Problema não está no pobre de direita e sim
na esquerda elitista, diz Paulo Galo
O ativista Paulo Galo,
que ficou conhecido em 2020, quando liderou protestos de entregadores por
melhores condições de trabalho durante a pandemia, aponta uma crítica
contundente à esquerda brasileira, que, segundo ele, se tornou elitista e
alienada das questões reais da classe trabalhadora. Em uma entrevista publicada
pelo UOL, Galo
detalha como a desconexão com a base e o distanciamento das questões materiais
têm fragilizado a atuação da esquerda. Para ele, o problema não está nos
“pobres de direita”, mas numa “esquerda branca” e “playboy” que idealiza a
consciência política enquanto ignora a realidade concreta.
“É o pensamento da
classe média, de toda a esquerda branca, essa coisa de que tudo está dando
mer** porque o pobre ‘não tem consciência’ ou ‘não sabe votar’”, declara Galo,
em crítica direta à postura paternalista de intelectuais que culpam a população
de baixa renda por não aderirem a determinadas ideologias. Ele contesta a ideia
de que a classe trabalhadora é alienada e argumenta que as condições materiais
de vida influenciam diretamente a consciência política. Para ele, ao contrário
do que pensam alguns setores da esquerda, “a materialidade faz cada pessoa ser
o que é”.
O ativista denuncia o
que considera um erro fundamental: a noção de que a esquerda “acordou” para as
injustiças sociais de forma natural, sem levar em conta as oportunidades e
privilégios que permitiram o desenvolvimento dessa consciência. “Eles foram para
a faculdade, tinham livros em casa, condições para impulsionar essa
consciência”, argumenta Galo, em contraste com a realidade de quem enfrenta
dificuldades financeiras cotidianas. “Por que eu sou o problema e você é a
solução?”, questiona ele, subvertendo a ideia de que só existe uma visão válida
para a luta social.
Para Galo, não se
trata de uma divisão entre direita e esquerda, mas de entender que, enquanto a
classe média permanece em sua “zona oeste” — uma referência à área nobre de São
Paulo —, o trabalhador comum lida com dificuldades concretas, distantes das pautas
e discussões elitizadas da academia e dos círculos políticos. O resultado,
segundo ele, é que a esquerda se torna “arrogante para caralh*” e incapaz de
dialogar com quem está fora da sua bolha. “Quando tentam interagir fora da
bolha, são arrogantes para caralh*, chatos para caralh*, e as pessoas não
aguentam”, afirma.
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Uma nova forma de base: a religião e o trabalho com a periferia
Outro ponto levantado
por Galo é o abandono do trabalho de base pela esquerda. Para ele, existe um
potencial transformador na religião que tem sido negligenciado por lideranças
políticas. “Dá para fazer uma nova Teologia da Libertação usando a religião evangélica
e a própria palavra de Deus”, explica ele, citando passagens bíblicas que, a
seu ver, reforçam a luta de classes e a justiça social. Galo ressalta o poder
de mobilização e conscientização que a fé pode proporcionar aos trabalhadores e
lamenta que a esquerda se afaste dessa abordagem.
Para ele, passagens
bíblicas como “é mais fácil o camelo passar pelo buraco da agulha do que o rico
entrar no reino dos céus” demonstram o potencial de resistência e de
conscientização contidos na fé popular, algo que deveria ser reconhecido e
aproveitado por movimentos sociais. Ao contrário do que muitos líderes
progressistas acreditam, a religião, segundo Galo, não é apenas “ferramenta
para alienar”, mas uma via potente de encontro e organização popular.
Ele vai além ao
sugerir que, com a abordagem certa, seria possível até criar “coaches de
esquerda” para a periferia, usando as mesmas estratégias de motivação pessoal
que atraem tantas pessoas para o sucesso individual, mas com uma visão
coletiva. “Dava para fazer um Pablo Marçal de esquerda”, declara ele,
referindo-se a influenciadores que popularizam métodos de enriquecimento
pessoal. “Dá para pegar as mesmas ferramentas que alienam e usá-las para
desalienar. É só chegar aqui na periferia, tomar uma cerveja e trocar uma ideia
normal, do dia a dia".
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A esquerda e seu vício na política eleitoral
Galo também critica a
dependência da esquerda em relação à política eleitoral, descrevendo-a como um
foco estreito que limita o alcance de suas ações. Ele menciona o exemplo do
pastor Henrique Vieira, que, ao tentar realizar um trabalho de base, foi “sequestrado
pela institucionalidade” e absorvido pela política partidária, perdendo o
contato direto com a comunidade. “O problema é que a esquerda parece não saber
fazer nada que não envolva voto”, conclui Galo, apontando para uma lacuna que
deixa muitas demandas da classe trabalhadora sem uma resposta prática e eficaz.
