
Quando
a região dos olhos começa a adquirir um aspecto cansado e envelhecido devido ao
processo de envelhecimento, a grande maioria das pessoas logo busca um
cirurgião plástico para realizar uma blefaroplastia, ou cirurgia das pálpebras,
acreditando se tratar de um problema de flacidez das pálpebras. Porém, o que
poucos sabem é esse não é o único fator responsável pela aparência envelhecida
da região.
“Além
da flacidez das pálpebras, a queda dos supercílios, ou sobrancelhas, também
pode conferir alguns anos à aparência da região. Esse problema ocorre devido a
um enfraquecimento dos músculos da região da testa, fazendo com que a
sobrancelha, principalmente a região da cauda, desça para uma posição inferior
à normal, conferindo um aspecto triste ao olhar, além de piorar a percepção de
excesso de pele nas pálpebras”, afirma a cirurgiã plástica Beatriz Lassance,
membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Nesses
casos, realizar apenas a blefaroplastia pode não ser suficiente para
rejuvenescer o olhar, podendo gerar um resultado insatisfatório e até
artificial. “Um erro muito comum durante a execução da blefaroplastia é retirar
o excesso de pele sem levar em consideração a posição das sobrancelhas. Se a
causa do excesso de pele for a queda dos supercílios, o ar triste e cansado
gerado pela flacidez não melhorará apenas com a cirurgia das pálpebras”, diz.
É
preciso, então, investir em procedimentos que foquem especificamente na
elevação dos supercílios. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio da
aplicação de toxina botulínica.
“A
toxina botulínica paralisa alguns músculos envolvidos na movimentação e queda
das sobrancelhas para suspendê-las e arqueá-las, além de ainda reduzir a
aparência de rugas presentes na região”, aconselha a médica.
Porém,
Beatriz ressalta que a substância tem efeito temporário, durando cerca de seis
meses, e ação limitada. “Por isso, geralmente, a aplicação de toxina botulínica
é indicada apenas para pacientes que possuem uma queda leve da cauda dos
supercílios, seja devido ao processo de envelhecimento ou mesmo pela genética”,
acrescenta.
Já
em casos mais graves, nos quais há uma queda significativa das sobrancelhas,
apenas a aplicação de toxina botulínica pode não ser suficiente para conferir
resultados satisfatórios. Nessas situações, a melhor opção é realizar a
elevação dos supercílios de maneira cirúrgica.
“O
procedimento é realizado por meio de pequenas incisões próximas ao couro
cabeludo pelas quais é possível reposicionar os tecidos da região, como
músculos, ligamentos e pele, de forma a promover tração com consequente redução
da flacidez e elevação das sobrancelhas”, diz a médica, que ressalta que as
cicatrizes são pequenas e pouco perceptíveis.
“E os resultados são muito naturais.”
Mas,
quando a flacidez das pálpebras é muito acentuada, a blefaroplastia é realmente
necessária, sendo, na maioria dos casos, combinada à elevação cirúrgica dos
supercílios.
“Os
procedimentos trazem melhores resultados quando associados, pois, conseguimos
tratar, de uma só vez, diferentes fatores envolvidos no processo de
envelhecimento da área dos olhos”, afirma a especialista, que diz que a
blefaroplastia pode ser realizada nas pálpebras superiores e inferiores,
eliminando bolsas de gordura e excesso de pele para rejuvenescer a região.
“Podemos
ainda utilizar enxerto de gordura e preenchedores injetáveis para solucionar os
sulcos abaixo dos olhos que também podem conferir um aspecto cansado à
aparência”, acrescenta.
Ou
seja, o grande segredo para rejuvenescer os olhos de maneira eficaz e natural é
o diagnóstico adequado e a indicação correta dos procedimentos. Apenas o médico
especializado, após uma avaliação aprofundada, poderá recomendar a melhor opção
para cada caso.
“Por
isso, é importante que o paciente converse bastante com o cirurgião e entenda
todas as possibilidades disponíveis para alcançar o resultado desejado, seja
por meio de tratamentos injetáveis ou intervenções cirúrgicas”, finaliza
Beatriz Lassance.
• Entenda o
que são varizes exóticas, que surgem no rosto, seios e braços
Veias
dilatadas e tortuosas que perderam sua função causando danos estéticos e
circulatórios, as varizes surgem geralmente na região das pernas – mas isso não
significa que essa é a única região em que ela ocorre.
“Essa
frequência nos membros inferiores acontece, em grande parte, porque é mais
difícil para o fluxo sanguíneo circular no sentido contrário ao da gravidade
(de baixo para cima)”, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da
Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. “Dessa forma, há um
esforço maior do organismo e quando as veias não estão com a estrutura em
perfeito estado, elas cedem à pressão que o sangue exerce em suas paredes,
facilitando o surgimento das varizes. Mas veias inestéticas também podem
aparecer na face, colo, seios, braços, abdômen, costas, bumbum, no pé e até nas
partes íntimas.”
