Marcia Tiburi: A educação no estado de São Paulo ou a perversa política
da queima de livros
O secretário da educação de São Paulo, Renato Feder
(um sobrenome metafórico?), decidiu privar as crianças do ensino público
estadual de livros que seriam doados a elas gratuitamente pelo governo federal.
Políticos de extrema-direita nunca surpreendem com seus gestos desumanos e
sempre podemos esperar o pior deles.
A chacina no Guarujá é complementar ao que parece
ser uma verdadeira política de queima de livros, monumental e sem fumaça, pelo
extermínio desses objetos do conhecimento. Os judeus nos campos de concentração
eram transformados em fumaça na solução final. Imaginem que não há nem fumaça
na solução do governo paulista. Mata-se uns adolescentes de um lado e se priva
os pré-adolescentes de livros do outro, quem sabe para que sejam mortos mais
adiante pelo mesmo estado que lhes tira oportunidades básicas como é o acesso à
educação e ao livro que dela faz parte. Será isso a “educação do futuro”?
Todos sabem que a imensa maioria das crianças das
escolas públicas pertencem às classes desfavorecidas e exploradas e precisam de
todo apoio escolar para ter uma vida digna. Criança é sinônimo de escola. E
livro infantil é bem de primeira necessidade. Na rejeição ao livro para as
crianças há também uma atitude elitista, pois sabemos que essas crianças terão
menos acesso a livros do que as crianças cujos pais podem pagar - ou se
esforçam desesperados por conseguir pagar - uma escola particular para seus
filhos. A educação deveria ser para todos, generosa e de qualidade, mas o
estado vampirizado pelos neoliberais não quer ser decente com os pobres e nem
com as crianças pobres.
A pergunta que não quer calar é: como um homem que
não vê valor em livros, como o secretário Feder, tem um livro na lista dos mais
vendidos? Quem comprou? Talvez a investigação do Ministério Público venha a
elucidar o que se passa. Vamos esperar. Enquanto isso, a educação vai de mal a
pior, o estado de São Paulo, sequestrado pelas milícias cariocas, segue seu
triste destino. Pobre do povo que não sabe em quem vota.
<><> Folha diz, em editorial, que fim
dos livros decretado por Tarcisio é uma "temeridade"
Em editorial publicado neste sábado (5), o jornal
Folha de S.Paulo criticou o fim dos livros impressos nas escolas públicas do
estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), e disse que,
"sem fundamentação mais sólida, afigura-se uma temeridade para os
alunos".
"Políticas públicas devem se basear em
evidências e ser decididas de forma transparente, de preferência incorporando
consultas a especialistas e setores da sociedade. Não é o que se vê na recente
decisão da Secretaria de Educação de São Paulo de abandonar livros didáticos
impressos a partir do 6° ano do ensino fundamental", afirmou.
"Uma política que impactará 1,4 milhão de
estudantes paulistas no ensino fundamental e 1,3 milhão no médio não deve ser
implementada de forma abrupta e sem consulta pública. O governo estadual também
não especifica qual será o processo de criação e avaliação do material
didático", complementou.
Tarcísio
e Feder aprofundam a destruição da educação pública de São Paulo. Por
Professora Francisca
O secretário de Educação do estado de São Paulo
Renato Feder e o governador Tarcísio de Freitas escancaram a vontade de acabar
com a educação pública do estado. O secretário recusou os livros didáticos
distribuído há décadas pelo governo federal e implanta plataformas digitais no
lugar e pretende colocar slides de power point dirigidos para doutrinar os
alunos e acabar com a liberdade de ensinar e aprender.
Inclusive o Ministério Público Estadual de São
Paulo entrou com inquérito para a apurar a dispensa dos livros didáticos
distribuídos para todas as escolas do país pelo Ministério da Educação. Muito
importante descobrir as obscuras razões de Feder para recusar o Programa
Nacional do Livro Didático em São Paulo.