Em sua visão, a
verdadeira luta não se dá exclusivamente nas urnas ou em instâncias
institucionais, mas no contato direto com a população, respeitando sua vivência
e construindo uma consciência coletiva a partir de suas necessidades reais.
Esse movimento, para ele, passa por superar preconceitos, ouvir sem julgamentos
e criar uma esquerda que não apenas fale em nome dos trabalhadores, mas que
verdadeiramente os compreenda e os represente.
¨ Conservadores e os ditos progressistas. Por Gastão Reis
A “progressista”
esquerda brasileira, lançando mão da técnica de Gramsci, marxista italiano que
pregava a tomada do poder pela superestrutura, ou seja, imprensa, televisão,
rádios, sindicatos patronais e de trabalhadores, escolas, universidades etc,
acabou sendo descoberta pela ampla maioria conservadora do País. E resultou na
vitória dos candidatos de perfil conservador de direita nas últimas eleições. A
má-fé de Gramsci ficava evidente ao propor que tudo isso deveria ser feito sem
que as pessoas percebessem. Como se diz, na moita. Mas, finalmente, perceberam.
Durante muito tempo no
Patropi, a esquerda usou o rótulo de progressista, taxando a direita de
conservadora em que esta última palavra era usada como sinônimo de atraso. E
foi assim que, durante décadas, a maioria conservadora foi amordaçada, e, de
certa forma, subjugada por um discurso político que a associava a tudo de ruim
que teria havido em nossa História. Puro jogo de cena político, sem visão
histórica alguma, ao esquecer, por exemplo, que as leis abolicionistas foram
todas passadas por gabinetes conservadores no Império.
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Boa parte da
intelectualidade se deixou encantar pela obra de Marx, como a Bíblia redentora
a ser lida, e posta em prática, para que o País pudesse de fato avançar. (Eu
mesmo, no início da vida adulta, li O Capital, página por página, num curso do
Prof. Lauro Campos, na UnB). Mas pouco se falava da luta de classes como motor
(enguiçado, claro!) da História para não assustar a população. E foi assim que
penetraram no ensino médio para angariar adeptos mal-informados sobre os reais
problemas brasileiros a serem enfrentados.
E passaram a contar a
história do Brasil que era conveniente a seus propósitos. O Brasil passou a ser
o último grande país a abolir a escravidão, sem mencionar que houve uma
política séria de alforrias, única no mundo, que havia libertado 80% dos
descendentes de africanos quando foi assinada a Lei Áurea. Até em colégios
religiosos de prestígio nacional, professores de História passaram a seus
pupilos a tal visão crítica em que nosso passado só tinha coisas ruins,
propondo-lhes um futuro (socialista) que seria tudo de bom.
Claro que a figura do
empresário nas aulas saía bem chamuscada. Despertar o espírito empreendedor dos
alunos estava fora de questão. Cuba, Nicarágua e Venezuela eram países heroicos
em luta contra o maldito capitalismo. Felizmente, as redes sociais e a reação
conservadora trouxeram ao grande público a realidade dos fatos nesses países.
Pobreza e fome.
Aos poucos, a reação
conservadora foi-se firmando. Escola sem política foi um movimento que,
fundamentalmente, queria livrar as crianças da doutrinação gramsciana. Aquela
coisa cretina de lhes fazer a cabeça sem que elas notassem que estavam indo
nessa direção. A má-fé é evidente. Cristo quando andou nestas paradas terrenas
jamais escondeu a que veio. Sempre disse a seus apóstolos qual era sua missão
salvadora sem enganar ninguém. Obviamente, os milagres que ele fazia sem buscar
maior divulgação eram a confirmação de sua divindade. Tudo às claras.
Essa contraposição
entre Gramsci e Cristo deixa claro os propósitos de cada um. Um pregava o amor
ao próximo em geral, o outro pregava o amor ao mais próximo, aquele do grupelho
partidário sempre pronto e enfiar a mão no dinheiro público com a desculpa de
que o usava para o bem do povo, vale dizer, o povo obediente ao partido
salvador da pátria. Quem não se lembra das manifestações do PT turbinados a
sanduíches de mortadela e refrigerante e um troco para atrair o manifestante,
lá no fundo, não muito convicto. A militância do PT havia ido para o brejo. As
últimas eleições estão com jeito de pá de cal.
Aquele palavrório
lulista sem maiores compromissos, em especial com números inventados por ele, o
grande cacique, foi perdendo toda credibilidade. O segundo 7 de setembro
esvaziado em Brasília não poderia ser mais eloquente da ilegitimidade de Lula
para a maioria da população brasileira. Em especial pelo fato de ter sido
ressuscitado politicamente pelo STF, nas palavras do ministro aposentado Marco
Aurélio Mello. Não poderia ter sido sequer candidato. Aqui está a raiz da
ilegitimidade de Lula pouco mencionada e sua brutal rejeição a ponto de fugir
de contatos públicos a não ser do domesticado.
