Paulo Kliass: Campos Neto, Pix e Google
O processo de
financeirização que vem se aprofundando na economia e na sociedade brasileiras
ao longo das últimas décadas tem provocado um conjunto amplo de consequências.
A dominância do elemento financeiro sobre as demais atividades econômicas é
bastante expressiva e termina por esmagar qualquer tentativa de se escapar à
lógica das finanças sobre a produção, o comércio, os serviços e a cidadania.
Um dos aspectos que
derivam de tal movimento é o processo contínuo e robusto de bancarização das
pessoas e das empresas. A disseminação das atividades cotidianas envolvendo
algum tipo de dependência junto aos bancos ganhou ainda mais fôlego com o
avanço da digitalização e do acesso cada vez mais universalizado aos telefones
celulares e à rede de informática.
As últimas informações divulgadas pelo próprio Banco Central
(BC) apontam para uma ampliação crescente
do número de pessoas que operam com contas bancárias, índice que atinge por
volta de 90% do total de pessoas adultas. Por outro lado, o número de contas
bancárias ativas supera a casa de 1,2 bilhão, número esse que engloba também as
contas de natureza comercial. Esta tendência tem provocado mudanças
significativas nos hábitos culturais e negociais de forma generalizada, com
efeitos positivos de inclusão financeira e digital, mas introduzindo também um
agravamento da dependência da população de forma geral aos bancos e ao universo
do financismo.
- PIX e inclusão bancária.
Concomitantemente a
tal processo, o BC promoveu uma importante inovação tecnológica, que permitiu
uma redução das despesas dos usuários com relação a uma parcela dos serviços
prestados pela banca. Trata-se do sistema PIX, que propicia a realização de transferências
interbancárias de valores monetários de forma ampla e gratuita. Afinal,
até então os bancos cobravam valores elevados dos clientes para realizar uma
modalidade semelhante deste tipo de serviço. A aceitação do novo modelo foi
bastante expressiva e segmentos sociais até então bastante marginalizados da
esfera bancária passaram a usufruir dos aspectos positivos de tal mecanismo de
inclusão.
No entanto, o fenômeno
não passou desapercebido dos grupos interessados em elevar ainda mais os seus
ganhos. Assim, teve início um movimento para eliminar a gratuidade de tais
operações. Alguns dirigentes no interior do financismo mal escondem seus desejos
para introduzir, de forma descarada, a mercantilização completa também neste
segmento. Um ex-presidente do BC, Gustavo Franco, não esconde sua proposta
de promover a privatização do modelo PIX. Diz
ele:
(…) “a gratuidade
ajudou muito a disseminação do método. Mas alguém em algum momento
vai fazer a conta de quanto vale o PIX e que não pode ser grátis por
toda vida. Vai perceber que é uma empresa que vale um ‘dinheirão’ ” (…)
- Gustavo Franco e a privatização do PIX.
Mas a intenção de se
apropriar de informações relativas às movimentações efetuadas no interior do
sistema bancário e financeiro vai muito além. Trata-se de transformar em termos
legais e institucionais tudo aquilo que já é efetuado de forma irregular e à
margem de uma regulamentação pública inexistente. Refiro-me ao volume
impressionante de dados que as grandes empresas do sistema – as chamadas “big
techs” – manipulam e comercializam sem qualquer autorização ou conhecimento por
parte dos usuários.
Com a palavra o
próprio banqueiro, que manifesta um sincericídio sem a menor preocupação com a
repercussão escandalosa daquilo que termina por expressar na entrevista:
(…) “Isso é uma
discussão de valor do trabalho parecida com a do começo do século XIX. Ninguém
duvida que uma amostra de seu sangue é um dado pessoal seu, um pedaço de seu
corpo. Agora os seus dados com seu banco, sua saúde, eles não são parte do
seu corpo. É dado transacional, e sua transação bancária é tanto sua como
do seu banco” (…)
Desta forma, tudo
indica que esse tipo de concepção parece ter avançado sobre o corpo e a mente
do atual Presidente do BC, Roberto Campos Neto. Não satisfeito com os aspectos
positivos trazidos pelo modelo do PIX, ele resolveu inovar nos últimos dois meses
que ainda lhe restam no cargo. Sob o pretexto de uma suposta modernização do
sistema, ele propõe uma mudança radical na concepção do mesmo. Trata-se de
introduzir a possibilidade de realizar as transferências pelo processo de
aproximação física do telefone celular, sem a necessidade de digitar as
informações no aparelho. Até aí, em tese, nada problemático. Afinal, trata-se
de promover uma inovação que já existe em outras operações e que viria a
facilitar a vida dos cidadãos.
