PF
encontra conexão entre militares, atos golpistas e governo Bolsonaro; Forças
Armadas já esperavam operação
A
Polícia Federal fechou os detalhes da conexão entre militares e os atos golpistas
– e a possível ligação entre eles e o Palácio do Planalto no período do governo
Jair Bolsonaro.
Segundo
investigadores, a operação Contragolpe deflagrada nesta terça-feira (19) é uma
das últimas etapas das investigações sobre a elaboração de planos para provocar
uma intervenção militar no país e tumultuar a transição para o governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As
Forças Armadas já esperavam a operação deflagrada nesta terça – e avaliam a
ação como importante para mostrar quem eram os militares que flertaram com o
golpe.
Dentro
da PF, essa é considerada a operação mais importante para ligar os atos
golpistas de 8 de janeiro de 2023 aos militares do grupo próximo a Bolsonaro.
Os
investigadores já tinham a informação de que no meio da multidão que invadiu os
prédios dos Três Poderes estavam homens treinados em operações especiais por
"kids pretos".
Entre
os cinco suspeitos com pedido de prisão na operação desta terça-feira (19),
quatro desse grupo – uma espécie de elite do Exército.
A
PF chegou aos militares e a um agente da Polícia Federal depois de recuperar
informações de um dispositivo do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Os
dados comprovariam a participação de "kids pretos" na organização de
operações que incluíam prender e assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo
Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Durante
os atos golpistas de 8 de janeiro, havia um grupo totalmente camuflado, com
balaclava e luvas, com uma atuação que já apontava possível treinamento em
operações especiais.
Segundo
as investigações, estes homens é que lideraram os golpistas na invasão dos
prédios públicos. Logo depois, eles desapareceram da Esplanada dos Ministérios.
Entre
os presos, o general da reserva Mário Fernandes foi secretário-executivo da
Secretaria Geral da Presidência da República entre outubro de 2020 e janeiro de
2023. No ano seguinte, foi também assessor do deputado federal Eduardo
Pazuello, general que foi ministro da Saúde de Bolsonaro.
Segundo
as investigações, o general tinha canal direto com o general Braga Netto,
candidato a vice de Bolsonaro e que foi ministro da Casa Civil e da Defesa no
governo anterior.
¨
PF: Bolsonaro atuou
diretamente na redação e ajuste da 'minuta do golpe'
A
investigação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado
visando impedir a posse do presidente Lula (PT) conecta Jair Bolsonaro (PL) à
redação e ajustes da chamada "minuta do golpe". O documento previa
uma intervenção no Judiciário com o objetivo de impedir a posse de Lula e
convocar novas eleições.
Segundo
o Metrópoles, as evidências coletadas pelos investigadores, obtidas através
de mensagens trocadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel
Mauro Cid, apontam o envolvimento direto do ex-mandatário no planejamento de um
golpe de Estado.
De
acordo com a PF, Jair Bolsonaro teria redigido e ajustado pessoalmente o texto
do decreto golpista. Mensagens enviadas por Mauro Cid ao general Freire Gomes,
então comandante do Exército, indicam que Bolsonaro "enxugou" o texto
para torná-lo mais objetivo. Em uma das comunicações, Cid revelou que Bolsonaro
estava sob pressão de "deputados" para adotar medidas mais drásticas,
envolvendo o uso das Forças Armadas.
Além
disso, as investigações apontam que o ex-mandatário se reuniu com o general
Estevam Cals Theophilo, então comandante do Exército Brasileiro, em 9 de
dezembro de 2022. O objetivo seria angariar apoio militar para consumar o
golpe.
A
Operação Contragolpe da PF foi deflagrada nesta terça-feira (19) para
desarticular a organização criminosa suspeita de planejar não apenas o golpe,
mas também o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo
Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes. Segundo a PF, o plano operacional, denominado "Punhal Verde e
Amarelo", previa a execução dessas autoridades para instaurar um regime de
exceção no país.
A
operação, autorizada pelo próprio Moraes, cumpriu cinco mandados de prisão
preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas.Entre os
detidos na operação estão militares da ativa, da reserva e um policial federal:
coronel Hélio Ferreira Lima: ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais,
em Manaus. Foi destituído do cargo em fevereiro de 2024; general Mário
Fernandes: ex-ministro interino da Secretaria-Geral e atualmente assessor do
deputado Eduardo Pazuello; major Rafael Martins de Oliveira: acusado de
negociar com Mauro Cid o pagamento de R$ 100 mil para financiar a ida de
manifestantes a Brasília; major Rodrigo Bezerra de Azevedo, e o policial
federal Wladimir Matos Soares.
As
investigações revelam que o grupo de militares conhecido como "kids
pretos" (força de elite da unidade de operações especiais do Exército)
estava à frente do planejamento das ações. O esquema incluía articulações para
financiar manifestantes golpistas, atentados contra autoridades e a imposição
de um governo sob tutela militar.
