Gelatina faz bem para os ossos? Entenda os impactos dela na sua saúde
Muita gente já ouviu falar que as gelatinas são uma
opção saudável de lanche, especialmente porque, de acordo com o senso comum,
elas fazem bem para os ossos.
Porém, a relação entre as gelatinas e uma
alimentação saudável não é tão direta.
Nutricionistas ouvidos pela CNN explicam que a
afirmação de que o alimento é bom para os ossos não é falsa, mas também não é
completamente verdadeira.
“A presença de colágeno na gelatina de origem
animal ajuda na elasticidade e firmeza da pele e dos ossos. Contudo, também
conseguimos encontrar a mesma proteína em alimentos como carne ou peixe”,
aponta Daniela Duarte, nutricionista na clínica Agita Kalorias.
A gelatina é também associada ao fortalecimento das
unhas e cabelo. “Mas a quantidade de colágeno presente nelas não é
significativa a ponto de poder surtir tais benefícios”, completa Rita Ribeiro,
nutricionista na clínica Fisiogaspar.
De modo geral, a gelatina ajuda, mas não faz
milagres para a sua saúde.
“Apesar de já existirem opções enriquecidas com
proteína, na versão convencional a gelatina não apresenta um teor
significativo, principalmente em comparação com outros alimentos ricos em
proteína como a carne e os ovos”, acrescenta Rita Ribeiro.
Os pesquisadores ainda estudam os efeitos da
gelatina, mas a evidência “é ainda insuficiente e pouco robusta” quanto aos
benefícios na saúde óssea e das articulações se for combinada com suplementos
de colágeno ou vitamina C.
• De
que é feita a gelatina?
Há muitos tipos de gelatinas. Mas se considerarmos
a categoria mais comum, elas não diferem na sua composição.
“A gelatina de origem animal é a mais comum, embora
as opções vegetais sejam cada vez mais encontradas no mercado”, explica Daniela
Duarte.
E o que leva uma gelatina de origem animal? “É
obtida a partir de colágeno, extraído dos ossos, pele, cartilagens e tendões de
animais”, concretiza Rita Ribeiro.
Já a gelatina de origem vegetal é obtida através de
algas marinhas, nomeadamente a ágar-ágar.
• Vai
bem sozinha?
Os especialistas também explicam qual é a melhor
maneira de consumir o alimentos, já que ele é usado como alternativa de doce
mais saudável em muitas dietas.
Mas a gelatina deve ser comida sozinha como um
lanche, ou combinada com outras coisas?
“É pouco calórica. Aquilo que pode acontecer caso
seja a única fonte de energia do lanche é sentir fome mais cedo e ter tendência
a não controlar os mecanismos de saciedade, acabando por comer mais depois”, descreve
Daniela Duarte.
E com que frequência podemos comê-la? “Embora não
deva fazer parte do dia a dia, é por vezes uma estratégia em alguns planos de
perda de peso”, completa.
Rita também reconhece que, “sendo uma opção pouco
calórica, refrescante e com sabor adocicado, inserida em quantidades
controladas e no contexto de um plano alimentar saudável, poderá ser uma opção
interessante a incluir para quem está em processo de emagrecimento”.
Como a gelatina pode conter açúcar, adoçantes ou
outros ativos, bem como corantes –que não fazem bem à saúde– aqui fica uma
sugestão das nutricionistas: consuma gelatina neutra, incolor, sem adição de
açúcar, juntando depois fruta para lhe dar sabor.
• Animal
ou vegetal?
Para as nutricionistas, a composição das gelatinas
de origem animal e vegetal são bem diferentes.
“A gelatina de origem animal apresenta um teor
proteico superior, ainda que baixo”, aponta Rita Ribeiro.
Daniela Duarte explica que, enquanto a gelatina
animal é “maioritariamente rica em proteína”, a gelatina vegetal é “rica em
hidratos de carbono”.
Fonte: CNN Brasil
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