- Campos Neto e o favorecimento da Google.
O ponto é que Campos
Neto tem anunciado aos quatro ventos que tal novidade vai ser efetuada em uma
parceria do BC com uma das gigantes do mundo de dados e do universo digital, a
Google. Uma loucura! Imaginem qual seria o valor potencial a ser oferecido de
bandeja a uma das maiores empresas do mundo a troco de nada. Tudo indica
tratar-se de uma enorme negociata, sempre às custas da grande maioria da
população, em benefício da apropriação privada de informações públicas e
sigilosas.
A decisão de conferir
a exclusividade no manuseio e na operação de um sistema que movimenta quase 230
milhões de operações a cada 24 horas é um crime contra a maioria da sociedade.
Afinal, segundo as estatísticas divulgadas pelo próprio BC, em apenas um dia o PIX tem movimentado algo que se aproxima a
R$ 120 bilhões. Isso significa uma soma mensal superior a R$ 3 trilhões. O
nível de escândalo de é de tal ordem que o Presidente do BC deixou para os 45
minutos do segundo tempo de seu mandato à frente do órgão a divulgação de sua
intenção de realizar tal falcatrua. Segundo ele,
(…) “Não é que vai
estar tudo funcionando na semana que vem, porque as pessoas precisam entrar,
cadastrar (…) Mas vai estar funcionando muito em breve, ele é implementado meio
de forma faseada” (…)
O anúncio já foi
realizado de forma ampla em um evento com a participação de Campos Neto e Presidente da
Google Brasil, Fábio Coelho.
As relações
incestuosas entre o capital financeiro e uma parcela da alta tecnocracia
ocupando cargos estratégicos à frente do Estado é antiga. No entanto, o grau de
ousadia que essa gente adota na implementação de arremedos de políticas
públicas de modo a favorecer o grande capital é mesmo impressionante. A
sociedade brasileira precisa demonstrar, de forma urgente, toda a sua
indignação frente a esse tipo de negociata.
Com a palavra Gabriel
Galípolo, que foi indicado pelo Presidente Lula para substituir Campos Neto à
frente do órgão regulador e fiscalizador do sistema financeiro. Ele já teve seu
nome sabatinado e aprovado pelo Senado Federal e deve tomar posse no novo cargo
a partir de janeiro do ano que vem. O futuro dirigente não pode passar pano
para tal medida e precisa urgentemente se posicionar a favor de uma discussão
ampla e transparente a respeito de tal favorecimento inexplicável a um dos
maiores conglomerados globais.
¨ A prateleira do supermercado ainda é o X do problema
"Lula está no
governo, mas os preços continuam insuportáveis." Em fevereiro de 2023,
decorridos apenas trinta e poucos dias do atual mandato presidencial de Lula,
ao ouvir no supermercado reclamações como essa, escrevi um artigo com o titulo "O
recado que vem das prateleiras dos supermercados".
No texto, depois de
citar exemplos de gêneros considerados de primeira necessidade pela população
que permaneciam especialmente caros depois do governo Bolsonaro, sempre
ressalvando o pouquíssimo tempo de governo, citei algumas propostas de
estudiosos do assunto para enfrentar a carestia dos alimentos:
"A volta dos
estoques reguladores, o investimento maciço em agricultura familiar, o aumento
do volume de crédito para os produtores e a decisão política de não destinar a
maior parte da produção para a exportação, em detrimento do mercado interno, são
apenas algumas ações apontadas por especialistas como capazes de conter a
carestia".