¨
Operação da PF contra
militares golpistas agrava situação de Bolsonaro, avaliam ministros do STF
A
Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal
(PF), contra militares suspeitos de tramar um golpe de Estado e planejar o
assassinato de autoridades brasileiras agravou ainda mais a situação de Jair
Bolsonaro (PL) nos inquéritos que apuram a intentona golpista do dia 8 de
janeiro de 2023. Segundo a CNN Brasil, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) está próxima de denunciá-lo, após o
aprofundamento das investigações.
Deflagrada
com autorização do ministro Alexandre de Moraes e parecer favorável da PGR, a
operação revelou um plano que incluía a morte do presidente Lula (PT), do
vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do próprio Moraes. Segundo a PF, o
esquema teria começado apenas seis dias depois de Bolsonaro ter feito
alterações na chamada “minuta do golpe”.
Entre
os envolvidos, está o general da reserva Mario Fernandes, ex-“número dois” da
Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo Bolsonaro. A PF
apontou que o documento com o cronograma dos crimes foi impresso no Palácio do
Planalto e levado ao Palácio da Alvorada, sugerindo participação direta de
figuras próximas ao ex-mandatário.
Ministros
do STF ouvidos pela CNN destacaram a gravidade da ligação entre Bolsonaro e os
militares presos, evidenciada no relatório policial. A manifestação da PGR
favorável às prisões dos militares envolvidos na trama golpista também reforça
a percepção de que a investigação está bem embasada.
O
procurador-geral da República, Paulo Gonet, aguarda o relatório final da PF
sobre a suposta trama golpista, previsto para o fim do ano, antes de decidir
sobre a denúncia. A investigação é considerada a mais grave das acusações
enfrentadas por Bolsonaro, superando os casos das joias sauditas e da
falsificação do cartão de vacinação.
Nos
bastidores do STF, a revelação de que o plano previa assassinatos por meio de
artefatos explosivos ou envenenamento em eventos públicos elevou a tensão entre
os ministros. O tribunal já estava em alerta após o episódio de um homem-bomba
na semana passada. A investigação também detalhou monitoramentos ilegais para
facilitar os ataques, configurando um cenário de articulação criminosa.
• Roteiro do
golpe foi impresso no Planalto durante governo Bolsonaro
A investigação da Polícia Federal que levou à
prisão de militares nesta terça-feira (19) mostra que um dos autores do plano
imprimiu o documento que previa o assassinato do presidente Luiz Inacio Lula da
Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes,
dentro do Palácio do Planalto.
Segundo
o relatório da Polícia Federal, o documento, nomeado como "Plj.docx",
foi impresso pelo general da reserva e ex-secretário-executivo da
Secretaria-Geral da Presidência de Jair Bolsonaro, Mário Fernandes, em 6 de
dezembro de 2022, às 18h09. Durante esse período, Bolsonaro estaria presente no
Palácio do Planalto.
"A
Polícia Federal aponta que o documento contendo o planejamento operacional
denominado “Punhal verde amarelo” foi impresso pelo investigado MÁRIO FERNANDES
no Palácio do Planalto, no dia 09/11/2022, ocasião em que os aparelhos
telefônicos dos investigados RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA (JOE) e MAURO CESAR CID
estavam conectados a ERBS que cobrem o Palácio do Planalto, e posteriormente
levado até o palácio do Alvorada, local de residência do presidente da
República, JAIR BOLSONARO. (...) "O então presidente da República JAIR
BOLSONARO também estava no Palácio do Planalto. No mesmo período, verificou-se
também a presença concomitante, na região do palácio do Planalto, de MAURO CID
e RAFAEL DE OLIVEIRA. Conforme descrito no tópico 2.2. desta peça, a Polícia
Federal comprovou que o então Major RAFAEL DE OLIVEIRA (JOE), Força Especial
(“kid Preto”), lotado no Batalhão de Ações e Comando – BAC, foi um dos
integrantes da operação “copa 2022”, que efetuaria a prisão/execução do
ministro ALEXANDRE DE MORAES no dia 15/12/2022”, informa o documento.
¨
Superior Tribunal
Militar é citado como peça-chave em plano golpista para respaldar ações
A
Polícia Federal, durante a operação “Tempus Veritatis”, identificou um plano
sofisticado para a execução de um golpe de Estado no Brasil, com participação
de militares e civis. Um dos pontos centrais do esquema era o uso do Superior
Tribunal Militar (STM) na construção de um arcabouço jurídico robusto que
respaldasse juridicamente ações golpistas, incluindo a prisão de ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e a reconfiguração do sistema eleitoral.
