Trump faz discurso declarando vitória:
'Fizemos história'
Donald Trump subiu
ao palco nesta quarta-feira (06/11) e fez um discurso declarando vitória após
projeções demonstrarem sua dianteira em
Estados decisivos.
Com 9 Estados com
contagem de votos ainda indefinida, Trump aparecia no momento do discurso com
266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser
eleito. A sua adversária, a democrata Kamala Harris,
aparecia com 194 delegados assegurados.
Ao lado de seu vice,
JD Vance, ele afirmou que vai inaugurar uma "era de ouro" nos Estados
Unidos.
"Vamos ajudar
nosso país a se curar. Vamos consertar nossas fronteiras, consertar tudo no
nosso país. Fizemos história, superamos obstáculos. É uma vitória política que
nosso país nunca viu antes."
O republicano afirmou
que "temos um país que precisa de ajuda" e que vai "consertar a
fronteira dos EUA".
Em referência à
conquista da maioria de assentos no Senado e uma possível vitória na Câmara
pelo Partido Republicano, Trump disse: “A América nos deu um mandato poderoso e
sem precedentes.”
Trump também mencionou
de forma breve a tentativa de assassinato que sofreu em julho, quando foi
atingido de raspão por uma bala em sua orelha durante um comício.
Ele disse à multidão
que sua vida foi "salva por uma razão" - algo que já havia sugerido
durante a campanha.
Trump afirmou ainda
que trará "cada grama de espírito e luta" para a Casa Branca e que
ser presidente dos Estados Unidos é o "trabalho mais importante do
mundo".
Ele acrescentou que
comandará seu governo com o lema: "Promessas feitas, promessas
cumpridas".
Trump também agradeceu
à sua família e chamou sua esposa Melania de primeira-dama. "Ela fez um
ótimo trabalho", disse, acrescentando que ela "trabalha muito duro
para ajudar as pessoas".
O republicano também
parabenizou o homem que ele diz ser o próximo vice-presidente dos EUA: JD
Vance.
Vance foi convidado a
discursar e descreveu a campanha de Trump como o "maior retorno político
de todos os tempos".
¨ Trump diz que sobreviveu a tentativa de assassinato 'por um
motivo'
Ainda em seu discurso
recém-encerrado na Flórida, Trump mencionou brevemente a tentativa de
assassinato que sofreu em julho, da qual escapou após uma bala passar de raspão
em sua orelha durante um comício. Ele disse à multidão que sua vida foi
"salva por um motivo" — uma mensagem que ele reforçou ao longo de sua
campanha.
Trump afirmou que
levará "cada gota de espírito e luta" para a Casa Branca e que ser
presidente é o "trabalho mais importante do mundo". Vale lembrar que
Trump declarou vitória, mas ainda não atingiu o número necessário de votos do
Colégio Eleitoral, estando atualmente a quatro votos de distância.
·
Aceno a Elon Musk
Em seu discurso, Trump
ainda fez menção ao bilionário Elon Musk, que se tornou um de seus principais
aliados e cabos eleitorais durante a campanha — e que possivelmente terá algum
papel no governo Trump caso a vitória republicana seja confirmada.
Musk chegou a sortear
US$ 1 milhão por dia de seu dinheiro para eleitores registrados no Estado da
Pensilvânia até o dia da eleição.
Trump descreveu o dono
da rede social X como uma "nova estrela" do Partido Republicano e
como um "cara maravilhoso".
·
Vitória na Pensilvânia
Após a confirmação do
resultado na Pensilvânia, Trump ficou a um passo de reconquistar a Casa Branca.
O Estado que deu
vitória para Joe Biden em 2020 dá ao vencedor 19 votos no Colégio Eleitoral e
era considerado chave para a vitória.
¨ Simpatizantes de Trump se dizem 'superfelizes' e 'gratos',
O clima fora do Palm
Beach Convention Centre às 04:00 (horário local) era de festa, enquanto
apoiadores de Donald Trump saíam em grande número para festejar na noite
eleitoral.
Caminhonetes passavam
buzinam enquanto um homem em uma motocicleta tocava canções temáticas sobre
Trump.
Fatima Henges, 30
anos, dançava pela rua e dizia estar "feliz, superfeliz" com os
resultados até agora, que deixam Trump perto da vitória no Colégio Eleitoral
americano.
"Não queremos ir
para casa, mas temos que trabalhar amanhã", disse ela à BBC. "Acho
que é bom para todos, uma mudança."
Roselba Morales,
imigrante mexicana que se naturalizou cidadã americana no ano passado, votou em
Trump e está empolgada.
"Ele quer paz,
ele quer segurança, ele quer salvar nossos filhos", disse ela, agitando
uma grande bandeira de Trump. "Estou me sentindo grata, obrigada,
Jesus!"
¨ 'Que vitória de Trump inspire Brasil': Bolsonaro reage à eleição
nos EUA
O ex-presidente do
Brasil, Jair Bolsonaro (PL), comemorou, antes do resultado oficial, a vitória
de Donald Trump e sua provável volta à Presidência dos Estados Unidos.
"Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro
guerreiro", publicou em sua conta no X (antigo Twitter).
"Esta vitória
encontrará eco em todos os cantos do mundo, impulsionando não apenas os Estados
Unidos, mas também o fortalecimento da direita e dos conservadores em muitos
outros países", afirmou Bolsonaro.