Passado um ano e nove
meses, as perguntas são: algumas dessas medidas foram adotadas? E se a resposta
for afirmativa, por que não surtiram os efeitos desejados?
Se é verdade que
alguns preços, como o da carne, pararam de subir, ou tiveram uma pequena queda,
também é inegável que o nível de desaceleração ainda não foi capaz de provocar
na dona de casa a sensação de que a vida está mais barata, que sobrou algum dinheiro
no bolso após as compras.
O desemprego vem
despencando, a massa salarial é a maior em 10 anos e a inflação, embora tenha
sofrido um repique sazonal devido à estiagem prolongada e às queimadas, está
controlada.
Mas, a aprovação do
governo segue estagnada nas pesquisas, mesmo o Lula 3 sendo, na minha visão, o
melhor dos três governos do presidente, levando-se em conta o tempo de mandato
e o número de realizações.
O PT faz bem em
aprofundar o debate, depois do resultado eleitoral ruim nas eleições
municipais, sobre os problemas na comunicação do governo e do partido, o
descompasso entre o discurso do PT e novo mercado de trabalho, a atuação
periclitante nas redes sociais e a ofensiva da extrema-direita no Brasil e no
mundo.
Contudo, sem uma
política voltada para o barateamento da comida, a eleição de 2026 se tornará
ainda mais difícil do que já se vislumbra. Cairia bem uma iniciativa do
presidente da República de pautar o debate sobre a carestia, assim como faz,
aliás de forma brilhante, na questão dos juros. Expressar a preocupação do
governo e demonstrar solidariedade com os que sentem na pele os preços altos já
seria um passo importante.
Os empresários dizem
que a pandemia do coronavírus desorganizou fortemente a cadeia produtiva e fez
os preços dispararem. Só que muitos produtos mudaram estratosfericamente de
patamar de preço e nunca mais recuaram. Não estariam os grandes produtores auferindo
margens de lucro excessivas?
O que está acontecendo
nas eleições para a presidência dos Estados Unidos pode servir como um exemplo
a não ser seguido. Lá, os democratas encontram dificuldades para comunicar seus
resultados econômicos muito em razão dos preços, que seguem nas alturas,
afetando o humor e a definição de voto das pessoas.
No Brasil, ou o
governo prioriza politicamente o enfrentamento desse problema, ou a
extrema-direita virá ainda mais forte em 2026.
Descartando o
congelamento, pois está provado que não dá certo e costuma levar ao
desabastecimento, estou convencido de que é possível focar em três tipos de
alimentos de forte apelo popular, tipo feijão, arroz e carne, e usar todos os
instrumentos possíveis de governo para barateá-los.
Mas barateá-los para
valer, coisa capaz de fazer a diferença, e não apenas uns centavinhos a menos.
¨
Em meio à discussão
sobre corte de gastos, Gleisi critica investidas contra benefícios sociais:
'nada satisfaz o mercado'
Em meio a uma intensa discussão
sobre o orçamento federal e propostas de corte de gastos públicos, a presidente
do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou sua insatisfação em
relação à pressão exercida sobre o governo para que sejam reduzidos
investimentos em áreas sociais. Em declaração incisiva pelas redes sociais,
Gleisi criticou a postura da grande mídia e de setores do mercado financeiro,
os quais, segundo ela, "vocalizam como verdade universal" uma visão
que prioriza ajustes fiscais às custas de benefícios essenciais para a
população mais vulnerável.
Gleisi não economizou
palavras ao abordar o papel de jornais como Folha de S. Paulo e O Globo no
debate. "Editoriais da Folha e de O Globo exigem do governo cortes na
Saúde e Educação, no seguro-desemprego e até a desvinculação do BPC e das
aposentadorias ao salário-mínimo, em nome de uma alegada credibilidade fiscal.