O
plano, conforme descrito em documentos apreendidos, apontava que o STM teria
papel essencial para dar credibilidade às ações militares e assegurar uma
aparência de legalidade. A investigação detalhou:
"O documento descreve ainda os chamados requisitos
críticos, que são os recursos, condições ou meios necessários para que as
capacidades críticas sejam efetivas. Sem esses requisitos, as capacidades
críticas não podem ser plenamente utilizadas. Dentre elas, o documento destaca
a necessidade de criar uma ESTRUTURA DE APOIO PARA O ESTABELECIMENTO DE UM
GABINETE CENTRAL DE CRISE E GABINETES ESTADUAIS e a PREPARAÇÃO DE ROBUSTO
ARCABOUÇO JURÍDICO EM COORDENAÇÃO COM O STM39 E OUTRAS ENTIDADES PARA CONSTITUIÇÃO
DE DECRETO QUE RESPALDE AS AÇÕES MILITARES. Esses elementos não deixam dúvidas
de que o documento estabelece um planejamento para um golpe de Estado,
inclusive com o arcabouço jurídico sendo elaborado pelo Superior Tribunal
Militar."
<><> Estratégia para legitimação do golpe
A
articulação para o golpe incluía a criação de um gabinete de crise, liderado
pelos generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Mario Fernandes, além do
ex-assessor especial Filipe Martins. Esse gabinete seria responsável por
coordenar as ações e supervisionar a implementação de medidas autoritárias.
Entre
as principais frentes do plano, estavam:
- Neutralização do STF, considerado o "fator gerador de
instabilidade".
- Deslegitimação do sistema eleitoral, com a promoção de uma
nova eleição sob controle militar.
- Manipulação informacional, para moldar a opinião pública e
justificar as ações.
O
STM desempenharia um papel essencial na criação de decretos e validações
jurídicas que respaldassem essas ações, consolidando uma narrativa de
"restabelecimento da legalidade".
<><> A presidência de Lúcio Mário de Barros Góes
Na
época do plano, o STM era presidido pelo general Lúcio Mário de Barros Góes,
que também tomou decisões públicas relacionadas à competência da Justiça
Militar. Em dezembro de 2022, Góes negou um habeas corpus em favor de Jair
Bolsonaro e do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que tentava
questionar as ações do ministro Alexandre de Moraes no STF.
Na
decisão, Góes argumentou que o STM não tinha competência para julgar o caso,
reforçando os limites constitucionais da Justiça Militar. Ele afirmou:
"Assim, está cristalino que o pedido veiculado na presente
ação constitucional não compõe a competência do STM, nos termos da Constituição
e das leis vigentes, o que impede o conhecimento da demanda apresentada."
Embora
essa decisão demonstre uma posição de respeito aos limites institucionais, a
menção do STM no planejamento golpista contrasta com essa postura, colocando a
instituição como peça estratégica para respaldar a ruptura democrática.
<><> O papel de Hélio Ferreira Lima e as ações
clandestinas
Entre
os materiais apreendidos, destaca-se uma planilha elaborada pelo
Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima, que integrava os núcleos de desinformação
e apoio operacional. Essa planilha, com mais de 200 linhas, detalhava as etapas
do golpe, incluindo:
- Prisão preventiva de ministros do STF, especialmente
Alexandre de Moraes.
- Intervenções jurídicas e administrativas para desmobilizar
instituições democráticas.
- Implementação de um novo pleito eleitoral sob supervisão do
gabinete de crise.
O
plano contava ainda com recursos clandestinos, como o uso de dispositivos
anônimos, compra de chips de celulares com identidades falsas e movimentação de
tropas para ações específicas.
<<> Desdobramentos investigativos
Com
a continuidade das investigações, a Polícia Federal busca aprofundar o
envolvimento de instituições e líderes no plano. A descoberta do papel central
do STM e de sua utilização para legitimar ações golpistas reforça a gravidade
do esquema e a necessidade de responsabilizações legais.
A
menção do STM no plano golpista destaca a vulnerabilidade das instituições e
ressalta a importância de proteger o Estado Democrático de Direito contra novas
tentativas de ruptura. Enquanto isso, a postura institucional da Justiça
Militar durante o período é analisada com atenção para identificar possíveis
desvios e garantir a preservação de suas prerrogativas constitucionais.
• General
se reuniu com Bolsonaro uma semana antes de data marcada para matar Lula
Uma
semana antes do dia 15 de dezembro de 2022, data marcada para desencadeamento
do plano “Punhal Verde e Amarelo”, em que seriam assassinados Lula e Geraldo
Alckmin, então presidente e vice-presidente eleitos. o general Mário Fernandes,
ministro-substituto da Secretaria-Geral da Presidência, se reuniu pessoalmente
com Jair Bolsonaro (PL), segundo relatório da Polícia Federal que resultou na
operação que prendeu quatro militares e um agente federal nesta terça-feira
(19).
A
reunião aconteceu no dia 8 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada entre 17h
e 17h40.
