Preços dos combustíveis estão
'abrasileirados' e são 'justos', diz presidente da Petrobras
A presidente da
Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que os preços dos combustíveis praticados
pela estatal estão “abrasileirados” e são “justos para a sociedade”. A
declaração ocorreu em meio a um cenário de redução nos preços, que, segundo
ela, têm se mantido em patamares inferiores desde o início de 2023. “Quando a
gente olha de 1º de janeiro de 2023 até hoje, todos os combustíveis vendidos
pela Petrobras têm preços menores”, disse a executiva à CNN Brasil.
Chambriard atribui a
tranquilidade no setor a três fatores: queda de preço, menor volatilidade e
remuneração satisfatória para a companhia. Ela ressaltou que a política atual
da companhia evita “volatilidade indesejada”, garantindo assim uma maior estabilidade
nos preços para os consumidores.
“Nós estamos
extremamente satisfeitos com a política de preços, que garante para a sociedade
uma estabilidade desses preços. A gente evita transportar para a sociedade uma
volatilidade indesejada, e ao mesmo tempo nós nos remuneramos por esses
combustíveis de forma bastante satisfatória”, afirmou.
A mudança na abordagem
em relação à formação dos preços teve início durante a gestão anterior, de Jean
Paul Prates, já no governo do presidente Lula (PT). Segundo Chambriard,
anteriormente os combustíveis nacionais eram encarecidos por custos que não existiam,
como transporte e tributos, refletindo uma prática de preços que levava em
conta os custos de importação do produto. “Agora, não faz mais isso”, afirmou.
Apesar das explicações
sobre a política de preços, Magda Chambriard evitou entrar em detalhes sobre a
fórmula que utiliza para definir os valores dos combustíveis, enfatizando que
isso se trata de uma estratégia comercial. “Essa dúvida tem que persistir.
Ninguém conta para o concorrente como faz o seu preço. A hora em que vocês
descobrirem como é que eu faço meu preço, eu tenho que ser mandada embora. Isso
é uma prerrogativa da companhia”, justificou.
Ela também destacou
que a confidencialidade sobre a formulação dos preços é uma prática comum entre
concorrentes privados e que, embora a Petrobras, como estatal, desperte mais
curiosidade, o sigilo deve ser mantido. “Nesse ponto, a gente vai manter o sigilo”,
enfatizou.
¨ Presidente da Petrobras destaca importância da produção de
petróleo no Brasil: 'não dá para abrir mão'
A presidente da
Petrobras, Magda Chambriard, compartilhou em uma rede social um texto enviado
por Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás
(IBP), no qual destaca-se a importância da produção de petróleo para a economia
brasileira.
A publicação ocorreu
em um momento em que a Petrobras aguarda a concessão da licença ambiental para
perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem
Equatorial brasileira. O projeto é considerado uma das principais apostas para
a recuperação das reservas de petróleo do país.
“Para quem acha que o
País pode abrir mão do petróleo de uma hora para outra, sem prévio
planejamento, segue texto que acabei de receber do presidente do IBP”, escreveu
a presidente, referindo-se ao conteúdo que ressalta o petróleo como o principal
produto de exportação do país até julho deste ano.
No total, as
exportações de petróleo bruto renderam US$ 27,8 bilhões à balança comercial
brasileira entre janeiro e julho, em comparação com os US$ 22,2 bilhões
registrados no mesmo período do ano anterior. A Associação dos Exportadores
Brasileiros (AEB) ainda prevê que, em 2024, as exportações de petróleo poderão
superar a marca de US$ 50 bilhões pela primeira vez.
·
‘A exploração da
Margem Equatorial é uma questão de demanda global’, diz Alexandre Silveira
O ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender na última segunda-feira (4) a
exploração de petróleo na Margem Equatorial, informa o Megawhat. Segundo Silveira, a exploração na região tem uma
grande relevância para atender a demanda global e garantir um futuro
sustentável para a Petrobras.
“A questão do petróleo
não é uma questão de oferta. É uma questão de demanda global. A Petrobras é uma
empresa que fornece combustível e petróleo para a segurança energética não só
do Brasil, mas global. Por isso, precisamos vê-la sob o aspecto da demanda
global”, disse Silveira durante o evento CNN Talks: Expectativas para a Cúpula
do Clima.