Com o argumento e modernizar, essas plataformas do
Feder representam um enorme retrocesso em vários aspectos. A começar pela falta
de estrutura das escolas estaduais. E com isso, as professoras e professores
têm que trabalhar com equipamento próprio, porque a Seduc não fornece
computadores aos profissionais e menos ainda aos estudantes, a exemplo do que
ocorreu durante a pandemia.
Muitas crianças serão prejudicadas no seu
aprendizado por não terem acesso à internet e nem computadores em suas casas. O
que já é muito grave. Além disso, as plataformas digitais são totalmente
dirigidas ferindo amplamente a democracia no processo de ensino-aprendizagem.
Com isso, impedindo as professoras e professores de ensinar e os estudantes de
aprender, tornando-os mão de obra barata para o mercado de trabalho.
O empresário Feder tenta adequar a escola pública à
política de metas e resultados empresariais. Por isso, a secretaria reforça a
pressão e o monitoramento dos profissionais com uma sobrecarga desumana de
trabalho o que pode aprofundar o quadro de adoecimento psicológico, emocional e
físico dos profissionais na educação, como aconteceu em sua gestão no Paraná
como revela pesquisa da APP-Sindicato dos(as) professores(as) e
funcionários(as) de escola do Paraná e o Instituto Pesquisas de Opinião (IPO).
Sendo que 91,3%, disseram terem ficado
sobrecarregados com as plataformas e a intensa cobrança de metas extorsivas.
Enquanto 74,3% reconheceram impactos negativos do modelo na sua saúde física e
mental e 78,3% afirmaram saber de colegas que adoeceram em decorrência das
dificuldades impostas pelas novas tecnologias.
Como se vê, o modelo que começa a ser implantado em
São Paulo não beneficia ninguém, a não ser as empresas de plataformas digitais.
Adoece ainda mais as professoras e professores, tira dos estudantes a
oportunidade de aprender, controla o conteúdo aplicado, limitando o aprendizado
a uma única forma de encarar a vida e impede o pleno desenvolvimento das
crianças e adolescentes.
Tanto que a reportagem “Material didático do
governo de SP é raso e pouco confiável, dizem autores de livros didáticos”, de
Laura Mattos na Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (4), aponta que a
Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale) analisou as
plataformas digitais do governo paulista e confirmou a falta de qualidade
dessas plataformas.
“O material traz atividades que não apresentam
rigor conceitual e editorial, além de ignorarem exigências da BNCC (Base
Nacional Comum Curricular), que determina as diretrizes da educação no país e
aponta os aprendizados a serem desenvolvidos em cada nível escolar”, dizem os
escritores.
Para piorar, aliado à utilização obsessiva das
plataformas digitais, a vigilância descabida sobre o trabalho dos profissionais
da educação e a pressão por metas e resultados extorsivos leva as professoras e
professores ao desespero, além de castrar a possibilidade de um aprendizado que
envolva todas as nuances da vida.
De acordo com a APP-Sindicato, “o uso obrigatório,
intensivo e indistinto das plataformas educacionais sem a adequada discussão e
reflexão tem levado professores(as), pedagogos(as) e o conjunto da comunidade
escolar a um vazio pedagógico”.
Em vez disso, lutamos por instrumentos de apoio e
mediação do ensino-aprendizagem, com a utilização das ferramentas digitais como
apoio pedagógico e não o centro do processo. A gestão democrática com espaço
para todos os envolvidos no processo educacional se colocarem com total
liberdade e um ensino que abranja toda a diversidade humana continua a ser a
nossa luta.
As professoras e professores da rede oficial de
ensino do estado de São Paulo se insurgem contra mais a imposição de um sistema
que desconhece toda a realidade do estado e exclui grande parcela de crianças e
jovens do processo de ensino-aprendizagem como ocorreu no período pandêmico e
até hoje não houve correção para suprir a demanda dos que ficaram sem aprender
o que precisavam aprender.
Porque as plataformas digitais aprofundam o
processo de pressão por metas incabíveis e seleciona ao bel prazer do
secretário e do governador o que as crianças e jovens podem aprender,
limitando-os ao pensamento único, ou melhor, pensamento nenhum.
