8 coisas que você talvez não saiba sobre
Donald Trump
O republicano Donald Trump retornará
à Casa Branca em 20 de
janeiro.
Após Grover Cleveland,
Trump se torna o segundo político na história dos Estados Unidos a
perder uma tentativa de reeleição para a Presidência, concorrer novamente e
conseguir vencer nessa segunda tentativa de voltar à Casa Branca.
Além de ter sido
presidente de 2017 a 2021, algumas facetas de Trump são menos conhecidas do que
outras.
Sua formação na
Academia Militar, um tipo de fobia e até seu passado democrata são menos
comentados do que seu papel no Partido Republicano ou seu amor pelo sul da
Flórida.
Aqui estão oito coisas
que talvez você não saiba sobre Donald Trump.
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1. Estudou na Academia Militar de Nova York
Os pais de Trump o
enviaram para estudar na Academia Militar de Nova York, em Cornwall-on-Hudson,
aos 13 anos, uma escola que prometia “endireitar” os jovens rebeldes.
"Quando eu era
adolescente, o que mais me interessava era fazer travessuras, porque, por algum
motivo, eu gostava de causar problemas e de testar as pessoas", escreveu
Donald Trump no livro A arte da negociação.
Nos cinco anos em que
esteve na academia, ele jogou basquete, futebol, beisebol e futebol americano.
Alguns colegas lembram
dele como um líder natural, outros como um "valentão", segundo vários
testemunhos ouvidos pela imprensa americana.
Após se formar, Donald
Trump iniciou seus estudos de graduação na Universidade Fordham, no Bronx, mas
foi transferido para a Wharton School of Business, na Universidade da
Pensilvânia, dois anos depois.
Ele se formou como
bacharel em Ciências Econômicas.
Detalhes sobre seu
processo de admissão ou histórico de desempenho acadêmico são desconhecidos.
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2. Tem fobia de germes
"Uma das
maldições da sociedade americana é o simples ato de apertar a mão",
escreveu Trump em seu livro The art of the comeback ("A
arte do retorno", em tradução livre).
A limpeza das mãos tem
sido um assunto recorrente em sua carreira.
"Acontece que sou
um fã de mãos limpas. Sinto-me muito melhor depois de lavar bem as mãos, o que
faço sempre que posso", já declarou.
Aqueles que já
trabalharam com Donald Trump confirmam que o incomoda ser exposto a qualquer
possível fonte de contágio.
Em um programa de
rádio de 1993 apresentado por Howard Stern, o entrevistador perguntou se ele
era germofóbico.
“Sou germofóbico”,
respondeu Trump.
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3. Foi o sucessor na empresa de seu pai
Depois de terminar a
universidade, Donald Trump foi trabalhar na imobiliária do pai, Fred Trump. Em
1971, aos 25 anos, o jovem assumiu o controle da empresa.
Como herdeiro dos
negócios, rebatizou-o de Trump Organization e concentrou-se na criação de
edifícios ostentosos que lhe permitiram aumentar não só a sua fortuna, mas
também a sua fama na televisão, nos tabloides e, em última análise, na
política.
A Organização Trump
expandiu suas operações, passando a atuar com projetos imobiliários comerciais,
residenciais, conjuntos de escritórios, cassinos, condomínios, campos de golfe
e hotéis.
Uma investigação do
jornal The New York Times concluiu que Trump recebeu quase US$ 400 milhões do
patrimônio de seu pai ao longo da vida.
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4. Foi filiado aos democratas
Embora tenha sido
membro do Partido Republicano durante a maior parte da sua vida, houve um
momento, entre 2001 e 2009, em que Trump foi registrado como filiado ao Partido
Democrata em Nova York, de acordo com a Junta Eleitoral local.
Em 2000, Trump tentou
por um breve período ser a nomeação presidencial do Partido da Reforma (uma
organização minoritária nos EUA), mas abandonou o plano no meio de uma crise
dentro da sigla.
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5. Já mudou várias vezes de posição sobre o aborto
“Sou muito
pró-escolha”, disse Donald Trump em 1999, durante uma entrevista à emissora NBC
News.
Mas, ao longo de sua
vida, o republicano já mudou várias vezes de posição sobre uma das grandes
questões que dividem os americanos.
Mais de uma década
depois, em fevereiro de 2011, opôs-se publicamente ao aborto.
"Sou
pró-vida", disse ele em discurso na Conferência de Ação Política
Conservadora.