No dia 30 de outubro,
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama)
solicitou que a Petrobras apresentasse novos esclarecimentos e complementações
no processo de licenciamento da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Segundo
a entidade, foram identificadas lacunas para que o Plano de Proteção e
Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) apresentado tenha adequação integral ao
Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo. Entre os
esclarecimentos solicitados, há questionamentos sobre a presença de
veterinários nas embarcações e quantitativo de helicópteros para atendimento de
emergências.
Dois dias depois, a
presidente da Petrobras, Magda Chambriard, se reuniu com o governador do Amapá,
Clécio Luís (Solidariedade), e com os senadores Davi Alcolumbre (União
Brasil-AP) e Randolfe Rodrigues (PT-AP). Em nota, a Petrobras informou que as
autoridades apresentaram oportunidades e demandas por investimentos da estatal
no estado, que tem sua porção marítima localizada na Margem Equatorial. “A
exploração de petróleo na costa do Amapá interessa à Petrobras, interessa ao
Brasil e interessa muito ao Amapá. Estamos ao lado da Petrobras para fazer o
que for necessário”, declarou Clécio Luís.
Durante o evento
promovido pela CNN, o governador também lembrou que os recursos permitirão a
melhora na qualidade de vida dos cidadãos amapaenses. “Vamos imaginar que o
presidente [ do Ibama] chegasse para mim e dissesse que temos que nos convencer
que, diante da gravidade global em relação às mudanças climáticas, o Amapá tem
que abrir mão de produzir riquezas que vão ter impacto imediato e de longo
prazo em seu território e população. Eu diria que não podemos fazer isso,
porque vivemos no estado mais preservado do Brasil”, disse.
¨ 'Não podemos tudo e as autoridades ambientais também não', diz
presidente da Petrobras sobre exploração da Margem Equatorial
Entre a Petrobras e as
autoridades ambientais, ninguém tem poder supremo na decisão sobre a exploração
de petróleo na Margem Equatorial. “Não podemos tudo e eles [autoridades
ambientais] também não podem tudo”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard,
em entrevista à CNN Brasil ao ser questionada sobre o parecer contrário do Ibama à
exploração de petróleo na Margem Equatorial.
“Acho que cada um tem
de cumprir o seu papel. O nosso papel é o de mostrar o benefício para a
sociedade, de buscar riqueza, de buscar desenvolvimento, de mostrar uma
indústria pujante. O pessoal do Meio Ambiente, o Ibama e os órgãos estaduais
têm que mostrar para a gente em qual limite a gente pode fazer isso”, ressaltou
a executiva.
Chambriard destacou
que a sociedade é constituída pelo equilíbrio dessas forças, mas ressaltou que
a Petrobras já cumpriu todas as exigências feitas pelas autoridades ambientais
e expressou insatisfação com a lentidão do processo de licenciamento. “Sei que
isso vem de longa data, né? Da nossa parte, nós entendemos que as respostas já
estão muito bem dadas”, disse ela, ressaltando que “se os órgãos ambientais
entendem que ainda falta alguma coisa, nós estaremos aqui para elucidar todas
as questões”.
Recentemente, um
parecer técnico do Ibama recomendou a rejeição do licenciamento do projeto de
produção de petróleo na Margem Equatorial. Em um dos documentos, o presidente
do Ibama, Rodrigo Agostinho, mencionou uma “carência de detalhamentos” pela
estatal.
Ao ser questionada
sobre a avaliação do presidente do órgão ambiental, Chambriard reconheceu a
validade das preocupações levantadas por Agostinho. “O presidente Agostinho
está certo”, afirmou ela. “Nós estamos aqui para responder ao questionamento
dele, e a gente só espera que não demore tanto. Porque nisso já se vão 10 anos,
não é?”, completou em seguida.
O Ibama já havia
rejeitado uma licença para a Petrobras perfurar a Margem Equatorial no Amapá em
maio do ano passado, mas a Petrobras fez mudanças em seus planos e entrou com
um pedido de reconsideração. O Ibama não tem um prazo definido para resposta.
¨ Petrobras diz que vai responder a Ibama e mantém otimismo com
licença para a Margem Equatorial
A Petrobras diz que
vai responder aos questionamentos feitos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e que segue
"otimista" com a liberação da atividade na Margem Equatorial, região
com possibilidades de até US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões) em
investimentos, na perfuração de 16 poços no período 2024 a 2028.
A dirigente mencionou
a cidade de Oiapoque, no Amapá, onde estão sendo feitos estudos para saber se
vai ser possível a exploração de petróleo no litoral do município.