Além disso, a maioria das escolas, principalmente
nas periferias, é totalmente carente de estrutura básica para o ensino, imagine
o acesso à internet com qualidade? Além de muitas salas de aulas terem a
infraestrutura elétrica comprometida, superlotação de turmas e porte escolar
inadequado agravam o problema.
Seguiremos lutando pela autonomia das professoras e
professores, da equipe pedagógica e dos estudantes na produção do
ensino-aprendizagem. Contra a mercantilização da educação pública. Porque
educação pública é vital para a maioria da população e a tecnologia não pode
ser um entrave ao bom andamento do processo de ensino-aprendizagem e sim um
aporte que possibilite a dinamização do processo, sempre com a supervisão dos
profissionais da educação, inclusive para o processe de aprendizagem não ser
deturpado.
Tarcísio e Feder querem tomar o lugar de maior
inimigo público da educação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliás, o
governador do estado faz de tudo para conquistar todas as pessoas que ainda não
aprenderam que a democracia e o respeito aos direitos humanos constituem a
melhor forma de governar.
Secretário
de SP justifica recusa de livros do MEC: “Aluno não pode grifar”
O secretário estadual da Educação de São Paulo,
Renato Feder, disse que o governo não aderiu aos livros didáticos do Ministério
da Educação (MEC) porque o material não permite anotações e precisa ser devolvido
ao final do ano.
“O aluno não pode anotar, não pode grifar, não pode
circular porque esse livro tem que estar disponibilizado para o ano que vem”,
afirmou o secretário.
A declaração acontece dois dias depois de o
governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciar que o estado vai
imprimir o conteúdo digital das aulas para todos os alunos da rede pública.
Até sexta-feira (04/8), a Secretaria da Educação
dizia que o material seria impresso apenas para os estudantes que não tivessem
acesso aos equipamentos de informática. A pasta defendia, até então, um
conteúdo “100% digital” para os alunos a partir do 6º ano do Fundamental.
Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira
(07/8), o secretário Renato Feder apresentou o conteúdo que será entregue aos
estudantes pelo estado. Segundo ele, o material permite que os alunos façam
anotações, diferentemente do material pedagógico do Programa Nacional de Livros
Didáticos (PNLD).
“Esse material aqui é consumível, é um livro
consumível. O aluno escreve aqui, ele grifa, anota, rabisca. Os livros do PNLD
não são consumíveis no ciclo que a gente está falando”, disse Feder, afirmando
que o governo quer que os alunos usem o livro “de verdade”.
Os livros entregues pelo Ministério da Educação
(MEC) para as turmas entre o 6º e o 9º ano do Fundamental e o Ensino Médio são
reaproveitados por mais de uma turma. Nos anos anteriores, o material é de uso
pessoal e não precisa ser devolvido.
Ele também afirmou que a ideia de manter apenas o
conteúdo próprio do estado nas aulas é “facilitar a vida dos professores e dos
alunos”, já que antes as escolas recebiam materiais do governo paulista e do
governo federal.
Usar
só material digital na escola vai na contramão do que é feito no mundo, dizem
especialistas em educação
Não há experiência internacional, estudo ou
entidade que apoie a decisão de eliminar os livros da sala de aula e oferecer
apenas conteúdo informatizado. A recente decisão do governo de São Paulo de
fornecer aos alunos do ensino fundamental II e do ensino médio apenas material
didático digital, desenvolvido por seus próprios técnicos estaduais, é
amplamente criticada por acadêmicos e entidades, que acompanham o tema com
preocupação.
É unânime a posição de especialistas que o desafio
de formar as futuras gerações exige a adoção de um esquema híbrido, que integre
as vantagens do analógico e do digital. E essa mistura precisa ser gradual,
acompanhada de adaptações na infraestrutura das escolas, na formação docente e
nas propostas pedagógicas.
A razão para a crítica contundente à decisão do
governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) passa por justificativas como o
exemplo da Suécia (que adotou a digitalização completa e agora decidiu recuar),
pelo mais recente relatório da Unesco (que sugere banir os celulares da sala de
aula) e chega ao rescaldo recente da pandemia, quando a falta de estrutura
tecnológica das escolas e dos lares das famílias ficou evidente.