Durante sua
presidência (2017-2020), Trump defendeu a proibição nacional ao aborto após 20
semanas de gestação.
Ele também prometeu
nomear juízes conservadores para a Suprema Corte, buscando justamente revogar o
direito de interromper a gravidez a nível federal. E assim ele fez.
Com isso, cada Estado
ficou livre para regular o aborto como quiser, o que resultou na proibição quase completa do procedimento em
várias partes do país.
Durante a campanha
presidencial de 2024, Trump repetiu que a decisão de proibir ou permitir o
aborto depende de cada Estado.
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6. Declarou falência em seis negócios
Seis das empresas de
Donald Trump foram declaradas falidas porque não conseguiram pagar as suas
dívidas:
- Casino Trump Taj Mahal em Atlantic City, Nova Jersey, 1991
- Trump Castle
Casino em Atlantic City, 1992
- Trump Plaza e Casino em Atlantic City, 1992
- Plaza Hotel Nova York, 1992
- Trump Hotels & Casinos Resorts, com propriedades em
Atlantic City e Indiana, 2004
- Trump Entertainment Resorts, empresa sucessora do Trump
Hotels & Casinos Resorts, 2009
Em 1992, ele chegou a
um acordo com os bancos credores para renegociar suas dívidas. O empresário
teve que vender seu iate, seu jato, sua participação no Grand Hyatt e sua
companhia aérea, a Trump Shuttle.
Mais tarde, voltou a
enfrentar problemas financeiros e evitou a falência ao chegar a um novo acordo
com bancos.
Os empreendimentos
fracassados de Trump incluíram cassinos e hotéis, o fechamento de seu time de futebol americano New Jersey
Generals e a agora extinta Universidade Trump.
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7. Tornou-se famoso como apresentador do reality show 'O Aprendiz'
Antes de chegar à
arena política, o multimilionário era figura recorrente em tabloides e
programas de televisão por seu trânsito no mundo do entretenimento.
Trump começou a se
tornar conhecido como proprietário dos concursos de beleza Miss Universo, Miss
EUA e Miss Teen EUA e alcançou maior projeção como criador e apresentador do
reality show O Aprendiz, do qual fez parte entre 2004 e 2015.
Ele também fez
participações na série Um maluco no pedaço e no filme Esqueceram
de mim 2.
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8. Foi condenado no caso 'Stormy Daniels'
Trump é o primeiro
ex-mandatário e candidato à Presidência condenado na Justiça na história do
país.
Ele foi declarado culpado, em maio,
por 34 delitos que lhe foram imputados por falsificar documentos com o intuito
de ocultar pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels, visando comprar o silêncio
dela a respeito de um encontro sexual que os dois tiveram antes das eleições de
2016.
Em sua conta na rede
Truth Social, o então ex-presidente se declarou inocente e classificou a
condenação como um “ataque político”.
Além do caso Stormy,
Trump também perdeu os processos em que foi acusado de mentir sobre seu
patrimônio em demonstrativos financeiros enviados a bancos e seguradoras e no
caso em que foi acusado de difamação pela colunista E. Jean Carroll.
Ele teve que pagar
multas milionárias nesses casos.
O republicano também
teve de indenizar estudantes da extinta Universidade Trump em 2018 que o
acusavam de lhes ter enganado.
Há ainda três
processos correndo, incluindo dois pela suposta tentativa de anular o resultado
das eleições de 2020.
• 'Arquiteta' da vitória, Susie Wiles fará
parte do futuro governo
O presidente eleito
dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (7) Susie Wiles
como chefe de Gabinete do próximo governo. Ela é considerada uma das principais
arquitetas da vitória do republicano nas eleições presidenciais.
Nos Estados Unidos, o
cargo de chefe de Gabinete pode ser comparado com o de ministro da Casa Civil
do Brasil. Entre as funções está a coordenação das atividades do governo e a
organização das demais secretarias. Susie também deverá operar como uma das principais
conselheiras do presidente.
Esse foi o primeiro
nome anunciado por Trump para compor a equipe de seu segundo mandato. A
imprensa norte-americana já havia revelado que Susie estava entre as principais
cotadas para assumir um cargo no governo.
"Susie é forte,
inteligente, inovadora e universalmente admirada e respeitada. Susie continuará
a trabalhar incansavelmente para Fazer a América Grande Novamente", disse
Trump em um comunicado.