"Após
a visita ao Palácio da Alvorada, MÁRIO FERNANDES, mais uma vez, entrou em
contato com MAURO CÉSAR BARBOSA CID, comemorando que o então Presidente JAIR
BOLSONARO aceitou o ‘nosso assessoramento’ e noticiando o efeito da reunião
entre os manifestantes golpistas", diz a PF no relatório que serviu de
base para a prisão do general da reserva, que até março atuava como assessor de
gabinete de outro ex-ministro de Bolsonaro, o general Eduardo Pazuello (PL-RJ),
na Câmara Federal.
Segundo
a PF, Fernandes atuava como "ponto focal" entre Bolsonaro e os
manifestantes golpistas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em
Brasília e teria ciência do primeiro ato golpista, quando bolsonaristas
tentaram invadir a sede da PF na capital Federal.
"Assim,
ressalta a autoridade policial que os contatos com pessoas radicalizadas
acampadas no QGEX reforça que o General MÁRIO FERNANDES 'possuía influência
sobre pessoas radicais acampadas no QG-Ex, inclusive com indicativos de que
passava orientações de como proceder e, ainda fornecia suporte material e/ou
financeiro para os turbadores antidemocráticos'”, diz Alexandre de Moraes na
decisão sobre os pedidos da PF.
<><>
Terrorismo
No
relatório, a PF ainda ressalta a "participação ativa" de Fernandes na
"elaboração de um detalhado planejamento que seria voltado ao sequestro ou
homicídio do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e, ainda, dos candidatos eleitos Luís
Inácio Lula da Silva e Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, ambos componentes
da chapa vencedora das eleições”.
Os
investigadores ainda descobriram um arquivo, denominado “Fox_2017.docx” em um
HD externo de Fernandes que continha “um verdadeiro planejamento com
características terroristas, no qual constam descritos todos os dados
necessários para a execução de uma operação de alto risco”.
Além
de um planejamento militar detalhado, o documento continha ainda as armas e
munições que seriam usadas na execução de Lula, Alckmin e Moraes.
"A
lista com o arsenal previsto revela o alto poderio bélico que estava programado
para ser utilizado na ação. As pistolas e os fuzis em questão (‘4 Pst 9 mm ou
.40” e “4 Fz 5,56 mm, 7,62 mm ou .338’) são comumente utilizados por policiais
e militares, inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados. Chama
atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: 1 metralhadora M249 –
MAG – MINIMI (7,62 mm ou 5,56 mm), 1 lança Granada 40 mm e 1 lança rojão AT4.
São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate", diz
o texto.
¨
Mensagens expõem
pressão de parlamentares e do agronegócio sobre Bolsonaro para golpe de Estado
Uma
troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de
Jair Bolsonaro (PL), e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio
Freire Gomes, revelou que o ex-mandatário sofria enfrentava pressões de
deputados e membros do agronegócio para “tomar uma medida mais pesada
utilizando as forças [armadas]”. As mensagens são parte de uma investigação que
aponta a existência de um plano arquitetado por uma organização criminosa para
cometer assassinatos e tentar um golpe de Estado no Brasil.
As
informações, segundo a CNN Brasil, foram destacadas na decisão do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma operação da Polícia
Federal nesta terça-feira (19). O objetivo da operação, batizada de
Contragolpe, foi desarticular o grupo que planejava um golpe de Estado visando
manter Bolsonaro no poder e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
"Boa
tarde, General! Só para atualizar o senhor que vem acontecendo é o seguinte. O
presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais pesada, onde
ele vai, obviamente, utilizando as forças, né? Mas ele sabe, ele ainda continua
com aquela ideia, que ele saiu da última reunião, mas a pressão que ele recebe
é de todo mundo. Ele está… é cara do agro. São alguns deputados, né?", diz
Cid em uma das mensagens.
Ainda
segundo Cid, Bolsonaro teria ajustado uma minuta de decreto para um golpe de
Estado, deixando-o mais "enxuto". Essa minuta havia sido revelada em
fevereiro de 2023 pela Polícia Federal, que indicou que o ex-mandatário
participou ativamente do processo de elaboração do texto golpista,
A
Operação Contragolpe foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta
terça-feira (19). Os agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva,
três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Entre os alvos estão quatro
militares e um policial federal. Segundo a investigação, a organização
criminosa era composta majoritariamente por militares das Forças Especiais,
conhecidos como "kids pretos". O grupo planejava realizar os
assassinatos no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação de Lula
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O
plano operacional, batizado de "Punhal Verde e Amarelo", tinha como
objetivo eliminar as principais lideranças do governo eleito, instaurar o caos
e criar condições para um golpe de Estado. O grupo acreditava que as mortes
seriam suficientes para impedir a posse do novo governo.
Fonte:
g1/Brasil 247/Fórum
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