Que credibilidade têm os jornais, que se beneficiam de uma injustíssima e
danosa isenção de impostos?", questionou. Para ela, a cobrança de
austeridade ignora isenções fiscais de grandes grupos de comunicação, os quais,
em sua visão, se mantêm em silêncio sobre suas próprias vantagens tributárias.
A líder do PT destacou
também o contraste entre as demandas por cortes nos gastos sociais e nenhuma
linha nos editoriais sobre a passividade do Banco Central (BC) frente à recente
alta do dólar. "Nada também sobre o BC que agora cruza os braços diante da
alta do dólar, mas fez 127 intervenções no câmbio no tempo de Bolsonaro",
criticou. Segundo Gleisi, o modelo econômico atual favorece os especuladores e
grandes investidores em detrimento dos trabalhadores e aposentados.
"Cortes contra trabalhadores, aposentados e a maioria do povo; juros para
os especuladores e detentores da dívida pública, anabolizada pela Selic
estratosférica".
Para a presidente do
PT, a economia brasileira, sob a gestão do presidente Lula (PT), vem
apresentando sinais positivos, como crescimento do Produto Interno Bruto (PIB),
melhoria dos indicadores fiscais, retomada dos investimentos, aumento do
emprego e elevação dos salários. Mesmo assim, Gleisi aponta que o mercado
financeiro permanece insatisfeito, demandando cada vez mais ajustes. "A
economia crescendo, os fundamentos em ordem, retomada dos investimentos e da
indústria, empregos, salário e renda subindo; nada satisfaz a voracidade dos
mercados que a mídia vocaliza como se fosse a verdade universal", afirmou.
Em um tom duro, Gleisi
concluiu seu posicionamento reforçando a crítica ao chamado “debate econômico”
no Brasil. "E chamam isso de debate econômico. Quanta hipocrisia...",
declarou, alfinetando o papel da imprensa e dos analistas de mercado que,
segundo ela, defendem ajustes fiscais severos para a população sem apontar
alternativas que não prejudiquem os direitos dos mais vulneráveis.
¨
A tragédia do
capitalismo sem estado. Por Luís Nassif
O tema de um mundo
distópico dominado pelo grande capital, no qual as classes pobres enfrentam
obstáculos invencíveis para chegar a uma outra dimensão – para conseguir
cuidados médicos – está prestes a se tornar realidade.
Em 2013, foi lançado
“Elysium”, dirigido por Neil Blomkamp, filme onde os ricos vivem em uma estação
espacial luxuosa, com acesso a todos recursos médicos e tecnológicos, enquanto
os pobres permanecem na terra, em condições miseráveis.
Bem antes, em 1927,
foi lançado “Metrópolis”, de Fritz Lang, um clássico do cinema que retrata uma
cidade futurista dividida entre uma elite que vive em arranha-céus luxuosos e
trabalhadores que vivem em condições miseráveis no subsolo.
<><>
Os
negócios de Musk
A grande especialidade
de Musk são os negócios com o governo. No ano passado, a SpaceX, empresa de tecnologia aeroespacial e digital de Musk, tinha contratos com dezesseis agências
diferentes, desde a NASA e o Departamento de Defesa até o Departamento do
Interior.
As empresas de Musk já
receberam US$ 3 bilhões em quase cem contratos diferentes, apenas no ano
passado, a tiveram acesso a US$ 15,4 bilhões de financiamento governamental na
última década.
Ao mesmo tempo, suas
empresas respondem por uma série de incidentes da má conduta, no campo
trabalhista e do consumidor. É alvo de pelo menos vinte investigações, segundo
levantamento feito pelo The New York Times.
Dias atrás, Musk
anunciou que haveria, com seu trabalho, de assessoria a Trump, um mal-estar
profundo e imediato e, depois, o país ingressaria em uma nova era. As
afirmações trouxeram de imediato a suspeita de que as loucuras de Javier Milei,
na Argentina, podem ser um laboratório para a nova etapa da financeirização das
democracias ocidentais, na qual o Estado simplesmente seria abolido e todas as
atividades assumidas pelos grandes grupos empresariais.