"É uma honra ter
Susie como a primeira mulher chefe de gabinete da história dos Estados Unidos.
Não tenho dúvida de que ela fará nosso país se orgulhar."
Susie foi uma das
responsáveis por levar Trump ao poder em 2016 e ajudou a limpar o nome do
republicano em 2021, após apoiadores invadirem o Capitólio no dia 6 de janeiro
daquele ano.
Na corrida
presidencial de 2024, ela trabalhou ao lado de Chris LaCivita. Embora Trump
tenha deixado de lado conselhos de campanha diversas vezes, os estrategistas
mantiveram o foco nas fraquezas de Joe Biden e Kamala Harris.
Apoiadores de Trump
esperam que Susie instale uma sensação de ordem e disciplina, algo que
frequentemente faltou durante o primeiro mandato do republicano. Entre 2017 e
2021, ele fez várias trocas na Chefia de Gabinete.
Susie é amplamente
reconhecida, tanto dentro quanto fora do círculo íntimo de Trump. Ela evitou os
holofotes durante a campanha e se recusou a discursar enquanto Trump celebrava
a vitória nas eleições.
LaCivita também é
cotado para um cargo sênior na nova administração.
¨ Acusados por invasão do Capitólio esperam indulto de Trump
Os apoiadores de Donald
Trump acusados pela invasão do Capitólio
dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 esperam ser perdoados pelo
presidente eleito, que os chamou de "patriotas" e "presos
políticos".
Mais de 1.500 pessoas
foram acusadas pela invasão, que buscava impedir a certificação da vitória
eleitoral do democrata Joe Biden.
"Estou inclinado
a perdoar muitos deles", prometeu Trump diversas vezes durante sua
campanha, uma delas durante um painel organizado pela rede de TV CNN. "Não
posso dizer para cada um deles, porque alguns, provavelmente, perderam o
controle."
Trump minimizou
repetidamente a gravidade do ataque ao Capitólio, que chegou a descrever como
"um dia de amor". Vários acusados pelos distúrbios aproveitaram a
vitória eleitoral do republicano para pedir que seus julgamentos ou sentenças
sejam suspensos.
Christopher Carnell,
21, morador da Carolina do Norte, pediu que fosse adiada uma audiência por
conduta desordeira, em resposta às "múltiplas promessas de clemência"
de Trump. Segundo seu advogado, Carnell "espera ser liberado do processo
criminal quando o novo governo assumir". A juíza Beryl Howell negou o
pedido.
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Estratégias jurídicas
Outra acusada, Jaimee
Avery, pediu que fosse remarcada sua sentença por invasão ilegal para uma data
posterior a 20 de janeiro de 2025, quando Trump tomará posse como 47º
presidente dos Estados Unidos.
"O presidente
eleito Trump, que teve um papel fundamental nos eventos de 6 de janeiro de
2021, declarou publicamente, em repetidas ocasiões, que vai perdoar os
manifestantes", diz o advogado de Jaimee em um processo judicial.
"Configuraria-se uma grande disparidade para a Sra. Avery se ela passar ao
menos um dia na prisão, agora que o homem que teve um papel fundamental na
organização e instigação dos eventos de 6 de janeiro nunca enfrentará
consequências." O juiz Christopher Cooper negou o pedido de Avery.
Trump foi acusado pelo
procurador especial Jack Smith de conspirar para anular os resultados das
eleições de 2020, mas o caso nunca foi a julgamento, e agora tramita segundo a
política do Departamento de Justiça de não processar um presidente em exercício.
Trump também não
descartou conceder indultos a membros de grupos militantes de extrema direita,
como Proud Boys e Oath Keepers, que foram condenados por sedição e receberam as
penas de prisão mais severas.
Segundo os números
mais recentes do gabinete do procurador dos Estados Unidos para o Distrito de
Columbia, 1.532 pessoas foram acusadas pela invasão do Capitólio, das quais 571
receberam acusações relacionadas com agressão, resistência ou bloqueio do trabalho
das forças de ordem. Mais de 940 réus se declararam culpados de diversos
crimes, enquanto outros 195 foram condenados em julgamento.
Antes de deixar o
cargo, em janeiro de 2021, Trump indultou aliados políticos que eram alvo de
acusações federais, entre eles os chefes de sua campanha presidencial de 2016,
Paul Manafort e Steve Bannon.
Fonte: BBC News Mundo/g1
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