"A equipe técnica
da Petrobras está detalhando cada questionamento para responder ao Ibama",
disse a estatal, no comunicado, segundo informações publicadas no jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a
estatal presidida por Magda Chambriard, a companhia "está otimista e segue
trabalhando na construção da nova unidade de fauna no Oiapoque, com o
entendimento que é possível realizar a APO [avaliação pré-operacional] para a
obtenção da licença para a perfuração em águas profundas no Amapá".
A região litorânea
compreende 4 estados do Nordeste (Piauí, Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará,
e 2 do Norte (Pará e Amapá).
¨ Afinal, o que é a Margem Equatorial, importante fronteira
offshore do Brasil
Descobertas recentes
de petróleo na costa da Guiana, Guiana Francesa e Suriname mostraram o
potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador, a
chamada Margem Equatorial.
Devido às
características do óleo e à estimativa dos volumes existentes, a região já
atraiu olhares do mercado nacional e também internacional de óleo e gás. O
potencial exploratório é tanto que a região já está sendo considerada como o
“novo pré-sal”.
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O que é a Margem Equatorial e onde fica?
A Margem Equatorial
fica localizada próxima entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte, sendo
a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e
ultraprofundas.
Seguindo rigorosos
padrões operacionais, técnicos e de segurança, já perfuramos mais de 1000 poços
na Margem Equatorial. O primeiro poço exploratório na região, feito para
investigar seu potencial, se localiza a mais de 160 km do ponto mais próximo da
costa e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas.
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Como a Petrobras irá garantir uma operação segura na Margem Equatorial?
Não é de hoje que
atuamos em áreas com essas características semelhantes às da Margem Equatorial.
Temos o conhecimento e reconhecimento mundial não só pela excelência
tecnológica, mas também pelo atendimento aos mais
rigorosos requisitos e práticas ambientais e de segurança no desenvolvimento de
nossas atividades, em todas as etapas da exploração e produção de
petróleo e gás.
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Principais tecnologias que serão utilizadas para garantir a segurança
operacional
Está prevista a
aplicação de diversos processos e tecnologias para manter a segurança operacional e,
consequentemente, diminuir os impactos das atividades de exploração e produção
na Margem Equatorial. Entre elas, estão:
- Algoritmos de última geração.
- Inteligência de dados e computadores de alto desempenho.
- Ampliação da operação remota, diminuindo consideravelmente
possíveis riscos ambientais.
- Uso eficiente dos dados sísmicos, geológicos e de poços,
desde as fases iniciais do projeto exploratório até o desenvolvimento dos
campos.
Também atendemos a
todos os requisitos e procedimentos solicitados pelo IBAMA durante o processo
de licenciamento ambiental da
Margem Equatorial. Para comprovar nossa capacidade de resposta imediata a
possíveis acidentes envolvendo vazamentos de petróleo, realizamos, na última
etapa da avaliação, um simulado no local chamado de Avaliação Pré-Operacional
(APO). As ações de simulação da APO mobilizaram mais de 1000 pessoas, quatro
aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações!
Também planejamos
desenvolver projetos socioambientais na
região. Para isso, atuamos junto às comunidades locais e aos povos tradicionais
da região, e temos recursos, estruturas e equipes dedicadas à prevenção de
acidentes e à preservação da vida e do meio ambiente.
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Qual é o investimento previsto pela Petrobras na Margem Equatorial?
Com o objetivo de
buscar novas fronteiras de petróleo e gás, incluindo oportunidades em gás não
associado, nosso Plano Estratégico 2024-2028+ prevê um investimento de US$ 3,1
bilhões na Margem Equatorial até 2028, com perfuração de 16 poços.
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Por que desenvolver a Margem Equatorial brasileira?
A verdade é que, em
todos os cenários alinhados ao Acordo de Paris, as atividades de petróleo e gás
continuarão sendo essenciais, pelos próximos anos, para viabilizar a transição energética. E para
garantir a segurança energética do Brasil e os recursos necessários para essa
transição, o país terá de procurar novas fontes, além do pré-sal.
Diante desse cenário,
a exploração na Margem Equatorial abrirá uma importante fronteira energética,
que irá se desenvolver de forma integrada com outras fontes de energia. Com uso
de nossas tecnologias de descarbonização, as quais possibilitam uma produção
eficiente e com menos emissões, buscaremos novos poços de petróleo para
garantir a energia que o Brasil precisa, mas faremos isso de maneira
sustentável e justa.
Fonte: Brasil 247/Nossa
Energia
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