Não obstante, o
discurso da grande mídia e do andar de cima, comprometido até as orelhas com o
status quo desigual, nos diz que está lutando pela democracia. Exatamente
aquela que não permite ao eleitor brasileiro controlar seu representante entre
as eleições. Sem voto distrital puro, ou equivalente, e a possibilidade de
revogação de mandatos (recall) pelos eleitores quando seu representante não
estivesse à altura. Aquela democracia que deixaria um europeu ou um americano
rindo entre os dentes.
Mas o drama brasileiro
vai além em termos de representatividade. Distorções introduzidas no sistema
eleitoral brasileiro pelos militares para dar maior peso político ao Nordeste
jamais foram removidas após a dita redemocratização com a saída dos militares.
Exemplo: enquanto um deputado federal por São Paulo, em média, precisa mais de
100 mil votos para se eleger, um de Roraima pode chegar ao congresso com 15
mil.
Nos EUA, onde vigora o
critério de um homem um voto, pouco importando o estado em que esteja
localizado, levou, no passado, a estado que não tinha sequer um representante
na Câmara Federal. Acabava sendo representado pelo deputado federal do estado
vizinho.
O mais grave é que
estamos diante de uma situação política que internalizou as distorções deixadas
pelos militares. As regiões mais dinâmicas do país estão sub-representadas
politicamente, e assim incapazes de, democraticamente, propor reformas e
políticas capazes de beneficiar o País como um todo. Mais ainda: levar a sério
o combate à desigualdade.
¨ "A direita não vai aderir ao PT se o PT se tornar mais
direitista", diz Rui Costa Pimenta
Em entrevista à TV 247
na última sexta-feira, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui
Costa Pimenta, fez críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), alertando para
as consequências de uma possível guinada à centro-direita na busca por apoio eleitoral.
Segundo Pimenta, a estratégia seria "suicida" e não traria o apoio da
direita ao PT: "A direita não vai aderir ao PT se o PT se tornar mais
direitista", afirmou ele. Para o líder do PCO, o Partido dos Trabalhadores
enfrenta uma crise de identidade política e perde espaço popular para o
bolsonarismo.
Pimenta abordou
questões internacionais, expressando ceticismo sobre o cenário eleitoral nos
Estados Unidos: “Vejo Trump como favorito, mas há uma grande chance de que ele
não leve", afirmou, mencionando que, em uma eventual vitória de Kamala
Harris, quem "governará será a máquina, o chamado estado profundo".
Em relação à política externa brasileira, ele criticou o que vê como submissão
do país aos interesses norte-americanos, comentando que “o Brasil já está
controlado pelo sistema financeiro internacional – e por isso não vive sob
sanções". Ele defendeu que o Brasil deveria integrar-se à iniciativa da
Nova Rota da Seda, liderada pela China, mas apontou que "o motivo provável
[da resistência brasileira] também é a pressão do imperialismo".
Ao tratar da política
ambiental, Rui Pimenta criticou a postura de Lula em relação à Margem
Equatorial. Ele sugeriu que o presidente deveria "encontrar uma maneira de
passar por cima dessa resolução do Ibama sobre a Margem Equatorial",
especialmente em um contexto de emissões poluentes americanas: "Enquanto
os Estados Unidos não reduzirem em 70% sua emissão de carbono, o Brasil não
deve fazer nada". Sobre a atuação de organizações internacionais, ele se
posicionou de forma crítica em relação ao Greenpeace, que considera "mais
uma onda imperialista, que deveria sofrer restrições no Brasil".
O presidente do PCO
também comentou a direção que o PT tem tomado em relação ao identitarismo. Para
ele, a insistência do partido nessa linha tem contribuído para sucessivas
derrotas eleitorais da esquerda, o que se manifestou, segundo ele, no fracasso
da candidatura de Guilherme Boulos, que “não gerou entusiasmo da base de
esquerda". Rui Costa Pimenta foi direto: "O PT parece ter cera no
ouvido e não consegue ouvir o grito contra o identitarismo", destacando
que iniciativas como a recente participação da drag queen Rita Von Hunty na EBC
são "um prato cheio para a direita".
Segundo ele, o
bolsonarismo permanece forte e mantém apoio popular, superando o PT nas ruas,
apesar da popularidade de Lula. Ele ponderou sobre a situação para as próximas
eleições: "Bolsonaro hoje é o maior cabo eleitoral brasileiro. Por que ele
vai entregar o bastão?", questionou, concluindo que a esperança do PT
estaria em um embate direto entre Lula e Bolsonaro em 2026.