O diretor executivo da ONG Todos Pela Educação,
Olavo Nogueira Filho, afirma que dados e evidências sugerem muita cautela na
adoção do digital.
"Nenhum país fez substituição integral de
impressos por digitais. A ideia é que haja uma coexistência. A Suécia, que
buscou a digitalização completa, está [voltando atrás] e repensando essa
postura", diz Nogueira.
Paulo Blikstein, especialista no uso da tecnologia
para a aprendizagem e diretor do Transformative Learning Technologies Lab, na
Universidade de Columbia (EUA), explica ainda que não é uma questão de
"vilanizar" a tecnologia.
"Não queremos descartar o digital, mas não é
possível impor esse sistema rapidamente. Precisa haver um processo de adequação
à realidade."
Entenda abaixo como os seguintes aspectos devem ser
levados em conta quando uma rede (ou colégio) adota o material informatizado:
• Falta
de infraestrutura tecnológica nas escolas
• Computador
quebrou? Alguém precisará consertá-lo
• Uso
excessivo de telas
• Prejuízos
pedagógicos: mais tela, menos concentração?
• Possibilidade
de melhor compreensão do conteúdo
• Avaliação
mais ágil
• Democratização
do conteúdo para acesso de pessoas com deficiência
• Menos
peso na mochila e sem risco de esquecimento
📱Falta de infraestrutura tecnológica nas escolas
O ensino remoto na pandemia de Covid-19 escancarou
a desigualdade entre alunos da rede pública e da rede privada no acesso à
internet.
Um exemplo: das escolas municipais brasileiras de
ensino fundamental, 38% dispõem de computador de mesa, 23,8% contam com
computadores portáteis, 52% têm internet banda larga e 23,8% oferecem internet
para uso dos estudantes, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2022.
🖥️Computador quebrou? Alguém precisará consertá-lo
Na Móbile, escola privada de São Paulo, o processo
de alfabetização é, em parte, digital, com atividades em tablets de até 10
minutos por dia.
A diretora da educação infantil, Maria de Remédios
Cardoso, conta que, por causa disso, passou a ser necessário ter um
departamento de tecnologia educacional "dentro da escola, o tempo
todo".
"Precisa de uma equipe a postos para garantir
que a internet esteja funcionando, que o sistema operacional seja mais eficiente
e que os dados dos alunos estejam preservados. Computadores podem quebrar, não
tem jeito. É necessário fazer esse investimento", relata.
O Colégio Anchieta, da Rede Jesuíta de Educação de
Porto Alegre, por exemplo, enfrentou outro desafio ao adotar os livros digitais
(os físicos continuam como opção para os alunos que os preferirem): investir em
um acesso seguro à rede de internet. "Tem de haver login com senha, para
que haja integridade e privacidade dos dados dos alunos", afirma o
coordenador Cleiton Gretzler.
💻Uso excessivo de telas
Por orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP), o contato com telas não pode ultrapassar os seguintes limites, a cada
faixa etária:
# dos 2 aos 5 anos: até 1 hora por dia;
# dos 6 aos 10 anos: entre 1 e 2 horas por dia;
# dos 11 aos 18 anos: entre 2 e 3 horas por dia.
Especialistas ouvidos pelo g1 demonstraram
preocupação com o uso de livros digitais, porque, associados ao tempo de lazer
que as crianças já dedicam a tablets, podem gerar uma superexposição à
tecnologia.
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, já
mostrou que esse excesso leva a:
- prejuízos na comunicação,
- problemas no sono e
- atrasos no desenvolvimento cognitivo.
Por evidências como essas, Neide Noffs, da PUC-SP,
defende que os livros físicos estejam sempre presentes. "Eles fazem com
que o aluno vá até a biblioteca, leia uma revista, entre em contato com
diferentes dispositivos de leitura. São experiências que vão além de só
'ler'", afirma.
😶 Prejuízos pedagógicos: mais tela, menos concentração?