A lógica de Milei é,
inicialmente, uma desconstrução total, jogando a população em um buraco
profundo. Depois, cada melhoria incremental, pós-terremoto, serviria para
angariar apoio e “acostumar” a população à nova ordem.
Segue a lógica da
financeirização e da criação das big techs e da etapa atual da
financeirização, avançando sobre todos os serviços públicos – como demonstra
Tarcísio de Freitas em São Paulo.
A nova etapa do
capitalismo seria um retorno aos primórdios da civilização industrial, no qual
o único setor público a crescer será o da segurança pública. Não haverá limites
para a exploração da mão-de-obra.
O mundo ocidental está
às vésperas da maior hecatombe social da história.
¨
É hora de recuperar as
boas experiências passadas
Volto ao tema PMEs
(Pequenas e Médias Empresas), que reapareceu vestida de empreendedorismo, como
se fosse novidade.
Os anos 90 marcaram o
início dos estudos sobre o papel das PMEs, a partir das lições trazidas pela
Nova Itália – a região da Itália que marcou o renascimento da economia
italiana, depois do desastre provocado pela Operação Mãos Limpas. Pequenas
empresas uniam-se em arranjos locais, buscando a parceria das prefeituras para
suprir carências na cadeia produtiva.
Em 1997, com a coluna
“Os 30 de Birigui” contei a
extraordinária história do polo calçadista de Birigui, em contraposição ao de
Franca. Ambas enfrentaram a tragédia das taxas de juros e o câmbio do Plano
Real. Enquanto Franca afundava, uma liderança moderna, de Birigui, juntou os
fabricantes, viajaram pela América Latina, prospectando mercado, conseguiram
apoio da prefeitura, do Sebrae e de outras instituições e saíram maiores da
crise.
Não apenas isso. No
período, surgiam APLs (Arranjos Produtivos Locais) por todo o país e houve uma
parceria entre institutos de pesquisa e pequenas empresas, visando ganhos
incrementais de produtividade.
Ao mesmo tempo, o Programa
Brasileiro de Qualidade e Produtividade avançava, propondo monitorias de
grandes empresas para suas cadeias produtivas.
A inovação tornou-se
uma das ferramentas de melhoria, através da criação de Parques Tecnológicos. Ao
mesmo tempo, levantaram-se exemplos de outras economias – como a da Alemanha –
na qual as PMEs foram fatores fundamentais de inovação e de dinamismo econômico.
Aliás, é interessante
analisar o livro “Poder e Progresso: uma luta de mil anos entre a tecnologia e
a prosperidade”, de Daron Acemoglu e Simon Johnson. Em uma análise histórica
desde o início da agricultura, os autores demonstram que os únicos períodos em
que avanços tecnológicos resultaram em melhoria da condição de vida dos
trabalhadores foram aqueles nos quais a inovação foi conduzida por pequenas e
médias empresas, fora do controle secular das grandes famílias.
Seria importante
recuperar a história recente do país, para não cair na falácia de que nunca se
valorizou o empreendedorismo. A Petrobras montou projetos fantásticos para suas
plataformas, nos quais identificava pequenas e médias empresas com ideias criativas,
associava-se a elas para desenvolver tecnologia nacional para as plataformas.
Eram startups no sentido clássico, trazendo tecnologia.
Não apenas isso. O Banco
do Nordeste deu início a um trabalho exemplar, atuando em cima do artesanato,
da produção de frutas para exportação, sempre focando o artesão individual ou o
pequeno produtor.
Além disso houve
experiências estaduais inovadoras, como as de Minas Gerais estimulando um polo
de informática com pequenas empresas.
Um grande manto
obscureceu o país dos governos Michel Temer e Bolsonaro para cá. Esqueceu-se o
quanto o país tinha avançado em períodos anteriores, os avanços da Finep
(Financiadora de Estudos e Pesquisas), das fundações de amparo à pesquisa.
Tudo isso tem que ser
recuperado para que o país volte a respirar modernidade.
Fonte: Jornal
GGN/Brasil 247
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