Rui Costa Pimenta,
portanto, adverte o PT sobre os riscos de uma estratégia de adaptação à
direita, enfatizando a necessidade de uma postura firme contra as pressões
externas e as alianças questionáveis para retomar o apoio popular.
¨
Bolsonaro luta por
sobrevivência política enquanto direita se fragmenta. Por Esmael Morais
O ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) está travando uma batalha estratégica para manter-se relevante
no cenário político brasileiro. Inelegível até 2030 devido a decisões do
Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro movimenta-se nos bastidores em busca de
uma anistia que lhe permita disputar as eleições presidenciais de 2026.
Na semana passada,
Bolsonaro esteve no Congresso Nacional articulando não apenas a anistia para
si, mas também para os presos nos eventos de 8 de janeiro. Sua presença ativa
indica uma tentativa clara de retomar o controle da narrativa política e evitar
que novos líderes da direita ocupem o espaço que antes era seu.
“Estou vivo e o candidato sou eu”, declarou Bolsonaro à revista Veja.
“Falam em vários
nomes. Tarcísio, Caiado, Zema…O Tarcísio é um baita gestor. Mas eu só falo
depois de enterrado. Estou vivo. Com todo o respeito, chance só tenho eu, o
resto não tem nome nacional. O candidato sou eu”, reagiu o ex-presidente.
Pelo sim pelo não,
figuras como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo,
e Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, ganham destaque como
possíveis candidatos da direita para 2026.
Caiado, após a vitória
de seu candidato em Goiânia contra um nome apoiado por Bolsonaro, afirmou que
“ninguém aguenta mais” a polarização extrema, sinalizando uma busca por
alternativas dentro do próprio campo conservador.
O presidente Lula
(PT), por sua vez, parece preferir enfrentar Bolsonaro
novamente nas urnas. A avaliação nos corredores do Palácio do
Planalto é que um adversário já conhecido e desgastado poderia facilitar a
conquista de um quarto mandato. No entanto, a emergência de novos nomes na
direita, menos polarizadores e com potencial de atrair o eleitorado moderado,
preocupa o PT.
O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), também surge como uma figura de
destaque. Após consolidar uma frente ampla em Curitiba, inclusive com os
partidos da Federação Brasil da Esperança (PT,
PCdoB e PV), ele é cogitado tanto como candidato à Presidência quanto como
possível vice na chapa de Lula. Sua postura pragmática e alianças estratégicas
o colocam como um jogador importante no tabuleiro político.
As eleições municipais
recentes reforçaram a fragmentação da direita e a necessidade de reavaliação de
estratégias. Partidos de centro como PSD, MDB e União Brasil saíram fortalecidos, enquanto o PT, isoladamente, mostrou fragilidade, conquistando
poucas prefeituras de destaque. Esse cenário aumenta a pressão sobre Lula para
ampliar sua base de apoio e ajustar a articulação política de seu governo.
No entanto, porém,
todavia, foi graças à centroesquerda, do Oiapoque ao Chuí, candidaturas mais
moderadas foram vencedoras nas capitais e cidades que tiveram segundo
turno. A unidade foi fundamental para derrotar
os extremistas, a exemplo de Cristina Graeml (PMB), em Curitiba, Fred Rodrigues
(PL), em Goiânia, e Bruno Engler (PL), em Belo Horizonte.
Dentro da própria
direita, Bolsonaro enfrenta críticas de antigos aliados. O pastor Silas
Malafaia expressou decepção com o ex-presidente, questionando sua liderança.
Ronaldo Caiado chamou Bolsonaro de “extremamente deselegante” e
“desrespeitoso”, evidenciando o racha interno.
A busca por uma
terceira via também ressurge.
Governadores como Caiado, Tarcísio e Ratinho Junior posicionam-se como
alternativas à polarização entre Lula e Bolsonaro. Eles defendem uma política
menos ideológica e mais focada em resultados concretos para a população.
Enquanto isso, o
governo Lula enfrenta o desafio de entregar melhorias econômicas palpáveis. A
população espera por crescimento, geração de empregos e
aumento do poder de compra. A capacidade do governo em atender a essas demandas
será decisiva para o cenário eleitoral de 2026.
Em resumo, Bolsonaro
luta para manter-se respirando politicamente em meio a um campo conservador
cada vez mais fragmentado, embora o ex-presidente repita “o candidato sou eu”.
A direita busca novos líderes, o centro ganha força e Lula precisa repensar
suas alianças. Os próximos movimentos serão decisivos para definir quem estará
na proa em 2026.
Fonte: Brasil 247/O
Dia
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