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco), em relatório divulgado em julho deste ano, faz
uma leitura crítica da tecnologia nas salas de aula e afirma que seu uso não
pode ser "soberano". A entidade chama a atenção para os possíveis
prejuízos na concentração dos estudantes e chega a sugerir que os celulares
sejam banidos das escolas.
Katia Smole, diretora do Instituto Reúna, afirma
que pesquisas mostram possíveis prejuízos na capacidade de leitura de quem usa
apenas telas (em vez de um esquema misto).
Um exemplo: em um estudo da Universidade de
Stavanger, na Noruega, em 2012, cientistas compararam estudantes que leram
textos apenas no formato digital com outros que leram os mesmos conteúdos, só
que em papéis impressos. Eles constataram que o primeiro grupo teve um
desempenho inferior ao segundo.
Segundo o artigo, o fato de o aluno apenas
"scrollar" o arquivo digital, em vez de virar a página de um livro
físico, atrapalha a memória e prejudica a interpretação.
Outro estudo, publicado no "The Journal of
Experimental Education" em 2017, constatou que os alunos até preferiram,
inicialmente, a experiência do digital. Mas, quando testados, mostraram que
compreenderam melhor o conteúdo do meio impresso.
Antonio Rosso Júnior, professor do Insper (SP) e
autor de materiais didáticos, explica que o uso de telas para leitura exige
certa maturidade do aluno. "Apesar de as novas gerações serem digitais
desde cedo, precisam aprender a diferenciar o lazer da hora de aprender. No
ensino fundamental, vejo com ressalvas que o tablet seja 'lugar' tanto de
estudo quanto de diversão."
TECNOLOGIA PODE SER ALIADA
"Aquela situação de material exclusivamente
físico, sem suporte do uso de computador e de tablets, não faz mais sentido no
século XXI. A questão é: em que medida usar?", questiona Rosso.
<< Veja quais vantagens existem no uso da
tecnologia:
💬Possibilidade de melhor compreensão do conteúdo
Olhando para os aspectos positivos de haver
materiais digitais, especialistas mencionam a possibilidade de mostrar vídeos,
gráficos e recursos de inteligência artificial para que o aluno compreenda
melhor o conteúdo.
"Se uma criança do ensino fundamental estiver
aprendendo sobre o sistema digestório e olhar uma imagem chapada no livro, vai
ter um grau de absorção da matéria. Se ela vir um vídeo do sangue circulando no
corpo, aprenderá muito mais. É tudo questão de escolher o momento certo para
usar o digital", afirma Cardoso, da Móbile.
☑️Avaliação mais
ágil
Usando a tecnologia e em parceria com EdTechs
(startups de educação), professores podem corrigir as atividades com mais
agilidade, conta Gretzler, coordenador do Colégio Anchieta.
"O sistema permite uma análise de dados mais
abrangente, para verificar o progresso dos estudantes na aprendizagem.
Possibilita também, em alguns momentos, a personalização [do ensino], levando
em conta o ritmo individual de cada aluno", explica.
🧑🦯Democratização do conteúdo para acesso de pessoas com deficiência
Livros digitais têm uma vantagem em relação aos
impressos: podem usar recursos de acessibilidade que facilitam a leitura para
crianças com deficiência (como cegueira). Há softwares que reproduzem, em
áudio, o que está escrito na tela, por exemplo, ou que aumentam o tamanho das
letras para quem tem baixa visão.
🎒Menos peso na mochila e sem risco de esquecimento
O coordenador Gretzler, pela experiência com ensino
digital no colégio, conta que os alunos passam a carregar menos peso na mochila
quando optam pelos e-books. Também aponta outra vantagem: uma "redução de
danos" para quem não se lembra de levar o material todo dia.
"Como exemplo prático, durante o 1º trimestre
de 2023, tivemos 869 registros de ocorrências de alunos que não trouxeram o
único livro físico que ainda usamos na escola (Línguas Estrangeiras Modernas).
Em contraposição, apenas 106 alunos não trouxeram o Chromebook, que engloba
seis componentes curriculares", conta.
Fonte: Brasil 247/Metrópoles/g1
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