A
médica lembra que uma característica é marcante para identificar essas veias
exóticas: “São veias feias, em locais onde não esperamos ter veias aparentes.
Dependendo do local onde elas aparecem podemos investigar causas, mas na
maioria das vezes são apenas de caráter estético”, explica.
Fatores
hormonais, gravidez, o uso de pílula anticoncepcional, a obesidade, o tabagismo
e o sedentarismo também contribuem para a formação de varizes exóticas, mas, na
maioria dos casos, esse é um problema apenas estético e o paciente não sente
dor.
“Diferentemente
das pernas, região em que a alteração pode sinalizar a existência de um
problema maior, nessas regiões isso é mais raro. Mas ainda assim é preciso
procurar um cirurgião vascular para fazer uma avaliação e um tratamento”,
destaca.
A
médica enfatiza que veias dilatadas nos seios podem aparecer após a colocação
de prótese de silicone; já vasos no rosto, costas e no colo tem relação com
exposição solar, fatores genéticos, uso de ácidos e hormônio anticoncepcional.
“Já
as veias que aparecem no bumbum e na vulva devem ser investigadas, pois podem
estar relacionadas a varizes pélvicas (varizes ao redor do útero). Veias
inestéticas nas mãos e braços podem estar relacionadas ao próprio
envelhecimento e são mais presentes em pessoas que realizam muita atividade
física”, diz.
A
orientação médica especializada é importante para identificar o tipo de variz
em questão, que será analisada conforme o calibre (o das microvarizes é um
pouco maior e varia entre um e três milímetros) e a cor quando se aproxima do
azul ou azul-esverdeada.
“Esse
tom azulado é característico das varizes com mais de três milímetros de
diâmetro. Essas podem causar alguns sintomas e evoluir para complicações
maiores caso o tratamento não seja feito”.
Mesmo
que, após avaliação do cirurgião vascular, seja constatado que o problema é
somente de caráter estético, existem diversos tratamentos que podem corrigir
essa alteração: “Escleroterapia (substância química injetada dentro da veia),
uso de lasers e radiofrequências, espuma densa ou procedimentos que combinem as
técnicas são excelentes opções”, explica.
• Rosto
descamando mesmo com hidratantes? Problema pode ser... caspa
No
couro cabeludo, é fácil identificar a caspa, o nome vulgar para descrever as
escamas brancas prateadas ou amareladas presentes no quadro clínico da
dermatite seborreica. Mas quando o assunto é rosto, é comum que as pessoas
acreditem que se trata de um quadro de ressecamento e tentar, a todo custo,
aumentar a hidratação.
“Mas
nem sempre isso resolve o problema. A dermatite seborreica também pode afetar o
rosto em lugares como sobrancelhas, pálpebras, abaixo ou atrás das orelhas, asa
do nariz, lábios e, no corpo, pode afetar o tórax, por exemplo. Então a caspa
não é um problema único e exclusivo do couro cabeludo. Quando ela ocorre no
rosto, também podem ocorrer quadros como coceira, ardência, desconforto e
vermelhidão”, explica Lilian Brasileiro, médica membro da Sociedade Brasileira
de Dermatologia.
Segundo
a médica, o problema pode ocorrer tanto no calor quanto no frio e tem os mesmos
gatilhos da caspa no couro cabeludo. “Banhos longos e quentes e o uso de
produtos mais cremosos ou leitosos podem favorecer a oleosidade excessiva na
pele”, diz Lilian.
“Apesar
disso, a fisiopatologia da doença não é 100% esclarecida, mas há uma
predisposição genética e a presença de gatilhos que precisam ser identificados
pelo médico e paciente, como estresse, falta de sono, alimentação desregulada,
consumo de álcool e uso de medicamentos. A presença de fungo também tem relação
com a doença.”
A
diferenciação entre a dermatite seborreica e o ressecamento da pele é feita
pelo médico. “O diagnóstico é clínico e feito sem a necessidade de um exame
laboratorial, na presença de sintomas como oleosidade na pele e no couro
cabeludo, escamas que ardem, coçam ou apresentam vermelhidão na área
circundante, além de uma sensação de desconforto do próprio paciente em sentir
que a pele não responde bem aos hidratantes convencionais”, comenta a médica.
Segundo
Lilian Brasileiro, o tratamento da dermatite seborreica pode incluir,
dependendo da gravidade, o uso de medicamentos tópicos corticoides ou com ação
antifúngica, mas é necessário também dar orientações sobre o estilo de vida do
paciente.
“A
rotina skincare deve incluir sabonetes,
hidratantes e protetores solares com ação antioleosidade, oil-free, que contam
com efeito matte. Ativos importantes para incluir na rotina são o ácido
salicílico, piritionato de zinco, enxofre e melaleuca”, diz médica. “Cuidar da
alimentação e da microbiota da pele e do intestino também é importante.”
Fonte:
Homework
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