"Que a vitória de
Trump inspire o Brasil a seguir o mesmo caminho. Que nossos compatriotas vejam
neste exemplo a força para jamais se dobrarem, para erguerem-se com honra,
seguindo o exemplo daqueles que nunca se deixam vencer pelas adversidades."
¨ Líderes mundiais parabenizam Trump após republicano declarar
vitória
Após Donald
Trump ter declarado vitória nas eleições
presidenciais dos Estados Unidos, os primeiros líderes mundiais se
pronunciaram parabenizando o republicano.
A contagem de votos
ainda está em curso e o resultado final oficial não foi anunciado, mas a dianteira do
republicano em Estados decisivos o coloca cada vez mais próximo
da Casa Branca.
Com 7 Estados com
contagem de votos ainda indefinida, Trump aparecia com 266 delegados
assegurados no Colégio Eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. A sua
adversária, a democrata Kamala Harris, aparecia com 219 delegados assegurados.
Com esse resultado
preliminar, o republicano
celebrou vitória durante um discurso ao lado de seu vice, JD
Vance, da sua família e de outros membros da sua campanha.
"Parabéns pelo
maior retorno da história! Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo
começo para a América e um poderoso recomeço para a grande aliança entre Israel
e os Estados Unidos", afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
em uma postagem no Twitter após o discurso do republicano.
O primeiro-ministro da
Hungria e expoente da direita radical global, Viktor Orbán, fez uma declaração
semelhante: "A maior recuperação na história política dos Estados Unidos!
Parabéns ao presidente Donald Trump por sua enorme vitória. Uma vitória muito
necessária para o mundo!"
Outra representante da
direita, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou que "a
Itália e os Estados Unidos são nações 'irmãs', ligadas por uma aliança
inabalável, valores comuns e uma amizade histórica".
"É um vínculo
estratégico, que estou certo que iremos agora reforçar ainda mais."
"Bom trabalho,
presidente", completou.
Na Europa, o
presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir
Starmer, também parabenizaram Trump.
O francês afirmou,
pelo Twitter, estar pronto para trabalhar ao lado do republicano "como
fizemos por quatro anos".
"Com suas
convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e
prosperidade", escreveu.
Trump e Macron
mantiveram uma relação pública de amizade durante os primeiros anos do mandato
inicial do republicano. Nos anos finais do governo do americano, porém, o
francês passou a tecer críticas ao estilo de comandar de Trump e sua condução
dos temas relacionados à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O britânico Keir
Starmer também disse estar ansioso para trabalhar com Donald Trump, a quem
atribuiu uma "vitória eleitoral histórica".
"Como os aliados
mais próximos, estamos lado a lado na defesa de nossos valores compartilhados
de liberdade, democracia e empreendedorismo."
"Do crescimento e
segurança à inovação e tecnologia, sei que o relacionamento especial Reino
Unido-EUA continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico nos próximos
anos", disse Starmer.
Volodymyr Zelensky,
presidente da Ucrânia, falou em uma vitória "impressionante".
"Agradeço o
comprometimento do presidente Trump com a abordagem de ‘paz pela força’ nos
assuntos globais. Este é exatamente o princípio que pode praticamente aproximar
a paz justa na Ucrânia. Estou esperançoso para colocarmos isso em ação juntos."
Atento às
consequências que a eleição americana terá para seu país, o ucraniano afirmou
estar contando "com o forte apoio bipartidário contínuo para a Ucrânia nos
Estados Unidos."
"Estamos
interessados em desenvolver uma cooperação política e econômica mutuamente benéfica que beneficiará ambas as nossas nações"
O primeiro-ministro da
Índia, Narendra Modi, também estendeu os parabéns ao presidente-eleito dos EUA,
falando em fortalecer a parceria entre os dois países.
"Juntos, vamos
trabalhar para a melhoria de nosso povo e para promover a paz, estabilidade e
prosperidade globais", escreveu no Twitter.
Já Nayib Bukele,
presidente de El Salvador, deu seus parabéns a Trump e afirmou: "Que Deus
o abençoe e o guie."
Em publicação no X, o
presidente egípcio Al-Sisi desejou sucesso ao republicano e disse esperar que
Egito e EUA continuem a apresentar um "modelo de cooperação" e possam
juntos alcançar os interesses comuns apesar das "circunstâncias delicadas
que o mundo atravessa".
¨ Análise pós-eleitoral começa em círculos democratas,
Em alguns círculos do
Partido Democrata, as discussões pós-eleitorais já estão começando, apesar de o
resultado ainda não ter sido oficialmente confirmado. Um líder democrata em
Washington mandou uma mensagem dizendo que o partido "precisa começar expulsando
os esnobes elitistas" na capital.
Outros me disseram o
mesmo, embora de forma menos direta — que, embora elogiem os esforços da
campanha, sentem que o partido como um todo enfrenta um "problema de
imagem" num momento em que questões básicas, como o custo de vida, são a
principal preocupação para a maioria dos eleitores.
Esse desânimo
democrata me lembra uma conversa que tive com um eleitor republicano em um
comício de Trump, que disse que seu candidato havia "reimaginado"
completamente o Partido Republicano, transformando-o de um partido associado a
eleitores de elite para um que atrai famílias da classe trabalhadora, enquanto
os democratas se tornaram o "partido de Hollywood".
São generalizações
amplas, mas que agora alguns republicanos compartilham publicamente, e alguns
democratas, em privado.
Fonte: BBC News Mundo
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